Capítulo 2

Equipe Magma Surge


O dia começou cedo para Ash. Nem bem os primeiros raios de sol tinham começado a nascer no horizonte, quando ele deixou o hotel para encontrar um campo de batalha público, a fim de começar a treinar seus pokémons. Ficar forte não era algo fácil. Ash tinha aprendido isso ao longo dos anos. Era preciso muito suor, dedicação e esforço de todas as partes envolvidas. Não importava se o treinador estudasse durante horas sobre estratégias de batalhas, se ele não treinasse seus pokémons, não seria capaz de vencer. O mesmo aconteceria, se um treinador passasse dias treinando seus pokémons, mas não dedicasse nem mesmo um momento para estudar estratégias de batalhas. Havia um equilíbrio delicado.

Naquele dia, ele precisava se reconectar com seus pokémons mais antigos, e garantir que todos entrasse em uma nova rotina de treinamento. Ele precisava ensinar a todos a flexibilidade e a criatividade que havia aprendido ao longo dos anos. Ash agora estava armado de uma experiencia muito maior, e ele sabia que isso faria toda a diferença em sua jornada. Na verdade, uma das grandes mudanças aconteceria, quando chegasse a Petalburg. Ele teria pokémons mais do que o suficiente para enfrentar Norman.

Enquanto observava cada um de seus pokémons focando em seus respectivos treinamentos, Ash relembrou dos pokémons que Norman costumava usar. A linha evolutiva do Slakoth. Essa deveria ser uma das linhas de evolução mais disforme que Ash já tinha conhecido em suas jornadas. Slakoth era lento e não era capaz de atacar duas vezes seguidas, o que sempre poderia oferecer brechas, se seu treinador não fosse tão experiente. Então viria Vigoroth, um oposto completo a Slakoth. Rápido e sem pausas, suas garras longas poderiam criar ataques cortantes ferozes e perigosos. Sua habilidade o tornava imune a movimentos que causavam sono. E, por fim, Slaking… semelhante a Slakoth, Slaking não estava entre os pokémons mais velozes, mas ainda assim, ele tinha muito mais velocidade do que seu estágio inicial, mas dessa vez com um atributo de força bruta incluído, junto com uma maior defesa. Um tank, era uma descrição melhor para aquele pokémon. Nas mãos de um treinador experiente, Slaking poderia ser muito perigoso.

E era exatamente isso que Norman era. Um treinador que batalhava há anos, e que mantinha sua especialidade como um treinador de pokémons do tipo normal.

Ash havia enfrentado Whitney no passado, mas a garota nem mesmo chegava aos pés de Norman. Se qualquer coisa, Lenora estaria mais perto de Norman.

Mesmo se ele descartasse sua incompetência, resultado da interferência de Celebi, Ash ainda era capaz de ver o tipo de treinadora que Lenora era. Assim como Norman, ela era capaz de trazer o poder brutal dos pokémons do tipo normal. A versatilidade que apenas os tipos normais possuíam… apenas um cego seria incapaz de ver o poder que aqueles pokémons carregavam.

Ash tinha seus próprios exemplares, afinal. Snorlax e Tauros eram verdadeiros tanks de batalhada. Poder defensivo e ofensivo, junto com uma versatilidade quase infinita de aprendizado, para diferentes elementos.

"Primeape e Heracross seriam apenas escolhas lógicas contra Norman, mas alguém que se especializou em tipos normais, conhece melhor do que ninguém as fraquezas do tipo, e não ficaria apenas sentado e observaria em silêncio. Norman vai ter uma infinidade de estratégias para derrubar tipos lutadores. Além do mais, meu maior problema será Slaking. Apesar de lendo, ele é capaz de acumular muito dano e pode até mesmo enviá-lo de volta com movimentos como Counter. Vou ter que planejar com cuidado."

Foi apenas perto das dez horas da manhã, que Ash encerrou o treinamento daquele dia. Após um café da manhã tardio, para ele e para seus pokémons, Ash deixou a cidade. Sem Pikachu precisando de assistência médica emergencial, não havia um motivo real para ir até o laboratório do pesquisador de Hoenn. Simplesmente, aparecer lá por pura curiosidade seria estranho, principalmente para Ash. Ele sabia que haveria outras oportunidades no futuro, de conhecer o pesquisador, então não se preocupou com isso. Ainda assim, ele sabia que as chances de encontrar com May naquele momento, haviam diminuído, já que todo o barulho causado pela Equipe Rocket não aconteceu. Na pior das hipóteses, Ash tinha quase certeza de que a encontraria ou em Oldale, ou em Petalburg.

Sem precisar correr ou se preocupar com nada em particular, Ash continuou pela estrada de terra. Pikachu em seu ombro esquerdo, enquanto Froakie estava em seu ombro direito.

Tudo estava calmo.

As orelhas de Pikachu tremeram, sua atenção sendo desviada para algo a sua esquerda.

