Desafio 100 temas: Tema 88 – Que fale sobre expectativas
Beta: Slplima querida amiga, não sei como agradecer todo o carinho, paciência em me ajudar. Obrigado, obrigado de coração! Minha amizade e lealdade forever and ever!
Notas da Beta: Minha querida amiga!
Que deleite apreciar esse texto!
Essa estória de amor entre Yuuri e Victor, que descrito pelas suas palavras, torna-se concreto com o casamento.
E mais, a riqueza de cada detalhe; as tradições japonesas contadas por você nos fazem divagar e imaginar cada cor e emoção, como se também estivéssemos presentes na cerimônia milenar.
Cada sensação esmiuçada pela sua perspicácia e sensibilidade.
Acredito mesmo que nossos patinadores jamais, jamais serão tão bem representados como o são por você, sabe?
Parabéns!
E que bom poder desfrutar de mais uma linda estória da nossa escritora mais que especial.
Simplesmente amei!
Obrigada, obrigada pela sua preciosa confiança.
Bjos no coração, Coelha!
Notas da Coelha: Quando eu imaginei algo para esse tema, eu creio que não tinha nada com esse que finalmente acabou por sair. Pensar em expectativas me leva a lembrar de coisas que queremos muito que aconteça, que idealizamos e que queremos que saia tudo a contento. E assim, eu espero que tenha passado isso com a fic, e que vocês gostem do que irão ler.
Também que essa fic faz parte do universo criado na fic Estarei ao seu lado. Não há necessidade de ler as anteriores para entender essa, mas se assim desejarem, ficarei muito feliz em saber o que achou delas.
Inspiração: A música Notte Stellata do trio Il Volo.
Imagem da Capa: Faz muito tempo que eu a tenho, eu queria uma que realmente acabei perdendo em algum back up que não foi executado corretamente, mas como eram as duas, fico feliz de ainda possuir essa. Não me recordo o fanartista, mas a ele todos os direitos reservados.
Dedicado à: Yuuri Katsuki! Dia 29 de novembro foi aniversário deste, que é meu personagem mais querido, e eu não conseguia deslanchar na escrita, para poder colocá-la no ar na data correta, mas o que vale é a intenção, assim, mesmo que atrasado…
Feliz aniversário, Yuuri!
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Aquele dia nunca fora tão esperado e almejado pelo ômega.
Ao afastar as grossas cortinas da janela de seu quarto e observar o dia claro, que parecia lhe saudar com os raios do sol banhando a bela cerejeira em flor, um pequeno sorriso estampou o rosto levemente preocupado.
Bocejando languidamente, voltou sua atenção para o ambiente que o rodeava. Fora estranho voltar para seu quarto e ficar sozinho. Já haviam se passado três dias, ou seriam quatro? Bem, na realidade, o moreno havia parado de contar, pois aquilo só fazia com que sua angústia fosse pior. Desde que ele e o noivo haviam se encontrado, foram poucas as vezes que ficaram separados. O alfa havia dado um jeito para que tudo ficasse mais viável para ambos e, assim, lá estava Yuuri remoendo suas preocupações e deixando-se levar por sua ansiedade.
Balançando a cabeça, tentou com isso espantar aquela coisa que o sufocava. Tudo daria certo! Tinha de se aferrar a esse pensamento. A insegurança nada mais era que seus pensamentos aterrorizantes, agravando mais a situação que começava a ser desesperadora. Ele tinha ciência que tudo terminaria naquele final de dia, quando aquelas simples palavras fossem proferidas, e que finalmente as almas gêmeas se enlaçariam em matrimônio.
Caminhando de um lado para outro, o jovem nipônico tentava a todo custo fazer sua agonia lhe deixar um pouco, para que assim pudesse relaxar. Aquele era um dia muito especial, um dia que haviam idealizado com minúcia; revisando cada detalhe, checando tudo com o maior cuidado, e seria inadmissível que algo fugisse à regra.
Estavam em Hasetsu, Japão, e o calor dos dias que precederam a festividade a realizar mais tarde parecia ter dado uma trégua, deixando a temperatura agradável.
Parando mais uma vez a frente das janelas de seu quarto, quarto este de sua meninez, onde os pôsteres de Viktor até pouco tempo estiveram enfeitando as paredes, Yuuri ajeitou os óculos sobre a ponte do nariz. Mirando mais uma vez com maior interesse o que acontecia no jardim particular dos fundos do Onsen, avistou seus pais, Minako e até mesmo seus futuros sogros, ajeitando as coisas em seus devidos lugares.
O jardim familiar agora ganhara enfeites, bancos confortáveis e flores, que pareciam entrar em harmonia com a linda cerejeira, e ao pé dela estava preparado um pequeno púlpito onde a celebração xintoísta se daria.
Muito em breve, ele e Viktor, estariam ali, celebrando sua união, mesmo que esta já tivesse sido assinada na manhã do dia anterior em um dos muitos departamentos da prefeitura local. Yuuri já passaria a assinar Yuuri Katsuki-Nikiforov! Havia um papel bem guardado entre os documentos do alfa que dizia isso.
Algo que enchia o peito do jovem casal de orgulho.
Foram dias de planejamentos. Era esperado por toda a mídia, quiçá o mundo da patinação artística, que tudo fosse muito suntuoso, cheio de pompas e coisas mais, todavia, Viktor havia deixado que tudo fosse feito como seu querido nipônico queria.
