Capítulo 4 - Provocando
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Sasuke
Acho que era o destino que estava conspirando ao meu favor quando vi a garota dos cabelos rosados entrar na sala naquela manhã. Eu me senti de alguma forma, animado e surpreso quando ela se sentou ao meu lado. Geralmente o lugar ficava vago depois que Naruto começou a namorar Hinata. E o professor fazia questão que eu me sentasse sozinho por causa das garotas que me assediavam na cara dura.
Fazer o que, se eu sou gostoso.
Posso dizer que não consegui muito bem controlar o meu impulso e logo fui puxando conversa com ela, e admito que joguei um pouco de charme, o que foi uma tentativa falha. Ela mal olhava na minha cara e me respondia com frases curtas e grossas. Ela havia ficado irritada com a minha abordagem, e por um segundo eu senti que ela realmente pudesse ser diferente. Mas logo lembrei-me de Samui e de seu jeito difícil no começo, que mais tarde eu percebi que era uma tática para me fisgar. Sakura podia estar usando a mesma tática, não é?
Assim quando o intervalo tocou, ela saiu da sala como uma bala, percebi que Ino correu atrás dela. As duas deveriam ser amigas. Gaara deve saber de algo.
Ajuntei as minhas coisas na mochila, peguei a minha carteira e coloquei no bolso de trás da calça. Logo Naruto e Gaara se ajuntou a mim.
- E aí, brother. Vi que estava animado com a aluna nova. – Naruto comentou com um sorriso zombeteiro no canto da boca enquanto caminhávamos para fora da sala. – Percebi que você já estava caindo em cima como um lobo faminto e ela nem tchun pra tu.
Em seguida gargalhou. Apenas revirei os olhos e sorri confiante.
- Essa está no papo, é só questão de tempo.
- Só não deixa a diretora souber, se não...
Franzi o cenho e fitei Gaara.
- O que a diretora tem a ver com isso?
Gaara apenas sorriu em tom de deboche, e Naruto gargalhou mais alto, balançando a cabeça para os lados.
- Cara, você é tão desinformado.
- Não estou entendendo porra nenhuma do que vocês estão falando.
- A garota nova é nada mais e nada menos do que a sobrinha da diretora Tsunade. – Respondeu Gaara com uma calma e um tom debochado que irritava qualquer um.
Sobrinha da diretora?
- Como é? – Não pude evitar ficar surpreso, parando no meio do corredor, fazendo eles pararem também e me fitarem.
Aquela flor de cerejeira não podia ser sobrinha daquela demônia peituda.
- Esqueceu que te falei que a diretora havia trazido uma garota com ela quando chegou ontem? – Perguntou Naruto.
Forcei um pouco a mente e logo me lembrei naquela hora do campo. Porra, ela tinha que ser justo a sobrinha da diretora?
- Que merda – resmunguei, voltando a andar enquanto fitava meus pés. – E como tem tanta certeza disso?
- Ino é a melhor amiga dela. – Respondeu Gaara.
- E Hinata é a colega de quarto dela. – Terminou Naruto.
Agora estava explicado por que eles sabiam tanto sobre a seu respeito.
- O que vai fazer agora? Sabe que se mexer com ela, vai ser problema com a diretora. Se sabe que você não é o preferido dela.
Gaara pôs uma mão em meu ombro, e seu tom soou lamentavelmente fingido.
- É, Uchiha, vai ter que desistir.
Sorri confiante enquanto tirava sua mão de meu ombro.
- Põe uma coisa na cabeça de vocês. Desistir não consta no meu dicionário.
Naruto deu de ombros.
- Se você diz, boa sorte para você.
Entramos no refeitório, e como todos os dias, a fila estava enorme. Esperei quase dez minutos para chegar a minha vez. E depois de pedir o meu amado suco de tomate e um sanduíche, caminhei para o lugar de sempre, junto com Gaara e Naruto. Não demorou para ver Ino, Hinata e a flor de cerejeira, numa daquelas mesas no pátio aberto.
