Cap. 66 - Ataque contra o prefeito
Morgana estava nervosa enquanto se dirigia ao escritório de Dumbledore no início de dezembro. Ela sabia que tinha que cumprir sua função de espiã, mas a missão que o Lorde das Trevas lhe atribuíra era particularmente desagradável. O corredor que levava ao escritório estava iluminado por tochas e os retratos nas paredes pareciam observá-la com curiosidade. Ao entrar no escritório de Dumbledore, ela encontrou-o sentado atrás de sua mesa. Seu escritório estava decorado de maneira aconchegante, com inúmeros objetos mágicos e pilhas de livros empilhados por todos os lados. Fawkes, sua fênix, estava descansando serenamente em seu poleiro dourado.
Dumbledore a recebeu com um aceno gentil e a convidou a se sentar em uma das poltronas confortáveis. Com uma voz firme, Morgana começou a relatar a missão que o Lorde das Trevas havia designado para ela. Ela explicou que a tarefa envolvia planejar um ataque a uma cidade trouxa específica, onde o prefeito era um nascido trouxa. O objetivo era atacar a cidade e assassinar o prefeito. Dumbledore ouviu atentamente, sua expressão não mudou, mas seus olhos azuis brilharam com uma intensidade séria. Ele sabia que Morgana estava enfrentando uma decisão terrível e que a conversa que se seguia era extremamente delicada.
Dumbledore ouviu o relato com atenção, sua expressão não denunciou emoção, mas seus olhos transmitiam a preocupação de alguém que conhecia as profundezas das trevas. Ele perguntou a Morgana sobre a origem dessa missão e a razão por trás dela. Morgana compartilhou algumas informações que sabia, enfatizando que o Lorde das Trevas estava buscando consolidar seu domínio sobre a comunidade bruxa. O diretor de Hogwarts, conhecido por sua sabedoria, calmamente manifestou suas reservas. Ele falou sobre o impacto que tal missão teria nas vidas de inocentes, incluindo trouxas.
Dumbledore manteve sua calma e olhou nos olhos de Morgana, respondendo com seriedade:
- Morgana, você possui habilidades e conhecimentos extraordinários. Use essas dádivas para encontrar uma solução que não envolva causar sofrimento e morte a inocentes. O Lorde das Trevas pode ser implacável, mas talvez ele possa ser persuadido a reconsiderar. Eu acredito que, com determinação e criatividade, você pode encontrar uma saída.
Morgana não conteve uma risada cínica, expressando seu ceticismo quanto às palavras de Dumbledore. Ela retrucou:
- Você não entende, Alvo. Quando o Lorde das Trevas dá uma missão a um Comensal, não é uma opção dizer não. É uma questão de vida e morte. Não se trata de negociação, mas de servidão e obediência.
Dumbledore olhou com compaixão para Morgana, ciente das ameaças que pairavam sobre aqueles que se opunham ao Lorde das Trevas. No entanto, ele manteve sua posição de que sempre existiam opções, e que resistir ao mal era uma escolha corajosa a ser considerada.
Morgana fitou Dumbledore com firmeza e disse:
- Dumbledore, você precisa entender que o Lorde das Trevas quer aquele nascido trouxa morto, e não há como fazer com que ele mude de ideia. Se eu tentar negociar, ele vai me considerar uma traidora. Eu aprecio suas intenções de encontrar uma solução pacífica, mas, neste caso, não vejo alternativa. Cumprir a ordem é a única opção que tenho.
Dumbledore, ainda preocupado com a situação, assentiu compreensivamente, reconhecendo o desafio que Morgana enfrentava. Ele sabia que a batalha entre as trevas e a luz estava longe de terminar e que as escolhas de Morgana continuariam a moldar seu futuro.
