Desculpem a ausência, esse bug no site está desmotivando à todos. Mas concluirei essa fanfic em respeito aqueles que estão acompanhando.


Cap. 11

11 de Junho de 2011

"Oh Deus!". House recostava a cabeça na poltrona enquanto sua namorada embaixo da mesa cuidava de sua satisfação. A porta de seu escritório estava fechada, as persianas também, era tarde da noite, mas mesmo assim o risco existia e isso que era excitante por si só.

Ela, a reitora de medicina do hospital, respeitada e temida por todos, embaixo da mesa dele enquanto lhe dava um boquete de aniversário.

Essa não era a primeira vez, Cuddy já tinha feito isso em duas outras ocasiões especiais, mas era algo que nunca envelhecia. Sempre tarde da noite, sempre com todas as persianas fechadas, mas sempre o risco eminente de alguém aparecer.

Não levava muito tempo para que ele chegasse, dada as circunstâncias tão excitantes.

"Deus Cuddy, você ainda me mata!".

"Se você não gostou...", ela saiu debaixo limpando a boca dos respingos de esperma do namorado.

"Eu não disse isso, pode fazer isso diariamente que eu não reclamaria". Ele falou enquanto abotoava o zíper da calça jeans.

"Perderia a graça, isso é para ocasiões especiais". Ela se aproximou dele e sentou em seu colo.

"Todo dia é especial! Alguém disse isso. Provavelmente esses caras chatos que escrevem livros de autoajuda e gostam de falar frases de efeito. Mas sabe? Eu concordo com ele agora".

Ela sorriu e o beijou na boca.

"Parabéns pelo seu aniversário!".

"Você já me disse isso pelo menos dez vezes hoje. E escreveu também".

Era verdade. Ela precisou sair antes dele para o hospital e o deixou dormindo, quando House acordou ela havia deixado anotado no espelho com batom a mensagem de aniversário. Depois ele encontrou um bilhete na mesa dele, e quando ela o viu deu-lhe os parabéns pessoalmente, e depois por mensagem no celular.

"Só você reclama da atenção de sua namorada". Ela falou acariciando o rosto dele ainda sentada em seu colo.

"Eu não estou reclamando, eu tenho poucas habilidades com as palavras, por isso prefiro agir". E então ele a beijou profundamente.

"Vamos nos atrasar! Viajamos logo mais".

"Rachel?".

"Vamos passar para pegá-la agora, ela está com minha mãe".

"Ok, my lady!".

Ela sorriu e se levantou ajustando sua saia.

Eles iriam viajar, uma semana fora do hospital, curtindo a brisa do mar em família. House finalmente a convenceu a tirar alguns dias de férias, depois de tanto reclamar de sua característica workaholic, Cuddy começou a ceder e a evitar trabalhar aos finais de semana e agora: férias. Tudo bem que seria só uma semana, mas todos no hospital estranharam a reitora ausente, isso não era comum, ela era uma máquina, tanto que haviam comentários e piadas no hospital sobre isso.

"Rachel está muito empolgada pra viajar". Cuddy o informou.

"Eu sei. Eu vivo na sua casa, se esqueceu?".

Cuddy sorriu. Nos últimos dias House levou absolutamente todas as suas roupas pra lá e estavam planejando como fariam com o piano. Não houve uma conversa sobre isso, simplesmente aconteceu e ninguém se importou, foi natural.

"Ontem ela me fez contar nos dedos quanto tempo faltava para irmos". House disse.

Cuddy riu alto. "Ela é uma criancinha".

"Que nunca viaja porque a mãe nunca a leva viajar".

"Ok, acabe comigo, você tem razão".

"Ela precisa explorar mais coisas, Cuddy. Senão ela crescerá em uma bolha: a bolha segura de Cuddy".

"Você tem razão, ok? Eu vou me esforçar mais".

