Perigo Literalmente Maior
Os heróis iam dando duro na luta contra as bruxas. A rainha era o páreo mais duro, mesmo contra um gargoyle forte como Gatlios, o qual mostra como principal vantagem não ser afetado por seus poderes.
Aang, Hank, Diana, Nellie e seus amigos se viravam bem contra a horda das bruxas, mesmo com a desvantagem numérica, buscando enfrentá-las, mas sem tirar suas vidas, pois embora fossem seres de caráter péssimo, os jovens se recordam do que o Mestre dos Magos lhes ensinou sobre o uso da força: apenas pela justiça e defesa própria e dos outros, inclusive o monge do ar seguia esse ensino por tudo que aprendeu com o Povo do Ar e ser o Avatar não era desculpa pra ultrapassar tais limites.
Aranea lidava com o uso de espada tão bem quanto suas irmãs mais velhas, mas sem usar sua magia elétrica, já que utilizar magia baseada em eletricidade num castelo feito inteiramente de metal seria uma má estratégia e uma experiência chocante no sentido literal.
Sheila se mantinha de fora com Uni e Nei, tentando protegê-los com seu manto de invisibilidade. Nei assistia como seu pai, o xerife Tex, ia descendo tiros de fogo contra as bruxas sem mostrar medo, pensando se quando crescesse, seria tão valente quanto ele.
"Turma, por mais que eu esteja curtindo arrasar essas deformadas, sugiro sairmos daqui depressa. Quanto mais irmos, mais rápido voltamos pra casa." Falou Sokka ao derrubar as bruxas siamesas com o auxílio de Suki.
"Concordo contigo, Sokka. Hora de pôr o circo na rua. Bobby, use seu tacape pra uma sacudida."
"Você manda, Hank. IÁÁÁAÁÁ." O bárbaro deu um sobressalto e bateu o tacape no chão de metal, sacudindo todo o local inteiro e criando uma onda sonora tão potente quanto mil sinos de catedral tocando em sincronia.
"AHHH. Que barulho. Tá querendo nos deixar surdos, baixinho?" Toph reclamou ao manter os ouvidos tapados. Para quem dependeu mais da audição do que a vista desde o nascimento, um estrondo tão grande como aquele era bem duro para a bandida cega.
"Deixem pra discutir mais tarde. Hora da saída." O Avatar do ar estendeu as mãos e lançou um poderoso furacão contra a multidão de bruxas, abrindo uma passagem na direção da entrada do salão, sustentando-o como se fosse o centro do furacão. "Rápido. Entrem pelo túnel de vento. Irá deter o avanço delas. Tão logo tenham passado, me junto a vocês. Vão."
Sem discussão, o grupo passou por dentro do túnel formado por Aang, vendo que as bruxas não conseguiam nem sair do lugar. Várias delas lançaram feitiços de ataque como raios e fogo, mas Erik seguia defendendo os ataques com seu escudo. Zuko, Presto, Diana e Katara ajudavam, rebatendo parte dos feitiços com suas dominações e magias provenientes das armas. Algumas delas, com muita força, penetravam no túnel, mas nada que as teias das aranhoides não dessem conta, as embrulhando como pacotes.
No momento em que o grupo saiu do salão, Aang saiu correndo, sustentando o furacão tanto quanto possível e assim que alcançou a saída, Tex e Erik fecharam a porta de aço, vindo a seguir Zuko, Nellie e Hank a lacrarem com flechadas e golpes de fogo.
"Isso vai dificultar um pouco para elas. Anda, turma. Tá na hora de fechar a conta." Ordenou a aranhoide mais velha, se desculpando com o ranger por tomar a liderança. Hank só deu de ombros pra sua amiga alienígena e liderou o caminho da fuga.
Correndo o máximo possível, os heróis tentavam achar a saída, mas o castelo era enorme e repleto de salas e passagens e a dominação de terra de Aang, Toph e Erik tinha pouca eficácia, já que o castelo era todo de aço, possuindo pouca terra pra dominar, levando-os a fugir por onde parecesse seguro.
Enquanto fugiam, puderam escutar vozes furiosas por alguns lugares, significando que as bruxas se soltaram e iam em seu encalço.
"Essa não. Abriram a porta mais cedo do que pensamos. Não vai tardar pra isto aqui estar cheio de bruxas para dar cabo da gente."
"Nada de desespero, Presto. Ali, aquele quarto. Vamos nos esconder e pensar num modo de fugir."
"Boa ideia, Katana. Por ali, gente." E indo atrás de Hank, todos adentraram no quarto, bem mais espaçoso do que se pensava. Lá dentro, Toph não tardou em fechar a porta, puxando o metal pra baixo como se fosse uma porta de garagem.
