WHEN CELEBI FUCKS THE TIMELINE
Autora: LuneKitty
Sinopse: Sem que ninguém soubesse, Celebi tinha estado interferindo no fluxo de tempo, isso causa consequências desagradáveis. Para remediar todo o dano causado, Arceus decide mandar Ash de volta para o ponto em que Celebi começou a interferir com o tempo. Agora, Ash refaz sua jornada, dessa vez munido de todas suas experiências passadas e sem as interferências de Celebi.
Notas:Pokémon não me pertence.
Capítulo 1
Chegando a Hoenn
Ash soltou um longo suspiro, enquanto observava a aproximação do porto de Littleroot. Ele tinha acordado na manhã anterior e vasculhado o navio, até encontrar a Equipe Rocket e explodi-los adequadamente para longe. A última coisa que Ash precisava era de uma repetição do eletroímã gigante. Então o restante da viagem foi tranquilo. Ele encontrou Froakie naquela manhã. Foi um pouco engraçado ver o pequeno sapo azul, no lugar do grande e forte Greninja. O que também o surpreendeu foi o fato de que ele conseguiu capturar Froakie. Ao que parecia, eles tinham voltado para um momento do tempo que em o sapo aquático não tinha se tornado um dos pokémons iniciais do Prof. Sycamore.
Durante todo o dia, Ash tinha aproveitado para treinar. Em um navio como aquele, era comum haver vários treinadores e até mesmo havia um campo de batalha no deque. Foi com um grande alivio e prazer, que Ash descobriu que Pikachu se lembrava de todos os seus movimentos, e sua voltagem estava tão alta quanto no momento em que enfrentou Leon. Froakie, obviamente, não podia usar os movimentos característicos de sua evolução final, assim como eles não podiam sincronizar. De cerca forma, Froakie estava preso com a mesma força que ele tinha antes de evoluir pela primeira vez. A diferença estava na confiança que os dois compartilhavam e na experiencia em batalha que ambos tinham. Froakie estava muito determinado a evoluir o mais rápido possível, então dizer que o sapo bolha estava quase que monopolizando as batalhas, era o mesmo que dizer o céu era azul.
Era pouco depois das 9h, quando o navio aportou no porto de Littleroot. Ash saiu no navio muito calmo. Pikachu empoleirado em seu ombro direito e Froakie em seu ombro esquerdo. Não havia nenhuma necessidade de correr desesperado e pedir por ajuda. Ele podia apenas aproveitar o ambiente de forma normal.
– Para onde estamos indo, Ash? – Perguntou Froakie, parecendo curioso.
Não era uma surpresa. Toda aquela jornada seria uma grande novidade para ele.
– Primeiro, vamos comprar algumas coisas no Pokeshop. Depois, iremos até uma cozinha pública.
Diferente de antes, Ash sabia o quão mal preparado ele estava para suas viagens, sempre tendo de confiar em seus amigos para sobreviver. Isso tinha mudado. Seu tempo como assistente do Prof. Cerise lhe ajudou a prender muito sobre essas coisas.
Por sorte, ele sabia que tinha uma excelente conta bancária naquele momento. Não era tão grande quanto teria sido em mais alguns anos, mas era dinheiro mais do que o suficiente para ele fazer suas compras.
O Pokeshop de Littleroot era um prédio grande, feito de vidro e aço, em um formato de cúpula. Sem surpresa, o lugar estava bastante lotado. Treinadores e amantes de pokémons estavam lá para os mais diferentes objetivos. A primeira compra de Ash, foi uma nova mochila. Essa três vezes maior do que aquela que usava no momento, com um sistema de armazenamento mais amplo e moderno. Em seguida foi um conjunto de acampamento melhor, que incluiu: saco de dormir, barraca, cadeiras e mesas dobráveis, fogão portátil, panelas, pratos, talheres e canecas e cantis. Um kit médico (humano e para pokémons), kit de escalada e um kit de sobrevivência foram seus próximos itens de compra.
