Olá Pergaminhos e Nazarins, Mr.Bones trazendo o primeiro capitulo do novo arco da minha fanfic Aquele que Voltou.

Ainz descobre quem controlou Shalltear e sua fúria é enorme.

Com vocês

Aquele que Voltou

Capítulo 51 - O Rei está morto, Vida longa ao Rei!

— EUVOUMATARAQUELESDESGRAÇADOS! VOU ARRANCAR SUAS CABEÇAS, DESTRUIR AQUELA MALDITA CIDADE!!! - Vociferava o ser Supremo.

As paredes da Tumba pareciam reverberar seu ódio, espalhando suas palavras pelos corredores. Quem estava dentro dela neste dia sorriu: demônios, elfos, seres gelados e mortos-vivos. Todos sabiam que haveria guerra, o único que não sorria era um humano muito preocupado.

Após as férias no reino élfico, Ainz descobriu quem eram os responsáveis pela manipulação de Shalltear e sua posterior morte. Obviamente, ele não estava nada contente.

Dentro da sala de tortura de Neuronist, Zesshi Zetsumei entrava e saía da inconsciência. Ela não escutava os gritos e ameaças que vinham do corredor. Depois de ser torturada e ter sua mente lida, seu corpo estava exausto, e lembranças vinham em flashes e sonhos vívidos:

— O que aconteceu? O que está acontecendo? Eu, eu fui matar meu pai, Decem, isso, o Rei Elfo, eu me lembro... me lembro. Eu estava andando pelos corredores do palácio em Crescent Lake, indo para a sala do trono, o monstro deveria estar lá, estuprando alguém enquanto sua cidade queimava, então vi o elfo moribundo se arrastando.

— VOCÊ! - ele gritou - me ajude, me leve a uma árvore, preciso sair daqui, pegar o Caminho Elfico para longe, você vem comigo, vou me recuperar, então voltaremos com cem filhos e esmagaremos esses invasores...

Alguém tinha espancado o rei elfico a ponto dele se borrar, eu tirei o meu elmo, ele não podia saber quem eu era usando a armadura de Deus.

— VAMOS, o que você está esperando? ME AJUDE!!

Ele não me reconheceu, não sabia quem eu era, não sabia do meu ódio e de meu sofrimento, ele não tinha a mínima ideia de que eu era sua filha, me aproximei e chutei suas bolas, ele voou pelo corredor, caindo longe, rolando e chorando, se ajoelhou e tentou segurar aquilo que tinha sido esmagado, não havia mais nada ali, quando fui chegar mais perto a cabeça dele sumiu, não, não sumiu, ela explodiu, esmagada por algo, quando seu corpo caiu eu vi, uma elfa segurando um cajado.

— Mare! A gente queria ele vivo! - gritou um menino elfo que chegava.

— M-me desculpe, achei que ele ia f-fugir de novo.

Aqueles deveriam ser filhos de Decem, tinham olhos iguais aos meus, mas a criança havia tirado a minha vingança, tirou o meu prazer de ver o estuprador de minha mãe ser morto por minhas mãos, tirou de mim todo o meu motivo para viver.

— Eu vou te matar sua elfazinha miserável.

Então eu ataquei, e ataquei, e ataquei mais, joguei tudo que tinha em cima daquela criança, ela rebateu tudo, nem parecia se esforçar.

— Você é forte, se fosse seu irmãozinho ali, eu poderia até ter esperança de me casar com ele se me vencesse.

— EI! Eu sou uma menina - falou a criança que usava calças, ela estava encostada na parede de forma despreocupada, nem ligava que sua irmã podia morrer.

— É uma pena, a gente poderia ter filhos lindos e fortes.

— ECA! Que nojo, Mare, acabe logo com isso.

A menina começou a me pressionar, como um cajado poderia ser mais forte do que minha foice? Fui espancada e encurralada, precisei usar meu trunfo, a magia de morte. A menina com roupa de menino saiu para uma sala, mas antes falou.

— Vamos, Mare, termine de uma vez, nosso senhor nos espera.