"Cada vez que usa isso, Toph, não dá pra tirar os olhos. Você mexe no metal como se fosse massa de pão." Disse Joy.
"E se o tempo ungisse, Joy, faria bem mais, mas não tardará pra nos descobrirem aqui. Sugiro irmos pelo buraco da parede."
"Desculpa, mas que buraco? Não tem buraco algum aqui."
Em lugar de tentar explicar a questão pra Tex, a bandida cega tocou na parede do lado oposto da porta e a puxou pra ambos os lados, parecendo até papel rasgado.
Toph bateu as mãos de satisfação. "Este buraco, xerife. Tem mais algum?"
Erik olhou pro buraco feito, mas logo pareceu nervoso. "Maninha, não querendo desvalorizar seu esforço, mas temo que estejamos um pouquinho acima da chão."
Toph verificou através do buraco, entendendo o que Erik quis dizer. "Bom, o importante é que temos uma saída." Ela deu de ombros.
"Acho que não temos tempo suficiente pra pensar num plano. Será melhor ir de qualquer jeito." Falou a guerreira Kyoshi.
"Eu posso nos levar voando, mas apenas 2 ou 3 por viagem." Respondeu Gatlios ao exibir suas imensas asas.
"Se for o caso, velho amigo..." Tex levantou Nei, dando-a pro Gargoyle.
"Papai."
"Tudo ficará bem, princesinha. eu prometo. Ele te leva e depois vem me buscar."
"Espera. Tome aqui a Uni e leve-a com cuidado." Pediu o jovem bárbaro, entregando sua mascote. "E leve Sheila também."
"Eu? Não, Bobby. Você precisa ir. Gatlios, leve ele, por favor."
"Sem chance, mana. Posso lidar com essas enrugadas e se tentarem entrar aqui..." Mas Bobby nem teve como reagir, pois Gatlios o agarrou e jogou-o em seus ombros, pegando um embalo e voando janela fora, segurando Uni e Nei em seus braços. Após um breve voo, o gargoyle aterrissou com total segurança, descendo seus passageiros e acenando pro grupo no castelo.
Contentes por seus amigos terem descido sãos e salvos, os aventureiros trataram de bolar o próximo meio de fuga. Verificando com atenção, Hank sentiu ter achado um novo meio e fez mira, disparando uma flecha energética até ela acertar a parede do vulcão extinto. Pegando a ponta traseira da flecha, Hank a prendeu num gancho da parede.
"Olha, nem sei quantas vezes vi seu arco em ação, Hank, mas nunca deixa de ser incrível. Aposto que consegue até lavar a roupa com ele."
"Quem me dera, Katara. Sabe que tentei uma vez e não tive grande sucesso? Bem, hora de escapar. Eu vou na frente pra ver se está bem firme." O ranger se pendurou na corda de energia e foi indo passo-a-passo, uma mão depois da outra. A seguir, Sheila subiu na corda, com Sokka e Suki na retaguarda.
Andar pendurado daquele modo era um desafio pra quem não era acostumado ou treinado, mas Hank e Sheila tinham pego muita prática durantes as aventuras vividas no Reino e Sokka e Suki sabiam como lidar com aquele tipo de travessia.
Justo na hora em que ultrapassaram metade do caminho, várias bruxas vieram voando, rindo e rogando pragas sobre os heróis, mas Hank e cia. buscavam se concentrar na travessia. Por azar, uma das bruxas deu um rasante e esticando o braço terminado num longo osso pontudo saindo da pele, cortou a corda mágica, levando o grupo a se segurar firme na ponta.
"Se segura, gente, ou iremos parar lá no fundo."
"Diga uma novidade, senhor óbvio." Falou o guerreiro da Tribo da Água ao se segurar na corda partida e pegando firme na mão de Suki. Sheila e Hank conseguiram chegar perto e se abraçarem com firmeza até chegarem ao chão, sendo recebidos por Gatlios, Uni, Bobby e Nei.
"Ufa. Graças a Deus que desceram com segurança." Nei falou bem feliz.
"Mas receio que a coisa vai ficar feia. Lá em cima." Suki mostrou lá no alto a horda de bruxas se aglomerando, prontas para um contra ataque.
No castelo de aço, a tensão se intensificava ao notar o barulho dos impactos de tiros e raios na porta lacrada, dando sinais de derretimento e sua abertura inevitável.
Buscando por um meio rápido de fugirem, Katara e Diana avistaram uma pequena queda d'água e de repente, uma ideia bateu na cabeça da acrobata. Katara captou qual era a ideia e imediatamente, as duas companheiras trouxeram a água da queda pro buraco, criando uma trilha líquida até o chão.