– Ash, olha lá! – Exclamou o tipo elétrico, apontando na direção que tinha atraído sua atenção.

Ash olhou para o que Pikachu estava apontando e piscou surpreso.

Parcialmente escondido pelos arbustos que ladeavam a estrada de terra, estava um pequeno Marill. O rato aquático estava de costas para onde eles estava, comendo algumas frutinhas silvestres de um dos arbustos.

Demorou um pouco, mas Ash se lembrava daquele Marill em particular. Aquele Marill tinha estado junto a um Azumarill e um Azurill, que viviam naquela mesma rota. Ash se lembrava do erro de abordagem de May, quando tentou capturar o bebê Azurill. Infelizmente, Torchic era muito agitado e agia muito antes de May pensar em qualquer coisa, o que acabou atraindo a fúria dos três pokémons sob o inicial de fogo. Não foi exatamente uma cena bonita.

"Só espero que ela não tenha feito algo parecido." Desejou, mas sabia que as chances eram poucas de May ter passado tempo o suficiente naquela rota, para encontrar com Azurill. Ela estava com sua bicicleta, o que aumentava a velocidade com que ela deveria atravessar as rotas. Não algo que Ash gostasse em particular. Ele sempre preferiu o movimento mais lento, sendo capaz de aproveitar cada parte de sua jornada e encontrar o máximo de pokémons possíveis.

Falando de pokémons…

{Marill. O rato aquático pokémon. Tipo Água e Fada. Seus ouvidos sensíveis podem detectar sons distantes. A ponta redonda de sua cauda, é cheia de um liquido mais leve do que água, permitindo que haja como uma poia. Sua pelagem única repele a água, mantendo Marill seco mesmo quando dentro d'água.}

Marill tinha as características de um tipo fada.

Atualmente, esse era um tipo que Ash não possuía. E mesmo no futuro, ele não tinha nenhum tipo fada. Mr. Mime realmente não contava, já que ele era de sua mãe, para começo de conversa.

– Certo, Froakie, essa é sua. – Decidiu, olhando para o pokémon em seu ombro direito.

– Ei! Fui eu que encontrei! – Reclamou Pikachu, parecendo quase indignado por não ter sido escolhido.

– E você o fritaria sem dar uma chance. Eu quero ver do que esse Marill é capaz, Pikachu.

O roedor elétrico fez beicinho, mas não disse mais nada, se aconchegando no ombro de seu treinador. Enquanto isso, Froakie pulou do ombro de Ash, saltando para ficar em frente a Marill.

O rato aquático olhou para Froakie, parecendo confuso por um minuto, até que seus olhos perceberam o humano atrás do sapo aquático, e sua expressão ficasse seria. Largando a frutinha que segurava, Marill inflou suas bochechas, antes de disparar um forte jato de água na direção de Froakie.

– Double Team.

Froakie brilhou por um segundo, antes que dez copias surgiram, cercando Marill. O tipo duplo não pareceu se intimidar, antes de segurar sua cauda e agitá-la com força, liberando uma conda de estrelas douradas, que acertaram e destruíram todas as copias. Froakie desviou do movimento de campo amplo, saltando para um dos galhos de árvore próximos.

– Water Pulse. – Comandou Ash. Ele estava calmo, focado nos movimento de Marill.

Era evidente que Marill estava, até certo ponto, acostumado com batalhas. Não deveria ser a primeira vez que um treinador o abordava para tentar capturá-lo. Mas, levando em consideração onde estavam, era mais provável que todos os desafios anteriores de Marill, tenham sido com treinadores novatos, que apenas tinham conseguido seu primeiro pokémon.

Froakie lançou a esfera de água azul, que bateu no chão antes de atingir Marill, criando uma onda de água, que varreu o tipo água para trás, jogando-o de encontro com uma árvore.

– Termine, Froakie. Cut.

Froakie se moveu rápido, tão rápido que quase parecia ter desaparecido de cima do galho de árvore, apenas para reaparecer em frente a Marill, uma lâmina de energia branca em sua mão. Com um novo rápido e limpo, Froakie cortou o rato aquático, fazendo com que Marill gritasse de dor, antes de cair fraco no chão.

Ash sorriu, pegando uma pokébola padrão.

Froakie estava longe de ser tão forte, quanto quando estava em seu estágio final, mas ele ainda era forte e tinha a vantagem da experiência ao seu favor.

– Pokébola, vai! – Declarou Ash, lançando sua pokébola na direção de Marill.

Sem qualquer problema, a pokébola sugou o tipo aquático para dentro, antes de começar a chacoalhar. Marill estava lutando bastante. A pokébola se movendo seis vezes, antes de finalmente ficar imóvel e o som indicando a captura soar.

Sorrindo, Ash pegou a pokébola, enquanto Froakie pulava para voltar ao seu lugar no ombro de Ash.

– Eu peguei um Marill. – Falou, sua voz contente, mas muito menos energética e embaraçosa do que antes, enquanto exibia a pokébola para seus dois pokémons.

