Cap. 35 – Dumbledore questiona Morgana

Morgana saiu de Nurmengard e dirigiu-se à imponente Mansão Rostoff, onde sua mãe, Olga, e seu irmão, Boris, a aguardavam. Enquanto se aproximava da mansão, Morgana não pôde deixar de observar o deslumbrante jardim que a cercava. Era um local de beleza serena, com flores coloridas e uma atmosfera tranquila que contrastava com a escuridão de suas recentes experiências.

Enquanto caminhava pelo jardim, Morgana não pôde evitar que suas lembranças a transportassem de volta a um tempo mais simples. Ela recordou os dias em que voava em uma vassoura, livre nos céus, e a sensação de liberdade que a magia proporcionava. Era uma lembrança que trazia um toque de nostalgia e saudade.

A natureza serena do jardim proporcionava um momento de tranquilidade e reflexão para Morgana. Enquanto observava as flores balançando suavemente ao vento, ela pensava nas escolhas que havia feito e no caminho que havia percorrido. Era um breve momento de contemplação antes de se reunir com sua mãe e irmão na Mansão Rostoff.

A beleza do jardim e as lembranças de tempos mais simples eram um contraste marcante com as complexidades e sombras que Morgana enfrentava em sua jornada na magia das trevas. Era um lembrete de que, mesmo em meio à escuridão, a beleza e a simplicidade da magia ainda existiam, esperando para serem redescobertas.

Morgana cumprimentou sua mãe, Olga, e seu irmão, Boris, com calorosos abraços e sorrisos. A surpresa da visita inesperada estava estampada em seus rostos, mas eles receberam Morgana de braços abertos.

Olga percebeu a aura mais escura que envolvia Morgana, mas optou por não comentar sobre isso naquele momento. Ela sabia que sua filha estava passando por um período desafiador e complexo em sua jornada na magia das trevas. Em vez disso, Olga ofereceu a Morgana um olhar compassivo e carinhoso, demonstrando que estava ali para apoiá-la, independentemente das sombras que a envolviam.

Boris também estava curioso sobre a visita surpresa de Morgana, mas seu sorriso caloroso mostrava seu entusiasmo por ver sua irmã mais uma vez. Era um momento de união familiar, onde as preocupações e complexidades eram deixadas de lado em favor do amor e do apoio que compartilhavam como família.

A Mansão Rostoff era um refúgio onde Morgana podia encontrar conforto e compreensão, mesmo em meio às sombras que a acompanhavam. Era um lugar onde ela podia ser ela mesma, sem julgamentos, e onde o amor familiar era uma constante, independentemente das escolhas que tivesse feito.

Depois de matar a saudade de sua mãe e irmão e receber carinho, Morgana decidiu encontrar seu amigo Igor Karkaroff em um bar bruxo. Igor também compartilhava o interesse pelas artes das trevas, e eles tinham uma conexão baseada em sua afinidade por esse campo da magia.

Ao se encontrarem no bar, Igor imediatamente notou a aura mais escura que cercava Morgana. Era uma sensação que não passou despercebida, pois Igor estava bem sintonizado com os matizes da magia das trevas. Eles compartilharam um olhar significativo, reconhecendo a complexidade das emoções e experiências que estavam vivenciando.

Igor perguntou para Morgana se tinha acontecido alguma coisa. Morgana apreciou a preocupação de Igor e a confiança que tinha nele, mas naquele momento, ela não estava pronta para falar sobre o que havia acontecido. Ela olhou para ele com um olhar cansado e disse que tinha mergulhado um pouco fundo nas artes das trevas, mas que não queria discutir isso naquele momento. Ela estava ali para relaxar e se afastar das preocupações, mesmo que temporariamente.

Igor respeitou a decisão de Morgana e assentiu compreensivamente. Às vezes, era importante simplesmente desfrutar da companhia de um amigo, sem a necessidade de compartilhar todos os detalhes de suas experiências. Eles continuaram a relaxar e aproveitar a noite no bar bruxo, apreciando a amizade e a compreensão mútua que compartilhavam.

Morgana tinha acabado de voltar para Hogwarts e mal tinha tido tempo de se acomodar em seu quarto quando ouviu uma batida na porta. Intrigada, ela se aproximou da porta e a abriu para ver quem estava ali.

Morgana ficou surpresa ao encontrar Alvo Dumbledore à sua porta, pegando-a completamente de surpresa. Ela sabia que Dumbledore estava desconfiado e sua mente se encheu de perguntas sobre o motivo de sua visita. Com uma expressão de surpresa, Morgana concordou com o convite para tomar um chá e conversar. Ela estava curiosa sobre o que Dumbledore queria discutir e esperava que essa conversa pudesse esclarecer algumas das preocupações que ele poderia ter.

