Cap. 69 – Reunião tensa com Dumbledore

Morgana entrou no escritório de Dumbledore ao lado dele, e a tensão era palpável no ar. O escritório, iluminado pela luz fraca das velas, estava repleto de objetos mágicos e livros empoeirados. Dumbledore parecia mais sério do que o habitual, e seu olhar penetrante pesou sobre Morgana enquanto ele a conduzia até uma das cadeiras em frente à sua mesa.

Com um gesto da mão, Dumbledore indicou que Morgana deveria se sentar. O silêncio dominou a sala por um breve momento, enquanto ambos se acomodavam. Era evidente que a conversa que se seguiria não seria simples.

O clima na reunião era pesado, e Dumbledore começou a falar com um tom de censura na voz, olhando fixamente para Morgana.

- Morgana, precisamos falar sobre o que aconteceu na sexta-feira durante o ataque ao prefeito.

Dumbledore disse, deixando claro que não estava satisfeito com a situação. A tensão no ar cresceu à medida que a conversa se desenrolava.

Morgana olhou seriamente para Dumbledore, firme em sua postura. Ela não pretendia se acovardar diante dele, pois estava ciente de que havia feito o máximo para tentar salvar o prefeito nascido trouxa. A tensão na sala era palpável, e Morgana estava pronta para justificar suas ações e explicar sua perspectiva.

A tensão na sala era palpável quando Dumbledore disse a Morgana que ela deveria ter garantido que o prefeito ficasse vivo. Morgana, com uma expressão determinada, retrucou:

- Fiz tudo o que pude, Dumbledore. Eu não queria que ele morresse.

Dumbledore, olhando-a intensamente, perguntou com ceticismo:

- Você fez mesmo tudo o que pôde, Morgana? Ou será que, no fundo, você não estava contente com a morte do nascido trouxa?

Os olhos de Morgana faiscaram de raiva, e ela respondeu com firmeza:

- Não queria que ele morresse, Dumbledore. E não fui eu quem o matou. A situação fugiu ao meu controle.

Dumbledore continuou questionando Morgana sobre a falta de controle na situação, apontando que ela estava no comando dos Comensais e que o ataque tinha sido planejado por ela. Morgana respondeu com frieza:

- Fui forçada a lidar com os aurores que você enviou, Dumbledore. E enquanto eu estava ocupada com eles, o prefeito foi morto.

A tensão entre os dois era evidente, cada um deles defendendo seu ponto de vista, mas ambos sabiam que a situação era complexa e que teriam que lidar com suas consequências.

Dumbledore olhou firmemente para Morgana e disse:

- Morgana, você quase matou aqueles aurores. Está se perdendo na escuridão, e eu me pergunto qual missão você está realmente querendo cumprir. A missão que Voldemort lhe deu, ou a missão de manter o prefeito vivo que foi dada pela Ordem?

A pergunta de Dumbledore era direta e incisiva, buscando entender os motivos e lealdades de Morgana em meio à crescente ameaça do Lorde das Trevas.

Morgana estava inundada de emoções conflitantes. Sentia traição pelas palavras de Dumbledore e raiva por ter sua lealdade questionada. A aura escura dela começou a dominar o ambiente, como uma tempestade se aproximando.

Ela respondeu com um toque de cinismo em sua voz, olhando diretamente para Dumbledore:

- Como você ousa questionar a minha lealdade, Dumbledore? Eu fiz o que foi preciso fazer. Eu tenho que satisfazer o Lorde das Trevas de alguma forma, senão eu morro. Precisava causar um grande impacto nessa missão. Eu teria dado um jeito de deixar o maldito prefeito vivo, mas Bellatrix foi mais rápida e o matou.

Quando Dumbledore a confrontou sobre o número de comensais usados no ataque, Morgana respondeu com determinação:

- Eu não menti, Dumbledore. Usei apenas mais dois comensais comigo no escritório do prefeito. O restante estava causando destruição na cidade. E além disso, se eu quisesse que os aurores estivessem mortos, tenha certeza de que eles não estariam respirando agora.

Dumbledore ouvia as palavras de Morgana atentamente, mantendo seu olhar sério. Dumbledore então mencionou os ferimentos graves que os aurores sofreram, como se questionasse as intenções de Morgana.

Morgana, com um olhar sombrio e determinado, respondeu:

- Acredite, Dumbledore, eu sei matar muito bem. Se eu os quisesse mortos, eles estariam mortos. Meu feitiço especial que usei em um dos aurores tinha a capacidade de matá-lo, deixando-o sem ar. Antes de sair, terminei sutilmente o feitiço para que ele não morresse. Quanto ao outro, eu poderia muito bem ter lançado uma maldição mortal, mas não o fiz. Usei apenas um feitiço que o incapacitaria por um tempo, sem risco de morte. Eu não poderia permitir que meus comandados percebessem que estou sendo leniente com aurores.

Morgana estava deixando claro que tinha controle sobre suas ações e que seus motivos não eram simplesmente matar por matar. A tensão na sala continuava a aumentar.

Dumbledore, mexendo na barba, olhou para Morgana e comentou que temia que ela estivesse se afundando nas trevas e que estava incerto sobre sua lealdade. Morgana, com uma gargalhada sinistra, respondeu com firmeza:

- Se eu estivesse tão afundada nas trevas, não teria hesitado em matar os aurores. Eu mesma teria matado o prefeito depois de torturá-lo. Não se preocupe, Dumbledore, minha lealdade está onde sempre esteve, eu quero o fim do Lorde das Trevas. Estou apenas fazendo o que é necessário para sobreviver.