– É isso aí! – Exclamaram Pikachu e Froakie sorrindo, enquanto faziam um pequeno 'v' de vitória.

Ash sorriu para o dois, antes de pegar sua Pokédex e analisar o Marill capturado.

{Marill. Gênero: Fêmea. Habilidade: Sap Sipper. Ataques: Water Gun, Swift, Bubblebeam, Charm.}

Não era um arsenal ruim. Ash sabia que seria bom ensinar alguns movimentos do tipo gelo, aprender o Rollout também seria ótima ideia. Alguns movimentos do tipo fada seriam importantes também. Talvez Attract fosse uma boa jogada. Ash se lembrava das vantagens desse movimento, graças a Snivy. E a habilidade... Ash congelou quando releu a habilidade. Pensando que poderia estar errado, ele vasculhou sua Pokédex, apenas para ter suas suspeitas confirmadas.

Uma habilidade rara... Sua Marill tinha uma habilidade rara, ou habilidade oculta, como algumas pessoas chamavam. Sap Sipper não apenas anulava a efetividade de movimentos do tipo grama, como aumentava o poder de ataque do usuário, sempre que fosse atingido por aquela habilidade. Sendo do tipo aquático, Marill era logicamente fraco contra ataques de grama, mas aquela habilidade anulava essa fraqueza e lhe fornecia um buff em seu poder ataque!

Um tank. Ash sabia disso com certeza, naquele momento. Sua Marill se tornaria um tank.

Seus lábios de curvaram em um sorriso feroz.

Ele tinha começado muito bem aquela jornada.

Guardando a pokébola, Ash retomou sua caminhada. Ele continuou a caminhar sem mais pausas, até as 13 horas, quando decidiu fazer uma pausa para o almoço. Saindo da estrada, Ash chamou seus pokémons para fora. Quase que imediatamente, todos olharam para a mais nova adição a família. Marill estava com os bracinhos cruzados e fazendo bico. Parece que ela não estava muito feliz por ter sido capturada.

Ash sorriu, antes de se ajoelhar em frente ao tipo duplo, erguendo a mão para coçar um ponto atrás da orelha esquerda de Marill, que Ash se lembrava de ver Tracy fazendo com seu próprio Marill. O efeito foi imediato. A carranca de Marill desapareceu, e o pokémon se derreteu ao seu toque, emitindo pequenos sons de prazer e alegria. Quando o pokémon parecia mais calmo, Ash parou o carinho, atraindo o olhar de Marill para ele.

– Oi Marill, sei que você não estava muito feliz em ser capturado. Deve ter sido a primeira vez que você foi derrotado, certo?

O biquinho de Marill voltou, enquanto ela lançava um olhar para o pokémon sapo que a tinha derrotado.

– Eu posso entender, em ficar chateada por perder uma batalha, mas não vou me desculpar por te capturar. Você é um pokémon incrível, Marill! Sua habilidade é surpreendente, e seus movimentos são bons, mas não são os melhores que podem ser. Se você estiver disposta a me dar uma chance, prometo que vou te ajudar a se tornar muito mais forte. Sei que, provavelmente, você deveria ter uma família ou até mesmo fazia parte de um bando, mas você tem um lugar no meu bando agora. Certo pessoal? – Falou, olhando para seus pokémons, que estavam todos sorrindo de forma amigável para a mais nova integrante do bando.

Todos os pokémons de Ash emitiram sons animados de boas-vindas, fazendo o moreno sorrir satisfeito, antes de olhar para a rata aquática.

Marill olhou para o grupo tão disforme de pokémons. Ela nunca tinha visto um bando tão estranho. Todos os bandos que viviam na floresta eram, de certa forma, lógicos. Ainda assim, apesar de tão confuso e estranho, havia uma vibração tranquila e amigável naquele bando. Seus olhos então se moveram para o humano que a tinha capturado. Ele era diferente dos outros que a desafiaram. Ele não tinha Torchic, Treecko ou Mudkip em seu bando. Ele não estava agitado ou nervoso, e não parecia confuso quando dava ordens na batalha. Ele parecia confiante. Como se soubesse exatamente o que fazer a seguir. Mesmo quando ele estava conversando com ela, tocando-a para acamá-la, seus gestos e palavras eram fluídos e sem hesitação.

Marill sorriu.

Ela não estava feliz de ser capturada. Aquele bando era estranho. Ainda assim, ela sentia que, de alguma forma, não era tão ruim assim se juntar a eles.

'Marill mar!' Exclamou feliz, aceitando a oferta de seu novo treinador.

Ash não pode deixar de se sentir aliviado com a aceitação rápida de Marill. Ele não estava muito interessado em ter de lidar com um pokémon rebelde logo no começo.

Afagando a cabeça de Marill uma última vez, antes de começar a separar as porções de comida para seus pokémons.

Ash era bastante cuidadoso com isso. As tigelas não tinham apenas uma quantidade específica de comida, mas ele tomava cuidado em misturar diferentes berries em cada porção, junto com alguns pokéblocos em cada porção.