A criança não correu, ficou ali, parada, esperando o ataque. Minha magia a pegou direto, nada sobreviveria a aquilo. Ela ficou em pé, morta. Achei que estava morta. Quando me aproximei, ela se mexeu, rápida como um raio, me acertou na cabeça. Doeu, doeu muito, tudo sumiu, tudo dói, meu corpo dói, onde eu estou?

Zesshi abriu os olhos, mas tudo estava desfocado, uma de suas vistas estava fechada pelo inchaço, seus ouvidos zumbiam e sua cabeça parecia que ia explodir, ela nem sentia mais seu corpo, então o vulto em sua frente falou e as palavras finalmente fizeram sentido.

— Olá, bem-vinda de volta. - alguém falou com ela.

— Eu ainda tenho um serviço a fazer - disse uma voz estranha feminina.

— Eu sei, Neuronist, mas te peço esse favor, seu serviço não será prejudicado, pelo que Lord Ainz disse não há mais pressa em concluí-lo, não é?

— Não, mas nunca deixe para amanhã o que pode torturar hoje.

— Me de apenas cinco minutos com ela, tem mais um batalhão de prisioneiros que vão passar por suas mãos, talvez possa reduzir a sua carga de trabalho.

— Você ainda vai me dever aquele favor, querido.

— Você é uma fofa, que tal semana que vem?

— Combinado, você tem cinco minutos, vou afiar as sondas e já volto.

Nisso passou uma criatura tentacular que fez Zesshi estremecer.

— Uma gracinha não é? - falou um borrão parado em sua frente - Ótima personalidade, também é uma ótima profissional, quando descobriu que sua pele era resistente às lâminas ela simplesmente procurou coisas mais fortes, testou seus pontos fracos e "trabalhou" em você por um bom tempo, agora que você parece não ter mais serventia, ela vai partir para pontos de acesso "diferenciados", vai enfiar sondas que te rasgarão por dentro muito mais facilmente do que por fora e então você morrerá, lentamente, muito lentamente, e se eles quiserem alguma informação nova, vão te ressuscitar e daí vão fazer tudo de novo, a não ser que você tenha algo bom, uma boa utilidade.

— Eu nunca darei nada a ninguém, seu monstro de mer...

A visão de Zesshi então ficou mais nítida - TW?!

— Oi, Pontas.

— O-o quê, o quê você está fazendo aqui? Como você está aqui, é um sonho? Estou delirando.

— Não, eu estou aqui mesmo, a história é longa e tenho pouco tempo, quero salvar sua vida... de novo.

— Como você está vivo? Faz décadas, como?

— Não importa, agora me escute, você vai se render, vai jurar lealdade ao Reino Feiticeiro e vai fazer tudo que eles quiserem, e daí talvez você seja feliz, muito feliz.

— NUNCA, ELES ME TORTURARAM!

— Não deu para eu agir antes, mas sei que você já passou por coisa pior na Teocracia, nem vem com história, o que fizeram com você não chega aos pés do que vão fazer se você não me escutar.

— Nunca me dobrarei, eu jurei que seria somente para aquele que me derrotou, só a menina que matou Decem foi mais forte do que eu.

— Então você pode imaginar o quanto o Rei Feiticeiro é ainda mais forte para ter servos poderosos assim.

— ELA É SERVA DO REI FEITICEIRO!!! C-como...? Não importa, não foi ele que me derrotou, nunca jurarei fidelidade.

— E se eu dissesse que quem derrotou você era um menino?!

— Onde me ajoelho?!!- disse Zesshi de supetão.

...

Minutos depois...

Dentro da sala do trono, o mestre da Grande Tumba de Nazarick se assemelhava a uma tocha verde, seus supressores emocionais funcionavam continuamente, talvez somente por isso que a Teocracia ainda não tinha sido varrida da face da terra.

— …não deixarei pedra sobre pedra, apagarei completamente aquele lugar, não deixarei ninguém se lembrar que eles existiram, eles pagarão pelo que fizeram a alguém de minha casa.

— Maravilhoso, Ainz-Sama.

— Como meu amado deseja.

— Tudo por Ainz-Sama-arinsu.

— Estou. Ao. Seu. Dispor. Mestre.

