Notas da autora
Dong Hua explica...
A raposa de nove caudas fica...
Bai Fengjiu decide...
Capítulo 27 – A decisão de Bai Fengjiu
- Você ficou inconsciente e eu tive que trazê-la para esta caverna para trata-la após colocar uma barreira poderosa no entorno. Porém, não posso ficar para sempre aqui. Além disso, há outros mestres de demônios e eles estão decididos a capturar você. Para movermos os demônios que capturamos, nós usamos caixas de transporte que é selado com selos e fudas. Depois, vocês são levados as nossas prisões onde são torturados brutalmente depois de serem acorrentados na parede. Em seguida, saem ganchos da parede na frente de vocês e cravam nas suas clavículas. Após fincarem em seus ossos, relâmpagos se propagam pelas correntes sobre as ordens do mestre de demônios e também através de um mecanismo que é acionado automaticamente caso façam qualquer movimento. As caudas ou asas são presas por flechas douradas que as fincam nas paredes ao mesmo tempo em que surgem correntes delas que imobilizam os membros onde foram fincados. É destinado dor, agonia e a tortura mais brutal para o demônio. A única forma de cessar as punições é obedecendo ao seu "domador" – ele fala domador com asco audível na voz – Conforme o demônio o obedece, ele é recompensado e após algum tempo estará seguindo todas as instruções. Isso somente é possível porque a linha de defesa psicológica de vocês, demônios, foi quebrada eficazmente.
Dong Hua olha para ela e percebe lágrimas em seus olhos enquanto tremia intensamente. Era nítido para qualquer um o estado aterrorizado em que se encontrava ao mesmo tempo em que chorava intensamente.
- Eles estão lá fora. Você não tem a mínima chance de fugir. Eu os conheço. Eles estão com as caixas de transporte prontas para colocar você. Quer queira ou não, você foi capturada ao cair inconsciente – o notório mestre de demônios suspira, para depois, olhar para ela, levando a sua mão até a cabeça dela, a acariciando, fazendo-a olhar estupefata para ele que sorri gentilmente – Se você fizer o contrato mestre-escravo comigo estará segura. Nenhum mestre de demônio poderá caçá-la e você não precisará ir para a prisão. Você é livre para recusar. Porém, os outros estão aguardando para captura-la e vão leva-la para tortura-la na prisão.
Caso não aceitasse fazer o contrato com ele, o homem de cabelos brancos iria prender ela em uma caixa de transporte e a levaria a prisão, mas, não acionaria os dispositivos, limitando a prendê-la na parede com vista para a outra cela onde havia um demônio preso que estava em processo de doma porque sabia que se raposa presenciasse por alguns minutos o que o outro passava faria o contrato rapidamente.
O notório mestre de demônios esperava que não precisasse usar esse método assustador porque se fosse obrigado a fazer isso, iria se arrepender para o resto da sua vida mesmo que tivesse feito tudo isso para salvá-la de sofrer nas mãos dos outros porque somente junto dele, ela podia ser cuidada e protegida, com ele jurando a si mesmo que conseguiria fazer isso não importando a culpa que iria fustigá-lo.
Afinal, o mais importante era salvá-la de um destino cruel e considerando o poder dela, conseguiria subjuga-la e coloca-la em uma caixa de transporte sem qualquer dificuldade.
Então, Dong Hua afasta a mão e vira os peixes enquanto o som do crepitar das chamas preenchia o ambiente após o som de choro reduzir gradativamente até desaparecer, com a jovem raposa se encontrando pensativa após engolir as lágrimas e inspirar profundamente.
A raposa de nove caudas sabia que ele estava certo porque podia sentir o poder espiritual dos outros mestres que mesmo sendo mais fracos daquele que estava a sua frente, ela não conseguiria fugir por causa da quantidade e mesmo sentindo a melhora em seus ferimentos, não tinha absoluta certeza de que teria êxito em uma eventual tentativa de fuga. Se não tivesse, sabia o que a aguardava porque ao olhar para o humano a sua frente pôde ver a verdade em seus olhos. Ele não estava falando para assustá-la, ele apenas estava falando um fato.