Falando de pokéblocos...

– Marill, venha aqui. – Chamou, ajoelhando-se no chão com um pequeno prato em sua mão.

Marill, que tinha sido puxada para uma conversa em grupo, olhou para seu treinador, antes de correr até ele. Seus olhos então foram atraídos para os pequenos cubos coloridos no prato.

– Prove e me diga qual você gosta mais. – Pediu. Marill era completamente nova para ele. Ash sabia que precisaria aprender todas as pequenas peculiaridades sobre ela, da mesma forma como tinha aprendido com todos os seus pokémons após capturá-los pela primeira vez.

Marill olhou para os cubinhos, pegando um vermelho, antes de cheirá-lo e dar uma pequena mordida. Quase imediatamente, ela fez uma expressão de desagrado, largando o cubo e esfregando a língua rápido, para tirar o gosto.

– Certo, então isso é um não para a mistura azeda e picante. Tente outro. – Comentou Ash, seus lábios se curvando em um minúsculo sorriso de lado.

Marill olhou para os cubinhos outra vez, muito mais receosa, antes de pegar um azul e dar uma mordida muito menor. Ela pisco e inclinou a cabeça para o lado. Não era ruim... Mas também não era bom... Um pouco cítrico demais... Pegou outro cubinho, esse rosa claro... Doce, mas picante... Não, não era tão bom... O cubinho laranja tinha um gosto cítrico forte e deixava sua boca formigando... O verde era um pouco azedo, mas tinha uma doçura forte... E o roxo... Oh! Marill sorriu, pulando com o sabor que explodiu em sua boca. Era doce! Muito doce! Lembrava o sabor das frutinhas roxas que ela gostava de comer.

– Entendi, você gostou da mistura mais adocicada. – Afirmou Ash, sorrindo ao ver Marill comer todo o pokéblocos.

Com essa informação obtida, ele pode preparar a tigela de Marill, misturando sua ração para tipos aquáticos, com berries e pokéblocos mais doces.

Depois de servir todos as tigelas, Ash ocupou seu próprio lugar no chão, junto aos pokémons, enquanto almoçava os sanduíches que tinha preparado previamente: sanduíche de verduras e de salada de ovo.

A pausa para o almoço não durou muito, apenas trinta minutos, antes que todos terminassem de comer. Depois de comerem, Ash pegou uma bola inflável e começou a jogar com seus pokémons. Parecia bobo, mas o jogo ajudava seus pokémons a relaxarem, enquanto se exercitavam e digeriam a comida. Sem mencionar que melhorava a interação entre seus pokémons. Eles jogaram por bons vinte minutos, antes que Ash encerrasse a pausa e retornasse seus pokémons, para continuar sua caminhada até a cidade de Oldale.

Foi depois das 17 horas, que Ash finalmente chegou na cidade de Oldale. A cidade era exatamente como Ash se lembrava.

Fazendo um caminho reto até o Centro Pokémon, Ash sorriu ao ver a Enfermeira Joy atrás do balcão. Entregando seus pokémons para a pokemédica, Ash caminhou até o salão onde os treinadores se reunião para conversar e trocar informações.

Normalmente, Ash estaria se misturando com os grupos, tentando reunir o máximo de informações sobre líderes de ginásio e pokémons próximos, mas não dessa vez.

Ao invés disso, ele se sentou em uma das poltronas vagas e se permitiu relaxar um pouco, enquanto aguardava que seus pokémons fossem examinados.

Ele mal teve dois minutos de silêncio, quando o som de um telefone tocando baixo ecoou. Ash olhou para seu pulso, confirmando que era seu Xtransceptor.

Apertando o botão, ele foi cumprimentado com o rosto do professor Oak.

– Boa tarde, professor! – Cumprimentou, enquanto se ajeitava na poltrona.

{Boa tarde, Ash. Ainda em Littleroot?}

– Não, cheguei a Oldale há alguns minutos. Estou no Centro Pokémon.

{A viagem deve ter sido fácil. Suponho que você não encontrou nenhum problema no caminho?}

– Sim, consegui um novo pokémon, mas nada demais aconteceu.

{Oh, eu recebi o alerta. Uma Marill. Muitos tendem a subestimar essa espécie, levando em consideração sua aparência.}

Ash concordou. A maioria das pessoas vendiam a julgar muitos pokémons pelas aparências. Pokémons pequenos e fofos eram, muitas vezes, descartados das batalhas, e muitos apenas os incluíam exibições e concursos.

– Marill tem um ótimo potencial, e sei que ela vai ficar muito forte depois de treinar um pouco. – Afirmou confiante.

{Tenho certeza de que sim. Você é um treinador talentoso Ash. Há poucos pokémons que poderiam lhe causar problemas nesse ponto, e esses são mais uma gestão de características das espécies do que uma falha sua.}

Ash sentiu uma onda de orgulho com o elogio do pesquisador. Saber que o pesquisador o tinha em tal alta conta, era um impulso positivo para seu ego, assim como um estímulo para que ele se esforçasse ainda mais.