— Faremos o que Ainz-Sama quiser, né, Mare.

— S-sim, o que Ainz-Sama quiser.

— Não acho uma boa ideia.

A maioria olhou com ódio para TW, se houvesse uma janela ali, talvez ele fosse jogado por ela.

— Você ousa negar as ordens de nosso senhor! - disse Albedo com ódio.

— De jeito algum, só acho que não é a melhor estratégia e vocês sabem o porquê.

— ESTÁ QUESTIONANDO A SABEDORIA DE SEU MESTRE!

— Lady Albedo, apontar um problema talvez seja a maior declaração de fidelidade a seu mestre, principalmente quando sua vida pode ser tirada se você estiver errado.

— Então você põe sua vida nessa declaração.

— Eu sempre coloco, Lord Demiurge.

O brilho de Ainz pareceu diminuir.

— Fale, Wild, enquanto ainda tenho paciência.

— Sim, Ainz-Sama, acho que não seria prudente um ataque agora, não um assim.

— Por que?

— Acredito que o motivo que o senhor está usando está errado e o senhor deve saber disso.

— VOCÊ ACHA QUE VINGAR A MINHA MORTE NÃO É JUSTIFICATIVA!!! - Gritou Shalltear.

— Me desculpe, Lady Shalltear, mas não, não é, pelo menos não deve ser.

— Você só quer salvar aqueles humanos - disse a vampira com lágrimas nos olhos e dor nas palavras.

— Não, eu odeio o lugar, a maioria de lá merece morrer pelo que fazem, mas o que você acha que os reinos dirão?

— Explique-se, Wild.

— Sim, meu senhor - Wild havia tentado mensagem com Ainz, mas estava bloqueado - o que os reinos pensarão se atacarmos a Teocracia por eles terem controlado a vampira Honyopenyoko, uma vampira perigosa, uma vampira que o herói Momon matou, uma vampira que não deve estar ligada ao Reino Feiticeiro.

— Eles não dirão nada, nunca saberão o motivo e temerão ainda mais A NÓS!

— Então seremos os vilões das histórias, Lady Shalltear, atacaremos sem motivo e justificaremos seus temores e a sua união contra O REINO FEITICEIRO!

— ENTÃO MATAREMOS TODOS!

— E SEU MESTRE GOVERNARÁ UMA PILHA DE CINZAS!

— SILÊNCIO!! - ordenou o mestre da tumba - os dois têm razão, não deixarei eles impunes, mas terei que justificar uma guerra, um casus belli.

— O senhor já tem dois se me permite dizer, Ainz-Sama.

— Imagino de quais você fala, TW, mas será o suficiente?

— Creio que sim, afinal eles atacaram um território aliado e tentaram matar seu Rei.

— Eles podem negar ciência dos fatos, Wild.

— Ignorância não é desculpa, além disso o senhor tem uma testemunha na sala de tortura, na verdade, ela se prontificou a levar a mensagem e jurar lealdade à tumba como forma de punição e servir diretamente àquele que a derrotou.

— Ela é poderosa não é, digo, para os padrões deste mundo?

— Sim, Ainz-Sama.

— Ela é confiável?

— Tenho certeza de que pode confiar nela a partir de agora, ponho minha vida nisso.

— Certo, traga ela aqui, quero ouvir isso dela.

— Obrigado por sua compreensão, Ainz-Sama - disse Wild se retirando.

— Qual aliado eles atacaram? - perguntou Albedo.

— O reino Elfico, além disso, atacaram diretamente o rei elfo, digo, o novo Rei Elfo - falou TW apontando para Mare.

— EU!!? - exclamou o menino espantado, assim como quase todos, menos Demiurge.

Momentos depois, retornava a sala TW acompanhado de Zesshi, que havia recebido uma cura e suas roupas normais e um de seus pertences.

— Sua Majestade, o senhor Wild está de volta com a prisioneira.

— Deixe-os entrar, Foire.

TW entrou seguido por Zesshi, e assim que Ainz a viu, sua fúria voltou. A elfa foi esmagada contra o chão pela aura assassina emitida, algo como uma força psiônica imensa.

