A Princesa e o Plebeu
By Neko Aoi
Capítulo VI: Medo, Vergonha e Culpa
Já era quase de madrugada quando Elena chegava em sua cobertura. A ultima coisa que queria era ter mais problemas. Já bastava o que havia acontecido de manhã e o problema que isso gerou. Só queria um banho com água bem quente e em seguida se jogar em sua cama macia para enfim poder descansar. Pelo menos por aquela noite.
Não havia falado com o ex marido. Apenas recebeu uma mensagem dizendo que se hospedaria em outro lugar enquanto estivesse na cidade, para evitar mais briga com Ryan.
Elena resolveu passar o dia inteiro trabalhando para se ocupar. Mas seu futuro marido, Dean chegou a sua sala fazendo um enorme escândalo.
Jessica havia cumprido o que prometera.
Enquanto ele dava um ataque na sua frente, Elena olhava para ele, mas não o ouvia. Concordava com ele só para se livrar daquela dor de cabeça de uma vez.
Há um tempo estava se questionando se aquele casamento seria tão benéfico assim. Tinha dias que só de lembrar que teria que vê-lo, passava mal. E a coisa só piorava quando sua queria filha, Jessica chegava. Nunca havia conhecido uma garota tão antipática e fútil quanto ela.
Emma e Ryan nunca foram anjinhos pelo contrário, a tiravam do sério. Mas ainda assim, agradecia a Deus por ter dado os seus pestinhas em vez de uma filha como Jessica. Para dizer a verdade, até ficou feliz quando Bart disse que não queria a garota trabalhando para ele depois da fusão. Mas não podia dizer isso. Ela seria sua enteada e aquele casamento era muito importante. Precisava ser como uma mãe para ela.
A primeira coisa que fez quando chegou em casa, foi corre até seu quarto e se atirar na cama. Mas sua paz não durou muito. Alguém bateu em sua porta.
- Pode entrar. – falou. Desejava que não fossem mais problemas.
A porta foi aberta e mesmo sem dizer uma só palavra já sabia quem era. Emma. Ela possuía uma presença incrível. Desde que nasceu, na primeira vez que a olhou nos olhos, sabia que ela era única.
- O que houve? – disse rudemente de propósito.
Emma não pareceu não se importar mais com aquele tipo tratamento. Tudo parecia pequeno demais diante do que acontecera.
- O que houve com você? – Observou o estado de Emma. A pele pálida, os olhos inchados, a expressão triste.
- Recebi isso. – E com a mão trêmula e a voz fraca, entregou a carta a Elena.
Elena se sentou na cama e observou o que Emma acabara de lhe entregar. Abriu a carta e observou minunciosamente tudo o que tinha lá dentro. Aquelas fotos só poderiam ter sido tiradas por alguém escondido e longe o bastante, já que a imagem parecia ter perdido baste qualidade por causa do zoom. Mas a mais arrepiante era a carta. Parecia de um stalker.
- Impossível ser ele! – afirmou Elena. Mas no fundo ainda restava uma dúvida.
- E se for ele? – seus olhos se enchiam ainda mais de lágrimas. Não sabia mais o que fazer.
- Se for ele, - Elena respirou fundo e completou de uma forma bastante séria que até Emma se assustou. – Eu garanto a você que ele nunca mais vai tocar em um fio de cabelo seu!
Já havia se passado três semanas desde que recebeu a carta anônima. Naquela noite não havia conseguido dormir. Elena havia dito que levaria aquela carta a um amigo que era chefe do departamento de perícia do Reino Unido, para vê se encontrava alguma digital. Mas até onde ela soube, não encontraram nada. Mas também não recebera mais nenhuma carta depois disso. Quem fez isso queria muito assustá-la. E havia conseguido.
Sua mãe havia dito para esquecer isso, que mais cedo ou mais tarde encontrariam a pessoa. Mas era difícil deixar para lá.
Achou melhor não contar nada a Ryan, não sabia como ele ia reagir. Apenas sua mãe e seu pai sabiam da carta. Agora, sempre que saia na rua, observava todo mundo que passava por ela. Poderia ser qualquer um.
Emma havia ficado realmente muito mal. A única coisa que a deixava feliz era que a relação entre ela e Kojiro parecia de ficado mais forte. Era ele, a primeira pessoa que Emma falava quando acordava e a ultima antes de dormir. Emma não hesitava em ligar para o japonês quando tinha medo. Sempre achava que estava incomodando-o, por causa dos treino de manhã, mas ele sempre negava.