Analisando friamente a sua situação atual, ela tinha duas escolhas no momento. Uma que era menos ruim e outra ruim porque não podia mudar o fato de que se tornaria escrava de um mestre de demônios.
Porém, poderia escolher quem seria o seu mestre em vez de deixar para o azar. Era um pensamento ridículo, mas, não deixava de ser uma escolha e isso conseguia trazer algum conforto porque, ao menos, poderia escolher.
Ademais, mesmo sentindo medo natural dele, por algum motivo que não compreendia, confiava nele junto do fato de ter a estranha sensação que o conhecia, além de ter um sentimento de saudade em relação a ele e agora, de felicidade ao vê-lo.
Inclusive, se analisasse a sua vida inteira, a jovem confessava que sempre sentiu que estava esperando por alguém e quando ficava olhando para o céu estrelado desejava descobrir quem era.
Claro, ela era plenamente ciente de que era errado se iludir com um mestre de demônio ao confiar neles.
Afinal, era um conhecimento popular dentre os demônios que todos eles eram cruéis e perversos por caçarem indiscriminadamente a sua raça ao mesmo tempo em que muitos adoravam brincar com o coração dos demônios ao fingirem serem gentis.
Porém, em relação ao humano que se encontrava na sua frente, ela não conseguia manter essa visão. Algo lhe dizia na forma de uma sensação que ele era diferente dos demais e que podia confiar irrestritamente nele.
Além disso, passado o medo inicial, a jovem se sentia estranhamente segura junto dele e era uma sensação sentida a um nível desconcertante. Algo a impulsionava a ficar com aquele humano enquanto conseguia sentir seu coração batendo acelerado.
Inclusive, se estivesse na sua forma humana estaria corada ao mesmo tempo em que o achava lindo.
Ela questionava se foi amor à primeira vista e frente a esse pensamento, cora intensamente e afunda a cabeça entre as suas caudas ao sentir vergonha porque era tímida e quando ganhou um pouco de coragem para erguer os seus olhos para olhá-lo, torna a fechá-los e enfia novamente a sua cabeça atrás das suas caudas felpudas.
Dong Hua percebe que não era medo que motivava essas reações e ao cogitar que eram atos movidos por timidez não pôde deixar de achar fofo porque conseguia visualizar uma jovenzinha corada e envergonhada ocultando o seu rosto nas mãos. No caso da raposa, ela ocultava entre as suas caudas e patas e frente a esta visão, ele sorri imensamente enquanto exibia um olhar terno.
A jovem demônia, novamente, ergue discretamente os olhos e fica sem palavras com o sorriso terno dele e olhar gentil que a faz corar de novo e depois, enfiar a cabeça novamente dentre as suas patas e caudas felpudas de pelagem carmesim.
- Eu vou proteger e cuidar de você se estiver comigo. Não vou permitir que ninguém a machuque. Quem ousar fazer isso irá se arrepender. – Ele fala calorosamente enquanto olhava um ponto a sua frente.
Ela ergue o focinho e observa o rosto dele lateralmente exibindo a mais pura determinação em seus olhos. A voz barítono e rouca junto do tom de possessividade a deixam sem palavras e a demônia cora ainda mais por baixo dos seus pelos vermelhos como sangue ao mesmo tempo em que o semblante e palavras a deixam estranha, despertando sensações dormentes e irreconhecíveis.
Então, a raposa fecha os olhos e reflete sobre tudo o que ouviu, o que presenciou e os seus sentimentos.
Após refletir por vários minutos, ela abre os olhos e suspira profundamente, para depois, falar ao olhar para ele não demonstrando qualquer vestígio do medo que sentiu anteriormente:
- Eu farei o contrato mestre-escravo com você.
Dong Hua fica agradavelmente surpreso ao mesmo tempo em que suspirava internamente de alívio, para em seguida, sorrir gentilmente enquanto falava:
- Um dia, quando for seguro para você ou caso encontre um local que possa fornecer segurança, eu vou libertá-la. Eu prometo.