{Agora, o motivo para estar ligando para você: falei com a Oficial Jenny de Vermilion, ela trará Squirtle para o laboratório amanhã cedo. Primeape foi um pouco mais difícil de conseguir. Antony não queria abrir mão da tutela, alegando que o futuro de Primeape estava nos ringues. Besteira ilógica, se você me perguntar. Por sorte, você não entregou a pokébola de Primeape, então ele não pode trocar a tutela legal. Fiz questão de lembrá-los das leis e das consequências por se negar a devolver um pokémon que não lhe pertence. Ele ainda parecia querer discutir, mas sua filha foi bastante sensata e o nocauteou com uma frigideira, antes de me assegurar que traria Primeape amanhã à tarde.}

Ash respirou aliviado ao escutar aquilo.

Ele sabia que não tinha nada a temer com a Oficial Jenny. A mulher era tão correta, quanto uma policial da família Jenny poderia ser. Ela também respeitava Ash, e sempre esteve consciente de que ter a tutela de Squirtle era apenas algo temporário. Antony era um caso diferente. Ash se lembrava muito bem da forma como o homem colocava todo seu foco nas lutas pokémon, ao ponto de ignorar a própria filha.

Ash não se arrependia de ter aceitado a oferta de treinamento para Primeape. Ele sabia que, naquela época, ele era inexperiente demais, para lidar com um pokémon como Primeape. Seus problemas com Charizard eram prova disso. Contudo, ele não era mais inexperiente. Ash já havia treinado pokémons do tipo lutador e adquirido a experiência que precisava para usar as habilidades e peculiaridades daquele tipo. Ele só esperava que seu sincronismo com Primeape não estivesse muito ruim. Foram quase dois anos desde a última vez que tinha visto o macaco-porco.

{Uma última coisa Ash. É sobre a troca que você deseja fazer. Recebi uma ligação essa tarde. Uma especialista do tipo normal de uma região afastada, Unova, me ligou interessada em adquirir um de seus Tauros. Eu, é claro, garanti que cada um de seus Tauros estão em plena saúde e vigor, com um leque descente de movimentos. Contudo, ela está em dúvida se você aceitaria o pokémon que ela está oferendo.}

Isso chamou a atenção de Ash. Unova… ele conhecia dois especialistas do tipo normal daquela região. Um deles ainda deveria ser um treinador nesse momento, mas a outra…

– Professor, quem é que está querendo um dos meus Tauros?

{Oh, não se preocupe. Ela é uma Líder de Ginásio de Unova, muito reconhecida e habilidosa. Seu nome é Lenora.}

De fato, era exatamente quem Ash estava pensando. Lenora. Ele apenas tinha pensado na líder de ginásio naquela manhã, e parecia que ela tinha visto o anúncio de seu pedido de trocas. Não era tão surpreendente afinal. Por ser uma região tão afastada, Unova quase não tinha acesso aos pokémons de outras regiões. Por esse fato, era quase impossível conseguir qualquer pokémons de outra região, sem ter de ir pessoalmente atrás do pokémon em suas regiões natais. A troca com treinadores de outras regiões fornecia uma opção mais simples para aqueles que não podiam viajar. Com líderes de ginásio era um pouco mais difícil. Eles precisavam ser mais cuidadosos. Os pokémons que adquiriam deveriam ter um gosto pela batalha, mas também deveriam ser mansos, obedientes e saudáveis.

Ash sabia que qualquer um de seus Tauros se tornaria um verdadeiro ace do ginásio de Lenora. Ele próprio estava curioso para saber se acabaria por enfrentá-lo quando chegasse a Unova.

– Qual pokémon ela está oferendo?

{É sobre isso que Lenora está preocupada. A maioria dos treinadores não está interessada em pokémons do tipo normal, principalmente aqueles que são facilmente encontrados se você viajar pela região. Contudo, esse também é um filhote da última ninhada do ace principal de dela. Um Lillipup.}

Lillipup. Ash se lembrava de Lenora usar um Lillipup e um Herdier, mas ele não tinha pensado que a mulher teria um Stoutland. Outra coisa que ele deveria ter percebido. Era mais do que provável que aquele Lillipup e Herdier fossem filhotes do Stoutland de Lenora. Ele duvidava que a mulher usasse aquele pokémon contra novatos, o que todos pensaram que Ash era naquela época. Não era incomum líderes de ginásios adaptarem seus times, de acordo com o nível de experiência de seus desafiantes. Caso contrário, não havia como um treinador iniciante vencer um único desafio de ginásio.

Ash tinha conhecido alguns Stoutlands em sua jornada, e se havia uma forma de descrever o pokémon era 'potência'. Além da capacidade de suportar danos, eles eram muito mais velozes e ágeis do que pareciam. A versatilidade do tipo normal estava, é claro, incluída. Mas havia mais um detalhe que tornava Stoutland um excelente pokémon. Algo que Ash descobriu em Alola. A habilidade de rastrear itens escondidos. Uma habilidade que existia desde sua forma inicial, mas era potencializada ao alcançar sua forma final.

