15 de outubro de 1981:

Pensei que veria várias pessoas nesta mansão quando sai do meu quarto, ainda mais que já era um horário adequado para visitas, mas tudo que podia escutar era uma música ao longe, enquanto descia os degraus da escadaria central.

Era uma letra calma e que me fazia balançar a cabeça em sintonia com a voz melodiosa da mulher.

Lembrava aquelas músicas antigas com os clipes em chuva e uma sombrinha em mãos, dançando entre as pessoas que passavam.

Ou poderia ser a música que tocava quando o Capitão América dançava com a Peggy.

Havia quase o mesmo som e dava vontade de dançar, mesmo estando parada no último degrau.

Estalei meus dedos, enquanto ia em direção da música, discernindo os chiados da vitrola com a música em si.

O corredor extenso daquela mansão poderia ser comparado com o corredor no mercado perto de casa, nunca tinha fim e quando chegava, tinha outro.

Mas as janelas altas e amplas, me mostrava um belíssimo jardim e os quadros poderiam se mexer, mas eram quadros comuns que aposto que valia algum dinheiro.

Havia vasos, mas não continha nenhuma flor e agradecia por isso, minha alergia era forte quando tinha algo para incomodar meu nariz.

Parei de estalar os dedos, sentindo um cheiro gostoso de bacon e isso fez minha barriga roncar, afinal, havia acabado de acordar e ninguém veio me trazer um maravilhoso café da manhã como nos filmes.

Bom, se fosse em alguns livros que lia, poderia dizer que sou a pobre princesa indefesa, que está trancada em uma torre que tenho acesso à chave.

Mesmo já estando aqui pelo menos há uns cinco dias, ainda sonhava em ter um café na cama, ou pelo menos mais lugares para ir além do jardim, quartos e biblioteca.

Entro na cozinha, observando quão ampla e requintada era, com panelas brilhantes e talheres organizados.

Era tão limpo que os moveis brilhavam com a luz do sol entrando pela janela, me dava um pouco de inveja por não existir elfos na minha verdadeira realidade.

Mas o meu olhar foi em direção da pessoa que nunca imaginei estar fritando bacon, mas o que poderia dizer com essa visão? Apenas divina.

Músculos contraídos, um avental quadriculado no torso e cabelos bagunçados pelo sono, fazendo que a imagem séria e caótica de dias atrás, fosse apenas uma mera lembrança.

A voz parou e continuou soando o trompete, fazendo que tudo fosse estranhamente bom e nem mesmo o som da fritura deixava de ser ruim.

Era como se estivéssemos em Aristogatas... Amava aquele filme e posso ser a charmosa gata branca que esqueci o nome, afinal de contas, apenas lembrávamos de Marie.

_ Ficar parada observando os outro é feio. - Observou-me com aquele olhar risonho. _ Dia.

_ Não estava parada. - Aproximei-me. _ Estava o secando com os olhos e eles estavam se mexendo. - Riu soprado. _ Também quero. - Olhou o bacon e discordou.

_ Faça você mesma. - Fiquei chocada. _ O quê? Não sabe fazer um pouco de bacon? - Cruzei os braços.

Dessa vez minha blusa não era quase transparente, mas ainda agradecia por ele ter comprado novas roupas para mim, mesmo pedindo certas modificações.

A música mudou e me fez prestar atenção nela por um momento, e não na pessoa a minha frente.

Agora não existia apenas a voz da mulher, existia uma voz rouca e potente de um homem, poderia até mesmo imaginá-lo com um copo de whisky e um cigarro entre os dedos.

Soprando a fumaça enquanto a mulher deslizava com seu vestido encantador pelo salão.

_ Não sei. - Era a verdade. _ E sou visita, não posso fazer minha própria comida e como o senhor é o anfitrião, terá que fazer. - Apagou o fogo e riu.

_ Você precisa pagar para usufruir de minha boa vontade e mordomia, já falei isso. - O olhei de cima a baixo, rindo. _ O quê?