O alfa aprendera a duras penas que seu destinado gostava de manter sua privacidade guardada debaixo de sete chaves. E de certa forma, era realmente melhor ser assim. Discreto quando necessário, ainda mais quando se dizia respeito a família, e um momento tão íntimo, como a união de ambos.
Especulações, estas sempre haveriam! Porém, Viktor não quisera abrir mão de uma pessoa que já era responsável por sua imagem, e proteção nas redes sociais de ataques, calúnias entre outras coisas.
A expectativa de todo o mundo, afinal, eram pessoas públicas, dois patinadores de elite se unindo, era para ser algo vistoso, rico em detalhes e chamativo, como muitas vezes a mídia deixava transparecer a carreira do alfa. Viktor era chamativo por si só, mas o que eles não poderiam contar era com o silêncio e pequenos fragmentos do que poderia ser, mas que na verdade não seria.
Nikiforov era campeão em surpreender a todos, e por seu homem, ah! Ah! Ele faria tudo e muito, mais muito mais! Até mesmo concordar com algo discreto, e com duas celebrações. Algo que fora minuciosamente pensado, idealizado entre o casal e, em seguida, com a família de ambos.
Haviam muitas tradições que ambos não gostariam de quebrar. Faziam parte de sua cultura, e Viktor como um bom alfa lúpus, quis que primeiro fossem para o Japão, onde a fé milenar daquela família que o acolhera tão bem, como um filho, fosse seguida à risca.
Fora com alívio que os jovens viram ambas as famílias concordando com tudo o que eles queriam fazer, e uma coisa que nunca mais seria esquecida por eles, foram as palavras de Hiroko e Svetlana: Se significava a felicidade do jovem casal que se uniria, ambas fariam tudo para que o sonho deles fosse realizado.
Pensar nisso, fazia com que Yuuri se lembrasse de quando Viktor o pediu em casamento.
Fora algo surreal!
Algo como um sonho, ao qual o ômega desejou fervorosamente não precisar acordar!
E era difícil não parar um minuto sequer, para sonhar mais uma vez com aquele momento.
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Desde o momento que alfa e ômega não conseguiram mais negar o magnetismo que os impelia de estarem juntos, e que o imprinting fora assumido como uma verdade a ser levada a sério entre eles, muitas revistas e matérias sensacionalistas teimaram em negar o fato em busca de quem sabe, pôr o casal a prova.
Foram dias sombrios, onde a falta de saberem buscar um ao outro para uma conversa sem meias palavras e rodeios, quase os levaram ao ato que a imprensa amarelista e, até mesmo fãs, que não via a união de ambos como algo bom, gostariam que acontecesse… A separação!
Era inadmissível!
Intolerável!
Após uma pequena discussão acalorada apenas por pura birra de ambos, o lúpus tomou uma decisão ousada. Sem anunciar o que estava planejando, aproveitou-se de um momento em que não estava sob a supervisão de Yakov, e dono e senhor de seu próprio nariz desapareceu da pista em meio aos treinos decisivos para a próxima competição de patinação.
Seu destino: uma loja requintada do centro de São Petersburgo. Lá, ficou o tempo necessário para comprar o que precisava, e sabendo que seu querido ômega estava para deixar o aeroporto de Pulkovo, aquela tarde, Viktor correu para sua casa, onde este estivera hospedado. Se tivesse sorte, encontraria-o ainda por lá.
Quando chegou, avistou o pai colocando a mala do nipônico no porta-malas do carro, então passou por este voando, e assim que encontrou Yuuri, parou a frente deste bloqueando sua passagem.
- Viktor, eu preciso sair! - ciciou o patinador mais novo, sem conseguir mirar o platinado nos olhos.
- Você ainda tem tempo. - respondeu o alfa ao diminuir a distância entre eles. - Acho que não seria de muito bom tom deixarmos que nossos egos e, até mesmo egoísmo, nublassem nossas mentes, e que nos separemos brigados. - e sem esperar tomou a mão de Yuuri e a levou até seu coração, que batia descompassado no peito.
O jovem ômega surpreso, voltou seus olhos levemente avermelhados para sustentarem as íris cerúleas.
- Desculpe, Yuuri, por ter sido tão cabeçudo, quando na verdade você apenas estava visando meu bem ao me mandar ir para o treino, sem poder ir me despedir de você no aeroporto. - com a voz baixa, o alfa tentava redimir-se ao se desculpar. - Falei coisas que não era necessário e…
- Vitya… - Yuuri cortou-o sem deixar que terminasse seus pensamentos. - Creio que nós dois fomos egoístas, e eu sei que também fui muito infeliz em dizer que você não seria necessário no aeroporto, quando de verdade, eu queria mesmo era que você estivesse lá comigo. - murmurou a última parte baixando a cabeça ao sentir o rosto em chamas. Vergonha por finalmente admitir algo que queria com todo seu coração.
Sem dizer mais nada, o alfa avançou para se aproximar mais, invadindo o espaço do moreno e o abraçando fortemente de encontro ao seu corpo.
