A Princesa e o Plebeu

By Neko Aoi

Capítulo X: Tarde

– Cruyfford, entre, por favor. - Elena pediu. Brian entrou na sala.

– Me falaram que a senhora precisava falar comigo. - respondeu o holandês. Mesmo Elena sendo mãe de Emma, ela continuava sendo a advogada do clube. Sempre haveria coisas que teriam que ser tratadas pessoalmente.

Elena o observava, coisa que deixava Brian incomodado.

– Bem, Brian. Eu espero que não se incomode se eu te chamar assim, afinal você é bem próximo da minha filha. - expressou.

Não era de se estranhar que havia sido chamado. Não queria saber de Emma, mas um pedaço seu ficara curioso. Ele e Elena tinham um assunto ainda não resolvido que envolvia e muito Emma. Mas pelo visto não era sobre aquilo.

– Eu fico feliz que você e Emma tenha se entendido. Mas estranhei sua falta no aniversário dela. - Elena falou. - Aconteceu algo?

– Senhora Graham, sinto muito pela desfeita, mas acho que a minha presença não seria bem-vinda.

– Porque não? Vocês fazem um casal lindo. - Elena afirmou.

Brian pode ver que Elena não sabia da história.

– Não sei se a senhora sabe, mas eu e... - pensar em falar o nome dela fez seu coração doer. – Eu e a sua filha, brigamos e não estamos mais nos falando.

– O que? - Elena arregalou os olhos em espanto. - Vocês começaram a namorar há alguns dias atrás e já terminaram? Eu não posso acreditar nisso.

As palavras de Elena causaram um choque em Brian.

– Eu acho que a senhora se enganou, pois, nós nunca namoramos. - Brian se levantou da cadeira - E gostaria de não tocar mais nesse assunto. Eu poderia ir embora?

Brian não entendeu com Elena ainda não sabia de Emma. Mas logo a resposta chegou, Emma precisa de alguém a sua altura. Talvez o motivo dela não ter apresentado Hyuga como seu namorado ainda, seja para protegê-lo dos comentários maldosos, principalmente da sua própria família.

Lembrava de uma vez, quando Emma ainda era uma adolescente e teve a ideia de convidá-la para sair. Enquanto estava na sala esperando-a, ouviu uma conversa de Elena com a avó por parte de pai, a então duquesa de Bedfort. Ela parecia um pouco incomodada com a aproximação dele com a neta. A duquesa não queria Emma com um rapaz sem estirpe, como ela mesma disse.

Emma amava aquele japonês, e nem mesmo Brian poderia negar isso. E ela seria capaz de fazer tudo por ele. A única coisa que pensa era se Kojiro, seria capaz de tudo por ela também.

(...)

Depois da briga que tiveram, nem Emma e muito mesmo Kojiro tocaram naquele assunto novamente. Ela fez questão de queimar o envelope com as fotos na lareira quando chegou em casa. Não contou nada a Elena. Todos os dias ela chegava exausta de tanto trabalho. Também não disse nada sobre Jessica, mas ficou sabendo o que Ryan aprontou com ela. Quando sua mãe contou, percebeu um ligeiro sorriso em lábios. E como era de se esperar Ryan saiu ileso.

Os dias foram se passando e May ainda parecia estranha, mas Emma acreditava ser por conta do namorado que havia voltado para a Itália e não o veria mais esse ano. Embora tivesse alguma coisa que ainda incomodava Emma.

Anne parecia mais feliz do que nunca depois que acabou seu relacionamento de anos. Ela já estava saindo com outro cara, mas Emma estava feliz com a felicidade da amiga, principalmente com o fato dela ter conseguido superar um certo alguém que morava a anos na Alemanha.

Ryan, depois do que aprontou, estava tranquilo. Emma não se esquecia da amiga dele, a tal da Mary-chan. Apesar de ainda não gostar dele falando com estranhos pela internet, conversando com sua mãe, ela a contou Ryan parecia mais calmo. Então achou que a garota era boa influência para o irmão. A única coisa que o abalou um pouco foi saber o novo namorado de Anne. Ryan não gostava que lembrassem, mas quando era pequeno, tinha um amor platônico pela amiga da irmã. Ele jurava que isso era coisa do passado, coisa de criança, mas pelo jeito não era.