Embora não pudesse falar a mesma coisa de Brian. Ele estava sem falar com ela desde o dia que presenciou a cena do banheiro no dia da apresentação de Kojiro à imprensa.
Ryan havia dito que era por que ele havia ficado com ciúmes dos dois. Emma passava o dia todo mandando mensagens para o holandês, mas ele nunca respondia. Já tinha ido ao CT para vê-lo, mas ele sempre arrumava uma desculpa para não poder conversar com ela. Brian não fazia ideia do quanto a magoava ficar longe dele em um momento como aquele, principalmente depois do que havia acontecido.
Havia conversado com Kojiro sob Brian e essas suas atitudes estranhas. Mas ele parecia não gostar muito de conversar a respeito. Parecia ficar meio irritado, ou como Ryan chamava: dor-de-cotovelo. Quando a ruiva insistia na conversa, Kojiro ameaçava desligar o telefone, então ela parava, mas sem antes dá uma boa gargalhada. Kojiro achava que ela só tocava no assunto para tirar a sua paciência.
Ele era temperamental, Emma já havia se dado conta, mas, para ela, isso só o deixava mais atraente.
Como no dia que ele a convidou para irem ao cinema. Ele a deixou escolher o filme. Logo pelo título, ele não havia gostado, mas não disse nada.
- Como você pode dizer que o filme era bom? O achei absolutamente horrível!
- Isso é porque você não tem pena de ninguém, Koji, como de costume! – Emma já havia dado esse apelido a ele, mas Kojiro odiava. - E também eu vi que você estava caindo de sono no meio do filme.
- Eu estava dormindo, porque era simplesmente horrível!
Ela riu. Riu, porque Kojiro não iria lhe dar razão. Porque para ele, ou melhor, para seu orgulho, não era concebível que ela, nem ninguém, estivesse certo. Ele era terrível e extremamente orgulhoso. E também ria, por que em seu pensamento, ele era absolutamente adorável.
No final daquela noite, quando Kojiro a deixou em frente ao prédio que morava, Emma pensou que finalmente ele fosse beijá-la. O que não aconteceu. Ele parecia travar. Havia algo importante que ele não havia dito a ela, e Emma sabia disso. Embora Kojiro soubesse que ela também escondia alguma coisa.
Mas agora, naquela noite, ela ia deixar isso um pouco de lado. Era despedida de solteiro de uma amiga de longa data. Se divertiria, o que há muito tempo não fazia.
Emma dava os últimos toques na maquiagem. Não era de se gabar, mas estava espetacular. Usava um vestido preto bem justo com a alça caída que evidenciavam as curvas perfeitas de seu corpo e que exibia suas pernas, e um scarpin envernizado preto de salto alto. Sua maquiagem evidenciava mais os olhos que estavam bem marcados fazendo-os parecer mais azuis e seu cabelo estava solto apenas com as pontas levemente enroladas.
Elena, que estava passando pela porta naquele momento, estranhou vê Emma tão arrumara.
- Vai a algum lugar? – perguntou entrando no quarto. Elena parecia um pouco cansada e preocupada.
- Vou sair. - Emma parou de se arrumar e se virou para a mãe. – Por quê? Aconteceu alguma coisa? As cartas...
- Não! – cortou abruptamente Emma. - Eu disse que eu ia cuidar disso. Eu só achei estranho vê você se arrumando. Você não disse nada.
- Eu não digo nada a você há alguns anos. – disse referindo ao passado. - E não foi por escolha minha.
Antes de se voltar ao espelho para terminar de se arrumar, teve a impressão de ter visto uma expressão magoada no rosto de Elena.
- Clair me convidou para a despedida de solteiro dela. Devo chegar bem tarde. – Emma explicou.
- É mesmo. O convite do casamento dela chegou semana passada. – lembrou-se - Já tinha até me esquecido. – Elena disse sentada na cama de Emma. – Quem mais vai?
- Das meninas que eu conheço, só Anne e May. – e se virou para a mãe. – E então como estou?
- Está linda. – admitiu.