- Oi, amor – Ino foi a primeira a nos notar se aproximando, e Garra logo sentou-se ao seu lado e os dois se beijaram.
Segurei a minha vontade de revirar os olhos, e sentei-me ao lado de Naruto que havia se sentado ao lado de Hinata, me deixando de frente para Sakura que diminuía o sorriso devido a alguma conversa divertida de garotas que rolava antes de nós chegarmos. A encarei por alguns segundos, seu rosto agora sério dando mais atenção a sua latinha de Coca Cola.
- Olá, flor. – Chamei sua atenção enquanto abria o meu pequeno sorriso fatal. – Que feliz coincidência de termos amigos em comum, não?
- Infeliz coincidência. – Sua resposta soou fria, seus olhos verdes fitavam os meus, e um friozinho circulou o meu estômago.
Franzi o cenho levemente. Que porra era aquilo?
- Vocês demoraram. – Hinata tentou contornar o pequeno clima estranho que começava a pairar naquela mesa.
Sakura foi a primeira a desviar seu olhar, e eu dei um gole do meu suco para aliviar aquele frio estranho no estômago. E era a segunda vez que aquilo me acontecia.
- A fila estava enorme no refeitório, o de sempre. – Naruto a respondeu.
- Então, gente – começou Ino, chamando nossa atenção. Pôs a mão no ombro da flor que se sentava do seu outro lado. – Essa é a Sakura, a minha melhor amiga que morava em Osaka. Sakura, esses são Gaara, o meu namorado, Naruto, namorado da Hinata, e Sasuke. Esse acho que você já conhece.
- E aí Sakura, gostando da escola? – Gaara perguntou.
- Sim – sorriu simpática. - O pouco que vi já deu para perceber que aqui é bem legal.
- E eu estou incluso na categoria de coisas legais da escola? – Provoquei.
Eu não sabia como, mas sentia uma necessidade absurda de provocar aquela garota. Talvez seja o fato dela estar se fazendo de difícil, ou talvez o fato de que agora eu sabia que ela era sobrinha da demônia da diretora. E esse detalhe dava uma pequena onda de adrenalina perigosa. De certa forma eu gostava de estar numa corda bamba. Gostava do desafio.
E novamente eu tinha a atenção daqueles olhos grandes e verdes.
- Você está na categoria de pessoas irritantes.
Naruto gargalhou alto, escandaloso como sempre. Ela havia me dado outro fora.
- Ai, você poderia ter ficado sem essa, Teme. Gostei de você Sakura, é raro encontrar garotas que dão fora nesse cara.
- Idiota – revirei os olhos.
- A Sakura é diferente, Naruto. Ela não é desse tipo que se conquista fácil. – Disse Ino, com um sorriso irônico nos lábios.
Ergui as sobrancelhas, e desviei meu olhar de Ino para Sakura enquanto o meu humor provocativo voltava.
- Eu gosto de desafios. Quanto mais difícil for, a recompensa é sempre boa no final.
Sakura franziu as sobrancelhas e crispou os lábios. Acho que eu havia a irritado.
- Esquece, Sasuke – respondeu Ino com um sorriso debochado -, você só vai perder seu tempo...
- Ino, não precisa responder por mim. – Sakura a interrompeu, ela me fitava seriamente. – Sei me cuidar desses tipos de garotos babacas que só pensam com a cabeça de baixo.
Não pude evitar me sentir surpreso com sua resposta. Caralho. Ela estava realmente irritada. Acho que alguém andou fazendo a minha caveira pelas costas.
- Ui. – Soltou Gaara e Naruto ao mesmo tempo enquanto prendiam as risadas. E Sakura se levantou de repente, chamando a atenção de todos na mesa.
- Aonde você vai? – Ino perguntou.
- Vou resolver aquele assunto do grupo. – Ela respondeu enquanto dava a volta no banco e catando os restos do seu lanche.
- Quer que eu vá com você?