Enquanto Elena, parecia só querer saber de trabalhar. Um dia desses, Dean McBride havia ido até sua casa - sem a filha - para falar do casamento. Elena não parecia à vontade com aquele assunto. Os dois estavam em um impasse para marcar a data. Dean queria no começo de março, já Elena só no final do ano seguinte. Mas fora isso ela parecia querer se aproximar mais dos filhos, principalmente de Ryan que ainda estava um pouco arredio.

Com seu pai, Bart, não teve mais contado depois do seu aniversário. A única coisa que havia chegado até ela, era que Bart estava planejando um viajem para o Hawaii com os filhos e o namorado. Ryan já havia dito que não iria e Emma, mesmo tendo um relacionamento melhor com o pai, também não poderia ir. Já tinha planeja uma viagem para o Japão junto com Kojiro para conhecer a família dele. Estava muito animada, mesmo já tendo conhecido o país.

Por outro lado, falar de Brian ainda doía muito. Não havia contado o que houve com Brian para Kojiro, muito menos sobre o beijo que ele havia dado. Para o namorado, o holandês havia se afastado desde quando começaram a namorar. Brian era uma das poucas pessoas que sabia sobre os dois.

Já com Kojiro, tudo parecia ter encontrado a paz finalmente. Desde o dia do aparecimento do último envelope, não haviam brigado mais. Elena passou a perguntar aonde Emma ia quase toda a noite, atitude que estranhou da mãe, mas nunca a impediu de ir a lugar algum.

Era incrível com cada dia se sentia mais apaixonada por ele. Embora Kojiro parecesse está enfrentando um dilema interno, ele retribuía tanto quanto ela. Ela havia ganhado uma camisa do Manchester United com o nome dele. Ela havia adorado o presente.

– Ela ficou perfeita. – Emma não parava de se olhar no espelho. Era emocionante em vê escrito "Hyuga" atrás da blusa do seu time de coração.

– Que bom que você gostou. – Kojiro estava ao lodo dela de braços cruzados, observando a alegria que a namorada estava. – Espero que você vá ao meu primeiro jogo.

– É claro que eu vou lá torcer por você. – ela sorriu.

Emma o abraçou e o beijou.

– O que foi? - perguntou Emma.

– Não houve nada. – respondeu.

– Houve sim. Tem alguma coisa te incomodando. – Emma contemplou seus olhos. – Você está com a mesma expressão que a May. – Aquela não era uma pergunta.

– Ela te disse algo? – perguntou e Emma negou com um sinal do rosto. Então ele ficou mais aliviado.

Emma estava desconfiada.

– Tem algo a ver com a gente? – cada palavra que saia de Emma parecia uma suplica. Kojiro não respondeu, mas o rosto dele dizia o contrário. – Tem, não é? O que você queria me contar tem a ver com isso?

– Emma...

– Por favor. – pediu. – Eu juro que eu vou entender.

Kojiro tirou seus braços de volta da ruiva e caminhou até a soleira da janela do quarto que dava na parte de trás da casa que havia um pequeno jardim.

Era claro para Emma que ela tinha tocado em cheio ao ponto. Memórias da última briga vieram a sua cabeça.

– Eu realmente preciso te contar uma coisa. - Kojiro disse ainda debruçado sobre a janela.

Emma despertou de seus pensamentos e voltou a focar em Kojiro.

– Então me diz o que te angustia.

Emma caminhou até ele e encostou sua cabeça nas costas dele, descansando ali. Podia-se ouvir o suspiro pesado de Kojiro e sentir a tensão de seus músculos.

Ele pegou uma das mãos dela que estavam em volta de si e a beijou. Se virou para ela que o encarava, mas não tinha qualquer julgamento em seu olhar.

– Eu vou te contar, mas antes preciso conversar com uma pessoa. – Kojiro era o mais sincero possível, mas não podia chegar para Emma e falar: "Sabe o que é? Eu tenho uma namorada que deixei no Japão, mas antes de assumir você para todo mundo, preciso terminar com ela." Isso nunca. Emma sofreria por ter sido enganada e ele por tê-la magoado.