Morgana manteve sua postura firme e respondeu a Dumbledore:
- Como comandante de um grupo de comensais, serei eu a planejar e comandar o ataque. O máximo que posso fazer para tentar amenizar a situação é levar um grupo relativamente pequeno, com comensais menos experientes, tornando-o mais suscetível a intervenções externas e menos eficaz. No entanto, a missão em si ainda precisa ser cumprida. O Lorde das Trevas não vai aceitar outra solução. Estou lhe avisando sobre o ataque, ele vai acontecer. Talvez esse nascido trouxa tenha sorte e não morra.
Dumbledore respeitava a decisão de Morgana, mesmo que discordasse de suas ações. Ele sabia que a situação era complexa e que ela estava presa entre a ordem implacável de Voldemort e sua lealdade a Ordem.
Morgana olhou diretamente para Dumbledore com seriedade e determinação em seus olhos enquanto falava:
- Dumbledore, entenda que não tenho escolha quando o lorde das trevas dá uma missão. Preciso manter a confiança dele, mas farei o possível para evitar uma tragédia. Levar três ou quatro comensais novatos deverá diminuir as chances de morte. Peço que deixe apenas um ou dois aurores como guardas do prefeito, mas não muitos, para não levantar suspeitas.
Dumbledore suspirou profundamente, olhando para Morgana com compreensão. Ele respondeu:
- Compreendo sua situação, Morgana. Embora não goste do que está acontecendo, sei que é preciso manter as aparências. Tomarei as providências necessárias, mas espero que, a longo prazo, possamos encontrar uma maneira de lidar com o lorde das trevas de forma mais eficaz e menos prejudicial.
Morgana assentiu, sabendo que esta era a única opção viável para o momento. Morgana olhou para Dumbledore e informou com uma expressão séria:
- O ataque está marcado para sexta-feira, dia treze. No dia seguinte, tenho um compromisso familiar que não posso adiar.
Ela deu um sorriso de lado, sabendo que suas palavras continham um duplo significado, indicando que precisaria estar ocupada e fora de alcance durante esse período.
Morgana se levantou, deixando Dumbledore em seu escritório para trabalhar no plano de proteção para o prefeito nascido trouxa. Ela sabia que estava em uma posição complicada, tentando proteger a vítima de uma missão que não podia recusar.
Morgana passou os dias meticulosamente planejando cada detalhe de sua missão. Ela estava ciente da delicada linha que precisava percorrer entre satisfazer as exigências do Lorde das Trevas e manter a confiança de Dumbledore. Cada passo, desde a seleção dos comensais até a escolha do momento certo, foi cuidadosamente ponderado.
Enquanto planejava, ponderou sobre as possibilidades e as consequências de cada ação, sabendo que o equilíbrio era fundamental para seu sucesso e sua sobrevivência.
O fato de a missão envolver uma cidade pequena tornou ainda mais delicada a linha que Morgana tinha que percorrer. Em uma cidade menor, as ações eram mais visíveis, e as consequências de um ataque poderiam ser mais facilmente rastreadas. Isso significava que qualquer erro ou dano causado poderia chamar a atenção não apenas das autoridades trouxas, mas também da comunidade bruxa.
Morgana teve que se certificar de que o ataque fosse discreto o suficiente para evitar alertar as autoridades trouxas e bruxas, mas ao mesmo tempo, eficaz o bastante para satisfazer o desejo do Lorde das Trevas.
A cidade pequena apresentou um desafio adicional, pois as notícias e informações poderiam se espalhar rapidamente, tornando a missão ainda mais arriscada. Morgana estava ciente de que cada ação seria avaliada de perto, e a menor falha poderia ter implicações devastadoras. Ela precisaria contar com suas habilidades e experiência para navegar por essa situação complexa e garantir que a missão fosse concluída com sucesso.