_ Não aceito, você vai fazer de graça para alimentar a pessoa que sabe do futuro, ou você quer que eu vá até Dumbledore para contar as coisas? - Cutuquei seu braço, o sentindo firme.

_ Você venceu, mas não pense que venceu a guerra. - Idiota. _ Como que você gosta de seu bacon?

_ Comestível. - Sorri, apertando seu braço. _ Odeio sentir gosto de queimado ou que toda a gordura dele suma.

_ Só falta me dizer que prefere azeite ao invés de óleo. - Ele gostava de implicar comigo.

Mas apenas me distanciei dele para curtir a música que saia da vitrola, talvez ela seja a minha música da vitória.

Estalei os dedos, fazendo passos que me lembravam serem desse tipo de dança.

Tom apenas continuou fritando outras fatias de bacon, enquanto dava dicas para a minha dança estranha.

_ Ella Fitzgerald deve estar se remoendo em seu túmulo por ver essa dança fora de ritmo. - Merlim, ele sabia até quando a mulher morreu.

_ Se você é tão bom, venha aqui e dance comigo, senhor sabe tudo. - Ficou chocado e apagou o fogo, colocando os bacons em dois pratos, vindo em minha direção.

_ Você é realmente uma pessoa que não tem medo da morte. - Claro que tinha.

Apenas não conseguia deixá-lo se fechar em sua redoma de vidro de novo, desde aquele dia que me contou um pouco sobre sua vida, queria fazê-lo feliz.

Agarrou minha cintura com força, me aproximando de seu corpo e me fazendo observar como era completamente fascinada por seus olhos vermelhos.

Sua mão deslizou pelo meu corpo até se encontrar com a minha mão, a tomando e iniciando a dança.

Apertei sua mão firmemente e me deixei levar pelos passos rápidos e ritmados do jazz, como se meu corpo tivesse absorvido a música.

Meu cérebro tentava acompanhar o fluxo dos movimentos, mas meus pés já conheciam essa dança.

Nossos corpos se entrelaçavam em movimentos sincronizados, alternando entre separação e proximidade em um único passo.

Girei graciosamente, sentindo um sorriso se formar em meus lábios, enquanto me entregava à dança que nunca imaginei que experimentaria.

Finalmente, dei as costas a ele, permitindo que meu quadril se movesse ao ritmo do piano, como se a música fluísse por meio de cada fibra do meu ser.

Era uma dança que transcendia o tempo e me fazia esquecer do resto.

Levantei meu rosto, observando seus olhos em mim, sentindo tudo se conectar com a música que fluía nitidamente para os meus ouvidos.

Nossos pés não pararam de dançar e o cheiro de bacon tornava esse momento um mais faminto e refrescante.

_ Ainda não me deu uma resposta. - Girei novamente, voltando para a posição inicial. _ Será minha? - Sorri e me deixei levar pela música que ficou agitada.

_ Não sei, ainda não pensei o suficiente. - Apertou minha cintura e continuamos dançando.

_ Severus virá para administrar uma poção a você. - Fiquei sem entender. _ Não falei que a faria se tornar uma bruxa? Ele vai me ajudar a fazer que seu corpo não quebre com o núcleo que irei fazer.

Pensei que tinha dito apenas por dizer, mas suas palavras eram verdadeiras e deveria ter percebido isso, ele nunca mentia, apenas omitia.

_ Acha que meu corpo aguentará a poção? Posso morrer. - O vejo sorrir, seduzindo meu coração que já era dele.

_ A ressuscito, mesmo não dizendo as palavras que quero, você já é minha.

Parei a dança subitamente, e no instante seguinte, ele quase pisa em meus pés.

Rapidamente me ergueu no ar, evitando qualquer chance de me ferir. Foi um movimento ágil e sincronizado, como se a possibilidade de me machucar o fizesse temer.

Isso deveria fazer meu pobre coração pular no peito como aquelas cenas de Dorama, mas tudo que fiz, foi pensar.

Não parei de dançar por querer, apenas me lembrei que Regulus e Severus deveriam ter suas próprias vidas...