Ele não respondeu só respirou fundo e se lembrou de que Cuddy não estava tomando anticoncepcionais, aquilo foi uma decisão dele, mas até hoje ele se perguntava se havia agido com a razão ou no calor do momento. Ele não diria nada pra ela, mas... ele pensava nisso constantemente. Cuddy não parou imediatamente, nos dias seguintes a conversa ela foi a ginecologista para uma consulta e avaliação geral. Fez exames completos e então parou as pílulas, mas ela não queria transformar isso em uma pressão, ela simplesmente não iria mais usar métodos contraceptivos, acontecesse o que tivesse que acontecer, isso era responsabilidade da natureza. Cuddy se negava a controlar seus ciclos e ovulações, ela só pararia o medicamente e seguiria sua rotina normal. Até agora tudo certo, eles não falaram mais nisso e ela evitava deixar o pensamento ali, apesar de que sua menstruação veio naquele primeiro mês e ela sentiu-se um pouco falida novamente, sensação que ela abominava. Mas se conteve, controlou-se e seguiu firme e forte, "não estou esperando nada, estou vivendo minha vida normalmente sem expectativas", esse era o lema que ela tentava adotar. Claro que a terapia a ajudava, não apenas com relação a House e as questões de casal, mas sobretudo em relação a ela mesma. Quando Cuddy começou a terapia pensou que faria mais pelo relacionamento, agora ela notou que não, que ela precisava de ajuda mais do que imaginava, muito mais.

Seus pensamentos foram interrompidos quando chegaram para buscar Rachel que correu para a mãe.

"Vamos?!".

"Sim filha, nós vamos pra casa pegar as coisas e depois vamos viajar".

"Finalmente você tirará férias". Arlene disse. "Tenho que dar o braço a torcer pra aquele bastardo que conseguiu te fazer parar de trabalhar". House esperava no carro. "Agora... você podia melhorar, não é? Paris talvez...".

"Mãe eu só tenho uma semana. Cancun é lindo!".

"Mas não é Paris!".

"Eu estou muito feliz então você deveria estar feliz por mim, mas eu já me acostumei só com as críticas".

"Ficarei feliz quando vocês se casarem".

Cuddy simplesmente a ignorou. "Vamos filha?".

"SIM!".

"Rachel, sem gritar!". Cuddy e Arlene falaram juntas. Pelo menos em uma coisa elas concordavam. Mas o que Cuddy não sabia era que Arlene gostava muito de House, apesar dos pesares, ele foi o único homem a altura da filha. O único que a enfrentava de igual para igual, o único que ela sentiu que sua filha de fato amava.

"Ei Gregory, não vai sair do carro?". Ela o provocou.

"Ei Arlene, eu prefiro continuar por aqui".

"Você é mesmo um mal-educado!".

"Obrigado por me deixar saber". Ele respondeu dando de ombros.

"Vamos, filha! Tchau mãe!".

"Tchau Lisa. Boa viagem! Me avise quando chegarem, a menos que seja muito cedo, nesse caso não me perturbe".

Isso era mais a cara da mãe, Cuddy pensou. Ela pegou a filha pela mão e foi para o carro.

"Ei House!".

"Ei tropeço!".

"House, não a chame assim!".

"É legal. Tropeço é legal". Rachel respondeu animada.

House só olhou pra Cuddy e levantou as sobrancelhas.

"Ela não entende nada...". Cuddy disse. "Você é o adulto!".

House respirou fundo e ligou o rádio.

"Temos que ser rápidos!". Cuddy disse para House. "Vamos tomar banho, trocar de roupa e sair". Eles já haviam deixado as malas prontas: uma pequena para ele e seis para Cuddy e Rachel.

"Você sabe que pagará por excesso de bagagem".

"Eu vou ficar fora do país por uma semana, e tenho uma criança".

"Suas malas me dizem que você ficará fora por seis meses".

"Eu me viro com minhas malas, você não precisa carregar nada".

"Ok". Ele respondeu displicente sabendo que ela se arrependeria daquilo.

Chegaram, tomaram banho, vestiram algo confortável, comeram um lanche e Cuddy estava louca pensando que havia esquecido algo. Abria a mala, fechava a mala, abria a mala, fechava a mala.

"Nós vamos perder o voo!". Ele anunciou.

"Eu sei, só tenho a impressão de que esqueci algo".

"Oh sim... você esqueceu de colocar o sofá, a mesa de jantar e a cortina, o resto tenho praticamente total certeza de que está na sua mala".