Zesshi se esforçava. Se estivesse em condições normais, talvez conseguisse se mover, mas em seu estado atual, quase não suportava respirar. Com a energia do impacto, algo saltou de sua roupa, um cubo colorido que parou aos pés da escadaria que dava para o trono. Prensada contra o chão, ela mal podia ver acima dos primeiros degraus. Apenas escutou os passos do Rei Feiticeiro. Ele vinha em sua direção. Ninguém se mexia. Então ele parou e pegou a coisa colorida.

— Você tem sorte, em minha fúria eu poderia matá-la apenas com um toque, mas vejo que você é apenas uma criança curiosa e perdida - disse Ainz enquanto misturava todas as cores do cubo misterioso.

Zesshi só podia ver até as mãos ossudas que giravam e giravam as peças do presente dos deuses, em seiscentos anos ninguém o resolveu, Zesshi tinha conseguido apenas duas linhas no tempo em que ficou com ele, agora tudo estava bagunçado.

Após poucos segundos, Ainz apagou sua aura.

— Acho que você precisa de orientação - ele se abaixou e colocou no chão o cubo resolvido.

— Meu Deus, Susharna! - balbuciou Zesshi ao olhar para o cubo e depois o rosto de Ainz.

— Você me confunde com seu pequeno deus, mas sou muito maior do que ele, eu sou Ainz Ooal Gown e você me servirá. - falou Ainz regiamente.

— S-sim, meu senhor. - disse a semi-elfa se ajoelhando.

— Você tem uma dívida comigo, com meu reino e com meu subordinado Mare, você sabe o que fez? - disse o Ser Supremo calmamente.

— Sim! No momento que a crian... Lord Mare matou em combate Decem Hougan, o Rei Elfico, ele se tornou por direito o novo rei, eu ataquei indiscriminadamente o novo rei, um ato de agressão pérfido, minhas ordens eram para matar toda a realeza elfica se possível, além disso o batalhão da Teocracia continuou os ataques mesmo depois de anunciado a morte do antigo governante, pelo que eu soube na verdade eles intensificaram ataques tentando subjulgar o reino até que foram derrotados e capturados pelas forças de sua Majestade.

— TW te orientou a dizer isso?

— Não, meu senhor, ele só me disse o que aconteceu após a minha derrota.

— Ele te conhece, não?

— Sim, e acredito que por isso ele quer me ajudar.

— Sua vida depende dele e a dele agora está em risco, você entende?

— Sim, Sua Majestade.

— Deixarei você sob as ordens de meu servo Mare, você o servirá até que ele não queira mais, você irá até a Teocracia daqui a uma semana e anunciará seu fim.

— Todos morrerão?

— Algum problema com isso?

— Não, meu senhor, não particularmente.

— Ótimo, se tudo que fizer for de meu agrado, aceitarei seu juramento de lealdade, está decidido. Agora podem se retirar, e não se preocupe Shalltear, você terá um lugar de honra no final.

— Obrigada, Ainz-Sama-arinsu.

— 'Obrigado, Santa, por me ouvir' - disse TW finalmente conseguindo uma mensagem privada.

— 'Você conseguirá fazer o que quer em uma semana?'

— 'Sim, acho que dará tempo, tudo acabará no dia de Susharna, que ironia.'

— 'Isso vai servir para avaliar a dimensão de sua sorte, se tudo der certo, deixarei sua amiga viver e ir se quiser.'

— 'Acho que ela não conseguiria ir embora mesmo se pudesse, afinal, acredito que ela encontrou o que procurava.' - disse TW vendo a semi-elfa olhar Mare pelo canto do olho e como Aura parecia bastante zangada com isso.

...

NOTA DO AUTOR

Olá, agora começa uma fase nova da minha fanfic, estamos oficialmente andando após os eventos do volume 16, como não gostei mesmo de como se desenrolaram resolvi mudar um pouco o final, então Neuronist foi bem eficiente, do jeito que ela foi criada, Zesshi sobrevive e agora tem uma oportunidade de ouro, espero que gostem do que eu estou fazendo e até o próximo capítulo.