– Professor, pode aceitar a troca. E garanta a Lenora que vou cuidar muito bem do Lillipup.

O professor sorriu amplamente, com um brilho de satisfação em seus olhos.

{Farei isso, Ash. Vou ligar de volta assim que concluir a troca. Creio que você vai querer passar um tempo com o Lillipup.}

– Isso seria ótimo professor. Obrigada.

Ash encerrou a ligação e se espreguiçou. Sua mente logo voou, tentando imaginar o tipo de personalidade que aquele Lillipup teria. Ele era um bebê, então Ash sabia que teria de ser cuidadoso e gentil. Bebês pokémons precisavam de um tratamento mais suave, mas também não podiam ser protegidos demais. Caso contrário, se tornariam apenas mascotes, como o Togepi tinha se tornado.

Era difícil não sentir algum nível de ressentimento com Misty, por ter 'roubado' Togepi dele. Sim, nenhum deles sabia das características de imprint que a maioria dos pokémons tinham quando nasciam, mas isso não justificava nada. Se Misty não o tivesse empurrado e agarrado o ovo, um ovo que nem mesma era dela para início de conversa, Ash sabia que teria criado Togepi de forma muito melhor. Da mesma forma como ele criou todos os bebês pokémons que teve em suas mãos. E, apesar do grande potencial que um Togepi possuía, Misty apenas o tornou uma mascote fofa.

[Treinador Ash Ketchum, se dirija ao balcão de atendimento.]

Ash pulou da poltrona e caminhou a passos rápidos para o balcão de atendimento, encontrando a enfermeira Joy, com Pikachu e suas pokébolas, esperando-o. Ele agradeceu e reservou um quarto para a noite, antes de chamar Froakie para fora. Seria melhor partir para Petalburg pela manhã, do que arriscar e se perder, tentando cruzar a distância entre as duas cidades a noite. Isso, é claro, lhe dava um tempo a mais para treinar.

Antes que Ash pudesse se virar para voltar a sala de descanso dos treinadores, ou mesmo decidisse sair para mãos algum treinamento de fim de dia, as luzes do Centro Pokémon se apagaram e as portas do foram destruídas, sendo seguida pela invasão de dez pessoas vestidas com uniformes vermelhos e ladeadas por Houndooms.

Ash gemeu e bateu em seu próprio rosto.

Como ele tinha esquecido disso?

Equipe Magma.

Uma das duas organizações criminosas da Região de Hoenn. Muito mais competente e perigosa do que os três patetas da Equipe Rocket.

– Tudo vai terminar rápido. Façam o que mandarmos e ninguém irá se ferir.

Sim, Ash se lembrava bem disso.

Ninguém se feriu. O foco da Equipe Magma era encontrar um meio localizar, despertar e controlar Groudon. Eles não faziam vítimas de forma leviana. Desde que ninguém tentasse detê-los, ao menos nesse ponto, ninguém sairia ferido.

Ash realmente pensou em apenas se fingir de idiota. Não havia nada de importante nas ruínas. Ao menos, nada que ele soubesse. Da última vez, o ataque foi rápido e Ash não conseguiu confrontá-los diretamente.

Contudo, havia um sério risco em apenas deixar os bandidos agirem como bem queriam. As consequências finais dos planos das duas equipes, Magma e Aqua, ainda eram algo perigoso demais. Até onde Ash sabia, alguma coisa naquela ruína, por menor que fosse, poderia ter sido uma chave inestimável para que perigoso plano da Equipe Magma.

"Arceus me escolheu como seu Escolhido, afinal. Não posso simplesmente deixá-los ir sabendo o que pode acontecer." Pensou sorrindo de lado.

– Foi mal, mas isso não vai acontecer. – Garantiu Ash, se colocando entre a enfermeira Joy e os Houndooms.

Pikachu e Froakie entenderam o que aconteceria a seguir, pulando do ombro de seu treinador, enquanto se colocavam diante dos pokémons de fogo.

O líder daquela unidade estreitou os olhos sobre o capuz. Era óbvio que ele não estava esperando resistência. Um Centro Pokémon em Oldale, significava treinadores iniciantes e, por tanto, inseguros e fracos. Facilmente subjugados, quando confrontados por treinadores mais velhos e com pokémons em níveis mais elevados. O garoto a sua frente não parecia diferente, seus pokémons pequenos. Ele podia reconhecer o roedor elétrico, algo facilmente dispensável em seus livros. O que um pequeno Pikachu poderia fazer? O segundo pokémon era uma incógnita, nunca tendo visto um pokémon como aquele, mas seu tamanho pequeno, ao menos, indicava que pertencia a um primeiro estágio e, por tanto, segundo seus livros, muito longe de ser uma ameaça real.