Ela olhou feio pra ele.

"Vamos?".

"Sim".

Eles colocaram as malas no carro, quer dizer, ela colocou as malas dela porque House disse que não tocaria nas bagagens, e foram com o carro dela para o aeroporto de Nova Iorque. 4 horas de voo, um hotel cinco estrelas e praias paradisíacas era o que esperava por eles. Cuddy não economizou no hotel, ela só estava receosa porque sua diária era all included, e não sabia se House abusaria da comida e bebida.

Durante todo o trajeto de carro Rachel perguntava se estavam chegando.

"Rachel, eu te aviso quando estivermos perto". House disse para a garotinha após a décima vez que perguntou.

"Lá tem praia?".

Ele respirou fundo, pois haviam respondido a essa pergunta pelo menos vinte vezes nos últimos dias.

"Sim filha, lá tem praia". Cuddy tratou de responder divertida. "Tenha paciência, ela é uma criança".

"Uma criança com dificuldade para assimilar".

"Ei! Não fale assim da minha filha, ela é uma criança pequena ainda".

"Ok, desculpe por isso. Me prontifico para responder por mais cem vezes as mesmas dúvidas se você me prometer que ...".

Ela riu alto. "Sonhe!".

"Você disse...".

"Dizemos muitas coisas estupidas".

O rosto dele se transformou, pois ele esperava ansioso por isso. "Cuddy!".

Ela ficou séria e fingiu ignorá-lo, mas estava rindo por dentro.

"Cuddy, eu estou falando sério! Isso é... sério".

"Oh que exagero!".

"Pra mim é muito sério. Muda toda a viagem, todo o propósito".

Ela riu alto. "Como você é dramático!".

"Cuddy...".

"Tudo bem, tudo bem. Eu farei isso se você for atencioso com Rachel".

"Sério?".

"Sim".

"Ok". Ele respondeu aliviado. "Rachel querida, veremos mar paradisíaco e ilhas e muita água, areia...".

Cuddy sorriu ao ouvir ele chamar a filha de "querida".

"O que é paradisliaca?". Rachel perguntou falando a palavra completamente errada.

"Um lugar deslumbrante". House respondeu e a menina continuou pensativa.

"Um lugar lindo. Bonito".

"Ah... Muito bonito?".

"Muito bonito".

"Bonito quanto?".

House respirou fundo, ele queria muito o que Cuddy lhe daria. "Muito, muito, muito bonito. O infinito de bonito".

"Wow!". Rachel exclamou, mas as perguntas estavam longe de terminar, e House quase ajoelhou e agradeceu quando chegaram ao aeroporto.

A viagem de avião foi mais tranquila, pois Rachel dormiu a maior parte do tempo. A ansiedade prévia derrubou a menina depois que o avião partiu.

House ficou ouvindo música e Cuddy lendo seu novo livro de contos românticos. Ela adorava ler esses livros bem clichês, mas quase não tinha tempo, agora ela fazia apenas porque podia.

"Qual o enredo desse livro?". House perguntou para irritá-la.

"Não vou dizer, você fala que são bregas".

"E são...".

"Eles são românticos, é diferente".

"Cuddy, você mesma sabe que odiaria um homem assim na sua vida".

"Porque eu não quero pra mim, não significa que eu não goste de ler ficção a respeito disso".

House puxou o livro da mão dela.

"Me dá!". Ela contestou.

"John era um príncipe inglês solitário e solidário, estava prometido em casamento para a princesa francesa por quem não nutria sentimento algum, até que a camareira do palácio despertou mais do que sua atenção, despertou seu coração. Esse romance proibido sobreviverá a pressão real?". Ele riu quando terminou de ler e Cuddy puxou o livro das mãos dele.

"Idiota!".

"Não sou eu quem estou lendo esse livro".

Eles trocaram um olhar desafiador por alguns segundos até que o piloto anunciou que o pouso estava próximo.

Rachel acordou quando o avião aterrissou.

"Chegamos, filha!".

"Mas aqui não tem piscina e nem mar". A menina reclamou ainda dentro do avião.

