A princesa e o plebeu
By Neko Aoi
Capitulo II: A tão aguardada chegada
Mãe e filha estavam na sala de estar sentadas longe uma da outra tomando chá de camomila com biscoitos que havia acabado de sair do forno. Elena a encarava friamente à distância.
Emma logo que entrou percebeu que a sua mãe havia mudado radicalmente a decoração não só da sala, mas da casa inteira.
Aquela cobertura era muito grande para uma pessoa morar sozinha.
Está certo, seu irmão que é mais novo que ela também morava com a sua mãe. Seus pais estavam divorciados há onze anos, mas ele ficava fora o dia todo e só voltava na hora do jantar; ela sabia de uma coisa, a sua mãe não se sentia sozinha, as festas que ela fazia e os namorados a ocupavam.
Elena Larsson é uma advogada muito rica que há cinco está trabalhando somente na parte burocrática do Manchester United. Ela cuidava dos contratos e das rescisões do clube. Além disso, ela fazia parte da alta sociedade, por isso fofocas relacionadas a ela, a algum membro de sua família ou a uma pessoa que tenha parentesco com ela sempre abalam a sua imagem e isso foi uma coisa que sempre prezou.
O clima estava muito tenso entre as duas. Elena respirou fundo e começou a falar:
- Agora sim. Diga-me afinal de contas, o que você veio fazer aqui? – disse pausadamente.
Emma já havia notado que a sua presença não era desejada, mas não disse nada do que pensava para não provocar mais confusão, apenas repetiu o que havia dito a sua mãe quando chegou.
- Eu já disse. Eu já terminei o meu semestre na universidade e decidi visitar a minha família. – E se serviu mais um pouco de chá tentando não demonstrar o quanto nervosa estava – Mas eu acho que muitas pessoas não me querem por perto. Não é?
Ela olhou diretamente para sua mãe e tomou mais um gole do chá.
- É o que parece.
Elena se levantou do sofá e pôs sua xícara em cima da mesa de centro e caminhou elegantemente até Emma. Não sabia por que, mas todo o sentimento materno que existia nela por Emma havia se transformado em alguma coisa vazia. Naquele momento Elena queria que a filha pagasse, e caro, por ter jogado o nome da família na lama.
- Só uma coisa que eu não entendi... - deu uma pausa ficando de frente para Emma que permanecia sentada com coluna ereta. – Se você sabia que não era bem-vida, porque você voltou? – disse com a voz arrastada enquanto dava uma bofetada estalada em Emma.
A garota ficou em choque com a atitude da mãe, e por conta disso acabou entornando um pouco do chá no tapete persa.
- Sua vadia inconsequente! Você não podia ter voltado. Devia ter ido pra qualquer lugar, mas para cá não! – indagou Elena sem pestanejar.
Emma a olhou com os olhos perplexos, com a mão no rosto onde recebeu o tapa. Começou a sentir uma dor interior por ter sido chamada daquela forma, logo pela sua mãe.
Ela se levantou do sofá e disse com muita raiva:
- Porque eu fui escorraçada daqui sem ninguém saber o que realmente aconteceu. Isso não foi justo! – Ela estourou pondo tudo que estava preso em sua garganta. – Todos acreditaram numa mentira. Ninguém chegou pra mim e me perguntou se aquilo era verdade. Só os meus melhores amigos ficaram do meu lado, por que nem a minha própria família confiou em mim! – falou bem alto pra todo mundo ouvir; Elena não se abalou.
- E como nós podíamos confiar em você? Tudo ainda está contra você. – a empurrou com o dedo fazendo Emma recuar um passo – Agora me faça um favor? – disse para finalizar a conversa – Vai pro seu quarto e pense muito bem se você quer continuar aqui. Mesmo sabendo que você é indesejável.
Elena saiu da sala deixando Emma sozinha e imóvel onde estava.
- Ah... Já ia me esquecendo! – se virou para Emma – Esteja pronta às oito da noite. Vou dá um jantar para tratar de uns assuntos de trabalho. Então se vista adequadamente para a ocasião. - e saiu da sala caminhando com o nariz em pé, deixando Emma sozinha.
Emma tentou segurar o choro o máximo que pode enquanto corria para o seu quarto que estava no mesmo lugar. Se prendeu nele e escorregou pela porta devagar até o chão. Ficou com os braços em volta dos joelhos e com a cabeça baixa, começou a chorar.
Já havia se passado algumas horas e anoitecido. Emma estava deitada em sua cama em um estado deplorável. Tentava não lembrar em como foi ofendida pela mãe naquele dia. Não queria mais chorar. Ela pensava em como seria bom se pudesse esquecer... Se todos pudessem esquecer o ocorrido...
