Apenas leia e espero que gostem, pois ultimante ando sem inspiração e pode haver um espaçamento de tempo de um capítulo e outro
Eu não possuo o desenho Recess, só possuo os meus personagens.
Então vamos a História.
CAPÍTULO I
Num dia radiante, Nathan como era chamado no Ocidente caminhava com suas vestes árabes pelas ruas na capital de uma Cidade no Ocidente, maravilhado pelos prédios, carros, pessoas que nunca tinham visto. As pessoas se vestiam de modo engraçado e diferente, ele tinha certeza absoluta de que as pessoas pensavam a mesma coisa dele quando passavam por ele na rua, nem se incomodava com os olhares curiosos, continuava andando, olhando tudo com muita curiosidade, principalmente as lojas que muitos objetos que ele abrigava desconheciam a funcionalidade. Conhecia razoavelmente o dialeto daquele lugar, sabia que teria que se aprofundar mais no assunto, ali seria o seu novo lar. A palavra LAR, Nathan já não sabia mais o que aconteceu em sua vida, ele era um Peregrino Silencioso e também um membro da Irmandade dos Assassinos. Chegando ao bairro indicado pelo endereço escrito num pedaço de papel, acabou se esbarrando com uma bela garota morena de cabelos encaracolados, ficou ali parado hipnotizado sem tirar os olhos daquela garota enquanto ela se ausentava apressadamente do prédio. Ele havia conhecido muitas mulheres exóticas ao longo de suas viagens pelo mundo, mas nenhuma havia lhe chamado a sua atenção de uma forma tão intensa que havia muitos anos não sentido, nem conseguiu dizer-lhe nada, ficou ali parado. Viu que o prédio é da periferia que havia outros iguais ao redor, ali perto tinha uma quadra de basquete onde os jovens estavam jogando.
- Vou ter muito tempo pra conhecer o lugar onde vou morar... * Pensou Nathan ao entrar no prédio*
Ao fechar a porta atrás de si, observe que não havia elevadores, teria que subir a escada até o último andar, além do mais já se hospedou lugares muito piores do que esse, por isso não teve pressa de realizar o trajeto, usando suas habilidades psíquicas, tentei captar como seria a vida atrás de cada porta, em algumas graças ficaram temerosas quando alguma coisa se espatifava na parede, algumas brigas e choro de crianças eram ouvidas abafadas pelas portas, alguns cheiros desconhecidos podiam ser sentidos em algumas graças quando subia os andares, até que chegou ao seu andar. Havia algumas pessoas ali paradas encostadas na porta arregalando os olhos quando ele passava, vimos que a maioria eram mulheres que tinham umas coisas estranhas grudadas nos cabelos encobertos por um lenço e vestiam como se usassem roupas de baixo. Logo encontrei o número de seu apartamento, segurou desajeitadamente as chaves, quando uma bondosa senhora lhe toca os ombros.
- Desculpa em te assustar, não foi essa a minha intenção, mas quer uma ajuda com as chaves? *Perguntou calmamente Celina*
- Quero sim, eu estou meio perdido ainda... * Respondeu Nathan com sotaque*
- Estou vendo que você não é daqui, não é?
- Não sou daqui, sou de muito longe...
- Pronto! Bem-vindo! A porta já está aberta e eu chamo Celina e o seu? *Celina devolvendo as chaves*
- Obrigado! Chamo-me Nathan, entre...
- Não, muito obrigado! Tem muitas pessoas maldosas e mais intencionadas neste prédio, assim como há pessoas de boa indole. Não deve convidar todo o mundo que você conhece para dentro de sua casa, pois vão interpretar que você é ingênuo, na qual você pode assaltar. Muitos daqui já foram assaltados, mas eu preciso cuidar da minha vida... *Celina caminhou até o seu apartamento*
- Obrigado de novo pela ajuda. *Falou Nathan*
- Sempre que precisar conversar, sempre será bem-vindo à minha casa. * Celina já entrando em seu apartamento e fechando a porta atrás de si*
- Obrigado! Então até a próxima. Vou arrumar a minha nova casa. * Falou Nathan fechando e trancando a porta atrás de si*
Nathan é moreno torrado do sol, alto, cabelos raspados estilo militar, cor dos olhos mudavam conforme o humor, não demonstrava nenhum tipo de sentimento, musculoso bem definido, tinha inúmeras cicatrizes de muitas batalhas em que perdas, inúmeras tatuagens em seu corpo definido. Algumas cicatrizes, ele tinha orgulho de mostrar e muitas outras ocultava por vergonha de seu passado negro.
Na escola, Raysha se perguntava quem era aquele doido que se esbarrou nela na entrada do prédio, tinha algo no olhar dele que lhe chamou a atenção, sendo que era a única coisa que estava à mostra, supôs que era um mulçumano pelos trajes que vestia, mas o que ele fazia na frente do prédio onde ela morava? Ficou ali parada pensando quando uma mão lhe toca o ombro, quase teve um infarto de susto, virou-se rapidamente para ver quem era, descoberto quando viu que era sua melhor amiga Mayara.
- Mayara, você quase me matou de susto...
- Desculpe! Eu te chamei várias vezes, mas estava com os pensamentos tão longe... Em que você estava pensando tão profundamente?