Cuddy riu. Chegamos ao aeroporto, precisamos pegar um taxi até o hotel.

"Ah não!". A menina reclamou cansada da viagem longa.

"Tenho que concordar com Rachel...". House admitiu.

"Sua perna está bem?". Cuddy perguntou preocupada.

"Vai melhorar com o favor que me prometeu".

Cuddy corou. Ela havia prometido a ele sexo oral assim que chegassem ao hotel.

"Ok... Vamos!". Cuddy mudou de assunto.

Depois de mais uma longa hora dentro do táxi, chegaram ao maravilhoso resort.

"Uau! Sinto-me como a camareira enquanto você é o príncipe inglês". House disse impressionado.

Rachel queria se jogar na piscina. "Calma filha! Nós vamos para o quarto nos vestir e depois desceremos pras piscinas".

Quando chegaram House cobrou o que Cuddy havia prometido. "Agora não! Rachel está ansiosa pra ir para as piscinas".

"Você prometeu!".

"E você não é criança para não entender".

"Mãe!". Ele contestou e ela sorriu levando Rachel para vesti-la com o biquíni.

O dia foi relaxante, Rachel era uma garota boazinha, ela não dava muito trabalho. Deixaram ela na piscina infantil e ficaram nas espreguiçadeiras tomando sol, alguma bebida e descansando. Foi bom. Cuddy tinha que admitir que precisava fazer mais isso.

"Você passou protetor solar?".

"Eu me lambuzei disso".

"Você usou o que eu trouxe?".

"Claro, você acha que eu compraria isso?".

"Claro que não!". Cuddy respondeu divertida.

"Eu odiaria ter dor na pela, já me basta a perna".

"Sua perna está bem?".

"Bem... bem...". Ele cortou o assunto.

Ela estendeu a mão pedindo pela mão dele, ele entendeu e pegou a mão dela. Ficaram assim por algum tempo. Ela estava feliz. Ele estava feliz. Enquanto Rachel fingia ser uma sereia com a nova amiguinha que fizera.

House nunca pensou que o clichê de dar aos mãos em frente a piscina enquanto curtia o ócio fosse tão agradável, mas com Cuddy, até as coisas stupidas eram boas.

...

A noite jantaram um comida deliciosa em um dos restaurantes do resort.

"Com tanta comida você quer nuggets, filha". Cuddy contestou.

"Sim!". A menina afirmou.

"Mas que tal experimentar outra coisa?".

"Nuggets!".

Cuddy estava frustrada, sua filha, por maior que fosse o esforço, só queria bobagem. Parecia que ela era tão filha de House...

"Deixa ela, Cuddy. Estamos de férias e uma semana não vai matá-la".

"Mas ela vai acostumar...".

"Rachel, você vai comer nuggets e as bobagens só essa semana de férias, depois volta a comer a comida chata que sua mãe te dá, ok?".

Cuddy o beliscou por debaixo da mesa.

"Aí! O que há com você?".

Cuddy o ignorou. "Rachel, depois voltaremos a comer as comidas saudáveis que te deixarão bonita e com saúde".

"Ok". A menina concordou rapidamente ansiosa em provar as iscas de frango.

Eles jantaram, o que incluiu vinho para os adultos e sobremesa para todos.

"Eu simplesmente amei essa coisa de 'all included'". House disse satisfeito.

"Me admira você não ter exagerado na bebida essa tarde".

"Oh, é só o primeiro dia, baby!".

"House!".

"Eu estou brincando, eu não sou um viciado...". Ele disse sarcástico mas Cuddy estava mesmo preocupada.

Outra coisa que preocupava Cuddy mas que ela tentava não pensar a respeito era sua menstruação atrasada. Melhor que ela não surgisse naqueles dias bem no meio das férias, mas já estava dez dias atrasada. Ela não surtaria com isso e tão pouco criaria expectativas, afinal, ela era estéril e eles só estavam há pouco tempo sem se proteger com anticoncepcionais. Certamente era seu corpo se adaptando.

A noite Rachel dormiu rapidamente exausta pelo dia agitado que tivera e House e Cuddy puderam se entregar ao amor.


