Olá Pergaminhos e Nazarins, espero que vocês gostem deste capítulo da minha fanfic: Aquele que Voltou
"SHUSHARNA" retornou e julgará uma cidade inteira.
Com vocês
Aquele que Voltou
Capítulo 56: A Morte Chega
— QUEM OUSA ATACAR MEUS SERVOS?
Todos olhavam pelas janelas, as pessoas nas ruas viram as nuvens negras se formando e se reunindo até surgir o corpo gigantesco do Rei Feiticeiro.
— HOJE AS PESSOAS TESTEMUNHARAM A PERFÍDIA DA HUMANIDADE, VIRAM O ATAQUE COVARDE A UM REI E SEU EMISSÁRIO.
As multidões haviam ouvido todo o discurso e o ataque pelas palavras mágicas projetadas pelas ruas, ao verem a figura gigantesca, balbuciavam seu nome.
— Shusharna... Shusharna retornou. - gemiam todos.
— FOI LHES DADA A CHANCE DE PAZ E ESTA FOI RECUSADA, EM VEZ DISSO, POR TRÊS VEZES PROCURARAM A GUERRA! POR TRÊS VEZES ATACARAM! POR TRÊS VEZES SÃO CULPADOS!
— NÃO TEMAM! É APENAS UMA ILUSÃO! NÃO É REAL - gritou Dominic.
— NÃO SOU REAL!? - o gigante respondeu e com um balançar de seus braços golpeou o topo da catedral.
Apesar de ser uma imagem, quanto maior o poder do invocador, maior pode ser a ilusão, chegando a torná-la sólida o suficiente para destruir coisas, então foi como um golpe de karatê, onde se corta o topo de uma garrafa com um golpe da mão, todo o telhado da igreja choveu fora dos muros da cidade.
— EU SOU AINZ OOAL GOWN, A JUSTIÇA SOBRE TUDO QUE É VIVO, POR SEUS PECADOS HOJE EU TRAGO A MORTE A ESTA CIDADE, SOMENTE AQUELES QUE ACREDITAM EM MIM E CARREGAM MEU SÍMBOLO VIVERÃO! - disse enquanto apontava para o céu e se desfazia em nuvens novamente.
Todos olharam um pequeno ponto que surgiu, na verdade era um enorme portal que se abriu a dezenas de quilômetros de altura. Shalltear estava flutuando ao lado desse portão, ela sorriu quando uma rocha gigantesca caiu por ele.
Aquilo estava alto o suficiente para atingir velocidade terminal e incendiar como um meteoro, os elfos acorrentados nas ruas quando viram o brilho descendo sobre eles, agradeceram a seus deuses.
— Finalmente acabou - disseram entre lágrimas enquanto sorriam.
A enorme rocha atingiu a catedral, com a força do impacto a destruição de sua onda de choque se propagou para dezenas de quadras ao redor, uma cratera gigantesca surgiu no coração da cidade, e quando a poeira se espalhou o suficiente, algo se moveu, algo muito grande, com mais de trinta metros de altura e vinte de largura, seus braços eram tão compridos que quase arrastavam no chão, como uma pequena montanha saiu do buraco.
Aquele era Gargantua, o guardião do quarto piso, agora com a missão de esmagar tudo em seu caminho, sejam prédios, casas, igrejas, pessoas ou soldados.
De um portal menor próximo ao chão caíram centenas de Cavaleiros da Morte e seguiram sua sina sanguinolenta, matando quem estivesse por perto e perseguindo outros, Shalltear se deliciava com as cenas.
Gargantua seguia em direção ao Palácio Pontífice, caminhando em linha reta, somente desviou de seu caminho quando encontrou a igreja de um certo deus.
A morte se espalhava por Kami Myako, mas não vinha para todos, quando uma mulher que protegia seu filho estava prestes a ser morta por um Cavaleiro da Morte, ela levantou o símbolo de Shusharna, apenas um crânio de perfil mal esculpido em madeira, a criatura parou, mudou de direção e procurou outro alvo, da mesma maneira as igrejas de Shusharna não foram invadidas, nem as do Deus da Terra cujas portas foram pintadas com o símbolo do deus da morte pelos amigos de TW, mesmo símbolo que estava nas portas de várias casas.