Todos a odiavam, e ela não podia culpá-los. Como uma garota, que na época tinha só 17 anos, poderia se comportar como uma "vadia inconsequente", relembrou as palavras de Elena.
Seus pensamentos foram dispersos no momento em que ela começou a ouvir passos pesados, como se alguém tivesse correndo. E de repente a porta foi aberta e um garoto entrou correndo no quarto.
- MANAAAA! Que bom que você voltou. - Um menino de cabelo loiro escuro se jogava em cima dela. Ele era grande até para um menino comum de sua idade - 14 anos – e falava alto e sorria para Emma feliz. A alegria dele a contagiou fazendo-a se sentir bem no final das contas, mesmo sendo esmagada por ele.
- Eu também fico muito feliz em te ver de novo. Mas... Por favor... Sai de cima de mim, Ryan. – se esforçou para falar tentando se livra do abraço de urso e do corpo pesado que estava em cima de si.
O garoto se levantou, mas continuou sentado em cima de sua cama. Emma se sentou também, logo depois, já refeita, pode dar um abraço de verdade no irmão. Os dois se abraçaram forte, mas de um jeito menos dolorido.
- Ryan! – o olhava com surpresa e admiração - Você cresceu muito... - deu uma pequena risada enquanto passava a mão nos cabelos dele – e conseguiram cortar o seu cabelo. Que milagre foi esse?
Ryan fez uma careta para Emma pelo comentário.
- Há. Há. Há. – rui seco - Eu cortei logo depois que você foi embora. A mamãe que não gostou muito. Você sabe, ela preferia o meu cabelo daquele jeito "tigela" como estava antes, com um penteado de criança. Mas eu não me importei com o que ela pensava – disse ficando sério – Eu nunca vou a perdoar por ela ter te julgado daquela maneira.
Emma sentiu que seu irmão falava sério.
Ele era uma das poucas pessoas que depois de tudo, ficou do lado dela e não acreditaram na farsa que inventaram.
Eles sempre tiveram um relacionamento forte e amigável mesmo depois da separação dos pais. Não queria que o irmão ficasse guardando rancor por uma coisa que aconteceu com ela. Emma mesma não conseguia ficar com raiva de seus pais por isso.
- Não importa mais o que aconteceu no passado. Tudo o que eu quero de agora em diante é esquecer tudo aquilo e viver em paz daqui pra frente. – falou com a voz serena tentando fazer o irmão entender que ela queria enterrar tudo o que ouve no passado, mas ela mesma sabia que não iria ser tão fácil assim.
- Tudo bem... Eu te entendo. – deu um rápido sorriso tentando aceitar aquilo que foi dito – Eu acho muito nobre de sua parte tentar esquecer, deixar que as pessoas pensem o que quiserem de você. O que importa mesmo são as pessoas que te amam de verdade.
Emma achou tão lindo o que acabara de ouvir do irmão que sentiu os olhos encherem de lágrimas.
O garoto havia crescido muito nesse quase um ano que esteve longe, não só no tamanho, mas já se comportava mais como um homem do que como um menino. O seu jeito de ver as coisas havia se modificado.
Emma começou a olhá-lo com tanto encantamento que começou a se formar um sorriso em seu rosto.
- Porque você está me olhando desse jeito? – Ryan a questionou desconfiado com o jeito meloso e o sorrisinho que aparecia no rosto da irmã.
- Bebê... Você se tornou um homenzinho tão depressa... – falou igual a uma criança de três anos e apertou a bochecha dele – Daqui a pouco já vai até começar a fazer a barba. – segurou o rosto de Ryan e beijou cada bochecha, fazendo o irmão corar de vergonha com o que ela acabara de dizer. Principalmente a ultima parte.
- PARA COM ISSO EMMA. EU ODEIO BEIJO! – gritou até conseguir se soltar e depois quando se levantou ainda limpou o rosto com a mão como uma criança que não gosta de ser beijada geralmente faz. – E se arruma logo pro jantar antes que a velha venha aqui e tenha um pití. Ela já está toda estressada com o novo cara que vai chegar no Manchester.
- Novo cara?
- Ué? Não está sabendo? Todo mundo só está falando dele! "A contratação milionária!" – imitou o jeito de falar da mãe. E antes de sair do quarto, Ryan completou falando entre dentes: – E pra sua informação, senhorita Grant: eu já faço a minha barba. OK! - E se retirou batendo a porta, deixando Emma morrendo de ri do jeito que o irmão ficou.
Emma tombou para trás. Não conseguia conter a gargalhada.