- Eu estava lembrando de uma coisa inusitada que me aconteceu hoje mais cedo quando eu estava vindo pro colégio, só isso... * Raysha caminha até a sala de aula com a Mayara do seu lado ouvindo tudo*
- Conta-me tudo e não me esconda nada!
- Vou te contar: Eu me esbarrei com um rapaz mulçumano na porta do meu prédio, ele tinha um olhar enigmático que me chamou atenção...
- Como você sabia que ele é um mulçumano? Qual é o nome dele?
- Só sei por que ele estava trajado como um mulçumano, a única coisa que aparecia era os olhos e nem tive tempo de lhe perguntar o nome, pois eu já estava atrasada, eu senti aqueles olhos enigmáticos me observando quando eu me afastava do prédio.
- Uau! * Exclamou Mayara*
- Não sei se vou vê-lo novamente, talvez ele esteja só de passagem ou ele esteja perdido... * Suspirou Raysha*
- Quem é que está de passagem ou perdido, gatinha? *Rick se aproximou sorrateiramente ouvindo pela metade a conversa*
- Ninguém, Rick! * Respondeu rispidamente Raysha*
- Oi Gatinha, ainda bem! Que tal depois da escola irmos tomar um sorvete? *Rick se aproximou novamente de Raysha dando um beijo em sua bochecha*
- Não vai dar, Rick. Vou às compras do mês com a minha mãe, quem sabe fica pra próxima.
- Estamos ou não namorando? * Perguntou Rick um pouco bruto*
- Estamos... * Raysha respondeu contragosto*
- Então, temos que ficar mais tempo juntinhos, não é, gatinha? * Rick tentando abraçar Raysha a força*
- Deixe-me ir agora, senão vou chegar atrasada pra aula ou prefere que eu fique de castigo causa disso? * Desviou de Rick e saiu guase correndo com a Mayara em seu alcanço*
- Não sei como é que você ainda namora com o traste do Rick. * Mayara balançou a cabeça inconformada com a situação*
- Sabe muito bem o motivo... Não suporto ficar perto dele, na qual me dá nojo ainda mais sentir os beijos dele. *Respondeu Raysha fazendo cara de nojo*
- Sim, eu sei, mas vamos mudar de assunto? * Mayara sorriu ao entrar na sala de aula*
- É melhor mesmo... * Respondeu Raysha também sorrindo*
*Ambas assistiram as aulas sem realizar mais nenhum comentário sobre o assunto*
Bateu o sinal para o recreio, as duas foram para o refeitório, Rick estava lá esperando a Raysha, tentando lhe dar um beijo, mas ela se afasta discretamente e senta em outra mesa com Mayara.
Rick era loiro, alto, não muito musculoso, mas encorpado. Trajava calça jeans surrado, jaqueta de couro preto, andava sempre com o Stefan e Brian, na qual tinham a fama de valentões do colégio.
Enquanto isso no apartamento, Nathan terminava de arrumar suas coisas, olhava para o relógio de pulso que tinha a forma de um bracelete egípcios, na qual viu as horas, nem observa que passara as horas brilhando, sua barriga começa a roncar ruidosamente de fome. Não havia pensamento no almoço e nem havia comprado nada para comer. Antes de terminar o pensamento a campainha começa a tocar, ficou ressabiado com isso, sendo que ninguém sabia que ele tava alojado ali, segurou com firmeza a sua pistola GLOCK com uma das mãos apontando para a porta e com a outra tirou o ferrolho do olho mágico para ver quem estava do outro lado da porta. Viu que era a senhora que havia o ajudado com as chaves, guarda rapidamente a arma em suas vestes, abre tranquilamente a porta.
- Olá! Então aceitou meu convite para entrar? * Nathan abriu a porta com um sorriso no rosto*
- Não exatamente, mas eu vim lhe trazer um prato de comida caseira, pelo andar da arrumação imagino que você ainda não tenha almoçado. Aposto que estava entretido na arrumação que até me esqueci de comer.
- Isso é verdade. Nem vi o tempo passar e eu não sei por quanto tempo vou ficar aqui...
- Espero que goste da comida e do lugar, que fique por bastante tempo aqui. * Celina ainda com o sorriso no rosto*
- Assim espero! * Segurando o prato de comida em suas mãos, foi até a cozinha, sentando-se e devorando a pratada de comida com vontade*
- Nossa! Você realmente estava com muita fome. *Arregalou os olhos assustados*
- De onde eu venho à comida é escassa e cara, nem tenho tanto dinheiro assim... * Nathan responde entre uma garfada e outra*
- As coisas vão melhorar para você, não desanime.
- Assim espero! Já estou cansado de tanto ficar me mudando de um lugar para outro, sem me fixar em lugar nenhum... A comida é uma delícia, foi uma das comidas mais gostosas que eu já comi em todos os lugares que já visitei.
- Ainda bem que você tenha gostado da comida.
- Mora sozinha? Quero dizer, se tem família. Se não for muito incômodo de responder... * Falou Nathan constrangido*
- Não moro sozinha, moro com a minha neta Raysha e não precisa ficar constrangido com isso. No final da tarde ela estará de volta ao colégio, você vai apresentá-la.
- OK! A comida é uma delícia. *Devolvendo o prato para Celina*
- Que ótimo que tenha gostado.