Nesse momento Elena percebeu como o tempo havia passado. Emma já era uma mulher feita e capaz de enlouquecer qualquer homem, já estava na faculdade e estava indo para a despedida de solteiro da amiga dos tempos escola. Daqui a pouco, seria a filha que estaria se casando. Por mais que a relação das duas estivesse ainda muito abalada, não se sentia pronta para vê-la se casando e se achava ainda muito nova para ser avó.
- O que foi? – perguntou Emma ao perceber o silêncio e o olhar distante que a mãe tinha.
- Hã?... Nada. Só leva um casado. Já estamos perto do inverno e já está bem frio. E não se esqueça de levar a chave.
- Hum, ok. – e se virou para o closet procurando um casado.
Na saída Elena não conseguiu conter o sorriso. Por mais que o passado não pudesse ser apagado, aparecia que Emma havia aprendido com eles.
(...)
- Tem certeza que ela vai mesmo? – perguntou Kojiro.
- Claro que sim. Eu a ouvi confirmar com a amiga pelo telefone. – respondeu Ken.
Ken Wakashimazu era um grande amigo de Kojiro desde os tempos do Meiwa. Ele havia chegado há dois dias e estava na hospedado na casa na namorada, não muito longe da casa do amigo.
Eram quase meia-noite e os dois estava seguindo para uma luxuosa boate no cento de Manchester, cuja, Wakashimazu tinha certeza que a namorada estava. Ele confiava nela, mas sabia que quando bebia perdia as estribeiras e não sabia onde podia parar. Por isso ligou para Kojiro e pediu que o ajudasse a encontrá-la.
- Eu não acho que ela foi para lá. Ela é menor de idade. Você deve ter confundido o lugar. – disse Kojiro ao volante.
- Não, não. Ouvi muito bem. O lugar se chama Sankeys. E ela disse que não tinha problemas para entrar, usaria uma identidade falsa.
- Essa sua namorada, hein? Imagina quando fizer 18.
Ken se afundou no banco. Era isso que dava se envolver com uma pirralha.
(...)
Emma já havia chegado há meia hora. As meninas estavam todas sentas em uma mesa na área vip. No total eram nove meninas, só as amigas mais intimas da noiva.
Elas estavam tomando as suas bebidas e Emma conversava com suas amigas, Anne e May.
- Nem acredito que a sua mãe não implicou com você por ter vindo. – disse Anne, que estava com um vestido preto curto de renda e mangas cumpridas, usando um peep toe da mesma cor.
- Ela nem falou nada, mesmo antes de falar que vocês viriam também.
- Você contou que eu viria? – May perguntou alarmada. Era menor de idade e não podia frequentar nenhuma boate. – Por que você falou isso?
- Calma. – exclamou Emma à amiga. - Não disse aonde era a despedida de solteiro. Quando disse que você iria, ela deve ter pensado que a festa ia ser na casa da Clair.
May suspirou aliviada. A menina usava um vestido vermelho grená mais solto ao corpo de alças finas e bem curto, junto com um scarpin cor da pele.
- Mas eu estou doida para dançar. – Emma deu o ultimo gole em seu drink. – Vocês vêm?
- Eu não vou ficar segurando vela. – Anne disse apontando discretamente para um homem que estava no bar que havia ficado olhando para Emma desde chegou. E May concordou.
Emma olhou para trás e viu o homem. Não podia negar, era bonito. Não tanto quando Hyuga e Cruyfford, mas muito bonito. Ela sacudiu a cabeça. Nessa noite não pensaria em nenhum dos dois, principalmente no japonês.
Ela caminhou até a pista de dança, olhando para o homem de um jeito lascivo. O homem deixou sua bebida em cima do balcão do bar e foi até ela.
Emma já estava dançando e despertando olhares a sua volta, quando sentiu duas mãos tocaram a sua cintura.
- Está acompanhada? – perguntou o homem ao seu ouvido.
Emma não pode deixar de sorrir. Se Kojiro a quisesse, teria que correr.
(...)
O cheiro da fumaça de dentro daquele local já estava dando dor de cabeça a Kojiro. Ele e Ken haviam se separado para procurar a menina. Só que não contava que fosse ser tão difícil. Havia muitas pessoas, e as luzes e a fumaça dificultava demais.
Kojiro pegou o celular para vê as horas – 1:15 – mas estranhou não ver nenhuma mensagem de Emma. Não podia negar, aquela garota o deixava louco. Precisava se segurar para não agarrá-la quando estava perto. Decidiu focar em achar a namorada de Ken e ir embora logo. Na manhã seguinte não haveria treino nem jogo, mas não era bom frequentar boates, principalmente tendo chegado a pouco tempo no time.
