Olá Nazarins, Mr.Bones traz para vocês mais um capítulo da minha fanfic Aquele que Voltou
A trama se complica com a chegada do emissário do Reino Feiticeiro e só vai piorar.
Com vocês
Aquele que Voltou
Capítulo 59: MEUS Jogos de Guerra
— Não podemos permitir que ele entre - disse Rigrit para Riku, mas muitos puderam ouvir.
— Não podemos impedir que ele entregue a mensagem, senhora Rigrit.
— Podemos mantê-lo no aguardo indefinidamente. - respondeu Riku.
— Isso apenas atrasaria o inevitável, eles sabem que estamos reunidos aqui e sabem o motivo. Se o impedirmos, será uma declaração de guerra de todos nós, algo que não estamos de acordo no momento e nem preparados. - falou Murios.
Todos concordaram com a fala, mas Riku não se manifestou.
— Deixe o mensageiro entrar.
As portas se abriram, e o mensageiro caminhou até o centro da sala. Os seguranças se prepararam para um ataque.
— Boa tarde, senhores dignatários. Eu sou Sebas Tiam, Mordomo Chefe de Sua Majestade o Rei Feiticeiro Ainz Ooal Gown, e venho como mensageiro do Reino Feiticeiro.
Todos ficaram admirados com o fato de ser um humano aquele que atendia diretamente o Rei morto-vivo.
— O Rei Feiticeiro Ainz Ooal Gown solicita a participação de nosso reino neste conselho, a fim de esclarecer os recentes acontecimentos.
— Eu sou Murios Avant Lux, chefe do conselho da Cidade Estado de Argland. Sua solicitação é deveras inesperada. Como tal, precisaríamos deliberar. Então, se puder aguardar, pedimos que espere a nossa decisão na outra sala.
— Sim, obrigado por ouvirem o nosso pedido. Sua Majestade acredita que trará informações relevantes para as deliberações. Com sua licença - disse Sebas com uma mesura ao se retirar da sala.
— A presença do Reino Feiticeiro aqui demonstra mais conhecimento do que esperávamos. Acredito que não possamos negar sua presença. Talvez possamos até negociar, se preciso. - disse Lord Murios após as portas se fecharem.
— Não importa, quem ele enviar simplesmente trará mentiras para obscurecer o discernimento daqueles aqui presentes.
— Senão algo pior - disse o anão negro. - Concordo com o senhor Riku. Poderia até mesmo ser enviado alguém que atacaria este conselho.
— Lord Ardork, apesar de seus temores, se o Rei Feiticeiro quisesse nos matar, teria enviado um ser de poder para fazer isso e não um humano. - ponderou Murios.
— Exatamente para que baixemos nossa guarda para o que virá - retrucou Lord Malio, o humano.
— Desculpe, Murios, essa discussão provavelmente irá se prolongar se todos forem argumentar, mas como estamos todos presentes, solicito uma votação emergencial a fim de decidir se permitimos ou não a entrada do Reino Feiticeiro nesta reunião, e que os reinos convidados também exerçam um voto nesta decisão - disse Eloi, o conselheiro élfico.
— Certo, então aqueles a favor de permitir a entrada do Reino Feiticeiro levantem a mão - poucos não levantaram - os a favor venceram. Que a nossa esperança não seja em vão. Por favor, deixe o mensageiro entrar novamente.
— Senhor Sebas, a participação do Reino Feiticeiro foi aprovada. Acredito que poderemos adiar a reunião por alguns dias até a chegada do representante.
— Senhores, não há necessidade de aguardar. Se me permitirem, informarei meus superiores. - Sebas se retirou novamente da sala, mas parou logo após a soleira da porta. - Sim, é Sebas Tiam, senhor. A comunicação foi reestabelecida novamente, sim, proteções provavelmente, sim, ficarei no aguardo.
— 'Pelo menos as proteções parecem ser efetivas '- pensou Riku.
Sebas retornou à sala e se posicionou ao lado direito da porta. Nesse instante, um portal negro se abriu a apenas alguns centímetros do umbral, de dentro saiu uma beleza mundial que faria os homens de várias espécies terem pensamentos impróprios.
— 'Então eles enviaram a própria Primeira Ministra, o ser mais forte do Reino Feiticeiro' - pensava o dragão disfarçado.
Mas Albedo não se apresentou, seguiu e se posicionou ao lado esquerdo da porta.
— Anunciamos a chegada do Rei Feiticeiro Ainz Ooal Gown.
Albedo e Sebas fizeram uma grande mesura quando de dentro do portal o Ser Supremo emergiu.
Houve consternação pelas palavras e uma maior ainda ao verem que o próprio Rei Feiticeiro apareceu. Riku não se mexeu, mas houve um leve estremecimento, como se ele estivesse em dúvida se deveria aproveitar a chance de atacar ou não.
— Boa tarde, senhores. Eu sou Ainz Ooal Gown. Acredito que devam estar falando de mim.
— Por acaso há espiões seus aqui também?!
— Humm! Acho que reconheço o senhor, Riku Aganéia não é mesmo?! Já nos encontramos, não? Talvez. Mas respondendo sua pergunta, não, não tenho espiões aqui e nem é preciso, afinal é óbvio que se reuniriam após os últimos acontecimentos.
— Sua Majestade, desculpe a grosseria do senhor Aganéia, ele não representa este conselho. Eu sou Murios Avant Lux do conselho da Cidade Estado de Argland, mas aqui comigo estão presentes como convidados, os representantes de várias nações. - Murios então fez novamente a longa apresentação de todos.