- Tem certas coisas que nunca mudam. – disparou entre risos tão altos que davam pra ouvir da sala.
Com o tempo ela foi se acalmando e parando de gargalhar. Instintivamente, sem querer ela olhou para o relógio.
- Aquele garoto... – Seus olhos azuis acinzentados ficaram negos de ódio, enquanto corria para o banheiro para tomar um bom banho - Em vez de me falar que só faltava uma hora pro jantar, fica batendo papo comigo.
Ela tinha esquecido totalmente do jantar e nem tinha percebido que já era de noite. Emma tomou um banho rápido, mas caprichado; pôs um vestido longo verde musgo e um sapato de salto alto. Escolheu um brinco de brilhante não muito grande e um colar que combinava com o restante do seu visual já que era um jantar de negócios e conhecia bem o jeito dos jantares que a sua mãe oferecia. Maquiou-se de acordo com a ocasião do jeito que a sua mãe a via ensinado (Uma das poucas coisas que ela havia a ensinado direito) e optou por prender o seu cabelo ruivo em um coque de uma forma elegante deixando alguns cachos soltos, mas sem dar o ar de séria.
Para sua total surpresa, quando terminou de se arrumar ainda faltava 15 minutos, então resolveu descer.
No salão, Elena já estava arrumada de forma muito elegante há muito tempo e terminava de dar o seu toque pessoal na decoração. Ela não havia percebido a presença de Emma que chegava por trás dando passos silenciosos e lentos.
Emma esperava que a mãe estivesse mais calma e pudessem seguir o jantar em paz.
- Como é que eu estou? – perguntou com a voz suave tentando criar um clima agradável entre as duas.
Elena já ia dar uma resposta grosseira à filha. Mas ao virar-se, pode ver o quanto Emma estava bonita e havia se arrumado do jeito que ela havia a ensinado. Nesse momento ela se lembrou de quando a filha era criança e o quanto ela adorava brincar de se maquiar com as suas coisas.
"Emma tinha seis anos, e estava no quarto de seus pais em cima de uma cadeira que ficava embaixo de um majestoso espelho, se maquiando com as coisas da mãe. Até que em certo momento a sua mãe chegou ao quarto e a viu mexendo em suas coisas.
- EMMA! – gritou Elena correndo em direção à Emma e tirando o curvex da mão dela - O que você está fazendo toda pintada desse jeito? Você está igual a uma palhaça! – disse sem pensar para a menina que havia deixado a sua bochecha toda rosa com o blush e passado o batom mais vermelho que a mãe tinha, sem contar com a sombra azul escura que tinha passado no rosto e os bobes mal pendurados querendo fazer o seu cabelo liso ficar cacheado.
A menina a olhava amedrontada com o tom da voz da mãe e começou a chorar de medo, por que a mãe havia a falado que estava parecendo a uma palhaça. Ela desceu da cadeira com as lágrimas rolando em abundancia em seu pequeno rostinho indo embora do quarto dos pais e seguindo para o seu, se jogando de bruços em cima da cama.
Elena não queria fazer a filha chorar, apenas ficou irritada por vê-la mexendo nas suas coisas e se arrependeu. Ela foi ao quarto de Emma e a viu chorando. Deitou-se na cama ao seu lado olhando pra ela.
- Desculpe a mamãe minha bebêzinha linda. – pediu Elena tirando um dos bobs da frente do seu rosto – Você sabe que eu não gosto que você mexa nas minhas coisas! Então porque você me desobedeceu?
Emma levantou um pouco o rosto com a maquiagem ainda mais borrada do que antes e soluçando.
- Porque eu queria ficar bonita... – e se pôs a chorar novamente.
Elena a abraçou por trás tentando consolá-la.
- Pra que você vai querer ficar bonita, se você já é linda? – rebateu com a pergunta que fez Emma ficar confusa.
A garota levantou a cabeça mais uma vez e olhou pra mãe enxugando as suas lágrimas coloridas por conta da maquiagem forte.
– Você acha que eu sou linda?
Elena sorriu para ela e com a voz calma e harmoniosa respondeu a pergunta da filha:
- Você é maravilhosa! Uma menina como você nunca vai precisar se encher de maquiagem. – Ela se sentou na cama e abriu os braços para Emma ir até ela. - Agora vem cá pra mamãe limpar esse rosto todo borrado e te ensinar a passar uma maquiagem decente.
Emma se levantou com um sorriso lindo e puro que só uma criança conseguiria ter, e pulou em cima de Elena que a abraçou.
- Só uma perguntinha, Emma. – Olhou para a menina que estava em seus braços – Porque você estava deixando o seu cabelo cacheado?