- Estamos bem de novo? - perguntou baixinho ao deixar que seus lábios roçassem em provocação o lóbulo da orelha do japonês. Viktor sabia que era um jeito infantil de tentar resolver as coisas, mas no amor e na guerra tudo tinha sua validade, e ele esperava que com isso seu destinado amolecesse um pouco o coração.
- Nunca estivemos de mau! - ciciou o ômega ao acarinhar os cabelos platinados de seu par. O riso feliz escapando pelos lábios levemente abertos. - Nós apenas tivemos uma divergência…
- E que poderia ter nos feito ficar sem nos falar por um bom tempo, não? - Viktor o mirou com interesse, mas antes que o mesmo conseguisse lhe responder, sapecou-lhe um, dois, três beijos esvoaçantes nos lábios.
- Vitya! - ronronou encabulado, pois Yuuri podia ver seus futuros sogros os observando ao longe. - Talvez, quem sabe… nós nunca ficamos muitos dias sem nos falar… - e sem prestar muito a atenção, o nipônico começou a divagar, parando ao notar que o alfa se afastava de si, e fincava o joelho direto no chão. - Ie… Ie… Vitya! (Não… Não… Vitya!)
- Yuuri, sim… Onegaishiamsu… (Por favor…) - pediu ao começar a falar em japonês, mesmo que esse ainda fosse um pouco cru e inseguro. - Eu já deveria ter feito isso algum tempo atrás, mas creio que eu não seja como muitos pensam, uma pessoa corajosa e decidida…
- Vitya, claro que você…
- Espere, moya snezhinka! (meu floco de neve) - pediu Viktor quando Yuuri tentou lhe cortar. - Eu preciso fazer isso, moye solntse (meu sol)… - e tomando coragem, encheu os pulmões de ar. Mirando com intensidade aqueles olhos levemente avermelhados, o alfa prosseguiu. - Disseram-me, certa vez, que almas gêmeas eram uma coisa inventada, apenas para agradar aos poucos desavisados que por essa crendice se deixassem levar. E eu penso que eles são tolos, pois não poderiam reconhecer o amor quando este lhe sorrisse, se apresentando tão puro e belo, como você... quando entrou em minha vida. - mordiscando o lábio inferior, o platinado, por fim, puxou de dentro do bolso de seu casaco uma pequena caixinha de veludo negro, a abrindo e revelando um par de belas alianças douradas unidas que formavam um floco de neve perfeito. - Katsuki Yuuri, você me faria o alfa mais feliz em aceitar ser meu marido? Quer se casar comigo? - perguntou por fim.
Yuuri estava sem voz. Suas pernas tremiam, e sentia suas vistas embaçadas pelas lágrimas que começavam a teimosamente deslizarem por sua face. Ele nunca poderia imaginar que Viktor fosse ser tão romântico como aqueles alfas de contos de fadas infantis, e em hipótese alguma o moreno reclamaria, pois sabia estar diante de seu belo prometido, seu imperador do gelo e dono de seu coração.
- Yuu-ri… - Viktor ciciou ao começar a ficar preocupado. O platinado temia que sim, que seu estimado e genioso namorado não aceitasse aquela proposta, por estarem a pouco tempo juntos, não tinham mais que um ano, e bem… ele precisava ter aquele homem para si!
- Sim, Vitya, sim, eu aceito! - respondeu por fim o moreno ao se atirar nos braços do patinador mais velho, quase fazendo com que ambos fossem ao chão.
Yuuri nunca poderia imaginar…
Não poderia sonhar com um pedido tão fofo, e surpreendente.
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Deslizando o dedo pelo anelar da mão direita, Yuuri voltou seus olhos com carinho e devoção para o brilho dourado de sua aliança, a mesma trocada naquele dia em São Petersburgo. Um simples aro de metal precioso, com uma importância tão grande e surreal!
Com um sorriso de lado, imaginou seus dias dali para frente.
Seriam felizes?
Iriam ter filhotes?
Será que seriam bons pais?
Expectativas, desejos e anseios que deveriam ser vividos no agora, não se deixando levar pela ansiedade.
Balançando a cabeça, Yuuri voltou os olhos para a janela, e não pôde deixar de sorrir ao ver Makkachin correndo de um lado para o outro, cheirando flores, bancos e até mesmo quem surgisse a sua frente.
Sentando-se em sua cama, o nipônico suspirou buscando alcançar sua calma.
Era quase inacreditável ver onde eles haviam chegado! Logo eles que gostariam de terem ido com cautela, de deixarem as coisas acontecerem por sua conta, seguindo o que o destino guardava para eles. Sempre um passo de cada vez… para de um momento ao outro entenderem que sozinhos e distantes não teriam essa calma toda. Não conseguiriam viver. Quase como se não conseguissem respirar.
Porque se amam tanto.
Puxando o ar um pouco mais forte, o ômega se imaginou a frente de seus pais, dos poucos familiares que estariam presentes… os pais de Viktor... e a expectativa daquele momento quase o fez perder o fôlego.
Precisava respirar, ou entraria em uma crise de ansiedade.
Contando pausadamente enquanto respirava, quase não percebera quando a porta de seu quarto fora aberta, e Makka entrou seguido por Phichit.
- Yuuri eu… - o ômega tailandês, um dos poucos amigos do nipônico presente, parara de chofre ao encontrar o moreno abraçando-se a si mesmo e respirando pausadamente.