"Tá de boa. Joy, uma ajudinha gelada?" Pediu Diana. A aranhoide de cabelo azul balançou a cabeça num sim e sacando sua espada mágica, congelou a trilha de água, transformando-a num escorregador. "Legal demais. Eu vou primeiro."
Diana desceu pela rampa de gelo, indo em direção ao chão. Tão logo chegou, deu uma massageada pra se aquecer.
"Nossa. Acho que deu uma dormida bem embaixo. Desce, turma. É bem divertido."
Katara apreciou o entusiasmo da amiga e tratou de descer, seguida de Joy, Aranea, Tex, Erik, Toph e Aang. Porém, quando o dominador de ar ia escorregando, a rampa se partiu e quebrou em pedaços, levando-o a uma súbita queda.
"AANG." Gritou Katara ao ver o ocorrido, mas o Avatar agiu depressa e montou seu planador, voando livremente até se juntar aos amigos. Katara o abraçou aliviada.
"Puxa, Aang. Juro que minha vida passou correndo por mim. Se você se machucasse..."
"Relaxa, Katara. Cair pra mim não é o fim do mundo." Parecia que nada tirava o bom humor de Aang, saldo certas ocasiões.
"Sorte termos chegado aqui, mas agora...como eles vão se virar?" Aranea perguntou ao ver sua irmã mais velha, Presto e Zuko ainda refugiados no quarto.
"Presto, espero que possa tirar algo maravilhoso do seu chapéu."
"Pode sossegar, Nellie. Se tem alguém capaz de um milagre de última hora, este é o Presto." Zuko respondeu bem otimista.
Vendo o quanto botam fé nele, o mago de verde pegou o chapéu e conjurou outra mágica. "Ok, chapéu, hora de trabalhar. O dia é claro como a noite é escura, dê-me algo pra uma fuga segura." E algo como uma mochila foi expelido do chapéu, caindo nas mãos de Zuko. Nellie olhou curiosa pra aquela mochila.
"Ei. Isso aqui vai nos tirar daqui?"
"E como, Nellie. Um paraquedas."
"Paraquedas? E ele faz jus ao nome?"
"Faz, sim. Ponha ele que eu explico."
No chão fora do castelo, os heróis iam dando cabo de várias bruxas que haviam saído da fortaleza de metal, tanto em terra quanto no ar.
Lá do alto, Bobby foi capaz de avistar seus amigos prontos pra escapar.
Ao terminar de carregar o paraquedas, Zuko mandou Presto e Nellie se segurarem nele e num salto sincronizado, os três pularam, restando segundos pra porta ser arrobada, tendo a rainha bruxa na liderança.
Depois de pular, Zuko lembrou-se das instruções dadas por Presto e puxou a alavanca acima do seu ombro, liberando o paraquedas. Com isso, o trio realizou uma descida suave.
"Uau. Estamos caindo como folhas ao vento."
"Sim, Nellie. Agora entendo como os dominadores de ar se sentem. Presto, você é o máximo."
"Ah, não é nada demais. Agora que posso confiar que minha mágica dará certo, é sopa no mel."
Quando o grupo concluiu a descida, Zuko veio atacando com bolas de fogo contra as bruxas e Nellie disparou suas teias pra imobilizá-las. Em lugar de tirar o paraquedas, Zuko buscou recolhê-lo, afirmando que algo daquele tipo iria ter mais utilidades.
"Reconheço, isto é muito legal. Um verdadeiro salvador de vidas."
"Sorte sua o Presto ter acertado a mão e que não venha vindo no lugar do paraquedas um monte de panelas ou uma bigorna amarrada numa corda."
"Bobby, por favor." Disse Sheila pro irmão mais novo.
Depois da reunião do grupo todo, a primeira providência tomada, além de escapar da horda de bruxas, foi de correr pro lugar por onde entraram e sem tempo para descobrir como abrir por dentro, Aang jogou a porta longe, desobstruindo a entrada principal e ao deixarem o local, Erik lacrou a passagem para evitar que aa bruxas os perseguissem.
"Vejamos como as mocréias lidam com uma tonelada de rocha entre nós e elas. Ah, e sabem o que um tijolo disse pro outro?" Nenhuma resposta. "Tem um ciumento entre nós."
"Ha, ha, ha. Eu gostei, Erik. Posso pôr essa no meu repertório?" O cavaleiro deu um positivo para Sokka.
"Gente, odeio estragar a sessão comédia, ainda mais que é com meu irmão, mas será que podemos sumir daqui de vez?" Todos acataram a sugestão dada pela dominadora de terra.
Indo a toda rapidez pela caverna, os heróis encontraram a entrada pelo rio corrente que tinham seguido pra chegarem ao local. Em meio a fuga, Sheila tropeçou e deixou o Punho de Quil-Mand-Dur cair, mas felizmente alguém o pegou antes de cair no rio e era Niz, se revelando em meio às sombras.