- Não precisa, Ino. Eu vou sozinha – em seguida deu as costas e saiu, seu rosto ainda estava sério.
Senti vontade de ir atrás dela e a abordar, mas controlei o meu impulso e fiquei no meu canto.
- Ué, gente, Sakura está indo embora quando eu cheguei? – Disse a gazela do Sai, aparecendo de repente com a louca da Tenten a tira colo.
Revirei os olhos, era só o que me faltava agora.
– Estou sentindo que tenho alguma doença contagiosa. – Tenten e seus comentários estranhos. Ela era uma das garotas que eu quero distância. Até hoje eu me arrependo de ter ido para cama com ela. Aquela garota era doida de pedra. Ano passado havia corrido um boato de que ela estava fazendo macumba para que o Sasuke Junior caísse. Ainda bem que era só boato, já que meu companheiro de guerra continua intacto. Louca.
- A Sakura foi resolver um assunto do grupo acadêmico. – Respondeu Hinata.
- Mas na hora do intervalo? – Sai perguntou enquanto se sentava no lugar de Sakura.
- Vamos dizer que um certo alguém estava a irritando. – Disse Ino enquanto me fitava com a sobrancelha erguida e um olhar repreendedor.
Fingi que não era comigo.
- Nem precisa dizer que o Sasuke já caiu em cima que nem um gato no cio. – Deduziu Tenten enquanto me fuzilava com os olhos.
- Boy, você não perde tempo, hein. – Disse Sai.
- E ele levou um fora daqueles da Sakura. – Disse Naruto enquanto ria. – Virei fã número um dela agora.
Revirei os olhos e fiquei na minha, enquanto o assunto rolava ali na mesa, e esse assunto era Sakura e o fato dela ter me dado um fora. Geralmente eu nunca levava um fora, era eu que dava o fora nas meninas que grudavam em mim. E isso estava sendo um prato cheio para eles ficarem me zoando o resto do intervalo.
De repente senti um par de braços me abraçando pelo pescoço enquanto um corpo se debruçava atrás de mim. E antes que eu visse quem era a garota, a voz conhecida soou próximo ao meu ouvido:
- Amor, finalmente te achei.
Tirei os braços em volta de mim e virei meu copo para trás e vi Shion, sorrindo manhosa e dissimulada.
- O que você quer?
- Eu estava te procurando. Nós precisamos conversar.
Me endireitei no banco e tentei a ignorar.
- Nós não temos nada para conversar. Então vaza daqui.
Era só o que me faltava. Depois de ontem ela ainda tinha coragem de me procurar. Mas parecia que Shion não havia percebido o meu recado para se mandar, pois debruçou por cima de mim novamente, seus braços em volta do meu pescoço. Como odiava garotas grudentas.
- Mas, meu amor, você não pode me tratar assim – e sussurrou as últimas palavras no meu ouvido – depois de ontem.
Respirei fundo, tentando manter a paciência. Não era preciso olhar para os lados e ver que eu era alvo dos olhos curiosos daquele povo fofoqueiro. Até meus amigos que estavam em volta de mim haviam ficado quietos e com as butucas ligadas para ver o desenrolar daquele drama. Shion não era a primeira garota que eles presenciaram eu dar um fora, aquilo era quase que rotineiro na minha vida naquela escola. Mas acontece, que eu estava na boca do povo, a situação de ontem saiu até na capa do jornal da escola de hoje. Naruto havia tido o prazer de me mostrar antes de irmos para as aulas. E agora eu tinha uma plateia me olhando naquele exato momento querendo ver como eu iria dispensar a garota que eu havia transado ontem dentro do armário do faxineiro.
- Não temos nada para falar, vai embora. - E novamente tirei seus braços em volta de mim.
- Mas, Sasuke...
- Iludida – o comentário de Ino soou debochado enquanto balançava a cabeça para os lados.
- Fica na sua, vadia.