Antes mesmo que o tailandês o alcançasse, Makkachin já estava se forçando sobre Yuuri, que a abraçou imediatamente, escondendo o rosto no pelo encaracolado e que continha resquícios do delicioso aroma a pinheiros.
- Vitya… - ciciou apenas para a fiel escudeiro ouvir. Makka choramingou um pouco, mas como uma dama educada, deixou que seu outro papai aproveitasse de seu aconchego.
Sentindo o colchão afundar a seu lado, Yuuri sorriu pequeno ao ter sua cintura cingida por braços finos, e o cheiro característico do outro patinador o envolver.
- O que aconteceu? - Phichit perguntou, apesar de já saber o que poderia ser. Assim, antes mesmo que seu melhor amigo lhe respondesse, continuou. - Por favor, Yuu-chan, não se perca em seus pensamentos. Sei que a expectativa tem feito com que sua ansiedade fique mais em evidência, mas eu te garanto, meu amigo, que tudo irá correr como vocês dois querem. Como vocês idealizaram todas aquelas noites! - e para garantir que o amigo estava lhe ouvindo, apertou mais a força com que o abraçava.
- Eu sei, Phic… - Yuuri murmurou ao finalmente mirar o amigo de soslaio. - É que tudo parece estar errado, que eu estou prendendo Viktor e…
- Eiii… Eiii… Pode parar! - ordenou Phichit ao soltá-lo e o segurar pelos ombros, fazendo assim que ambos ficassem frente a frente. - Que Viktor não o escute falando assim, ou você vai chateá-lo. Pelas leis dos homens vocês já são um casal, então o que há de errado? - perguntou ao mirá-lo intrigado.
- Sinto que muitas vezes os fãs e, até mesmo a imprensa…
- Ah! Yuuri… - lastimou Phichit. - A imprensa e os fãs não vivem a vida de vocês. Muitos queriam estar no lugar de Viktor, outros tantos queriam estar em seu lugar, mas eles não são vocês. - o patinador mais novo frisou as últimas palavras. - Eles não podem prover o amor que vocês nutrem um pelo outro. - Phichit tentou continuar falando mansamente, mas toda vez que via o melhor amigo assim, não tinha como não se exaltar.
- Desculpe, Phic! É mais forte do que eu. - murmura Yuuri ao mirar mais uma vez para o aro dourado que circula seu dedo. - Parece tudo tão surreal! Eu sei que temos a certidão que diz sermos um casal, sei que ela será traduzida para russo daqui a alguns dias, e que teremos a festa lá e… mas é tudo tão novo e confesso estar assustado.
- Ah! Yuuri… Até mesmo eu estaria com medo. - Phichit confidenciou. - Fico imaginando que talvez tenha de fazer como vocês quando me acertar com Seung-Gil, e sei que passarei por momentos assim, mas temos de ser fortes, meu amigo! - fazendo uma pausa, o moreno de olhos acinzentados abriu um pequeno sorriso. - E sabe por quê temos de ser assim? - e ao ver o amigo negar não saber com um movimento de cabeça, com um grande sorriso, característico e único dele, respondeu. - Porque eles nos amam, ou não estaríamos com eles, e você já sai na frente, Yuu-chan! - termina ao levar a mão com a prova da união deles e a puxar para perto do peito. - E eu, como seu melhor amigo, irei sempre estar aqui para você! Quero que você se sinta bem, ou vou ser obrigado a ir buscar mamãe Katsuki para que ela lhe coloque nos trilhos novamente! - ameaçou sem pudores.
- Não… não precisa chamar a okaasa! (mamãe) - respondeu Yuuri quase pulando onde estava sentado. Já havia dado muito trabalho aqueles dias para a matriarca da família. Ela também merecia ter um pouco de paz, e aproveitar a festa que estava para acontecer. Abrindo um pequeno sorriso, deixou que o amigo o guinchasse literalmente da cama, e o seguisse para as termas.
- Venha! Está na hora de você relaxar um pouco. Viktor já fez isso mais cedo, deixando livre a área familiar para que você também possa aproveitar das águas quentes. E não, eu não vou aceitar um não como resposta. Irei contigo! - e sem mais nada dizer, Phichit puxou o amigo escadas abaixo, evitando passar por onde ele sabia que poderiam ser vistos por certo alfa platinado.
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Após deixarem as termas, Yuuri e Phichit se dirigiram para o quarto dos pais do japonês, onde Hiroko e Yuuko iriam ajudá-lo a se vestir. Cabia apenas a ômegas estarem presentes naquele momento. Era uma tradição da família, e seria mantida.
- Okaasa… - Yuuri a mirou com curiosidade ao ver o leque branco com estampas de grous em voo. O leque que muitas vezes o pequeno ômega cobiçara. - O que seu leque faz aqui? - perguntou ao vê-la abrir a peça que ainda estava em seu perfeito estado e primor.
Com um sorriso jovial, Hiroko fechou o leque e o deixou sobre o aparador onde estavam as maquiagens, cremes e perfumes que usariam naquela tarde.
- Como sabe, Yuu-chan, nossa família tem uma tradição que segue por gerações, e não podemos ser diferentes, podemos? - perguntou mantendo o tom carinhoso enquanto pegava a escova, indicando que o filho se sentasse à sua frente, e iniciava um penteado, puxando as madeixas escuras para trás. - Assim, é de bom tom, e de certo modo traz sorte para a noiva... - fazendo uma pausa, acarinhou a bochecha do filho – usar o leque passado de ômega para ômega, assim como espero que você continue essa tradição. - confidenciou ao sustentar gemas chocolates idênticas as dela no espelho.