Sua compra a seguir foram pokébolas. Ao invés de se prender a pokébola básica, Ash comprou vários conjuntos de pokébolas personalizadas. Ele quase não acreditou, quando encontrou pokébolas artesanais. Eram um pouco mais caras que as pokébolas industriais, mas eram muito melhores. Ele se abasteceu com poções, antídotos e desparalisantes. Então chegou a hora de comprar os mantimentos. Ele focou em temperos e alimentos não perecíveis, assim como os secos, mas também comprou uma grande quantidade de bagas, que ele usaria para fazer a comida de seus pokémons.
Por fim, Ash caminhou para uma loja de pedras.
Sem surpresa, a loja exibia diversas vitrines com todo o tipo de pedras de evolução conhecidas.
– Bom dia, sou Nádia. Você está procurando uma Pedra do Trovão? – Perguntou uma das vendedoras, ao ver Ash entrando na loja.
Ash sorriu para a vendedora.
– Na verdade, estou atrás de Pedras Eternas. – Falou Ash, sorrindo amplamente.
A vendedora pareceu um pouco surpresa antes de sorrir.
– Temos diferentes modelos de Pedras Eternas. Deixe-me mostrá-las.
Ela o guiou até um dos balcões, onde todo o tipo de acessório, com pedras cinzentas de diferentes tamanhos estavam exibidas.
Ash se inclinou e examinou os acessórios com cuidado. Isso era algo que ele tinha pensado bastante nas últimas semanas, enquanto se preparava para seu confronto com Leon. Desde que Bulbasaur decidiu que não queria evoluir, Ash desenvolveu sua própria cresça de que Evolução não significava um pokémon fraco ou forte. Contudo, ele só tinha percebido recentemente, que seus pokémons que decidiram ativamente não evoluir, estavam lutando contra a evolução todo esse tempo. Uma falta de atenção dele, que Ash suspeitava ser parte do efeito da influência indevida de Celebi. Então ele iria comprar acessórios com Pedras Eternas para esses pokémons.
Essa não eram as únicas coisas que ele tinha percebido, principalmente nos últimos dois dias, desde que tinha voltado no tempo. Havia muito o que fazer para ajeitar T-U-D-O, mas ele iria fazer isso aos poucos. Correr como um louco, não iria ajudar ninguém, afinal.
– Eu vou querer esses dois, por favor. – Falou, apontando para o brinco de pressão e para uma braçadeira.
A vendedora embrulhou os dois acessórios, antes de entregá-los a Ash.
– Tem certeza de que não quer uma Pedra do Trovão? Como você comprou duas Pedras Eternas, podemos conseguir um bom desconto. – Questionou a vendedora, depois de cobrar pelos dois acessórios.
– Sim, eu já tenho uma na verdade. – Respondeu agradecido.
A vendedora sorriu e agradeceu pela compra.
Depois de deixar a loja, Ash estava pronto para sair do Pokeshop, quando ele viu algo que atraiu sua atenção. Um pequeno quiosque no meio do shopping, com um grande poster do Xtransceptor. Uma mulher de cabelos verdes presos em um coque alto, usando um terninho azul e branco, estava atrás do balcão do quiosque. Ela estava apoiada nos cotovelos, com uma expressão deprimida.
"As vendas não devem estar muito boas." Pensou Ash, lembrando os Xtransceptors de sua época viajando por Unova. O comunicar, tão popular em Unova, não tinha se tornado tão popular nas demais regiões, até que a ídolo e Campeã Diantha foi fotografada comprando um dos comunicadores. "Pensando bem, não seria algo ruim ter um desses. Os Rotomfones só serão lançados daqui cinco anos, então seria uma boa ter algo para me comunicar com outras pessoas."
Decidido, ele caminhou até o quiosque.
– Hn, com licença...
A mulher olhou para ele, antes de suspirar.
– Não estamos vendendo Pokégears. Sinto muito.
Bem, isso provavelmente explicava o desânimo da mulher. Pokégears eram muito mais populares, então ela deveria ter passado horas, talvez até mesmo vários dias, ouvindo pessoas perguntando se ela não tinha Pokégears para vender.