O notório mestre de demônios promete enquanto sentia o seu coração se restringir a simples visão dela ficando longe dele, o fazendo se surpreender com a intensidade dos seus sentimentos para com a demônia fofa e linda a sua frente e de porte majestoso ao mesmo tempo em que a raposa não compreendia porque sentia o seu coração se restringir ao ouvir sobre o fato dele libertá-la, se afastando dela em seguida porque a visão de uma vida longe dele a entristecia e essa concepção a surpreendeu imensamente.
Afinal, o conheceu recentemente e já se sentia conectada com o homem a sua frente de forma profunda, além de sentir que aquele humano era a pessoa que sempre esperou a vida inteira, desconhecendo o fato de que essa sensação era a mesma que ele sentia porque sempre sentiu que esperava por alguém assim como ela.
Então, eles fazem o contrato mestre-escravo após o notório mestre de demônios fazer um símbolo na palma da sua mão, virando-a para cima, com a raposa colocando a sua pata em cima da dele, para em seguida, ocorrer um brilho, com ela passando parte dos seus poderes para ele porque o demônio dava uma parte considerável do seu poder ao mestre como confirmação do contrato ao mesmo tempo em que surgia o símbolo de uma corrente dourada no punho dela enquanto a jovem conseguia sentir plenamente a maldição sobre si, fazendo-a suspirar.
A raposa também era ciente de que seria obrigada a obedecer quaisquer ordens dadas sem ter qualquer capacidade de negá-las.
Mas, a jovem não se arrependia. Se era para ser escrava, que ao menos, pudesse escolher o seu mestre e ela o havia escolhido.
Além disso, sentia que não corria riscos com ele.
Afinal, por algum motivo que desconhecia, a jovem sentia uma confiança inabalável e felicidade indescritível ao ficar junto dele.
Dong Hua sabia o preço que o demônio pagava com esse contrato mestre-escravo e que para o demônio era uma maldição porque o mestre passava a deter poderes absolutos sobre o escravizado ao mesmo tempo em que o escravo não poderia lutar contra as ordens dadas.
Inclusive, se o mestre ordenasse ao seu escravo que matasse a si mesmo, assim ele faria por ser incapaz de recusar a ordem dada.
Ademais, se o mestre morresse, a posse e o contrato seria passado automaticamente ao seu último descendente. O demônio só podia ser livre se fosse libertado ou se o mestre dele não possuísse descendentes.
- Você tem uma forma humana?
- Sim.
- Poderia se transformar?
- Claro.
Ela se concentra e assume a forma humana, trajando um vestido bonito e elegante embora fosse visível vários cortes e rasgos enquanto sentava próxima dele procurando conter o rubor em suas bochechas.
- Você conseguir fundir as suas nove caudas em apenas uma para que ninguém saiba que você possui nove caudas?
A raposa fica surpresa com a pergunta, para depois, responder:
- Sim. Eu consigo. Por quê?
- Ninguém pode saber que você possui nove caudas. Para todos, você deverá ser uma raposa comum. Como teve que dar parte do seu poder, você pode conter o resto do seu poder e não deixar transparecer o seu verdadeiro nível. Eu também quero pedir desculpas porque serei obrigado a dar algumas ordens para que oculte eficazmente as suas nove caudas ao disfarça-las em uma única cauda, além de garantir que nunca revelará o seu verdadeiro poder junto do fato de que será capaz de seguir eficazmente as regras da Plataforma demoníaca para evitar que sofra punições nas mãos do Líder da Plataforma demoníaca.
- Por que deseja que eu faça isso? Com certeza, muitos adorariam exibir o poder do seu escravo. Bem, parece algo lógico. Nós, raposas de nove caudas, somos raras e muito cobiçadas. Qualquer um que tem um de nós como escravo receberá muitos elogios e será motivo de inveja para todos os demais. Eu acredito que somente outros seres especiais e igualmente raros como fênix, dragões e outros tipos podem gerar o mesmo nível de frenesi não somente entre os mestres de demônios e sim, para os humanos de forma geral.