"Estou vendo que voltaram sãos e salvos e trouxeram o Punho de Quil-Mand-Dur. Parabéns, meus amigos. Como sempre, nunca falham. Isso ficou evidente dede que nos vimos da última vez."
"Disse da última vez? Por acaso, nos conhecemos?" Indagou o confuso cavaleiro.
"Mais do que pensa, cavaleiro. Quando nos vimos anteriormente, lhe ofereci uma chance dourada."
"Foi é? Agora estou mais bolado."
"Ignoro o significado de 'bolado', mas sim, você teve essa chance..." Niz retirou o capuz, se revelando aos heróis. "QUANDO EU ERA A RAINHA DO REINO DE ZINN."
O espanto foi geral pros discípulos do Mestre dos Magos ao se depararem com sua antiga inimiga que tentou depor o próprio irmão, transformando-o num monstro disforme, para no fim ela mesma ter sido vítima da própria maldição. Aang e os demais companheiros, incluindo as aranhoides, só sabiam dela do que souberam pelos amigos, contudo, já a desprezavam como se faz aos tiranos e déspotas.
"Rainha de Zinn? Pensamos que tivesse sumido do mapa de uma vez por todas. Ao menos, está menos tosca do que antes." Diana falou com o bastão em alerta.
"Deboche o quanto quiser, acrobata, mas veremos quem rirá no final de tudo." A ex-rainha empunhou o cetro mágico, liberando uma forte luz na pedra esculpida como mão. "Se ajoelhem perante Jessab, a que reclamará de novo o trono de Zinn, depois de fazê-los sofrer 10 vezes mais do que apliquei ao meu irmão."
"Sinto desapontá-la, senhora, mas não será como a sua banda toca." Aranea sacou sua espada elétrica, já soltando faíscas. Todos os demais seguiram o exemplo e se posicionaram esperando pelo primeiro movimento ofensivo, mas algo avistado por Uni precisou adiar o combate.
"Bééé. Aliii." E ao se virarem na direção mostrada por Uni, viram o pior: as bruxas vinham voando em sua direção, tendo a grande rainha bruxa na liderança.
"Essa não. A horda bruxonilda está vindo toda pra cá e não creio que tenhamos tanta sorte novamente." Disse Tex, segurando sua filha nos braços pra protegê-la.
"Entregue a menina não-humana e o Punho ou não sobreviverão para ver o amanhecer." Avisou a rainha bruxa de modo ameaçador, vendo-se uma fúria implacável em seu rosto. Mas sem aviso, um raio veio por meio de um monte de rochas, alvejando a monstruosa rainha em pleno ar, jogando-a ao solo. Se levantando, olhou com ira pra quem tinha atacado e notou ser Johanna.
"Johanna? Sua traidora, prefere se aliar a estes malditos humanos?"
"Sim, me aliei porque eles me mostraram algo: todos podem construir seu destino, não importa qual seja sua espécie."
"E ela foi sensata em mudar de lado, pois vejam ali." Gatlios apontou na direção contrária, se vendo inúmeros gargoyles na direção do Vale da Desgraça, seja voando ou a pé, juntos com o povo de N'York, todos armados até os dentes e Appa, descendo pra ser abraçado por Aang e os amigos. O gargoyle mais velho e a namorada de Gatlios se encontraram com ele.
"Gatlios, graças que está vivo." Eliza's se jogou diante do líder gargoyle, faltando um triz pra se beijarem.
"Amor, nada me impediria de voltar ao aconchego de seu lindo e quente corpo."
"É bom revê-lo, filho. Sabia que tinha sido esperto em escolher você como novo líder." Disse Duhson.
"Também me emociono em reencontrá-lo, velho mestre e amigo, e livre do feitiço. O que é bom, pois teremos muito trabalho por aqui."
"TALVEZ BEM MAIS DO QUE SUPÕE, GARGOYLE." Uma voz sinistra ecoou pela vale e ao olharem pra cima, todos testemunharam algo descendo numa velocidade extrema, batendo com tanto poder no chão que criou um impactante estrondo, causando um buraco gigantesco que ficou visível após a poeira abaixar. Não teve um que não se chocou ou ficou abismado por uns segundos pela enorme criatura de metal similar a um robô gigante, exceto por Jessab.
"Meu mestre Mindok." Ela se ajoelhou com leveza.
"SAIU-SE MARAVILHOSAMENTE BEM, MINHA SERVA, E NOTO QUE FOI MAIS PRODUTIVA DO QUE PREVI. BEM, HORA DE ME ALIMENTAR." E focou seu ameaçador olho vende em todas as pessoas: humanos, gargoyles, bruxas e etc., disposto a levar adiante o seu hediondo plano.
Continua...