– Na verdade, eu queria um Xtransceptor.
Os olhos da mulher se arregalaram, e antes que Ash pudesse piscar ela estava segurando suas mãos como se ele fosse um salvador enviado por Arceus (não muito longe da verdade).
– Realmente?! Você não está brincando comigo, está? Por favor, me diga que não está!
– Hn... Não, eu realmente quero um Xtransceptor.
A mulher sorriu abertamente, antes de vasculhar embaixo do balcão e puxar um mostruário com diversos Xtransceptors, com diferentes padrões de cores e detalhes.
– Nosso produto é extremamente durável. Pode resistir a um impacto de duas toneladas, é completamente a prova d'água e resiste a uma temperatura de 200°C. Tem um rastreador GPS e um sistema SOS, em caso de perigo. Tem seguro gratuito de dois anos, em caso de perda ou roubo, e um seguro vitalício em caso de mal funcionamento, ou quebra do produto. – Explicou a mulher, parecendo ter recobrando toda a sua vitalidade, enquanto Ash olhava para os diferentes estilos. – Seu sistema de comunicação funciona em uma profundidade de até 100 metros baixo do solo, e em uma altura de até 20 mil metros acima do nível do mar. E, como uma promoção especial, para os primeiros dez comprados, também estamos disponibilizando isso.
Ash olhou para o item que a mulher colocou sobre o balcão. Era retangular, lembrando vagamente uma cafeteira, em tons vermelho e preto, com um grande botão vermelho.
– O que é isso? – Perguntou, não se lembrando de ter visto aquele item antes.
– Isso é um transportador portátil. Com isso, não é preciso ir até um Centro Pokémon para rotacionar seus pokémons. Tudo o que você precisa fazer, é emparelhar o Xtransceptor com o Transportador, enquanto liga para o responsável por manter seus demais pokémons, e ele poderá lhe mandar seus pokémons. Se quiser enviar um pokémon, basta apertar esse botão.
Agora isso era algo novo e MUITO útil.
Ash não fazia ideia de que alguém havia inventado um transportador portátil naquela época. Contudo, se o inventor era de Unova, e tinha tentado fazer propaganda do item como algo para se usar com o Xtransceptor... Talvez fosse por isso que não se tornou popular naquela época.
– Eu, com certeza, vou querer um. – Declarou sorrindo. – Quero esse modelo, por favor.
A mulher estava quase brilhando, enquanto entregava a Ash seu novo Xtransceptor azul e preto, junto com um Transportador Portátil. Depois de registrar seu novo número e listá-lo em seu perfil da Liga, Ash deixou o Pokeshop muito feliz e satisfeito com todas suas compras.
Seu próximo destino, foi uma das muitas cozinhas públicas. As cozinhas eram lugares em que treinadores poderiam ir para fazer rações e petiscos pokémon, pagando uma pequena taxa. Era útil, já que mesmo os Centros Pokémons não possuíam cozinhas abertas ao público.
Pagando a taxa, Ash começou a cozinhar. Primeiro, ele se ficou em cozinhar vários lotes de ração pokémon. Todas as rações tinham a mesma mistura básica, se diferenciando apenas no sabor complementar. Ash conhecia as preferência de cada um de seus pokémons, e depois de conviver com pessoas como Brock, Cilan e Mallow; ele realmente aprender a adicionar o sabor certo para cada pokémon.
Preparar as rações, ainda mais os lotes separadamente, demorou mais de quatro horas. Ainda assim, valia a pena o tempo e o esforço. Um pokémon bem nutrido e feliz, era algo muito importante. Com a ração feita, ele ficou as horas seguintes para preparar os diversos petistas que tinha aprendido com suas jornadas: pokéblocos, poffins e pokélinas.
Foram mais cinco horas de preparação cuidadosa, antes que Ash tivesse um bom estoque de petiscos pokémon.