No dia da missão, Morgana seguiu sua rotina como de costume. Pela manhã, deu suas aulas, e após o intervalo do almoço, solicitou ao Professor Slughorn que a substituísse nas duas aulas da tarde. Morgana sabia que precisava ter seu álibi sólido para evitar qualquer suspeita posterior. Ela escolheu o meio da tarde como o momento para o ataque, provavelmente acreditando que seria um horário em que a cidade estaria menos movimentada, permitindo que o ataque fosse realizado com menos testemunhas possíveis. Morgana estava ciente de que cada detalhe da missão era crítico e que qualquer deslize poderia comprometer seu equilíbrio delicado entre o Lorde das Trevas e Dumbledore.
Perto do momento do ataque, Morgana estava na mansão dos Lestrange, diante de cerca de vinte comensais da morte reunidos para a missão. Ela sabia que teria que lidar com as consequências de sua estratégia arriscada de informar Dumbledore com informações parciais sobre a quantidade de comensais envolvidos.
Morgana havia dito a Dumbledore que seriam poucos comensais envolvidos, mas, na realidade, não havia mentido. Apenas Morgana, Lucius e Bellatrix entrariam no escritório do prefeito, enquanto os outros comensais liderados por Rodolfo teriam a tarefa de espalhar o caos pela cidade.
Os comensais, liderados por Rodolfo, aparataram na pequena cidade, causando caos e destruição por onde passavam. Incêndios eram iniciados, edifícios eram destruídos, e mortes eram resultado do tumulto provocado pelo ataque. A atmosfera tornou-se sombria, carregada com o terror da presença dos seguidores do Lorde das Trevas.
Enquanto isso, Morgana, Lucius e Bellatrix aparataram diretamente na prefeitura da cidade. A adrenalina pulsava em suas veias enquanto se preparavam para a parte mais delicada da missão. Sabiam que tinham que agir com rapidez e eficiência para cumprir as ordens do Lorde das Trevas, sem levantar suspeitas. O jogo das trevas estava em andamento, e o resultado seria devastador para a cidade e todos os seus habitantes inocentes.
Morgana adentrou na prefeitura com seus olhos brilhando de determinação, sua aura escura lentamente se espalhando pelo ambiente. Seu sorriso estava carregado de um toque sombrio enquanto se aproximava de uma recepcionista trouxa. Com um tom amigável e confiante, Morgana perguntou:
- Com licença, minha cara, poderia me indicar o caminho para o escritório do prefeito?
A recepcionista, notando o olhar intenso de Morgana, apontou na direção correta, sem hesitação, sentindo uma estranha sensação ao olhar nos olhos da professora. Morgana agradeceu brevemente e seguiu em direção ao seu destino, ansiosa para cumprir a missão do Lorde das Trevas. Após a recepcionista cair de sua cadeira, morta por causa de uma maldição da morte de Bellatrix, Morgana, Lucius e Bellatrix foram na direção correta colocando as máscaras de comensais.
Conforme Morgana e seus companheiros avançavam pelo corredor, depararam-se com um auror, determinado a proteger a porta do escritório do prefeito. O auror imediatamente percebeu a atmosfera carregada de Morgana e seus dois acompanhantes e, com a varinha em punho, se posicionou de maneira defensiva. Com um olhar determinado, o auror encarou Morgana e os comensais.
Morgana, com sua aura escura pairando ao redor dela, não demonstrou surpresa nem hesitação. Ela sabia que esse confronto era inevitável. Com um sorriso sinistro, ela sussurrou para Lucius e Bellatrix:
- Fiquem preparados.
Morgana então se adiantou em direção ao auror, pronta para o confronto que estava prestes a começar.
Morgana avançou com determinação em direção ao auror, e à medida que se aproximava, sua aura escura se intensificava, tornando o ambiente ao seu redor mais sombrio e opressivo. Era uma manifestação de seu poder nas artes das trevas, algo que causava desconforto até mesmo nos mais experientes bruxos.
O auror, em face do avanço de Morgana e da ameaça iminente, ergueu a varinha, pronto para defender o prefeito nascido trouxa a todo custo. O auror agiu rapidamente, lançando um feitiço em direção a Morgana.