Mas tarde naquele dia...

– Por que a demora Hyuga. Conta logo para ela. – dizia Ken Wakashimazu por telefone direto da Itália.

– Eu quero contar para ela. – respondeu um pouco irritado. – Passei o dia inteiro tentando falar com a Maki, mas ela não atende. Estou quase pegando um avião para ir atrás dela.

– Talvez seja até melhor, sabia. Você já devia ter aberto o jogo com a Maki assim que você e a Emma decidiram ficar juntos. – declarou. – Às vezes eu acho que May tem mesmo razão. Talvez inconscientemente você esteja gostando dessa situação.

– Claro que não! Para de falar idiotices. – esbravejou. Ligou para Wakashimazu para que ele lhe mostrasse uma saída, mas para ficar o enchendo.

– Desculpa, mas é o que parece. – alegou. – Mas só uma coisa que eu quero falar antes de você desligar: Coloque as cartas na mesa e abra o jogo para Emma, antes que seja tarde demais.

Kojiro sabia de Wakashimazu tinha razão. Mas se sentiria um canalha com Maki deixando-a ser a última a saber que estava com outra. Porque sempre que pensava nisso, se colocava no lugar dela.

(...)

– Fica. - sussurrou Kojiro ao pé do seu ouvido, envolvendo-a em seus braços.

– Não dá - Emma o beijou - Não posso ficar passando a noite fora. E melhor evitar fofoca e esses tabloides adoram infernizar a vida de todo mundo.

– É melhor esperar mais um pouco. Assim não machuca ninguém. - declarou sério.

Emma o olhou desconfiada. Kojiro estava com aquela mesma cara de que estava a escondendo algo. O japonês reparou e tentou mudar de assunto.

– Melhor você ir. Já está escurecendo - e a beijou.

– Ok. Amanhã a gente se vê?

Kojiro afirmou ainda a segurando pela cintura.

– Vai ser difícil ir se você não me soltar. - Emma disse divertida e Kojiro a soltou e a levou até a porta. - Te amo.

Kojiro sorriu. Era maravilhoso ouvir aquilo.

– Eu também te amo.

Emma o olhou fazendo uma cara divertida.

– Viu que quando você quer, você consegue ser fofo. - e riu.

– Muito engraçada. - e a deu o último beijo. - Tchau.

– Tchau. - e saiu.

– Para de rebolar.

Emma fingiu não ouvir e começou a andar rebolando ainda mais.

A vontade do japonês era de agarrá-la e arrastá-la de volta para a sua cama. Por enquanto não podia andar por ai de mãos dadas com a mulher que amava, mas em breve isso mudaria. Era só ter um pouco mais de paciência.

Quando já estava terminando de se preparar para ir em direção a academia de sua casa, ouviu a campainha tocar.

– O que será dessa vez? – Resmungou, mas ao chegar à sala viu o celular de Emma em cima do sofá a sorriu – Esquecida – E abriu a porta. - Já sei que esqueceu o ce...

– Oi amor.

– Maki!?

Não podia acreditar nos seus olhos. Isso era terrível! Kojiro não sabia o que dizer.

– O que houve? - Maki sorria, mas achava estranha a reação do namorado. - Anda, me ajuda com as malas.

Kojiro não disse nada, apenas olhava para a mulher a sua frente, perplexo.

Maki, ao notar que Kojiro ainda permanecia na porta, o chamou.

– Kojiro, as malas estão pesadas. – disse demonstrando que queria ajuda.

O japonês despertou. O seu pior pesadelo havia se tornado real. Ele caminhou até o taxi onde Maki já havia retirado uma mala grande azul.

– Para que tudo isso? - Kojiro se espantou ao vê a quantidade de malas que ainda havia no porta-malas.

– Para de reclamar.

Rapidamente, Kojiro levou as malas para dentro de sua casa, enquanto Maki pegava a sua bolsa de mão e pagava o motorista.

Já dentro de casa, Maki estava sentada no sofá descansando e Kojiro a encarava.