Em um canto mais afastado havia um casal no maior amasso que passaria despercebido se Kojiro – ao procurar a namorada de Ken – não tivesse reparado nas belas pernas da mulher e no cabelo ruivo, achando-os familiar.
- Não pode ser. – Kojiro disse a si mesmo.
Emma havia dançado com o cara. Não era nenhum dançarino, então a levou para um lugar mais reservado. A princípio, Emma tentou recusar, mas o jeito dele lembrava o Hyuga. Não sabia se era a pele, o olhar. Então quando se deu conta, estavam no maior agarramento.
Emma separou seus lábios dos dele em busca de ar, enquanto o homem começou a beijar seu pescoço com fervor. Ao olhar para frente viu uma silhueta que a deixou pálida.
Não podia acreditar no que seus olhos viam. O que ele fazia aqui?
- Emma?!
(...)
O barulho era muito alto, mas tinha certeza que ele havia dito seu nome.
Kojiro sabia que se fosse até lá, socaria o cara que estava em cima de Emma. Ele deu meia volta e se afastou.
Emma empurrou o homem de cima dela, que a olhou surpreso.
- O que foi? – perguntou o homem sem entender nada.
Emma não disse nada a ele. Nem o olhou. Foi atrás de Kojiro dando uma ajeitada rápida no cabelo e na roupa.
Hyuga andava rápido. Iria achar Wakashimazu e ia embora. De repente sentiu uma mão toca-lhe seu braço.
- Kojiro. Espera. – Emma o alcançava. – Eu juro que...
Kojiro parou e olhou furiosamente para ela.
- Você não me deve explicações nenhuma. Volta para lá! Parecia está se divertindo muito! – ordenou cheio de raiva em suas palavras.
- Hyuga, já podemos ir. Achei a fujona. – Ken havia chegado com a namorada. Ao disse isso, ela lhe mostrou a língua, Ken revirou os olhos. Apenas uma palavra vinha a sua mente: Mimada. De repente ele percebeu que Kojiro parecia nervoso e falava alto com a mulher a sua frente. – O que está havendo?
- Nada. – virou-se para Ken. - Vamos.
- Emma? O que houve? – perguntou May intricada, ainda sendo segurada pelo namorado. – Vocês se conhecem?
Ken olhou para Kojiro e depois para Emma, e logo deduziu.
- Essa é a sua ruiva? – Ken perguntou ao amigo.
- Ela não é nada minha. – respondeu amargurado. – Vamos. – e deu as costas para Emma, deixando-a magoada.
- O que houv... - May ia falar com a amiga, mas Ken a puxou para irem embora.
Emma ficou parada olhando Kojiro ir embora. Tentou conter a raiva que sentia dela mesma e não chorar. Fechou os olhos e se abraçou, mas sentiu que no fim desabou em lágrimas.
(...)
Havia chegado há uns 40 minutos em casa depois de deixar Ken e May em casa. Nunca passaria pela sua cabeça que May, namorada de Ken Wakashimazu, pudesse conhecer Emma. Mas agora isso não importava mais.
Kojiro, deitado em sua cama, olhava para o teto, refletindo o que havia acontecido. O celular não parava de tocar e chegar mensagens. Não precisava vê para saber de que era.
- Pode me ligar quantas vezes quiser. Não vou atender.
Kojiro virou para o lado, tentando ignorar o aparelho.
- Não acredito que eu fiz papel de idiota todo esse tempo. Ela não sentia nada.
Mas o celular tocava toda hora.
- Talvez eu deva... – Levantou-se e pegou o aparelho. – Talvez não seja ela. Talvez seja o Ken...
Emma xxxx-8788 2:50 a.m.
"Você está com raiva. Não o culpo. Mas se não me atender, vou até a sua porta e irei tocar a sua campainha até acordar todos os seus vizinhos! Estou em frente a sua casa."
- O que? – assustou-se – Ela não pode estar falando sério...
Levantou e olhou a espreita pela janela. Em poucos dias começaria o inverno e do lado de fora já fazia um frio congelante. A procurou com o olhar pela rua, até notar uma pessoa em frente ao seu portão.
- Emma?!
(...)