– Pense melhor garoto. Seus pokémons são fracos demais para enfrentar nossos Houndooms. E, mesmo que consigam, cada um de nós tem mais cinco.

Dez Houndooms e mais cinquenta pokémons desconhecidos. Sim, Ash podia fazer a conta muito bem. Contudo, ele sabia que havia um padrão seguido pelas duas equipes criminosas. Eles realmente ficavam muito no tipo. Era quase uma obsessão. Equipe Magma teria tipos, com um Golbat ou Zubat aleatória. Pelo que Ash podia se lembrar, eles usavam muito a linha Houndour e Número, com alguns Torkoal e Magcargo ocasionais.

– Você está subestimando muito meu Pikachu e Froakie. Além do mais… – Falou, seus lábios se curvando em um meio sorriso, enquanto pegava quatro outros pokébolas. – Quem disse que eles são meus únicos pokémons? Snorlax. Tauros. Muk. Kingler. Venham para fora!

Os quatro pokémons apareceram, suas expressões, que sempre eram amigáveis, estavam sérias e encaravam os membros da Equipe Magma. Eles sabiam que não tinham sido chamados para brincar. Eles tinham sido chamados para batalhar… para proteger seu treinador. Os quatro estavam mais do que preparados para mostrar o quão fortes eram, e que não permitiriam que ninguém ferisse seu treinador.

Ao ver aqueles pokémons, o líder da unidade ficou tenso. Aqueles não eram pokémons que um novato poderia empunhar. Ainda assim… ele não iria falhar. Não havia espaço para falhas.

– Houndooms, Flamethrower!

Os dez Houndooms abriram suas bocas, enviando as rajadas de chamas na direção de Ash e de seus pokémons.

– Muk. Kingler. Protect!

Os dois pokémons saltaram para frente, evocando barreiras de luz azul-esverdeada, que envolveu o grupo. Quando as rajadas de chamas atingiram a superfície dos escudos, elas foram bloqueadas, não causando nenhum mal aqueles que estavam protegidos atrás da barreira. Contudo, Ash estreitou os olhos, ao ver algumas brasas caírem e atingirem as paredes, o teto e o chão do centro, deixando marcas de queimado para trás.

Isso não era bom. Se eles continuassem a luta ali, havia uma grande chance de o Centro Pokémon ser destruído.

– Tauros! Snorlax! Joguem eles para fora do Centro Pokémon! Double-Edge!

Uma aura branca envolveu os dois pokémons, antes que eles disparassem contra os invasores, golpeando-os com força, e jogando-os, tantos os Houndooms quanto os membros da Equipe Magma, pela porta do Centro Pokémon. Ash sorriu de lado.

– Enfermeira Joy! Ligue para a polícia! Vou segurá-los! – Falou, enquanto corria para fora do Centro Pokémon com seus pokémons em seu encalço.

Agora que tinha conseguido colocá-los para fora, ele não podia permitir que entrassem novamente e fizessem as pessoas de refém.

O líder gemeu, empurrando dois de seus subordinados que tinham caído em cima dele. Um rosnado frustrado escapou por sua boca, enquanto olhava para o moleque que o tinha atacado, rodeado por aqueles pokémons. O moleque era mais experiente do que ele havia suposto. Aqueles pokémons também eram mais fortes do que qualquer um esperava.

– Houndooms! Fire Fang!

– Pikachu, prenda os Houndooms com Electroweb!

Pikachu saltou no ar, uma esfera de energia elétrica surgindo na ponta de sua cauda, com um giro hábil, ele lançou a esfera que se abriu em uma teia elétrica, caindo sobre Houndooms. Quando a teia caiu sobre os pokémons sombrios, enviou uma alta descarga elétrica sobre eles, fazendo com que os Houndooms emitisse grunhidos de dor, antes de caírem no chão, presos pela teia.

– Seu moleque, isso ainda não terminou! – Rosnou o líder, puxando outra pokébola. – Camerupt!

Ash franziu a testa quando viu o pokémon erupção. Não apenas isso. Seguindo o exemplo do líder, os outros membros da equipe Magma se levantaram e lançaram suas pokébolas.

– Golbat!

– Slugma!

– Crobat!

– Numel!

– Magcargo!

– Numel!

– Golbat!

– Torkoal!

– Slugma!

Ash estava certo.

Aqueles caras eram previsíveis demais, quando o assunto eram pokémons. Ainda assim, havia o perigo real naquela situação. Enquanto Ash estava confiante em suas habilidades e na força de seus pokémons, eles estavam em uma desvantagem numérica clara.

"Espero que a Oficial Jenny não demore." Pensou, enquanto se mantida calmo e firme. Hesitar agora, só o prejudicaria.

– Flamethrower!

– Supersonic!

– Fissure!

Ash fechou os olhos, respirando devagar, antes de abri-los e encarar os ataques que voavam em sua direção.