Com destreza e precisão, Morgana desviou do feitiço lançado pelo auror, realizando um movimento elegante com sua varinha. Em seguida, com um gesto rápido, ela manipulou a magia para lançar o auror contra o teto, onde ele ficou suspenso, incapaz de se mover. Com a porta do escritório do prefeito bloqueada, Morgana lançou um feitiço que a fez explodir, abrindo caminho para o interior do local. Ela estava determinada a cumprir sua missão a qualquer custo.
À medida que Morgana, Lucius e Bellatrix cruzaram a porta, foram imediatamente recebidos por um ataque feroz dos dois aurores e do prefeito. A sala do escritório estava tomada por feitiços, criando um turbilhão de energia mágica. Morgana, usando suas habilidades avançadas em magia negra, enfrentou os aurores de frente. Com um movimento de sua varinha, lançou o feitiço que suga o ar dos pulmões da vítima, deixando um dos aurores sem fôlego, incapacitado e de joelhos no chão sem conseguir respirar.
Morgana, com precisão, lançou a maldição quebra ossos no auror que enfrentava Lucius. O feitiço atingiu-o de cheio, e o auror caiu no chão em agonia, gritando de dor enquanto seus ossos eram afetados. Embora a maldição fosse extremamente dolorosa, não era fatal.
Enquanto o auror gemia no chão, Bellatrix agiu com sua característica frieza, lançando a maldição da morte no prefeito. O feitiço atingiu-o com uma intensa luz verde, e o prefeito caiu inerte sobre sua mesa.
Morgana sentiu uma onda de frustração enquanto via Bellatrix lançar a maldição da morte no prefeito. Ela não queria que ele morresse, pois isso não estava de acordo com os seus planos com Dumbledore. O olhar de Morgana se encontrou brevemente com o de Bellatrix, mas não havia mais nada a fazer. O prefeito estava morto.
Morgana sabia que Dumbledore não ficaria satisfeito com essa parte da missão. Mesmo com seus objetivos a cumprir para o Lorde das Trevas, Morgana desejava encontrar uma maneira de manter o prefeito vivo, mas Bellatrix tinha agido rápido demais. Agora, eles precisavam deixar o local rapidamente.
Morgana, antes de sair do escritório, lançou um último olhar para o auror que estava sob seu feitiço, quase sem ar. Com um movimento sutil da mão, ela cancelou o feitiço, permitindo que o auror recuperasse sua respiração. Nenhum dos outros comensais percebeu o gesto de Morgana. Ela então aparata com seus companheiros comensais de volta para onde os outros estavam atacando a cidade, determinada a cumprir o resto da missão do Lorde das Trevas.
Morgana, Lucius e Bellatrix avançaram pelos trouxas, lançando maldições, torturando e, em alguns casos, matando-os. A adrenalina da missão bem-sucedida os envolvia, e a aura de Morgana vibrava a cada ato de crueldade que cometiam. A escuridão se espalhava a sua volta, com os demais comensais se apressando para acompanhar a intensidade dela.
Como um ato final, Morgana canalizou suas habilidades com o elemento terra e provocou um terremoto na cidade. O solo tremeu sob seus pés, causando pânico entre os trouxas restantes, que correram em desespero. Morgana e seus companheiros comensais riam enquanto a cidade caía em caos e destruição. Morgana sabia que as consequências daquela missão logo se fariam sentir, mas isso era o que o lorde das trevas desejava.
Morgana e os outros comensais aparataram rapidamente antes que qualquer auror pudesse chegar ao local da destruição. Sua ação foi veloz, e em menos de uma hora, eles haviam completado sua missão. Ao chegarem perante o Lorde das Trevas, Morgana se curvou, um sorriso sádico e triunfante estampado em seu rosto. Ela permitiu que o Lorde visse os resultados da missão e o caos que haviam semeados, sabendo que ele ficaria satisfeito com os resultados.