Morgana acompanhou Dumbledore até seu escritório, sentindo uma certa tensão no ar. Dumbledore começou a conversa perguntando como ela estava, e Morgana respondeu de maneira polida, mas com uma sensação de que ele estava sutilmente tentando descobrir o que tinha acontecido.

Em seguida, Dumbledore mencionou ter recebido uma carta de seu irmão Aberforth, proprietário do Cabeça de Javali. Ele compartilhou que um grupo de sonserinos estava lá com uma professora e que algo estranho parecia ter ocorrido. Morgana percebeu que Aberforth havia notificado Dumbledore sobre o incidente em Hogsmeade e sentiu um nó se formando em seu estômago.

Dumbledore olhou para Morgana com uma expressão inquisitiva, esperando que ela compartilhasse alguma informação sobre o que havia acontecido naquela noite. A tensão na sala era palpável enquanto eles aguardavam a resposta de Morgana.

Morgana estava ciente de que não poderia revelar a verdade sobre o que realmente aconteceu em Hogsmeade. Ela sabia que Dumbledore não levaria bem a notícia de tortura e assassinato, e isso poderia ter consequências graves para ela. Com isso em mente, Morgana escolheu suas palavras com cuidado, evitando mencionar os detalhes perturbadores daquela noite.

Ela compartilhou uma versão vagamente detalhada da situação, minimizando os eventos e garantindo que Dumbledore não suspeitasse de nada que pudesse levá-lo a investigar mais a fundo. Morgana estava ciente de que precisava ser cautelosa em suas respostas para proteger seus segredos obscuros.

Morgana optou por compartilhar apenas uma versão simplificada dos eventos em Hogsmeade com Dumbledore. Ela explicou que Narcisa tinha entrado em conflito com um rapaz que tentou atacá-la, mas que Morgana interveio a tempo para evitar que algo pior acontecesse. Morgana tentou manter a história o mais simples possível, omitindo os detalhes mais perturbadores e obscuros de sua intervenção. Dumbledore ouviu atentamente, mas ainda parecia ter algumas preocupações não resolvidas.

Dumbledore, com sua perspicácia e capacidade de sentir a aura de Morgana, perguntou diretamente se ela tinha cuidado do assunto em Hogsmeade. Sua desconfiança estava evidente, e ele procurava respostas mais claras sobre o que realmente aconteceu naquela noite.

Morgana sentiu a pressão da pergunta e respondeu de maneira cuidadosa, reafirmando que tinha intervindo para proteger Narcisa, mas sem entrar em detalhes sobre como ela havia resolvido a situação. Ela esperava que suas respostas fossem suficientes para acalmar as suspeitas de Dumbledore, embora soubesse que ele ainda estava atento à aura escura que a cercava.

Dumbledore estava genuinamente preocupado com Morgana. Ele havia prometido a ela que não permitiria que ela se afundasse tão profundamente na magia negra, e agora estava começando a perceber que suas preocupações não eram infundadas. A aura escura que cercava Morgana era uma evidência clara de que algo estava acontecendo, e Dumbledore estava determinado a ajudá-la a encontrar seu caminho de volta para a luz.

Ele olhou para Morgana com uma expressão séria e compreensiva, expressando sua preocupação com sinceridade. Dumbledore estava disposto a oferecer apoio e orientação, mas também estava ciente de que Morgana precisaria estar disposta a aceitar essa ajuda e fazer as escolhas certas em sua jornada para não se perder nas sombras da magia das trevas.

Morgana, decidindo não compartilhar a verdade sobre o que realmente aconteceu, manteve sua explicação vaga e limitada aos fatos que ela estava disposta a revelar. Ela disse a Dumbledore que tinha assustado o homem e que ele não iria mais perturbar ninguém. Essa resposta evitava entrar em detalhes perturbadores e deixava muitas perguntas sem resposta.

Dumbledore parecia compreender que Morgana não estava disposta a revelar tudo, e ele respeitou sua decisão até certo ponto. No entanto, sua preocupação persistia, e ele fez questão de reiterar sua disposição em ajudar Morgana, caso ela precisasse de orientação ou apoio no futuro. Era evidente que Dumbledore estava determinado a não desistir de sua promessa de ajudá-la a encontrar seu caminho de volta à luz.

Morgana agradeceu a Dumbledore por sua preocupação e pela tentativa de protegê-la, mas ela fez questão de garantir que estava sempre com a cabeça no lugar certo e consciente das circunstâncias.

Dumbledore assentiu com compreensão, reconhecendo que Morgana era uma bruxa talentosa e inteligente, capaz de tomar suas próprias decisões. Ele sabia que, no final, a escolha estava nas mãos dela, e ele esperava que Morgana fizesse escolhas que a levassem para um caminho mais iluminado no futuro.