– Porque eu adoro cabelo cacheado! E quando eu crescer eu vou deixar o meu cabelo cheio de cachinhos! – rebateu sorrindo para a mãe."
E como Emma havia dito, quando cresceu, deixou o cabelo cheio de cachos; Elena foi até ela e os soltou.
- Você fica ainda mais bonita de cabelo solto!
Foi a primeira vez que Elena a tratou como filha depois de muito tempo. Emma soltou um pequeno sorriso de alegria, mas antes que ela pudesse responder, uma das empregadas da casa as interrompeu ao chegar à sala.
- Senhora Larsson. Os convidados da senhora já estão subindo.
Elena se virou para a empregada.
– Hã... Eu mesma vou recepcioná-los. Pode voltar aos seus afazeres, Jane. – e se virou para Emma – Chame seu irmão e peça para ele descer logo e desligar aquele maldito computador. Ele já está a mais de quatro horas enfurnado naquele quarto. – E com passos delicados caminhou até a porta para atender seus convidados.
Emma se virou e seguiu em direção ao quarto do irmão. Quando ia bater na porta, ele mesmo a abriu.
- O que foi? – perguntou Ryan vendo Emma parada atrás da porta de seu quarto. Ele estava com a expressão cansada e com os olhos vermelhos típicos de pessoas que ficam o dia todo na internet forçando a vista.
- O que houve com você? – perguntou preocupada com o estado do irmão. – Vai sair?
Ryan estava vestido do jeito comum: um casaco grosso bege; um jeans preto e calçando um par de tênis da mesma cor. Ele sabia do jantar, ele mesmo havia a avisado.
- Vou encontrar uns amigos... – disse com a voz quase inaudível.
- Há essa hora? – o questionou mais uma vez.
- Está controlando vinha vida agora? – aumentou o volume da voz, se irritando facilmente com a simples pergunta - Daqui a pouco vai está igual à Elena, querendo me controlar.
Emma arregalou os olhos. Quando foi que o Ryan ficou rebelde desse jeito? Pensava ela.
- Calma! Foi só uma pergunta. – esclareceu – Só te perguntei isso porque os convidados da mamãe já estão chegando e você ainda não está arrumado.
Ele ficou mais controlando. Ajeitou o casaco no corpo e respondeu:
- Eu não vou!
- Como assim? – Pensou que não havia entendido direito.
Ryan olhou com desdém e ironicamente balançou a cabeça.
- Eu sempre pensei que as universitárias eram mais espertas... – riu fazendo pouco caso. – Eu não vou a esse jantar. As coisas mudaram por aqui, Emma. Eu estou tentando evitar ao máximo dá de cara com a Elena e com o Bart.
Emma olhou como se não o reconhecesse; Ryan reparou nesse olhar, então ele se deu conta de como estava sendo rude com a irmã que acabava de chegar. Ele passou as mãos nas sobrancelhas para esconder a cara de decepção consigo mesmo.
- Foi mal... – desculpou-se constrangido e com a voz baixa.
- Foi péssimo! – ponderou Emma. – Por mais que você tenha crescido, Ryan, você ainda continua com atitudes infantis. – o repreendeu – Eu sei muito bem o que nós dois estamos passando desde o divórcio dos nossos pais. Não está sendo fácil! Mas ajudaria se você não se comportasse como um garotinho mimado.
As palavras de Emma fizeram Ryan se calar. Ele não queria brigar com a irmã, principalmente agora que ela tinha voltado, mas... Estava tão revoltado com o mundo que acabou descontando em uma das poucas pessoas que ainda o importavam.
- Eu vou sair com uns amigos... – respondeu novamente a pergunta da irmã, cabisbaixo e de forma calma.
- E o jantar...?
- Eu não vou ao jantar. Já lhe disse! – replicou mais uma vez, só que sem arrogância; Emma o encarava.
- Não faça isso, Ryan! Eu não quero mais confusão sua com a mamãe... Eu fiz de tudo; eu "engoli" as matérias na faculdade para passar logo nas primeiras provas e poder ficar mais do que um mês com vocês. Eu acho que não vou passar nem dois meses aqui... Ryan, por favor... Só enquanto eu estiver aqui. Jante conosco hoje. – pediu com um olhar meigo.
Ryan queria dizer não, mas diante ao apelo da irmã querida, era maldade negá-la apenas a sua companhia em um misero jantar. Afinal passar uma noite na presença da mãe não o mataria. Respirou fundo e falou enquanto voltava para o quarto:
- Avisa a velha que eu já estou descendo...