Quando Ash deixou a cozinha, já passava das 20 horas. Era muito tarde para ele ir até o laboratório do Prof. Birch, muito menos deixar a cidade. Ao invés disso, ele procurou um pequeno hotel, onde ele poderia passar a noite e comer uma refeição descente. Por sorte, graças a falta de um Centro Pokémon, o que não faltava em Littleroot, eram hotéis baratos, que serviam refeições para viajantes.
Após um bom jantar, Ash se acomodou em seu quarto a noite. Sentando-se na cama, ele fez sua primeira ligação com Xtransceptor.
{Resistência dos Ketchum?} Falou a voz inconfundível de sua mãe, enquanto a tela ainda estava escura.
– Oi mãe, sou eu!
{Ash!} A felicidade na voz de sua mãe, o fez sorrir, antes que a imagem aparecesse na tela do comunicador. {Oh, querido! Estou tão feliz que você ligou! Onde você está? Está tudo bem? Você comeu direito?}
– Eu estou bem, mãe. Jantei a pouco. Desembarquei hoje em Littleroot, e já consegui um novo amigo. – Falou sorrindo, enquanto deixava Froakie aparecer na tela. – Esse é Froakie. O conheci no navio ontem, e ele quis vir comigo.
{Oh, ele é uma gracinha. Froakie, cuide bem do meu filhinho.} Sua mãe sempre pensava que todos seus pokémons eram fofos, mesmo Muk era descrito dessa forma para mulher extremamente maternal. {Mas querido, como você está me ligando?}
– Eu fiz algumas compras hoje. Pensei muito durante a viagem de navio, e percebi que precisava mudar um pouco, para me tornar um treinador melhor. Então passei o dia todo comprando coisas que sei que serão úteis durante uma jornada. Quando eu estava saindo do Pokeshop, entrei esse quiosque, que estava vendendo um comunicador de Unova, um Xtransceptor. É bastante útil, e posso manter contato facilmente com ele.
{Oh, isso é maravilhoso, Ash! Agora, você poderá me ligar mais vezes.}
– Sim, prometo ligar pelo menos uma vez por semana, talvez mais, se alguma coisa interessante acontecer.
{Vou ficar ansiosa por essas ligações.}
– E você também pode me ligar, se precisar de alguma coisa, ou se algo acontecer. – Lembrou Ash, sorrindo para sua mãe.
Ele sabia que a tinha deixado muito sozinha nos últimos anos. Se era parte da influência de Celebi, ou apenas sua própria desatenção, era difícil de saber. Ao menos, ele estava mais focado agora, e podia ver todos os seus erros, e estava disposto a concertá-los.
Ele conversou com sua mãe por mais alguns minutos, rindo da história de como Mimey afugentou um grupo de Rattatas, que tentou cavoucar seu jardim. Depois de se despedir, prometendo ligar em alguns dias, Ash ligou para o Prof. Oak.
{Ash! Estou surpreso que esteja ligando. Pensei que já estaria a caminho da próxima cidade, nesse momento.}
– Ainda não, vou passar a noite em Littleroot hoje. Eu pensei muito durante a viagem de navio, professor. Percebi que cometi alguns erros, e decidi ser mais focado e amadurecer mais como treinador.
A surpresa no rosto do pesquisador foi evidente, mas logo foi substituída por um sorriso satisfeito.
{Fico muito feliz em ouvir isso, Ash. Sempre acreditei que você tem muito potencial, mas suas escolhas nem sempre me pareceram as melhores. Acredito que sua impulsividade, o fez tomar decisões um pouco precipitadas. Mas essa é a beleza da juventude. A forma como cometemos erros, e a forma como aprendemos com esses erros, para crescermos e nos tornamos uma versão melhor de nós mesmo.}
– Eu entendo isso professor. Sei que tenho um longo caminho, mas vou dar o meu melhor daqui em diante. Passei o dia comprando coisas que sei que podem ser úteis, e até mesmo comprei um Xtransceptor, para que eu pudesse ligar sempre que precisasse.