_ Ficou tonta? - Neguei. _ Então por que parou? Poderia ter quebrado os pés! - Estava sério.

_ Por que você não faz suas próprias poções? - Piscou algumas vezes e riu, como se eu fosse idiota. _ Não ria, é um assunto sério, ele deveria estar na escola, lecionando para os seus alunos que o odeiam.

_ Ele tem aulas vagas e quando as tem, aparece na mansão e prepara poções para distrair a mente.

_ Ainda não me respondeu. - Semicerrou os olhos.

_ Pirralha irritante. - Sorri, apreciando o elogio. _ Querida, sou um Lorde e se tenho pessoas para fazer as minhas coisas, por que usarei essas mãos? - Apertou minha cintura. _ Para fazer coisas desnecessárias?

Espere um momento, quer dizer que suas mãos não foram desnecessárias para me segurar e me conduzir nesta dança?

Merlim, será que acabei fisgando o coração gelado do Lorde? Ou apenas estou pensando em coisas estranhas novamente?

Afinal, estar em contato com esse corpo atlético e esbelto não me deixava pensar muito, e o cheiro que saia de seu corpo, era sensual e atraente.

Porém, ele me chamou de querida? Pirralha irritante? Já estamos na etapa em dar apelidos e adereços reciprocamente e não fiquei sabendo?

Mas que apelido devo dá-lo? Tommy? Little lord? Idiota? Babaca? Pequena serpente? Ah, já sei!

_ Darl... - Semicerrou os olhos e encostou sua testa na minha. _ Você é uma pessoa preguiçosa.

_ Repita o que disse. - Andou comigo até me prender no balcão com seus braços. _ Diga a primeira palavra. - Não sabia que ele gostaria tanto ser chamado de querido.

_ Darl. - Sorriu de lado e beijou a ponta do meu nariz, me fazendo estranhar essa reviravolta. _ Você estava me dando apelidos e não queria ficar de fora.

Emoldurou meu rosto e alisou com seu dedão, minha bochecha, suas mãos estavam frias, mesmo estando em contado com a minha pele.

Sei que não iríamos nos beijar, mas tê-lo apenas tocando minha pele já podia soar os sinos de agradecimento por ter sido uma boa menina em todos os meus anos de vida.

Tirei minhas mãos da bancada e as deslizei para seus ombros, o aproximando de mim.

_ Não gostou? - Discordou. _ Então por que está assim?

_ Porque isso ficou sexy em sua boca, sempre pensei que isso era apenas uma forma cotidiana dos britânicos de agradecer. - Pesquisar apelidos fofos todos os dias valeu a pena.

_ Darl. - Enrolei a língua no céu da boca, o seduzindo com o poder que não sabia que tinha.

Agarrou minha cintura e me sentou no balcão, fazendo que se encaixasse no meio de minhas pernas.

_ Será minha? - Deslizou seus lábios pelo meu queixo, fazendo minha pele queimasse pelo seu toque.

_ Ainda não compreendi muito bem. - Havia entendido. _ O senhor quer que eu seja apenas um brinquedinho em sua cama, ou quer que seja uma boneca para ser mostrada?

Mordeu meu queixo, fazendo que seus olhos carmesins me fizessem prender a respiração. Estava frio e atraente, como se minhas palavras fossem estúpidas.

Talvez fossem, sei que eram, mas queria brincar com ele, queria que me desejasse e sei que ele amava esses joguinhos.

Sua respiração foi depositada em minha orelha, me arrepiando, e sua mão agarrou meu moletom, tentando se recompor.

_ Darl, não quer me contar? - Falei coquete, desfazendo o nó de seu avental. _ Se você não falar, não posso dizer minha resposta. - Retirei seu avental, deslizando meu nariz no seu.

Seu rosto se aproximou, roubando meus lábios e fazendo que a suposição de antes fosse erradicada.

Não fechei meus olhos e nem ele, foi uma surpresa tão grande que só podia sentir meu coração bater no meu ouvido, acabando com a melodia da vitrola.