— Eu vejo, é um prazer estar diante dos distintos dignatários e do povo do mar, do ar, da terra e do subterrâneo. - Cada um fez uma saudação. - Mas vejo que faltam alguns representantes. Não vejo ninguém do Reino Dracônico, do Reino Anão, do Reino Élfico, do Império Baharuth, ou... da Teocracia.
— Dois deles são seus vassalos e os outros estão no seu bolso. Eles estariam aqui para espalhar suas mentiras. E a Teocracia você sabe muito bem o que houve com ela. - disse Riku com tom de desagrado.
— Ora seu... como se atreve a falar assim com...
— ALBEDO! Por favor, deixe-me lidar com a situação. Lamento a explosão de minha companheira.
— *Companheira! Como esposa?!* - murmuravam todos, inclusive Albedo.
— 'Pécima escolha de palavras' – gemeu Ainz internamente. - Ahamm! Espero que o senhor Aganéia neste momento não esteja falando por todos deste conselho, pois isso demonstraria uma visão limitada da situação. Os reinos vassalos poderiam dar um testemunho de como são tratados, e meus parceiros comerciais ainda são também seus parceiros comerciais. Mas além disso, vejo que mesmo no Conselho de Argland faltam representantes de várias raças. Há Demi-humanos caninos, Avians, Homens-coelhos, humanos, anões negros e elfos. Acredito que o senhor deva representar os sobreviventes da teocracia ou dissidentes do Reino Élfico, não é?!
— Sim, Vossa Majestade, eu sou Eloi Greevalle e represento os elfos livres. O Conselho Argland é formado pelos representantes das raças dispostas.
— Ainda assim, senhor Greevalle, não há nenhum goblin, troll, orc, homem-lagarto ou outros Demi-Humanos, muito menos um vampiro.
— A maioria dessas raças é selvagem ou tribal, e não há uma centralização para que possamos... contatar. Além disso, os vampiros, mortos-vivos, são conhecidos como inimigos naturais dos vivos.
— Bem, eu vejo. Mas, ainda assim, os demi-humanos possuem conselhos tribais como este em Abellions Hills ou nas terras dos homens-lagartos. E não quero ser rude, mas os minotauros não vêem problema em se alimentar de humanos. Acredito que até mesmo possuam locais de criação para isso. - Apontou o Ser Supremo para o minotauro que apenas sorriu.
— Vossa Majestade, o povo minotauro, apesar de sua dieta restrita, é uma exceção...
— Exatamente - interrompeu Ainz - uma exceção. Isso significa que poderiam haver vampiros bons, ou... mortos-vivos, não é?!
— A lógica de Sua Majestade parece fazer sentido. Algo que poderemos ponderar em tentar algo futuramente, mas no momento, não temos como contatar os outros reinos para que possam vir...
— Se não for problema, posso trazê-los rapidamente. Albedo, por favor. - disse Ainz, não dando tempo para ser questionado.
Albedo deu um passo para fora da sala e contatou Shalltear. Logo, cinco portais se abriram, e de lá saíram várias autoridades. Sebas os anunciou um a um.
— Rainha Draudillon Oriculos, Senhora do Reino Dracônico.
— Rei Gondo Firebeard, Senhor do povo anão das Montanhas Arzelísias.
— Princesa Renner Theiere Chardelon Ryle Vaiself, da casa Vaiself.
— Imperador Jircniv Rune Farlord El-Nix, do Império Baharuth.
— Lord Mare Bello Fiori, Rei do povo élfico e Senhor da Grande Floresta de Evasha.
Eloi instintivamente caiu de joelhos ao ver Mare, mas a consternação foi geral. Enquanto os reinos enviaram representantes para o debate, o Reino Feiticeiro trouxe os próprios governantes, metaforicamente falando. Ainz havia trazido metralhadoras para uma luta de facas.
Enquanto as autoridades se colocavam à frente de Ainz, seus seguranças se posicionavam junto aos outros. Antilene e Leinas eram as únicas conhecidas.
A rainha Draundillon, pelo canto do olho, observou com avidez Sebas, parado de forma estoica ao lado. Uma coisa que ela notou imediatamente foi a ausência da aura dracônica que ele deveria emitir, outra foi o anel no dedo indicador, algo que ele não usava antes.
— 'Tenho certeza de que ele não tinha isso, já que decorei cada detalhe deste homem: seu porte régio, seus cabelos brancos, sua barba cheia, seus braços fortes, seu peito...' - a respiração da rainha ficou pesada – '... Eu deveria parar de pensar nessas coisas e me concentrar. Como não é um anel de casamento que ele está usando, provavelmente deve ser um possível item anti-detecção.'
A Rainha então se adiantou.
— Não há a necessidade de fazer novamente a apresentação de todos os presentes. Como soberana de uma nação independente, acho que devo começar.
— Espere Vossa Majestade - disse Glurus, o velho homem aquático. - Não podemos começar ainda. Sinto uma aura doente no recinto. Alguém aqui está amaldiçoado!
Riku praticamente apontou em direção a Ainz.
...
Nota do autor
Outro capítulo complicado, fazer essas reuniões de autoridades com pompa e cortesia me cansa, os títulos se repetem demais, mas prefiro fazer assim do que escrever como se fossem pessoas normais falando.
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