{Oh, Xtransceptors são incomuns fora de Unova, mas são realmente úteis. Você fez uma ótima escolha ao comprá-lo.}
– E não foi só isso! Tinha uma promoção especial, quando eu comprei o Xtransceptor, também ganhei um Transportador Portátil! Agora eu posso rotacionar meus pokémons sempre que quiser!
Oak piscou surpreso, antes de franzir a testa pensativo.
{Hn, eu escutei sobre eles. São protótipos criados em Unova, mas não foram muito divulgados ainda. Contudo, pensei que você quisesse começar do zero em Hoenn.}
Ash negou com a cabeça.
– Eu pensei melhor, professor. Não há nada de positivo em começar do zero, seria como ignorar tudo o que aprendi até agora, e como desprezar todo o esforço que os meus pokémons fizeram. Quero ficar melhor, e só posso conseguir isso, se eu continuar indo em frente, não voltando para trás a cada passo.
{Uma conclusão muito sábia da sua parte. Nesse caso, porque não fazemos um pequeno acordo?}
– Acordo? De que tipo?
{Bem, isso é algo que eu poderia ter lhe proposto quando você foi para Johto, mas pensei que você ainda não estava pronto. E depois de ouvi-lo decidindo começar do zero, decidi continuar em silêncio. A verdade é que, após dois anos como treinador, eu posso aumentar o número de pokémons que você pode manter consigo.}
Os olhos de Ash se arregalaram, sua boca se abrindo com a notícia.
– Realmente?!
{Sim, a regra de seis pokémons foi criada pela Liga, porque pode ser muito difícil para alguns treinadores cuidarem de mais pokémons. A responsabilidade de avaliar se um treinador tem ou não, a capacidade de lidar com mais pokémon, é do pesquisador responsável. Então, se o pesquisador acreditar que o treinador tem a maturidade e habilidade, ele pode aumentar o limite do treinador. É claro que você não poderá usar mais do seis pokémons em uma batalha. E durante a Liga, seu limite é revertido, para que você não entre em uma arena com mais do que seis pokémons.}
– Eu entendo, professor. Seria incrível se o senhor pudesse expandir meu limite.
{Muito bem, eu vou fazer isso. Vejamos, vamos começar aumentando para 15. Oh, estou vendo que você fez uma captura ontem. Espere... Ash, como você conseguiu esse Froakie?}
Ash viu como a surpresa e confusão se instalaram no rosto do pesquisador, enquanto ele deveria estar atualizando seu perfil da Liga.
– Ele estava no navio. Nós conhecemos ontem e ele quis vir comigo. Froakie é um pokémon raro? – Perguntou, se fingindo de inocente.
{Eu não diria raro... Não exatamente. Contudo, não deveriam haver Froakies em Hoenn. Sua espécie é nativa em Kalos, uma região muito distante de Hoenn, além do mais, Froakies não tem o costume de migração.}
– Eu realmente não sei, professor...
{Isso pode indicar uma mudança no comportamento de uma espécie, ou apenas uma peculiaridade de um indivíduo... Vou fazer algumas ligações mais tarde. Conheço alguns observadores e pesquisadores em Hoenn, que podem ter percebido alguma mudança. Agora, sobre seus pokémons: você quer que eu mande algum?}
– Sim, eu gostaria de ter Bulbasaur, Kingler, Muk, Snorlax e Tauros. – Pediu, escolhendo aqueles com quem tinha passado menos tempo, junto com seu primeiro tipo grama.
{Hn, boas escolhas. Você não passou muito tempo com esses, e Bulbasaur não precisa mais bancar o embaixador no rancho.}
Pelos próximos minutos, Oak reuniu seus pokémons e os enviou para Ash.
{Pronto. Você precisa de mais alguma coisa?}
Ash esfregou a cabeça, parecendo um pouco envergonhado.
– Hn... Na verdade, sim. Eu queria saber se o senhor poderia entrar em contato com algumas pessoas. – Falou, esperando que fosse possível. Caso contrário, ele teria de esperar até o fim da Liga Hoenn, antes de resolver aquele assunto.