Estava beijando o meu personagem favorito! Acho que vou desmaiar.

Sua mão alisou minha nuca e prendeu minha cabeça em sua mão, como se não quisesse que me distanciasse e não me distanciei, apenas retribuí.

Minhas mãos percorreram seus ombros, deslizando pela textura de sua pele, sentindo o calor que irradiava dele.

Era como se estivesse beijando não apenas o Lorde das Trevas, mas o homem por trás da máscara, alguém que tinha suas próprias esperanças e desejos.

Finalmente, nos separamos, nossos olhos se encontraram com uma intensidade que arrepiou minha pele.

A vitrola continuava a tocar, a música envolvendo-nos como um abraço suave.

_ Se você for cair em outro lugar da próxima vez. - Sussurrou, tinha um traço de vulnerabilidade em sua voz. _ Caia na minha cama. - Falou rente a minha boca e retomou o beijo, desta vez não foi casto.

Sua mão parou de apertar meu moletom e se aventurou pela minha pele, me afligindo arrepios e suspiros.

Sua língua entrou e seus dentes rasparam meus lábios, os sugando e me dizendo que beijos poderiam ser intensos e libertadores.

Sempre pensei que beijos fossem apenas um ato estranho que sentia desconfortável logo em seguida depois de dar.

Coçava, me deixava estranha e era algo que gostava apenas de ver e imaginar com os personagens.

Tom poderia ser um personagem, mas o beijo era real, o hálito de pasta de dente era real e o momento calmo, e romântico, eram reais.

_ Odeio ter contato com estranhos. - Confidenciou. _ Por isso que nunca coloquei ninguém ao meu lado, e mesmo se colocasse. - Encostou sua testa na minha. _ Teriam medo, ou apenas iriam se interessar nos benefícios.

_ E você acha que sou a pessoa certa para isso? - Era um pensamento infantil, mas que fazia sentido.

_ Na noite anterior de sua queda, realmente pedi para ter alguém que me compreendesse, então, você apareceu. - Estava sério. _ Não acredito em Deuses, ou coisas desse tipo, mas desejei despejando minha magia em meu pedido.

_ Acha que sua magia escolheu a melhor pessoa para você? - Sorri e acariciei seu rosto. _ Sou uma pessoa quebrada com um passado desconhecido, mas que sabe de todo o seu futuro.

_ Isso de alguma forma importa? Você não é a Elle de dez anos atrás ou de vinte anos no futuro, é apenas a Elle que ainda não sei a idade correta.

_ E não vai saber, mas pode saber que meu aniversário está chegando. - Beijei sua bochecha. _ Posso contar meu passado aos poucos.

_ E posso planejar nosso futuro gradualmente. - Acariciei seu rosto, o vendo tombar a cabeça em minha mão.

_ Não acha que estamos indo rápido demais? - Beijei seu nariz.

_ Quem precisa de tempo é relógio, preciso ser rápido e se você fugir, o que farei? - Continuaria com sua guerra e mandaria pessoas para me procurar, para me matar.

Bom, acho que ele estava certo, não posso perder tempo, ainda nem sei se vou ficar para sempre neste lugar ou se vou embora no minuto seguinte.

Mas sinto que a opção seria minha, se vou continuar aqui ou se voltarei para a vida moderna e infernal.

Sem música de jazz tocando em uma vitrola, ou um Lorde preparando o café da manhã.

Pelo menos ainda continuava com o meu celular e poderia mostrar minha família para ele, despejando fotos e vídeos em sua cabeça antiga.

_ Prefiro calças. - Falei. _ Nunca gostei de vestidos, mas amo tênis.

_ Comprarei tudo que você quiser, apenas não tenha medo de mim. - O abracei, ele só precisava de um abraço e tudo ficaria bem.

Mesmo que Dumbledore descobrisse sobre mim, me mostrando uma nova perspectiva, não permitiria cair na tentação.

Mas esse homem poderia ser minha tentação para o mundo bruxo, claro, se ele aceitar.