- Eu não imaginava que… mas e Mari? - Yuuri perguntou confuso enquanto deixava Yuuko e Phichit passarem cremes nos seus pés e panturrilhas.
- Sua irmã é alfa, deverá seguir as tradições da família a qual ela irá se juntar, mas creio que sua irmã é um espírito livre, hoshi (estrela), e hoje não é um momento para pensarmos e falarmos sobre Mari-chan, Yuu-chan! - repreendeu docemente a ômega mais velha. - Hoje é seu dia, um dia único, onde tudo é sobre você e para você. Então, se acalme, e tente relaxar. Aproveitar esse momento. - pediu Hiroko ao novamente sustentar gemas chocolates no espelho.
Envergonhado por se deixar levar por seus pensamentos preocupantes e sem cabimento, Yuuri desviou os olhos, voltando-os para seus amigos, que deslizavam um creme com aroma de cerejeiras em sua pele, desde seus pés até a altura do meio de suas coxas, onde o roupão caia preservando sua dignidade.
- Daqui a pouco Minako chegará para que possamos te vestir. - informou a matriarca Katsuki ao mirar o relógio sobre a bancada ao lado dela.
- Minako-sensei, oba-san (tia) vem vindo? - Yuuri parecia surpreso, mas o fato é que ele realmente havia esquecido que como uma tradição dos Katsukis e, até mesmo, da família Okukawa, os ômegas eram preparados por outros ômegas da família. - Achei que oba-san viria só para a celebração e…
- E o que? Você achou que perderia o dia mais feliz de meu sobrinho? - um furacão em forma de mulher se fez presente, com sua voz potente, e modos dominantes, o que mais lembrava um alfa do que um ômega.
Arregalando os olhos, Yuuri deixou que um pequeno sorriso lhe surgisse. Mordiscando o lábio inferior, rezou para que mais ninguém surgisse do nada em um arroubo de força e felicidade como sua tia havia feito. Todavia, o moreno sabia que a entrada de mais ninguém seria permitida naquele cômodo. Todos os ômegas necessários já se encontravam ali. Os dois melhores amigos, sua tia e mãe.
Suspirando, Yuuri deixou-se conduzir pelos quatro, e em pouco tempo, para não dizer em um piscar de olhos, tudo estava em seu devido lugar. Uma leve maquiagem fora feita, realçando os olhos do jovem, e uma a uma as roupas foram sendo postas, todas estas sendo brancas bordadas com pura linha branca em desenhos de garças, com alguns grous, simbolizando do primeiro felicidade, esperança, juventude eterna e do último saúde, longevidade e boa sorte.
O Shiromuku foi ajeitado sobre os ombros de Yuuri e fortemente atado com o Obi por Hiroko, que prendeu o pequeno Futokoro Gatana, uma espécie de punhal que as noivas samurais usavam com o auxílio das vestes. Nos cabelos o negro meia noite entrava em contraste com o bonito pente de prata com delicadas flores de Sakura incrustadas e, por fim, o Wataboshi foi deslizado delicadamente cobrindo a cabeça do nipônico.
- Yuuri-chan, você está tão bonito! - exclamou Yuuko ao se afastar para ver o efeito final.
Voltando seus olhos para a amiga, viu mais ao fundo Phichit com seu celular em punho, tirando uma foto de corpo todo dele.
- Phichit! Sem fotos! - grunhiu em advertência.
- Yuu…ri, eu não vou postar em redes sócias! Não vou fazer isso! Eu apenas quero guardar uma recordação! Você está divino! - o tailandês ronronou.
- Uma pena que não vamos conseguir seguir até o templo como gostaríamos! - murmurou Hiroko que adoraria ver o filho entrando pelas portas do templo como ela e Toshyia um dia fizeram
- Hiroko-san, sabe que não podemos, e foi muito difícil fazer com que o sacerdote viesse até aqui e utilizasse nosso antigo alpendre embaixo de nossa cerejeira milenar. - Minako ralhou. - Yuuri e Viktor ficariam muito expostos nas ruas, e temos ciência que mesmo eles tendo conseguido despistar a imprensa, sabemos que ainda temos visitantes muito suspeitos espreitando os locais que os jovens frequentam.
- Eu sei, Mina-san! - e voltando seus olhos para Yuuri, que parecia preocupado com o que acabara de ouvir, pediu. - Desculpe, Yuu-chan, estou feliz assim mesmo! Sua felicidade e a de Viktor estão em primeiro lugar! - declarou ao lhe puxar gentilmente para poder depositar um beijo em sua testa. - Seja feliz, meu pequeno! - desejou ao se afastar, e antes que as lágrimas deslizassem por seu rosto.
- Arigatou, okaasa! - agradeceu comovido e, antes que pudesse falar mais alguma coisa, escutaram batidas na porta.
- Oi, vocês! - Mari sem abrir a porta, esperou até que alguém a abrisse.
- Estamos indo, Mary! - Yuuko respondeu ao abrir a porta. - Nos vemos lá embaixo, Yuu-chan! - e sem dizer mais nada, puxou Phichit que apenas conseguiu sorrir para o moreno, antes de o deixar.