Shion atacou, e Ino franziu o cenho, assim como Gaara. E antes que eles dissessem alguma coisa e se tornasse um daqueles barracos, eu me levantei, agarrei Shion pelo braço e a puxei para dentro do colégio. Alguns alunos me olhavam segurando Shion, e ela não facilitava nada gritando e pedindo para soltá-la. Entramos num corredor vazio que ficava debaixo das escadas e a soltei.
- Você me machucou. – Ela reclamou segurando o braço aonde eu havia agarrado.
Apontei o dedo em sua direção, fazia o possível para não demonstrar o quanto eu estava puto. Havia duas coisas que me deixava emputecido, a primeira era me envolver em barracos. A segunda era ofender as namoradas dos meus amigos. Eu posso ser um filho da mãe cretino, mas uma coisa sabia era que tanto quanto Ino ou Hinata eram garotas direitas. E eu tinha que admitir que meus amigos sabiam escolher uma boa namorada, mesmo achando essa coisa de namoro uma babaquice da parte deles. Mas eu respeitava a decisão deles.
- Nunca mais ofenda uma das namoradas dos meus amigos. A única vadia aqui é você.
- O quê? – Ela franziu o cenho. – Como você pode falar assim comigo depois de tudo que nós fizemos ontem?
- E você estava tirando o seu da reta quando as coisas apertaram para o seu lado. – Fiz questão de lembra-la do ocorrido na direção, e aquilo foi o suficiente para desconcertá-la.
- Ah... isso... err, me desculpe. Eu fiquei nervosa. A minha mãe estava ali e ela iria me matar naquela hora...
- Não quero saber de suas desculpas – a interrompi.
- Mas Sasuke, eu pensei que a gente ia... depois de ontem...
- Ia o quê? – A interrompi novamente, e soltei um sorriso debochado quando percebi o que ela havia pensado. – Você achou que eu iria pedi-la em namoro?
Eu podia ver seus olhos violetas ficando vermelhos e marejados.
- Mas a gente fez amor...
- Epa! O que você disse? A gente fez amor. – Dessa vez eu não contive a risada. – Escute uma coisa, coração, eu não faço amor. Eu trepo. O que nós fizemos ontem foi legal, mas acabou. Não irá rolar mais nada entre a gente. Agora você entendeu?
E como resposta, levei um tapa na cara, e agora eu estava lidando com a ira de mais outra garota.
- Você é um nojento, Sasuke Uchiha. – Shion gritava, e algumas lágrimas escapavam de seus olhos. - Vai pagar por tudo que está fazendo comigo. Idiota!
Em seguida ela deu as costas e foi embora, me deixando com a mão no local do tapa. Eu até estava acostumado com esses tipos de tapas. Essas garotas aproveitam isso, pois sabe que eu nunca ousaria levantar a mão para elas. Fui criado ouvindo que nunca se bate em mulher nem com uma pétala de rosa.
Suspirei. Pelo menos essa eu já me livrei.
Não tive mais clima de voltar para o intervalo, até por que o sinal estava perto de tocar. Achei melhor voltar para a sala de aula, e depois de subir aqueles lances de escadas e percorrer o corredor pouco movimentado eu vi a Sakura saindo de um outro corredor que levava a salas onde ficava alguns grupos acadêmicos.
Não pude conter uma onda de animação e apressei os passos para alcança-la enquanto ela entrava no corredor aonde ficava as salas de aula.
- Flor de cerejeira, nos encontramos novamente. Será que é o destino que está tentando nos dizer algo?
Sakura suspirou, e revirou os olhos antes de me fitar.
- Você não se cansa de ficar enchendo o meu saco, não?
Sorri e apressei meus passos e a ultrapassei. Parei a sua frente, impedindo sua passagem. Sakura parou e suas sobrancelhas se uniu.
- Está com medo de mim? – Perguntei, fitando cada traço de seu rosto pouco irritado.
Ela era muito linda.
- Não tenho medo de você. – Ela respondeu, agora cruzando os braços, e o cenho franziu mais.
- Mas não é o que parece. Você fica me evitando.