_ Pode me levar para visitar o mundo bruxo? - O olhei esperançosa. _ Beco Diagonal, Hogwarts... - Fiz biquinho. _ Quando ganhar a guerra.

Iria falar algo, mas alguém bateu à porta e olhamos para a pessoa parada ali. Era Severus com os cabelos presos e com os óculos na ponta do nariz.

Suas bochechas estavam coradas e olhou para baixo rapidamente, me fazendo sorrir e abraçar ainda mais o homem que todos temem, mas que virava outra pessoa ao meu lado.

_ Desculpa, cheguei em um momento inadequado.

_ Sim. - Dissemos e nos olhamos, sorrindo.

_ Posso voltar...

_ Não é necessário, Elle precisa da poção para que ela tenha uma boa base quando for se encontrar com Dumbledore.

O quê? Fiquei confusa e o observei sem entender, o que ele está tentando dizer com suas palavras?

Vou ter que conversar com Dumbledore? Mas...

_ Por quê? - Lembrou de algo.

_ Esqueci de falar antes, mas Dumbledore descobriu sobre você, bom, provavelmente temos um rato entre nós. - Apenas respira e não pira, esse rostinho era ótimo em manipular.

_ Por que não me avisou antes?

_ Estava ocupado planejando como encerrar essa guerra, já que não posso matar o garoto. - Severus franziu o cenho, mas não falou. _ Isso é desnecessário.

O empurrei para o lado e desço da bancada, pegando meu prato contendo ovos, bacon e pão. Observando aquele manipulador de meia tigela, tomara que se engasgue com a própria saliva.

_ Desnecessário? - Ri. _ Então você fez isso tudo para que eu fosse dócil e não me virar contra você? Você me manipulou! - Juntei os ingredientes e comecei a comer, vendo Severus fingir que não existia.

_ O quê? - Estava confuso. _ Não, falei sério quando disse que a queria, você é a pessoa mais estranha que já conheci em minha vida, e gosto de como consegue falar tudo e ter um sorriso no rosto, mesmo sendo algo tão depressivo.

_ Você me chamou estranha...

_ Chamei e chamo de novo. - Inacreditável. _ Você não acharia estranho que um desconhecido caísse em sua cama?

_ Se fosse você, não. - Mordi o pão, saboreando as finas camadas de bacon. _ Trancaria você em meu quarto! - Falei de boca cheia, tentando não me engasgar com o pão.

_ Justamente, vou a trancar no meu quarto até a segunda ordem. - Espera, a conversa mudou! _ Não pense assim, não a manipulei, apenas estou atarefado e estou tentando descobrir quem contou sobre você.

_ O que tenho que fazer com o velho? - Limpou minha boca, tirando alguns farelos.

_ Apenas caia lá e finja que fugiu de mim, e conte as coisas que você acha necessárias. - Odiei essa ideia. _ Preciso que ele conte ou que você descubra uma brecha para essa guerra acabar.

_ E depois? E se eu gostar do lado da luz e fugir de você? - Cruzou os braços, fazendo que seus mamilos morenos ficassem escondidos.

_ Arrasto você daquela casa até voltar para a nossa. - Nossa? _ Você não tem essa opção, é apenas ir e voltar. - O problema seria fugir daquele lugar, a casa dos Potter.

_ Mas e se? - Semicerrou os olhos e puxou meu queixo, fazendo que meu rosto estivesse para frente e meu corpo para trás.

Dei alguns passos em sua direção, para não doer meu corpo e prestei atenção em sua tez, parecia irritado.

_ Não existe e se. - Falou rente a minha boca. _ E nunca irá existir. - Beijou meus lábios. _ Espero você no meu quarto quando terminar tudo com Severus.

Pegou seu prato e se foi, me deixando sozinha com o garoto que me olhava sem entender o que estava acontecendo.

Mas ele era sério demais para fazer a pergunta que estava em sua cabeça e não falaria sem que ele perguntasse.

_ Não sei onde que fica a sua sala, então, por favor, me mostre o caminho. - Continuei com o meu prato e fui até ele.