Morgana estava deixando claro que sua prioridade era manter-se viva, mesmo que isso envolvesse realizar ações sombrias. A desconfiança entre eles era evidente, mas Morgana estava determinada a provar sua lealdade.

Morgana olhou intensamente para Dumbledore e disse com uma ponta de amargura em sua voz:

- Foi você, Dumbledore, quem me jogou nos braços do Lorde das Trevas com a finalidade de ter um espião lá dentro. Agora, ousa questionar minha lealdade e minhas ações? Faço o que é necessário para sobreviver. Se para garantir que em algum momento o lorde das trevas caia, percorrerei a escuridão como o meu caminho, e eu o trilharei sem hesitação.

Morgana estava claramente ressentida pela falta de confiança de Dumbledore e não estava disposta a aceitar acusações sobre sua lealdade.

Dumbledore olhou para Morgana com uma expressão de compreensão, ainda que com preocupação. Ele acreditava na lealdade dela à Ordem, mas temia que o caminho das trevas a estivesse transformando irreversivelmente. Morgana manteve seu olhar firme, respondendo:

- Dumbledore, no final, se o Lorde das Trevas estiver morto, tudo terá valido a pena. Minhas ações podem ser obscuras, mas meu objetivo é claro: acabar com a tirania e o sofrimento que ele traz. Espero que entenda isso.

A tensão na sala diminuiu um pouco, mas a desconfiança pairava no ar. Dumbledore estava ciente de que Morgana era uma peça complexa nesse tabuleiro de xadrez mágico, e ele continuaria a observar de perto suas ações.

Morgana saiu do escritório de Dumbledore com passos firmes, seu rosto ainda exibindo uma expressão de raiva contida. Ela estava furiosa por ter sua lealdade questionada, especialmente por alguém em quem ela tinha depositado certa confiança. Enquanto caminhava pelos corredores de Hogwarts, sua aura escura parecia mais intensa do que nunca. Ela sabia que teria que lidar com essa desconfiança crescente e que seus passos futuros seriam vigiados de perto.

Morgana, cheia de frustração após sua reunião tensa com Dumbledore, decidiu ir para uma sala de aula deserta em Hogwarts para aliviar seu estresse. Ela entrou na sala, que estava silenciosa e vazia. Com um movimento de sua varinha, ela transfigurou alguns objetos em alvos improvisados.

Enquanto lançava feitiços com raiva, sua aura escura pulsava e a magia negra fluía dela. Era evidente que Morgana estava em um estado emocional intenso e que sua magia estava reagindo a essa agitação.

Nesse momento, uma presença se fez sentir. Sirius Black, que estava passando pelo corredor, percebeu a aura escura de Morgana e os feitiços que ela lançava. Ele decidiu entrar na sala e testemunhar o que estava acontecendo.

Sirius, ao ver Morgana em ação, notou sua raiva e poder mágico. Ele assistiu silenciosamente, preocupado com o que estava acontecendo e pronto para abordar Morgana caso fosse necessário. A tensão no ar era palpável, e ele estava determinado a descobrir o que a afligia.

Sirius, preocupado com a intensidade da magia que Morgana estava liberando, chamou o nome dela em voz alta. Ela se virou rapidamente em direção à porta, seus olhos cheios de raiva e sombrios. Seu semblante estava perturbado, e ela parecia à beira de explodir.

Morgana fixou seus olhos em Sirius, e a tensão no ar era quase palpável. Nenhum deles disse uma palavra por um momento, o silêncio era quebrado apenas pela respiração pesada de Morgana e a expressão séria de Sirius.

Sirius estava determinado a descobrir o que estava acontecendo e como poderia ajudar Morgana a acalmar sua raiva. Ele estava ciente da complexidade e do poder dela, mas também sabia que algo a perturbava profundamente naquele momento.

Morgana, mesmo sob o impacto da surpresa de ver Sirius naquela sala, conseguiu, aos poucos, recuperar o controle de sua raiva. Ela fechou os olhos por um instante, respirou profundamente e, com esforço, começou a acalmar sua aura e a magia que emanava dela. A intensidade da escuridão ao seu redor diminuiu gradualmente.

Os olhos sombrios de Morgana, que antes estavam cheios de raiva, começaram a clarear à medida que sua expressão se suavizava. Ela percebeu que não havia motivo para direcionar sua fúria a Sirius, que era um aliado e amigo.

Com a aura sob controle e a raiva contida, Morgana olhou para Sirius e assentiu em sinal de que estava pronta para falar. A tensão no ar diminuiu, e eles puderam finalmente começar uma conversa mais calma.

Morgana se aproximou de Sirius e pediu desculpas com sinceridade:

- Desculpe, Sirius, por você ter presenciado meu momento de descontrole.

- Tudo bem, professora. Está com algum problema?

- Não exatamente, Sirius, foi apenas uma reunião complicada com o diretor, nada com que você precise se preocupar.

Morgana olhou para Sirius com um leve sorriso e disse:

- Acho que te assustei um pouco com a minha magia, não é mesmo?

Sirius acenou levemente com a cabeça, surpreso, e comentou:

- Eu não fazia ideia de que você estava envolvida com tanta magia negra, Morgana.

Morgana deu um sorriso torto e respondeu:

- Conheço as artes das trevas desde o meu primeiro ano em Durmstrang. Sirius, eu sou professora de Defesa Contra as Artes das Trevas; preciso saber o que estou combatendo, não é?

- Se você deveria combater porque estava lançando?

Morgana sorriu e respondeu:

- Lançar feitiços em alvos inanimados é uma maneira segura de praticar e liberar um pouco de tensão. Além disso, ajuda a manter minhas habilidades afiadas. Mas, vamos mudar de assunto. Me conta, conseguiu entrar para o time de quadribol da grifinória?