{Quais pessoas?}
– A Oficial Jenny de Vermilion. Deixei meu Squirtle com ela, para ajudar a colocar o Esquadrão Squirtle em forma, mas acho que já deu tempo o suficiente para isso. E também para um especialista em treinamento de pokémons lutadores, Anthony de Celadon, deixei meu Primeape com ele para treinamento.
{Oficial Jenny de Vermilion, e Anthony de Celadon. Sim, eu ouvi falar dele. A pokébola de Primeape está com ele?}
– Não, nem a pokébola de Squirtle. Eu sempre mantenho elas comigo. – Responde sério, era um caso de cuidado e segurança.
{Bom, me envie elas, que vou garantir que Squirtle e Primeape sejam devolvidos corretamente.}
– Obrigado professor. E... Hn... Se não for muito difícil...
{Sim...?}
– Pidgeot. Ele ficou para proteger os Pidgeys e Pidgeottos na Rota 1. Eu prometi buscá-lo mais cedo, mas tantas coisas aconteceram, que não consegui ir até lá.
Oak pareceu um pouco pensativo.
{Pidgeot pode ser um pouco mais difícil se localizar... Você chegou a libertá-lo?}
– Não, eu nunca arriscaria deixá-lo vulnerável a outra captura.
{Uma boa decisão. Nesse caso, posso usar um localizar, para rastreá-lo. Pode morar mais do que Squirtle e Primeape, mas acredito que o encontrei também.}
– Muito obrigada professor, vou ficar muito mais tranquilo em saber que o senhor estará me ajuda do com isso.
{É um prazer ajudá-lo, Ash. Fico feliz em ver como você está amadurecendo e crescendo.}
– Professor, eu só preciso de mais um favor, antes de desligar.
{Diga.}
– É sobre os meus Tauros... Os outros 29... O senhor poderia colocar no meu perfil que estou interessado em trocá-los.
Oak piscou devagar, sua boca se abrindo e fechando algumas vezes, antes de sorrir amplamente.
{Você não imagina como ouvir isso me deixa aliviado. Vou deixar um alerta no seu perfil, e qualquer um que esteja atrás de um Tauros poderá ver. Você prefere lidar com as negociações pessoalmente?}
– Sim, eu realmente gosto de todos os pokémons, mas quero saber com que tipo de treinador meu Tauros ficaram.
{Muito bem, vou deixar uma observação, de que os interessados devem entrar em contato com você diretamente. Agora que você tem um Xtransceptor, isso será mais fácil.}
Ash sorriu agradecido.
Ele tinha problemas com troca de pokémons, ao menos inicialmente. Tudo porque um idiota se aproveitou de sua ingenuidade como um novato, e o fez abrir mão de seu Butterfree. Depois daquilo, a ideia de trocar um pokémon que dava pesadelos. Isso até sua troca com Dawn. Aipom não era feliz nas Batalhas de Ginásio, e Buizel não era adequado para os Concursos. Foi só depois de ver como Aipom estava mais feliz participando dos Concursos com Dawn, e como Buizel estava melhor com ele, que Ash percebeu o que a troca de pokémons realmente significava. Era uma forma de encontrar um lugar melhor e mais feliz para um pokémon.
E era isso que ele faria.
Ele encontraria um lugar mais feliz para seus Tauros. Em troca, receberia novos amigos, com quem ele poderia compartilhar muitas aventuras e diversão.
Depois de desligar, Ash chamou Bulbasaur para fora da pokébola, e lhe deu o brinco de Pedra Eterna. O tipo grama ti há ficado em êxtase ao perceber que não precisaria mais lutar contra a evoluir, algo que fez Ash sorrir satisfeito.
Com isso resolvido, ele se ajeitou na cama, Pikachu e Froakie aconchegados ao seu lado.
Sua mente ainda estava agitada com o futuro, não tão certo que tinha pela frente, mas também muito mais tranquila, agora que algumas de suas preocupações estavam sendo resolvidas.
