Michael não queria ir a festa nenhuma.
A bem da verdade, ele nunca quer ir. Ele odeia festas de colegial e sempre as odiou. A ironia era que ele costumava ir a todas as festas que aconteciam, apenas pela chance de ver Amanda, que era exatamente a pessoa que estava tentando tirá-lo da poltrona e botá-lo a ir em outra festa. Agora ele podia vê-la a cada momento de cada dia, se quisesse, o que ele geralmente queria, e assim ele está jurado de fora delas. De preferência para sempre.
Infelizmente, ela é inflexível, e ele não tinha a coragem para negá-la. Era um evento típico, cheio de adolescentes barulhentos bebendo além de seus limites, a toca dos maconheiros que a maioria das pessoas evitava, e música barulhenta e desagradável. Ele viu seus olhos brilharem de excitação enquanto ela saía do carro, mexendo com seu vestido e cabelo antes de ousar se apresentar aos olhos do público.
"Você está linda." Ele insiste, vindo atrás dela e plantando um beijo ao lado de sua cabeça.
Amanda afastou os dois, a ele e ao constrangimento subindo em suas bochechas, caminhando confiante até a porta e entrando sem bater. O calor atingiu-os então como uma onda, um bafo, e a multidão parecia desafiar seu comportamento calmo. Seguindo-a até a cozinha, ele manteve a mão na parte de baixo de suas costas, oferecendo-lhe aquele pouco mais de conforto e segurança.
Michael sempre pediu que ela não bebesse muito, e nem muito rápido, mas ele nunca foi firme nesse pedido. Na maioria das vezes, ele acabava tão vidrado quanto ela, feliz por estar em seus braços no final da noite, caindo no sofá de algum estudante.
Tanto que, desta vez, ele não disse nada, e aceitou a cerveja que ela lhe ofereceu com um sorriso fácil. Depois de algumas horas bebendo e dançando, ele perdeu a noção das garrafas que havia bebido e dos outros líquidos questionáveis que havia permitido entrar em seu corpo. Depois de um tempo, ele parou de perguntar o que havia nos copos descartáveis, sabendo que nunca receberia uma resposta direta daqueles que haviam provado a bebida antes dele. Talvez isso devesse ter sido um aviso em si, mas ele não se importou e sua namorada também não.
Quando a noite se aproximava do fim, e a maioria da multidão bêbada de adolescentes filtrava pela porta da frente e dos fundos, Amanda e Michael estavam caídos sobre o sofá, traçando os dedos sobre os braços um do outro. Com o namorado atrás dela, e o corpo apoiado no peito dele, sentia-se no auge da felicidade. No entanto, a sensação estranha não era de que ele estava condenado a descer dali, mas a possibilidade de esse pico subir continuamente enquanto ele estivesse com ela.
"Você é a melhor coisa que me aconteceu." Ele sussurrou, fazendo cócegas em sua pele. Ela podia sentir o cheiro do álcool fresco em seu hálito, mas suas palavras ainda soavam verdadeiras. "Você é tudo para mim."
Afundando-se em Michael, até onde pôde ir, Amanda puxou seus braços para cima em torno de seu peito e beijou seus braços e mãos. Não o suficiente para o namorado, ele a virou, envolvendo seus braços sobre suas costas e beijando cada centímetro de seus lábios repetidamente.