– Tauros, bloqueie o ataque de Camerupt com seu Fissure! Muk, bloqueie o Supersonic com seu Screech! Kingler bloqueie o Flamethrower com Bubblebeam!

Ash viu os ataques se chocarem, só conseguindo ficar aliviado, quando o poder de seus pokémons foram capazes de anular os outros ataques.

– Não vamos deixá-los continuar! Snorlax, Kingler! Hyperbeam! Pikachu, Thunder! Tauros, Giga Impact! Muk, Sludge Bomb! Froakie, Water Pulse!

Seus pokémons não hesitaram, atacando com toda a força que tinham. Enquanto os ataques de Pikachu não eram eficazes contra Numel e Camerupt, ele foi capaz de causar uma grande quantidade de dano nos outros pokémons. Giga Impact e Hyperbeam derrubaram Magcargo, Torkoal e Camerupt. Walter Pulse e Sludge Bomb terminaram com os Numels e Slugmas.

Ash viu Tauros, Snorlax e Kingler respirando pesado. O efeito colateral de usar aqueles movimentos, era o esgotamento momentâneo. Mentalmente, ele começou a fazer a contagem em sua cabeça, enquanto pegava a pokébola de Bulbasaur e Marill de seu cinto. Ele teria de chamá-los, se a Equipe Magma chamasse mais algum pokémon pesado para aquela batalha. Não era uma boa ideia, Ash sabia disso. Bulbasaur era experiente, mas estaria em grande desvantagem naquele momento. Enquanto Marill não tinha experiência nenhuma.

O líder da unidade estava fervendo, enquanto puxava outra pokébola, o que fez Ash ficar tenso por um momento. Mas antes que o homem pudesse chamar qualquer pokémon que planejasse, o som de sirenes e motores ecoou no ar.

Os reforços estavam chegando.

– Senhor, a polícia! – Gritou um dos capangas, olhando para o líder da unidade.

O homem rosnou, mas guardou a pokébola, antes de retornar os pokémons derrotados.

– Vamos nos retirar! Todos, voltem para o helicóptero! – Ordenou, virando-se para correr.

Ash cerrou os punhos, o som das sirenes ficando mais próximos. Ele viu a Equipe Magma correndo em direção ao helicóptero, que estava a alguns metros de distância do Centro Pokémon.

Se fosse antes, Ash provavelmente, teria apenas deixado que eles escapassem. Mas isso não resolveria nada. Eles voltariam. Em algum momento em que Ash estivesse longe. Em que não haveria um treinador mais experiente para bloqueá-los. Então, eles seriam capazes de alcançar seus objetivos.

Isso não podia acontecer.

– Pikachu, Electroball. Carregue-a com o máximo de eletricidade que puder. Vamos destruir o helicóptero.

Pode deixar! – Concordou Pikachu, suas bochechas creditando com eletricidade, enquanto carregava o máximo que podia.

Pikachu ficou tenso, seu corpo começando a ficar carregado com eletricidade, enquanto uma esfera amarela se formava em sua cauda. A esfera começou a crescer, conforme mais eletricidade era acumulada. Quando a esfera estava do tamanho de uma bola de basquete, Pikachu saltou, usando Snorlax como um trampolim, antes de girar e lançar a esfera em direção ao helicóptero.

A esfera atingiu o veículo de fuga apenas alguns instantes antes da Equipe Magma alcançá-lo, fazendo com que o helicóptero explodisse. A força da explosão jogou toda a unidade para longe, fazendo-os cair no chão com força.

Nem mesmo dois minutos depois, viaturas e motos cercaram os membros da Equipe Magma, Growlithe e Arcanine apostos ao redor do grupo criminoso.

– Não se movam! Aqui é a polícia! – Declarou uma Oficial Jenny, uma arma de choque em suas mãos, apontada para os bandidos.

Com a chegada da polícia, Ash foi capaz de relaxar, caindo sentado no chão, enquanto a adrenalina começava a diminuir.

Seus pokémons correram até ele, preocupação evidente em seus olhos.

– Estou bem pessoal. Só a adrenalina que baixou um pouco. Todos vocês foram incríveis. Agora, podem descansar um pouco. – Falou, enquanto retornava seus pokémons, deixando apenas Froakie e Pikachu do lado de fora.

Os dois pequenos pokémons pulando em seus ombros.

Ash sorriu, mesmo sabendo que aquilo tudo era apenas o começo.

Sua jornada por Hoenn tinha apenas começado. Infelizmente, aquela não seria a última vez que ele veria a Equipe Magma. Não demoraria muito para que seu caminho cruzasse com a Equipe Aqua. Sinceramente, Ash não sabia se seria capaz de evitar que aquelas duas organizações despertassem Groudon e Kyogre. Não havia como ter certeza de que algo assim seria possível, mas ele não iria pensar em um futuro tão distante.

Se olhar para um alvo muito distante, perderia de vista os pequenos obstáculos que estavam próximos.

Por agora, ele colocaria seu foco no treinamento de seus pokémons e na batalha contra Norman.