- É hora de ir, Yuuri! - Minako passou por ele e, antes de o deixar, sapecou-lhe um beijo estalado na bochecha, saindo rapidamente.
- Okasaa…
- Eu sei meu amor, tudo parece estar caindo ao seu redor, o nervosismo, medo, insegurança, eu não posso prometer o melhor, mas eu espero de coração que Viktor te honre, te ame e te trate muito bem. - Hiroko disse ao abraçar gentilmente o filho. - Agora, vamos meu bem! Um novo futuro te espera.
Concordando com um maneio de cabeça, Yuuri saiu do quarto seguindo sua progenitora. Descendo devagar as escadas, logo estava ao lado de seu pai, que o levou até a saída dos fundos utilizada apenas pela família, onde ali encontrou-se com Viktor e sua família. Este trajando um belo e tradicional Montsuki preto com um pequeno brasão da família russa bordado do lado esquerdo da veste.
Nunca em seus sonhos mais loucos, Yuuri, ou mesmo Viktor, poderiam imaginar algo tão delicado e ao mesmo tempo suntuoso, e que ambos estariam encabeçando tudo isso. Se comentassem com eles um tempo atrás que a vida os uniria e que ali estariam tão próximos de realizarem um sonho em comum, o de se casarem, talvez ambos pensassem que era apenas uma brincadeira de muito mau gosto de quem estivesse a lhes dizer, todavia, aquilo de fato não aconteceria, e o presente, era ao mesmo tempo doce e assustador.
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Fora um tormento para Viktor, mesmo estando casado com o homem de sua vida, ter de seguir o que pedia a tradição da família, e ficando longe de seu marido pelo tempo necessário até o casamento ser realizado pelo sacerdote.
Ele sabia que teriam várias etapas, mas nunca imaginou que ficar separado de Yuuri fosse lhe gerar um grande desconforto! O alfa podia imaginar que para seu marido também não estava sendo nada fácil. Eles já haviam se acostumado a estarem juntos, a dividirem uma cama, e celebrarem o amor deles carnalmente. Porém, ele havia atendido ao pedido de seu querido ômega, e deixado que os pais do jovem pensassem que ele ainda era um ômega puro, não apenas no sentido da palavra.
Suspirando, o platinado estava contando as horas.
Pela manhã, fora logo cedo tomar um bom banho, e aproveitar um pouco das termas até próximo do meio da manhã. Em seguida, junto com Christophe, seguiu para uma sala longe de onde Yuuri estava, apenas para relaxar mais um pouco.
Seguindo ao que ditava as tradições, a celebração, mesmo que sendo realizada fora do templo, seria apenas para familiares, e Chris e Phichit se enquadravam nessa questão, pois eram mais que amigos, eram como irmãos para ele e Yuuri.
- Você está nervoso! - era uma constatação, não uma pergunta.
O alfa platinado voltou sua atenção para o loiro, quase querendo grunhir.
- Como você se sentiria ao ter seu marido longe de você? - Viktor perguntou sem se atentar que era exatamente isso que acontecia com o loiro.
- Bem, Viktor, se acaso não se lembra, deixei Lars sozinho em casa, pois uma viagem como essa era um pouco arriscado por ele estar quase para ter nosso primeiro filhote! - Chris rosnou ao mesmo tempo que lhe sustentava o olhar. - Mas se quer que eu lhe diga como estou me sentindo, bem… meu caro, eu estou em frangalhos. Preocupado é pouco! Mas sinto uma calmaria tão boa vindo de nosso vínculo, que isso por vezes me acalma. Me faz relaxar e conseguir superar a saudade que sinto e a preocupação de não estar presente.
Um tanto envergonhado, Viktor mirou o amigo de soslaio. Não havia mais o que ser dito. Cada um tinha seus limites, seus problemas e suas frustrações. Ele não tinha o direito de menosprezar a saudade que o amigo loiro sentia de seu companheiro.
- Perdão, Chris… - ciciou.
- Tudo bem, mon ami! (meu amigo!) - respondeu o alfa suíço ao passar o braço pelos ombros de Viktor. - Vamos deixar isso para lá, ok? Hoje é um dia especial, e você não deve ficar assim. Sorria, daqui a algumas horas vocês estarão casados diante do sacerdote, como rege as crenças dos seus sogros.
- Sim, você tem razão, Chris! - Viktor respondeu energicamente. Ele não podia se abater. O dia estava propício para se manter o astral elevado.
E após o almoço leve que os amigos tiveram o prazer em degustar juntamente com os outros alfas da família, a tarde se apresentou e passou feito um borrão.
Viktor não conseguia se lembrar em qual momento o sogro e seu pai se uniram para ajudá-lo a vestir a elaborada veste feita especialmente para aquele dia: o Montsuki. O tecido era macio, em seda negra como os cabelos de seu destinado. O quimono debaixo em um azul-escuro quebrando um pouco o negro da parte da casaca, vamos assim dizer, e das calças.
- Você está pronto, Viktor! - comentou Toshiya com um sorriso divertido nos lábios. Ao ver o genro concordar, abriu mais o sorriso. - Uma curiosidade; por quê o lobo como brasão? - perguntou ao encarar o platinado e seu pai.