– Porque me olha assim? Parece chateado. - disse Maki de forma serena.

– Era para você chegar ano que vem. - declarou Kojiro. – Eu tentei te ligar várias vezes, mas você não me atendia.

– Eu queria te fazer uma surpresa. Não gostou? – Maki havia murchado ao ver que o noivo não havia gostado tanto assim da surpresa.

– Podia, pelo menos, ter ligado dizendo que ia vim mais cedo.

– Se eu avisasse, não seria uma surpresa. - Ela se levantou do sofá e deu um leve beijo que não foi retribuído. - Mas não é só isso, não é?

O jeito com que Maki o olhava o fazia se sentir ainda pior do que já estava se sentindo.

– Precisamos conversar. - disse sério.

– Depois. Eu estou muito cansada. Fiz uma viajem de 13 horas, cheia de turbulência, da Tailândia até aqui. Eu estou doida por um banho bem quente e depois me jogar na cama.

– Mas Maki...

– Depois. - e foi na direção de onde achava que era o banheiro.

Parecia que não podia ficar pior. Gritar naquele momento não ajudava em nada. Onde estava Wakashimazu que quando precisava não aparecia. Mas o amigo havia o alertado que isso poderia acontece.

A campainha tocou. Não queria vê ninguém naquela hora.

– Tomara que não seja a pirralha chata. - dizia a si mesmo se referindo a May, namorada do seu melhor amigo.

Mas a última pessoa que queria vê naquela hora estava na sua frente quando abriu a porta.

– Esqueci meu celular. - Emma sorria sexy e parecia não perceber a preocupação do rapaz. Como Kojiro não disse nada, falou: – Não vai me convencer a entrar?

Kojiro estava paralisado. Ele olhava fixamente a ruiva a sua frente e ela sorria.

– Vamos logo. Tenho que ir para casa. – deu um selinho nos lábios do japonês e tentou adentrar a casa. Mas Kojiro foi mais rápido se desvencilhando da porta, não deixando entrar.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou aflito.

A expressão do japonês já denunciava que havia alguma coisa errada. Ele ficou de frente para Emma a impedindo, por algum motivo de seguir até a porta.

– Aconteceu alguma coisa? – disse preocupada.

O tempo enfim tinha acabado.

(...)

Brian caminhava em direção ao seu carro com um envelope nas mãos. Era o convite do evento beneficente de Natal que o clube fazia todo ano.

Todos os anos o holandês ia com uma companhia feminina diferente. E nesse ano não seria diferente. A não ser que não fosse. O que era sua primeira opção. A única pessoa que queria ao seu lado, não poderia.

– Ainda aqui, Cruyfford? - perguntou Philip, o zagueiro do time.

– Estava treinando. - respondeu. A verdade é que treinar era a única coisa que fazia se esquecer de Emma por algum tempo. - E você? Eu não te vi no campo e nem na sala de musculação.

– Eu só vim para checar se o meu ombro tinha voltado ao lugar. - o inglês massageou o ombro onde havia sofrido a lesão. - Mas eu vim para te falar que alguns rapazes vão ao Pub. Se você quiser ir, pode nos encontrar lá de noite. Naquele de sempre.

– Acho que não sou a melhor companhia. Deixa para a próxima.

– Tudo bem... - Philip olhou para as mãos do companheiro de time e viu o envelope. - Então você vai no jantar?

Brian olhou para as mãos. - Também não sei. Não tenho companhia.

Philip gargalhou.

– Fala sério. Tem um monte de mulher atrás de você.

– Mas não é nenhuma delas que eu quero. - afirmou.

– Então convida a Emma. Você é caidinho nela.

– Eu não posso. Ela não aceitaria.

– Por que não? - Questionou. - Você a levou na festa que fizeram para o Hyuga.

Ouvir aquele nome o fazia criar um bolo no estômago. Já era bem ruim vê-lo praticamente todos os dias e para piorar via Emma algumas vezes no CT e Brian sabia que não era por ele que a ruiva estava lá.

– Ela vai com ele.

– Com quem? Hyuga? Eu acho que não, hein.

– Por que você acha isso?