Sakura desviou os olhos para o lado, depois soltou uma risada nasal quando voltou a me olhar.
- Eu sei qual é a sua. Sei o que você quer.
Arquei a sobrancelha para cima, a ansiedade tomava conta do meu corpo.
- E posso saber o que eu quero?
- Não irei transar com você. – Sua resposta foi direta enquanto ela desviou-se de mim e voltou a andar.
Virei meu corpo para trás e a vi se aproximando mais dos armários e parou de frente para um, o que ficava a dois armários longe do meu.
- Eu não estou pedindo para transar comigo. – Eu disse, me encostando no armário ao seu lado. Cruzei os braços e sorri. – Mas se você quiser...
- Por que você não me deixa em paz. – Ela me interrompeu, sua voz aumentada em dois tons.
Sorri ainda mais. Com certeza alguém já havia feito a minha caveira para ela. Eu tinha certeza disso.
- Desculpe flor de cerejeira, não quero irritá-la. - Eu tinha que ir com calma, não queria que ela pegasse raiva de mim. - Só quero te conhecer melhor.
Ela tirou um livro no armário e me fitou.
- Mas acontece que eu não quero te conhecer melhor – e em seguida bateu a porta do armário com força. – E pare de me chamar de flor de cerejeira. Não te dei intimidade para me colocar apelidinhos.
- Se você quiser, eu deixo você colocar apelidinhos em mim.
- Aff – ela revirou os olhos e começou a andar.
Estava gostando de provocá-la, estava gostando de irritá-la. Eu estava gostando de sua atenção.
- Tá legal – comecei, enquanto a seguia, e escutei ela bufar. -, vamos ser honestos. Você está bancando a difícil, não é?
- O quê? – Ela parou de andar e me olhou quase que incrédula. - Quem você pensa que eu sou? Se você acha que eu sou aqueles tipinhos que você está acostumado, você está muito enganado... Esquece. Eu não gosto de você.
E novamente voltou a andar, se aproximando ainda mais da sala de aula.
- Espera! - Apressei-me e segurei seu pulso, fazendo-a parar. - Como você pode falar que não gosta de mim se ainda não me conhece? – Aproximei meu rosto do seu. - Não experimentou para saber que gosta ou não.
Sakura puxou seu pulso, me fazendo soltá-la enquanto ela dava um passo para trás.
- Não quero saber. Não vai rolar nada.
E novamente ela fugia de mim, mas ainda não me dei por vencido e novamente bloqueei a passagem dela com o braço na porta para que ela não entrasse na sala.
- O que diabos você ainda quer? – Ela quase praticamente gritou, e eu sabia que ela estava bem zangada comigo.
- Eu não quis dizer exatamente isso. – Levantei minhas mãos para cima em sinal de rendição.
- Mas você disse.
- Não precisa ficar com raiva. Eu só estava brincando, flor.
Ela franziu ainda mais o cenho e crispou ainda mais a boca.
- Mas eu não gosto e nem aceito esses tipos de brincadeiras.
Olhando-a daquele jeito totalmente séria, eu havia finalmente percebido que ela não estava para brincadeiras. Ela não me olhava daquele jeito simpática como ela olhava para as outras pessoas. Ela me olhava com desprezo, como se eu fosse um imbecil. Eu havia sido um imbecil com ela agora pouco. O meu humor sarcástico havia ido embora. Sakura havia me feito parecer um idiota. E eu era um idiota naquele momento.
- Desculpe – murmurei, e foi a primeira palavra sincera que eu havia dito para ela desde que a conheci.
- Você quer fazer um favor para mim? – Ela perguntou, sua expressão não havia mudado em nada.
- O quê?
- Vai para o inferno.
O choque de suas palavras foi tão grande que não percebi seus movimentos a tempo de desviar de seu empurrão que me fez dar vários passos para trás, abrindo a passagem da porta que eu bloqueava. Sakura entrou na sala e sentou-se no seu canto, e ela estava muito puta comigo.
Acho que havia sido uma péssima ideia provocá-la.