- O brasão de nossa família na Rússia é de um lobo branco. É uma história longa, que um dia Vitya pode querer lhes contar. - comentou ao acaso o pai de Viktor.
- Interessante! - Toshiya soltou surpreso.
- Existe algum problema com isso? - Viktor perguntou mal conseguindo esconder sua preocupação.
- Não, na verdade, não, meu jovem! - o alfa japonês respondeu calmamente. - É que realmente é algo muito peculiar e singular, pois os Katsukis desde a era Tokugawa veneravam os lobos de Honshu e imediatamente, diz a lenda que eram protegidos por esses pequenos, mas valentes animais. Assim, creio que essa união tem tudo para ser perfeita. - contemplando os alfas com uma reverência, Toshiya mirou penetrantemente ao alfa mais novo. - Agora se me dão licença, vou indo, pois preciso esperar Yuuri, assim, tome conta dele, está bem lobo prateado? - pediu o velho alfa ao começar a se retirar.
- Eu cuidarei muito bem dele, otosan! (pai) - prometeu Viktor, ao voltar seus olhos para seu próprio pai.
- Você já sabia a respeito disso, Vitya?
- Não, pai! - respondeu o patinador um tanto pensativo.
- Realmente, o destino conspira sempre a favor daqueles que merecem estar juntos. - comentou a esmo o alfa mais velho.
Dando de ombros, Viktor voltou os olhos na direção de Christophe, que até aquele momento ficara quieto, apenas prestando atenção a tudo que acontecia. Um sorriso conhecedor iluminando sua face.
- Vamos, mon ami, não é de bom tom chegar depois do noivo ômega! - gracejou ao passar o braço no do amigo e o levar para fora do quarto onde estivera.
Makkachin estava devidamente enfeitada com uma linda coroa de rosas azuis e flores de cerejeira, aguardando por seu dono no alpendre coberto. Sua mãe também estava lá, em um vestido azul-cobalto lindo, que lhe caia muito bem.
Deixando-se ser beijado na testa por ela, ouviu seus elogios, para logo voltar seus olhos surpresos para outro lugar, pois o doce cheiro de cerejeira em flor lhe alcançara, o fazendo virar para finalmente receber seu par… Seu homem… O ômega mais belo de toda a Terra.
Sorrindo abertamente, o alfa lúpus mediu seu companheiro de cima a baixo, gostando do que estava vendo, e ele queria muito poder abrir aquele presente que o destino estava a lhe dar.
Yuuri estava maravilhoso!
Viktor queria o puxar para seus braços, e o apertar em um beijo saudoso e carregado de amor. No entanto, ele sabia que não poderia fazer isso, pois pelo canto dos olhos, já podia ver os familiares presentes, e lá embaixo da cerejeira em flor, se encontrava o sacerdote. Com um suspiro resignado, endireitou os ombros, e se aproximou de Yuuri.
- Estonteante! - ciciou para somente o ômega ouvir, e sorrindo, um sorriso pequeno, notou como o moreno havia ficado com as maçãs do rosto e o nariz levemente rosados. - Você está deslumbrante, meu Yuu-chan! - ronronou o platinado.
- Vitya… - respondeu Yuuri no mesmo tom ao também aproveitar para apreciar seu alfa. - Você também está maravilhoso! - mordiscando o lábio inferior, o nipônico se ajeitou ao lado do russo. - Você está pronto? - questionou ao mirá-lo de soslaio pronto para gracejar. - Afinal, ainda dá tempo de voltar atrás.
- Hmm… nem nos mais loucos sonhos, moya snezhinka! - respondeu prontamente. - E eu tenho um documento em japonês a ser traduzido para o russo que diz o contrário… - respondeu ao gracejo a altura. - Não há como haver devolução, somos um do outro, e não vou abrir mão tão fácil de meu marido. - respondeu prontamente, ao mirá-lo com intensidade.
Yuuri ficara sem fala. Certo, ele havia pedido por aquilo, mas ele sabia ser verdade, até mesmo por isso havia gracejado, apenas para ver a reação de seu alfa. E ela veio da forma mais espontânea possível, deixando o nipônico com o ego massageado.
Ele queria ter podido dizer a Viktor algo parecido, mas haveriam novas oportunidades. O momento não era oportuno, e eles já haviam começado a caminhar lado a lado.
Ao finalmente chegarem à frente da velha cerejeira em flor, o sacerdote os recebeu, começando assim com a purificação dos noivos e seus convidados, pois dizem que os deuses sabem que os humanos cometem pecados sem nem ao menos perceberem, assim, o jovem casal deve ser purificado para que comessem seu matrimônio e a vida dois livres de seus pecados.
De cabeças baixas, Viktor e Yuuri ficam em silêncio enquanto o sacerdote prossegue com a cerimônia, em seguida ele anuncia o casamento aos deuses pedindo a proteção e a benção ao casal.
É tudo tão rápido e mágico, que quando os jovens se dão conta, já estão tomando a terceira dose de saquê, terminando assim com o ritual do San San Kudo. Tendo os seus familiares fazendo o mesmo, unindo não apenas o casal, mas também as famílias.
Trocando um rápido olhar entre si, Viktor e Yuuri voltam a atenção para o sacerdote, que os convida para se aproximarem. Chegado era o momento em que Viktor faria o juramento do casamento.