A conversa entre Morgana e Dumbledore estava chegando ao fim, mas a preocupação e o cuidado dele com ela eram evidentes. Morgana sabia que ele estava disposto a ajudá-la, mesmo que ela escolhesse não compartilhar todos os detalhes de sua jornada na magia das trevas.

Com a questão com Dumbledore resolvida da melhor maneira que Morgana conseguiu, ela sabia que havia outro assunto pendente que precisava ser tratado. Ela precisava conversar com os quatro Sonserinos que a tinham visto envolvida nos acontecimentos perturbadores em Hogsmeade.

Morgana estava ciente de que a discrição era essencial, e ela se preparou mentalmente para a conversa que estava por vir. Ela tinha que descobrir como abordar o assunto com esses alunos e garantir que eles mantivessem segredo sobre o que aconteceu. Era uma situação delicada, e Morgana esperava encontrar uma maneira de lidar com ela de forma eficaz.

Morgana reconhecia que os quatro Sonserinos que tinham testemunhado os acontecimentos perturbadores em Hogsmeade provavelmente estavam passando por suas próprias reações emocionais àquela experiência. Ela estava ciente de que ter visto algo tão chocante poderia afetar profundamente alguém, e ela estava curiosa para saber o que estava passando pela mente deles.

Morgana planejava abordar o assunto com cuidado, não apenas para garantir que eles mantivessem segredo sobre o que tinham visto, mas também para oferecer apoio, caso eles estivessem lidando com algum tipo de trauma. Ela estava preparada para conversar com eles e tentar entender suas perspectivas sobre os eventos em Hogsmeade, sabendo que era importante abordar essa situação de maneira sensível e empática.

Naquela segunda-feira, depois das aulas, Morgana se reuniu na sala secreta com os quatro Sonserinos que haviam testemunhado os acontecimentos perturbadores em Hogsmeade. Ela se sentou em uma das poltronas da sala, com uma expressão séria, enquanto os quatro alunos se acomodavam ao seu redor.

Morgana observou atentamente seus rostos, procurando sinais de trauma ou perturbação, mas ficou impressionada ao notar que, apesar do choque inicial, eles pareciam relativamente calmos. Havia tensão no ar, mas não era tão intensa quanto ela havia antecipado.

Ela começou a conversa de maneira cuidadosa, perguntando como eles estavam se sentindo após o que tinham testemunhado e se precisavam de algum tipo de apoio ou orientação. Morgana estava determinada a garantir que eles mantivessem segredo sobre os eventos em Hogsmeade e, ao mesmo tempo, a ajudá-los a processar a experiência da melhor maneira possível.

As irmãs Black, Narcisa e Andrômeda, estavam profundamente agradecidas a Morgana. Elas reconheciam que a situação em Hogsmeade poderia ter tido um desfecho terrível se Morgana não tivesse intervindo naquele momento crítico para salvar Narcisa. Elas sabiam que deviam a vida da jovem Narcisa a Morgana, e isso criou um forte senso de gratidão e vínculo entre elas.

Morgana decidiu abordar diretamente o assunto e questionou os quatro Sonserinos sobre como se sentiram ao testemunhar os eventos em Hogsmeade, incluindo sua intervenção. Para sua surpresa, eles responderam que não estavam perturbados, pois acreditavam que o homem em questão merecia tudo o que havia acontecido com ele, tanto a tortura quanto a morte. Eles enfatizaram que, se Morgana não tivesse agido da maneira que agiu, eles próprios teriam feito o que ela fez.

A resposta dos Sonserinos revelou sua firme convicção de que a ação de Morgana foi justificada naquele contexto específico. Eles pareciam compartilhar uma visão de que, em determinadas situações, medidas extremas eram necessárias para proteger a si mesmos e aos outros. Essa compreensão mútua criou uma atmosfera peculiar na sala, onde a moralidade e a ética eram questionáveis, mas a lealdade a Morgana era evidente.

Lucius Malfoy, de maneira solene e com um tom de profundo respeito, declarou sua eterna lealdade a Morgana. Ele reconheceu que Morgana havia salvado não apenas a vida de sua noiva, Narcisa, mas também sua honra, e estava profundamente agradecido por isso.

Essa declaração de lealdade era uma demonstração significativa da gratidão de Lucius e também estabelecia um vínculo forte entre ele e Morgana. Em um mundo onde as alianças e lealdades eram complexas, essa promessa de fidelidade era uma prova de confiança e reconhecimento do papel crucial que Morgana desempenhou naquele evento traumático.

Com sinceridade em seus olhos, cada um dos Sonserinos declarou sua lealdade a Morgana. Eles expressaram seu respeito e admiração por sua coragem e determinação. Os juramentos de lealdade foram proferidos com solenidade, e a atmosfera na sala estava carregada de uma conexão profunda e comprometida. Era evidente que Morgana havia ganhado o apoio inabalável desses jovens bruxos, criando uma aliança poderosa entre eles.