Enquanto isso do lado de fora das muralhas uma multidão de milhares se formava, a cada poucos segundos dezenas de elfos eram cuspidos das sombras, centenas de Demônios das Sombras faziam seu serviço de forma diligente, evacuaram os elfos que estavam no ponto de impacto antes de serem atingidos e depois se espalharam pela cidade, retirando os cativos, afinal de nada adianta ter um reino elfico se metade de sua população está acorrentada em outro local.
Ninguém falava, todos tinham medo do que viria.
— Aqui, se juntem - falou Sylvia subindo suas faixas e mostrando suas orelhas curadas, a única com elas inteiras - logo alguém virá, precisamos ficar juntos.
Então um portal se abriu e de dentro saiu um menino, um menino elfo negro com olhos dos reis, todos caíram de joelhos.
— OI?! Isso de novo? Se levantem, vamos, todos de pé - ordenava sem sucesso a elfa.
O medo tomava conta, Aura já estava incomodada com isso, então soprou uma leve fumaça que se espalhou sobre a multidão, eram feromônios calmantes.
— Pronto agora que estão mais calmos se levantem e entrem no portal.
— Para onde vamos Sua Majestade? - perguntou um velho elfo.
— Vocês vão voltar para sua casa, em Crescent Lake.
— NÃÃÃÃÃOOOO!! EU NÃO VOU VOLTAR, PREFIRO MORRER A VIVER NAS MÃOS DO REI ELFO, PREFIRO FICAR AQUI E MORREEEER! PREFI… - gritava uma elfa histérica.
Aura se aproximou dela e lhe deu um tapa, na verdade nem acertou ela, apenas o choque do vento produziu o mesmo efeito.
— Se acalme, Decem, o Rei Elfo está morto.
A elfa que chorava segurando o rosto parou imediatamente.
— Morto, alguém matou aquele monstro?
— Vocês escutaram o anúncio não é? Meu irmão é o novo rei e vocês vão para casa. VOCÊ! De bandana!
— E-eu? - disse Sylvia caindo de joelhos.
— Sim, você, agora você é... hummm... A Supervisora Para o Assentamento dos Cidadãos Elficos, isso, cuide para que eles tenham alojamentos e comida ao chegarem. – Falou Aura desaparecendo em outro portal.
— S-sim Sua Majestade – disse Sylvia com um olhar de convicção de que não desapontaria sua nova senhora.
Assim lentamente começaram a atravessar o portal com receio e muitos medos, ao sair caíam em lágrimas, lá estava a cidade élfica a muito esquecida por eles.
Do outro lado uma multidão que se formava ao verem o estranho portal surgir, ninguém tinha avisado a população de Crescent Lake sobre o que ia acontecer, então o pranto começou, seus antigos parentes surgiam um a um de dentro do portal, todos estavam recebendo a dádiva de seu novo Rei.
Nas igrejas do deus da Morte ou da Terra a cena era diferente, a multidão estava em pânico, queriam fugir e procurar seus pais, parentes ou apenas se esconder mais ainda, mas foram impedidos por pessoas desconhecidas que usavam colares com o crânio de Shusharna esculpido.
— NOS DEIXEM SAIR… VAMOS TODOS MORRER… MEUS PAIS.
— PAREM! PAREM! ESTAMOS SEGUROS, SHUSHARNA NÃO NOS FARÁ MAL!
— QUEM É VOCÊ? SHUSHARNA? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?
— MEU NOME É BRON, Ahann… meu nome é Bron, sou um seguidor de Shusharna, como vocês, me deixe perguntar algo, o que viemos fazer aqui hoje?
Ninguém entendeu a pergunta.
— O que fazemos todos os anos neste dia?
— Rezamos ao nosso deus - respondeu o sacerdote.
— E o que nós pedimos nessas orações?
— O seu retorno?
— SIM! ISSO! Bem, funcionou! Shusharna retornou.
— O que, tipo, AGORA?!! - falou o sacerdote abismado.
— Sim, ele retornou, vocês viram, ele voltou como o Rei Feiticeiro – mostrou Bron o símbolo de Shusharna ao lado de uma moeda do Reino Feiticeiro que tinha a efígie do Rei, eram muito parecidas - vocês se lembram disso? Do boato do retorno de Shusharna em outro reino, proibiram que a gente falasse disso, tentaram esconder de nós e mentiram para nós, mas vocês viram agora com seus próprios olhos, viram ele em toda sua grandiosidade, ele retornou como pedimos, e veio julgar os pecados desta cidade, estamos protegidos de sua fúria se mantivermos seus ensinamentos em nossos corações.