O alfa estaria preocupado se não tivesse começado a aprender japonês com afinco, logo após ser informado desse pormenor, assim, quando este pegou o bonito pergaminho em mãos, começou a ler os kanjis lenta mas perfeitamente.
Ao terminar, seus olhos buscam pelos de seu marido, que lhe sorri ternamente e com orgulho. Yuuri nunca poderia imaginar que Viktor conseguiria aprender aquele juramento em tão pouco tempo. Mas novamente seu alfa lhe mostrava que este também poderia ser uma caixinha de surpresas.
Após a benção dos Tamagushi, o sacerdote profere suas palavras finais, liberando, assim, os noivos e familiares para a cerimônia de recepção, a ser realizada no grande salão do onsen Katsuki. Uma mesa longa e vasta em alimentos os esperava.
Viktor e Yuuri antes de se dirigirem para o local, tiraram algumas fotos, e em seguida rumaram para o quarto do casal, onde o ômega trocaria de roupa.
Assim que a porta se fechou atrás deles, Yuuri se voltou para encarar seu marido.
- Dobrota (Carinho), como eu estava louco para te livrar dessas vestes. - ronronou Viktor ao se aproximar e, finalmente, capturar os lábios macios de seu homem. Um beijo exigente e saudosista deixando-os com falta de ar.
- Faço uma ideia de como quer me ver livre de minha roupa de casamento, mas Vitya, nossos convidados nos esperam lá embaixo, não podemos demorar muito, seria uma falta de respeito muito grande para com todos eles.
- Ah! Malysh (querido), eu sei! Eu sei, mas meu lobo te quer tanto! - respondeu ao mordiscar o lóbulo da orelha tentando seduzi-lo.
- Só o seu lobo me quer? - perguntou gracejando, e no ínterim retirando algumas peças de sua indumentária.
- Claro que não, lyubov! (amor) - ronronou ao soltar o obe e o deixar cair ao chão.
- Vitya, por mais que eu te queira, temos de manter os compromissos, mais tarde podemos fugir do onsen… - começou, mas sem conseguir terminar o que estava dizendo, pois o alfa, mais uma vez o beijou com ardor.
Trocar de roupa definitivamente seria uma tarefa muito difícil!
- Vitya! Não morde! - Yuuri gritou ao sentir os dentes do marido em seu ombro.
Sim, definitivamente, muito difícil!
E sim...
Igualmente extraordinário. Como seria a vida a dois, apenas deles, a partir desse dia precioso em diante...
Como uma eterna Notte Stellata.
Veja que lua o lago tem
As estrelas no céu brilhando pra nós
Nesta noite assombrada
A minha serenata cantarei para você
O quanto eu te amo você não sabe
Nos meus pensamentos só há você
Perto de você estarei sempre
Te procurarei entre as pessoas
O quanto eu te amo agora você sabe
Nos teus pensamentos
Eu sempre estarei
Veja que noite estrelada
De amor para nós
Você já é o meu amor
Veja que noite estrelada
De amor para nós
Eu te amo e você sabe, meu amor
Já
oOoOoOo
Lembretes e Explicações:
Expectativa é um substantivo feminino. Situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrência, em determinado momento.
Tudo sobre o casamento xintoísta, pesquesei nesses sites, Coisas do Japão e Japão em foco. Estou deixando os links abaixo se sentirem vontade ler sobre tudo que resumi. Sei que muitos dirão que Yuuri está usando roupas femininas, mas eu quis apresentar aqui, que no conceito criado em minhas fanfics, ele tem por opção em sua cultura, usar roupas que no caso são destinadas a mulheres, mesmo sendo um ômega masculino. Não foi fácil para eu idealizar isso, assim peço para os que não gostarem desse tipo de vestimenta para um homem ômega, que se cale. Estou usando meu livre arbítrio e minha licença poética! *piscadela*
Coisa do Japão: /2020/09/11-tradicoes-do-casamento-japones/
Japão em foco: conheca-12-tipos-diferentes-de-quimono-femininos-e-em-quais-ocasioes-usa-los/
Momento Coelha Aquariana no Divã:
*Ouvindo Il Volo enquanto termina de arrumar a fic*
Kardia: Dedé, o que deu nela para voltar a escutar Il Volo? Eu achei que estávamos na semana do Nightwish? *escorpiano sem entender as loucuras de outra aquariana*
Dégel: Kar, e você já não conhece as loucuras aquarianas? *risinho de lado ao baixar levemente o livre que está lendo* Ela está sem headphone! *apontando para o aparelho de celular tocando a frente do monitor*
Kardia: Misericórdia! Nem vou me aproximar, pois vai que ela já comece a dizer que tudo sou eu! Vou deixar esse carma ruim cair nas costas do Enzo, que estava reclamando que a loirinha tem duas fics dele e Dite paradas! *se afastando sem notar o riso debochado da coelha*
Mereço… *murmurando baixinho* Só falta chegar o carcamano agora!
Olá para você que chegou até aqui!
Obrigado por ler mais essa nova fanfic que saiu de minha caçuleta! Se gostou, vou ficar muito feliz em ler seu comentário do que achou! E sabem, né? Ficwriter feliz, consegue escrever muito mais.
Beijos e até o meu próximo surto
Theka Tsukishiro