Surgiu um sorriso delicado na face de Emma igual a ela, mas tão contagiante que fez até Ryan sorrir meio contragosto. Se sentindo como se tivesse cumprido uma missão, Emma desceu as escadas, mais feliz.
No andar de baixo, Elena estava conversando com um homem de aparência jovem, cabelos loiros, olhos azuis, vestindo um terno Armani cinza. Quando ele a viu, sorriu instantaneamente para a garota.
- Ainda se lembra do senhor Crufford, Emma? – perguntou Elena ao perceber a garota entrando na sala.
- Senhor...? – fez uma careta diante de um tratamento tão formal – Só tenho 21 anos!
Emma sorriu feliz ao rever um amigo tão querido. Ele a cumprimentou beijando a sua mão, e logo depois a puxou para um abraço carinhoso.
- Que bom que você voltou! – Seu sorriso ia de orelha a orelha – Fiquei super feliz quando me contaram de sua chegada. Tinha que te ver de novo.
As palavras de carinho, a fez se emocionar um pouco. Emma já não estava mais acostumada com as pessoas a tratarem bem; Cruyfford era um dos poucos que não há menosprezava.
Ela havia o conhecido meses antes de fazer 16 anos, quando Brian Cruyfford – com 18 – havia sido transferido do Ajax da Holanda, para o Manchester United. Na época foi o melhor reforço que um clube europeu poderia ter conseguir. O menino já era uma promessa desde quando começou a jogar, e a cada temporada seu futebol ia melhorando consideravelmente.
Seus olhos azuis passavam a Emma, segurança; e a sua semelhança com seu pai, a fazia pensar em como seu pai seria se ligasse um pouco mais para a família. Brian a protegia, e Emma era grata a isso. Embora para Brian, o que sentiu por ela, extrapolava tudo isso.
Com a chegada de Ryan à sala e o telefonema do advogado que era convidado de Elena, desmarcando o jantar por conta da sua esposa que estava dando a luz ao seu segundo filho, os quatro seguiram para a sala de jantar. Elena ficou falando as coisas banais que aconteciam em seu cotidiano, enquanto Ryan conversava com Cruyfford sob futebol praticamente o jantar todo, principalmente sob o tão esperado novo reforço do Manchester nessa temporada.
- Então Cruyfford, já pode nos adiantar o nome dele? – perguntou Ryan curioso e dando um sorriso do canto da boca em sinal que demonstrava o fanatismo pelo clube de coração.
- O nome dele é Kojiro Hyuga. – acabou expondo a informação depois de muita pressão de Ryan e de Emma.
Emma se calou e ficou pensativa. O nome "Kojiro" ficou ecoando em sua cabeça.
"Poderia me dizer se o estádio do Manchester United fica por aqui? Eu acho que o GPS do meu carro quebrou."
" Meu nome é Kojiro."
Ela arregalou os olhos e se deu um tapa na testa. Ficou pensando em como, naquele momento em que o viu, não o reconheceu.
Todos que estavam na mesa ficaram olhando pra ela, estranhando o que acabara de fazer.
- Emma, você está bem? – indagou Ryan preocupado; seguido por um olhar assustado de Brian.
Emma começou a reparar todos os olhares para ela, e isso a fez ficar constrangida.
- Claro. – Ela tomou um copo de água para limpar a garganta e se endireitou na cadeira. - Brian. Você está falando do Kojoro Hyuga do Juventus?
- Ele não é mais do Juventus! – replicou relembrando o que havia dito anteriormente na conversa – O que chegou aos meus ouvidos foi que, ele assinou o contrato essa tarde e já vai começar a treinar nas instalações amanhã mesmo.
Horas depois, Emma já estava deitada em sua cama, pronta para dormir. Já não tinha mais duvidas. O homem que conheceu essa manhã era definitivamente o craque japonês que anteriormente defendia o Juventus, e agora ele estava tão perto dela. Relembrando o olhar que ele deu a ela, a fez corar.
Em breve Kojiro Hyuga seria um dos jogadores que Emma mais apoiaria; logo, ele saberia, por más línguas, que uma pessoa que queira manter uma boa reputação, não chegaria – como ele chegou – e muito menos se envolveria com ela.
Continua...
N/A: YOOOO !
Eu sei que esse capitulo não ficou tão bom quanto o primeiro, mas era inevitável, porém para mim vai ser a alavanca que vai impulsionar a fic para ela decolar logo de uma vez porque eu quero postar a fic do Schneider; que alem de ter começado muito antes dessa, está muito mais adiantada, sem contar com as outras.
Kisses
Neko Aoi =^.^=