— Mas, e quanto aos outros? Aqueles que não…
Bron apenas balançou a cabeça negativamente, poucos choraram, talvez apenas as crianças.
No Palácio Pontífice o primeiro acento da escritura do Holocausto observava, ele é um Godkin, e sabia que a cidade morreria.
— Cedran, precisamos fazer algo, lutar, destruir aquela coisa.
— Com o que? Aquilo parece um golem, do tamanho de uma montanha, mas um golem, ainda assim é diferente, nunca vi nada semelhante, o que enfrentamos nas terras dos homens-fera não eram minimamente parecidos com isto. Ele deve ser imune a quase tudo.
— Mas não a água! O ponto fraco da pedra é a água - disse o alto sacerdote.
— Então vá meu amigo, estaremos logo atrás de você irmão e destruiremos aquela coisa juntos! - disse o primeiro acento sorrindo.
Assim saíram voando o sacerdote e seus acólitos, Cedram nem se mexeu.
— Não vamos ajudá-los? - disse Quintia.
— Eles estão mortos - falou sombriamente - olhe.
O sacerdote lançava o que deveria ser seu feitiço mais poderoso, uma magia de terceiro nível, um jato de água tão pressurizado que deveria ser capaz de cortar rochas, o jato se esparramou pela superfície de Gargantua sem perfurá-lo, apenas chamando sua atenção, com um aceno mais rápido do que era esperado de algo tão grande, pulverizou o sacerdote e seus seguidores.
— Reforçar seus pontos fracos é o básico da estratégia, aquilo deve ter muita magia de proteção, o Rei Feiticeiro não é um tolo, ele não pode ser subestimado como fizeram, vamos.
— Para onde Cedran?
— Para fora daqui.
— E os tesouros dos deuses?
— Mesmo que ainda haja algum no cofre, não temos mais tempo.
Um estrondo ressoou pelo palácio, do lado de fora o golem gigante esmurrava as paredes.
Poucos sabem ou se lembram como foi construído o Palácio Pontífice, os seis deuses reuniram suas magias e cada um convocou uma fortaleza, do mesmo tipo ao que Ainz havia criado nas montanhas Arzelizias, tão próximas que pareciam uma única torre circular, em torno dela, depois de vários anos o Palácio foi construído, sua estrutura interna resistiu a pouco mais que alguns golpes, e depois ruiu.
Ao longe sentados em um platô de uma grande montanha, Antilene bebia uma poção vermelha derramada em seus lábios, ela abriu os olhos e viu o rosto do elfo observando ao longe, ela então percebeu que estava deitada em seu colo.
— Lorde Mare, me desculpe, não quis me aproveitar…
— Eu sei, e-eu te coloquei aqui, olhe, Gargantua chegou ao Palácio.- disse Mare de forma animada.
Antilene virou a cabeça e viu quando as torres caíram.
— Você fez bem, cumpriu o que foi ordenado, meu mestre diz que um bom serviço deve ser recompensado.
— Então, posso pedir algo? - disse ela se sentando.
— Sim, mas não pode matar seu pai, ainda! NEM PEDIR NADA SUJO! Talvez você queira ir embora?
— Queria que, se Lorde Mare quiser, queria saber se poderia… me dar um beijo.
Mare ponderou e respondeu.
— Certo, feche os olhos.
Antilene os fechou e então fez um biquinho esperando, foi quando sentiu o beijo em sua bochecha, ao abrir os olhos viu o menino elfo escondendo o rosto completamente vermelho.
— 'MEUDEUSCOMOÉFOFO!!!'
Um pouco mais acima, em uma pedra, Aura e Shalltear observavam tudo, a cidade queimando, os gritos morrendo, os Cavaleiros da Morte ceifando, Gargantua esmagando e o casal de jovens sentados lado a lado abaixo, então Aura sussurrou para Shalltear.
— Certo! Admito, realmente é uma cena romântica.
...
NOTA DO AUTOR
Olá, como vocês perceberam Ainz é confundindo com Shusharna novamente e ele vai manter essa mentira o quanto der
Gargantua fez uma participação especial.
E este foi o fim da Teocracia como a conhecemos.
Antilene tem seu primeiro beijo, assim como Mare.