"Já estamos há três dias aqui e não te vi fazer topless". House reclamou naquela manhã enquanto estavam em um barco a caminho de uma ilha paradisíaca.

"E nem verá!".

"Você tem medo de queimar os mamilos?".

Ela balançou a cabeça. "Estamos em uma viagem familiar, Rachel está aqui conosco".

"Oh, mas ela já viu seus mamilos antes". House disse alto e o casal de idosos que estavam perto ficaram sem graça.

"Ok, não farei isso. Vamos mudar de assunto".

"Mas por que?".

"Mãe, o que é mamilo?".

Cuddy corou. "Obrigada por isso". Ela disse para House.

"O quê? É uma parte anatômica".

"O que é antomia?". Rachel perguntou. Ela estava nessa fase perguntadora.

"Mamilo é o bico da mama". House respondeu.

"O que é mama?".

"Seio nas mulheres". House respondeu com naturalidade.

"Ah, as montanhas que mamãe tem?".

"Isso!".

"Ok, acho que ela entendeu". Cuddy queria cortar o assunto antes que ficasse fora de controle. Afinal, ela conhecia o namorado e a filha.

"Isso... As montanhas da alegria". House respondeu e Rachel riu alto.

Cuddy corou e tentou mudar de assunto oferecendo sorvete para a filha.

O problema foi que na semana seguinte Rachel disse para a professora na escola que suas "montanhas da alegria" estavam enormes aquele dia.

...

Eles chegaram à ilha onde ficariam só por algumas horas, pois o acesso era controlado por ser uma reserva ambiental.

"Essa água é linda!". Cuddy falou admirada.

"Olha os peixes!". Rachel disse maravilhada.

"Quer entrar na água com os peixes, Rachel?". House perguntou.

"SIM!".

"Então vamos!".

Os três entraram animados, os guias turísticos deram alimento para peixes e eles levaram, assim os peixes vinham comer ao redor deles. Rachel, que estava empolgada, ficou com medo logo.

"Eles não fazem nada, filha".

"E se eles me morderem?".

"Peixes não morde, Rachel. Com raras exceções...".

"House!".

"O quê?".

"Não precisa ser sempre tão honesto e claro com as crianças". Cuddy falou baixo pra ele.

"Não me admira existirem tantas crianças imbecis".

"Esse mordem, House?".

"Não! Esses não". Ele disse a a menina grudou na perna dele.

"Rachel, a perna de House!". Cuddy alertou. A menina já sabia que ele tinha uma perna machucada e tomava todo o cuidado do mundo. Sempre perguntava se doía, se ela podia se aproximar. Era muito cuidadosa e protetora.

"Tudo bem Rachel, não dói".

"Que tal segurar na mão dele?". Cuddy propôs.

"Tudo bem". E ela se agarrou ao braço dele.

Cuddy sorriu. Os dois se davam muito bem, apesar de as vezes parecer duas crianças... Talvez por isso mesmo se davam tão bem.

O resto das férias foram tranquilas, ensolaradas, risonhas e, contrariando o que Cuddy imaginou, House não abusou da bebida e nem da comida. Ok, talvez só um pouco da comida.

"Temos que fazer isso mais vezes".

"É você quem trabalha como louca, eu estou bem com a aposentadoria para morar na praia. Ok, talvez não em um lugar tão quente...".

"E você quer se aposentar e viver sem fazer mais nada?".

"Posso aprender marcenaria...".

Ela riu e acariciou o rosto barbudo dele. Rachel dormia na poltrona do avião.

"Eu te amo!".

"Eu também te amo!".

"Eu quero uma vida com você".

"Ok, me diga que isso não é um pedido de casamento?".

Ela sorriu. "E se fosse?".

"Nada romântico, você podia ter feito isso naquela noite romântica que tivemos as margens do oceano enquanto velas eram a única iluminação além da enorme lua".

Ela riu. "Não preciso de um papel para dizer que estamos juntos e comprometidos".

"Essa é minha garota". Ele respondeu aliviado.

Cuddy havia abortado o desejo de casar no papel, ela sempre sonhou com isso mas a vida toma caminhos diferentes do que planejamos, e... as vezes melhores.

Continua...