– Bem... Quando estava na fisioterapia entregaram o meu. - pegou o se próprio convite que estava na bolsa. - O meu tem o meu nome e da Aimée. - que era na namorada do jogador. - Enquanto procurava ele, eu reparei em cada nome.

Brian prestava atenção no que era falado, mas não sabia aonde aquilo iria chegar.

– E apenas os jogadores sem uma parceira oficializada, estavam só com o nome escrito. - Apontou para as mãos de Brian, se referindo ao convite dele. - Mas o do Hyuga estava com o nome dele e outro nome. Como é mesmo o nome? - pensava - Era um nome estranho. Começava com M. Eu não sei, mas eu tenho certeza que não era Emma.

Brian tentava processar aquela informação, mas não parecia se verdade. Ele amava tanto Emma, que mesmo estando com o japonês, pensava numa hipótese de confundido os nomes e o convite não se de Kojiro. Emma não podia ser a outra. Aquilo ia acabar com ela.

– Você tem certeza disso, Phil?

– Absoluta certeza.

Brian começou a se afastar meio desnorteado.

– Hey. Aonde você vai cara?

Brian olhou para trás, ainda pensando sobre o que acabará de ouvir.

– Eu não sei. Preciso pensar.

Caminhou até o carro embasbacado. Não sabia o que fazer naquela hora. Milhares de perguntas surgiram na sua mente.

Porque Hyuga faria uma coisa dessas?

Será que ele só estava se divertindo com Emma?

Será que se contasse a Emma, ela acreditaria?

E se ela souber disso?

Ela estaria aceitando isso numa boa?

Não. Definitivamente Emma não aceitaria viver aquela situação.

Aquele japonês só pode está enganando a minha princesa, o meu anjo, o meu amor.

Brian fez o retorno e acelerou. Iria acertar as contas com aquele japonês e ele iria pagar caro por fazer Emma de idiota.

(...)

– Preciso te contar uma coisa. - disse apresado. - Me encontre no...

– Quem está aí? - perguntou Maki se aproximando da porta.

– Vai embora, por favor. Eu levo o seu celular até a sua casa. - Kojiro estava nervoso.

Mas ele mesmo sabia que naquele instante percebeu, ele já havia perdido.

– Quem está na sua casa? - Emma havia se espantado com a voz que ouviu. - É a voz de uma mulher? - Emma tentou passar por ele, mas Kojiro a impediu. - Eu quero ver quem é! Eu exijo que você me deixe passar! - Por pouco Emma não gritou aquelas palavras. Ela estava furiosa e seu coração estava acelerado.

Em um dia normal, Kojiro não deixaria ninguém, nem mesmo Emma, falar daquele jeito com ele, muito menos lhe dá ordens. Mas era ele que estava errado.

De repente, ouviu a aporta se abrindo e Maki surgindo atrás dele. A cena toda aconteceu em alguns míseros segundos, mas lhe pareceu uma eternidade. Quando Maki abriu a porta, Kojiro estava a sua frente, mas conseguia vê claramente a ruiva. Ela ficou, por um tempo, encarando o namorado e a mulher oriental, desconfiada.

– Oi. - Maki disse se dirigindo à Emma. E se voltou para Kojiro. - Quem é ela? - Apontou com a cabeça.

Emma até forçou pouco, mas não entendia o que a mulher falava. Havia passado pouco tempo desde que foi embora da casa de Kojiro até a hora que voltou por ter esquecido o celular, nem 5 minutos. Será que Kojiro havia marcado alguma coisa com aquela mulher? Pensou, porque não contou a ela e quem seria.

– Quem é você? - foi à vez de Emma.

– Eu me chamo Maki Akamine. Noiva do Kojiro.

Emma havia recebido um baque. Olhava fixo para Maki esperando qualquer sinal de que aquilo era brincadeira, mas não aconteceu. Ela olhou para Kojiro e ele parecia nervoso. Então Emma percebeu, não era só ela que estava escondendo coisas. Ela queria gritar, chorar, bater, por tudo para fora, mas não conseguia. Ainda estava em choque para expressar qualquer coisa.

Continua...