- Para que você saiu de lá e veio até aqui? Parecia gostar muito daquele lugar! – Kojiro exclamou a Emma, irritado.
- Você realmente pensa assim? Acha que se eu não me importasse contigo, eu teria pulado o portão da sua casa? Ou gritado em plenos pulmões que eu me arrependo de ter te magoado? – Emma olhou para Kojiro e ele não disse nada. – Se acha isso, eu devo ser uma ótima atriz.
- Eu já te disse. Não somos nada. – indagou seco. – Só não esperava isso de você!
Kojiro não fazia ideia de como aquelas palavras a machucavam, principalmente vindas dele. E ela começou a chorar de tanta raiva que estava sentindo.
- Não precisa chorar. Não queria estragar a sua noite. Pode voltar para lá. – disse com desdém. Isso a encheu de raiva.
- Então para de agir como um namorado traído! – gritou – Não me julgue dessa forma! Eu te dei todas as chances! TODAS! Queria o que? Que eu me atirasse em cima de você? Hein? Responde!
Kojiro a olhava e não sabia o que dizer.
- Quando eu acordo, eu penso em você! Passo o dia todo pensando em você! Até nos meus sonhos você invade!
- Então porque você ficou se esfregando com outro? – gritou ainda mais alto que Emma - Já que gostava tanto assim de mim, não deveria está lá! Eu não quero nem pensar o que você estaria fazendo à uma hora dessas se não tivesse me visto!
Emma ficou chocada. Não esperava isso dele.
- Você não pode falar... – sentou-se na beira da cama de Kojiro e começou a chora copiosamente – Não pode falar isso de mim...
Sabia que estava sendo hipócrita. Havia feito barbaridades há alguns anos atrás, coisas piores do que essa. Mas doía ouvi-lo fala com ela assim. Ela havia mudado.
Kojiro não entendeu aquela cena. Parecia que, o que Emma escondia, havia a machucado muito. Nesse momento ele se amaldiçoou. Sentiu um aperto no coração tão grande em vê-la daquele jeito. Sabia que tinha passado dos limites.
- Emma... – Kojiro havia se ajoelhado e ficado de frente para ela e segurou em uma de suas mãos. – Eu estou aqui. Me desculpa. Não devia ter falado assim com você. Por favor, não fica assim. - Kojiro se arrependeu de tudo o que havia dito.
As palavras de Kojiro acalmaram um pouco a moça. Emma levantou a cabeça e olhou para ele.
Havia tanta dor nos olhos dela, que lhe deu um nó na garganta. Como imãs, seus lábios se aproximaram, e antes mesmo que pudessem notar, estavam se beijando alucinadamente, beirando o desespero. Um beijo que os dois esperavam há tempo.
- Me desculpa, Emma. Desculpa... – Kojiro tentava falar entre os beijos. – Não quero ficar sem você.
- Você não ficaria longe de mim, nem se implorasse.
Os beijos continuaram ainda mais fervorosos. Kojiro está sem camisa não ajudava muito e nem Emma com as suas pernas a mostra.
Ele não resistiu. Segurou uma de suas pernas e a jogou para trás, ficando em cima ela, acariciando aquela região.
Emma delirava a cada toque. Queria ele só para si de qualquer jeito. Pegou a mão, dele que a cariciava, e a levou mais para cima. Seu vestido estava todo enrolado em sua cintura, mostrando mais o que devia.
Kojiro não podia acreditar. Ela era maravilhosa!
Reparou que Emma estava tentando abrir o vestido com dificuldade. Ele se ergueu retirando os sapatos dela e em seguida foi com a mão até debaixo de Emma, puxando o zíper do vestido, exibindo o seu corpo maravilhoso. Retirou a sua calça, então foi a vez de Emma admirá-lo.
Não tinha palavras para descrevê-lo. Aquilo não podia ser real, pensou. Se aquilo fosse um sonho, Emma não queria acordar. Nenhum dos dois.
Kojiro a puxou para seu colo e a mesma sentou de frente para ele com as pernas ao redor de seu corpo. Estava apenas com um sutiã tomara que caia preto que mostrava seus seios volumosos e uma calcinha um pouco pequena da mesma cor, enquanto se beijavam loucamente. Sentia a virilidade ele pulsando embaixo de si. Sabia que aquele momento tão esperado não demoraria há acontecer.
Mais do que isso, só os dois saberão o que aconteceu naquela noite.
Continua...
