O Anjo do Reino do Mar
Sinopse: Com a Terra sendo ameaçada pela punição divina invocada por Nêmesis, Hades se vê forçado a pedir a ajuda de Poseidon para impedir a tragédia, pois se a Terra fosse destruída, ambos os deuses ficariam sem seus reinos para governar. Enquanto a mais nova guerra santa avança, Sorento de Sirene será capaz de enfrentar seus traumas passados e descobrir o amor durante o processo?
Notas iniciais - Olá leitores! Faz tanto tempo que eu não escrevo uma história de SS. Fiquei um bom tempo afastada das histórias de anime, mas o novo mangá de Poseidon reacendeu o meu amor por esse exército tão injustiçado na obra, e que agora ganha uma nova oportunidade de ter o seu momento de glória tão merecido, que era para ter tido desde o início. Vou me basear em Rerise of Poseidon, e espero que gostem dessa história, que, obviamente, terá Sorento como personagem principal, já que ele é o meu General Marina favorito. Dito isto, espero que apreciem a história, escrita com muito carinho. Tenham todos uma ótima leitura ^^
Capítulo 1 - O renascimento do Imperador dos Mares
Em uma certa noite - prisão de rochedos do Cabo Sunion
As ondas batiam violentamente contra as rochas do penhasco. O vento soprava com ferocidade, embora não houvesse sinal de chuva. Um certo brilho dourado não muito forte podia ser observado na pequena caverna abaixo do rochedo. Este brilho nada mais era do que o cosmo de Poseidon. O tridente do Imperador dos Mares estava cravado na rocha, no mesmo lugar onde fora encontrado por Kanon 13 anos atrás. Fixado nele havia um selo de Atena, uma cena bastante familiar…
Subitamente, uma borboleta do Mundo dos Mortos começa a voar em volta do tridente. A alma de Poseidon estava recebendo a inesperada visita de seu irmão Hades.
O Rei do Submundo surpreendeu seu irmão com o inusitado pedido de que ele protegesse a Terra, pois Atena e seus Cavaleiros não estavam em condições de fazê-lo no momento por conta do resultado da recente batalha contra ele mesmo no inferno.
A princípio, Poseidon desdenhou dele jogando em sua cara que o próprio irmão tentou acabar com este mesmo planeta praticamente no dia anterior, ao que Hades rebate dizendo que não deve satisfações de suas ações a ninguém. Poseidon surpreende seu irmão se libertando do selo de Atena, e com seus Generais de volta à vida através do poder de Hades, o Deus dos Mares estava pronto para proteger a Terra e o Mar da terrível ameaça que estava por vir.
- Maldito Hades. Quem ele pensa que eu sou? Como irmão mais velho, vou mostrar a ele do que sou capaz. E essa Nêmesis desgraçada… - Poseidon bufa enraivecido - Se a Terra for destruída, não poderei dormir adequadamente. Essa cretina irá pagar com a vida por perturbar o sono de um dos Deuses do Olimpo.
...:::~X~:::...
Enquanto isso, Sorento parte para o Templo de Nêmesis para tentar descobrir o que está acontecendo somente para ser capturado e levado até a deusa. Ao descobrir o propósito maligno da mulher de aparência jovial, Sorento, Shina e Kiki estavam prestes a serem finalizados, mas o tridente de Poseidon surge diante deles e os teletransporta para fora dali.
- Hahaha… Poseidon é tão gentil. Isso foi uma grande surpresa. Ele apenas prolongou a vida daqueles seres inferiores por mais algumas horas. - joga uma longa mecha de cabelo para trás enquanto sorri satisfeita - Eu me pergunto se Poseidon ainda é tão bonito quanto ouvi falar. - diz para si mesma ao lamber os próprios lábios.
Depois da breve visita ao Templo de Nêmesis, Sorento, juntamente com Shina e Kiki, estavam diante de Julian no alto do rochedo do Cabo Sunion mais uma vez. Sorento ficou emocionado por estar diante de sua divindade novamente, mas se sentiu receoso pela nova batalha que estava por vir.
Graças aos poderes de Hades, os seis Generais mortos em batalha estavam de volta, e eles, incluindo Sorento, têm suas Escamas restauradas ao receberem a bênção do sangue do Deus dos Mares sobre elas.
- Isso é fantástico! Posso sentir minha Escama mais brilhante e poderosa do que nunca! É uma honra receber tal bênção divina. Muito obrigado, Poseidon-sama! - exclama Sorento ao se sentir reconfortado - Mas… como podem os outros Generais…?
- Deixemos as explicações para depois, Sorento. - Julian pondera tranquilo, enquanto ainda de costas, as longas madeixas azuis do belo rapaz esvoaçam devido ao forte vento que soprava, ao que Isaak mira de soslaio a figura de uma pessoa nada bem-vinda junto à elite do Imperador dos Mares.
- Mas o que esse verme dos infernos está fazendo aqui? - aponta ferinamente para Kanon, que sentado em um canto, não esboça nenhuma reação.
- Deixe disso, Isaak. - Kasa franze o cenho - Eu também estou muito puto com esse merda do Kanon por ter enganado a todos nós e agora estar aqui ao nosso lado. Por culpa dele, nós morremos por nada, e agora que voltamos, ainda teremos que trabalhar. Isso é muito irritante, sabia? - resmunga entediado.
- A gente soube de tudo lá no submundo. Estamos sabendo de toda a sujeira que você aprontou, seu lixo. Como tem coragem de mostrar essa sua cara nojenta diante do nosso Imperador? - Io esbraveja possesso, voltando seu olhar para o General de madeixas lilases. E você, Sorento? Como pode estar tão calmo?
- Me desculpem por isso. É bem verdade que eu descobri que o desgraçado do Kanon era o verdadeiro responsável pela guerra santa anterior, mas quando tive certeza disso já era muito tarde, pois todos vocês já haviam morrido. Me senti péssimo por não ter podido fazer nada a respeito antes, mas no meio de uma guerra... - baixa o olhar entristecido, e prossegue - Só que vocês também devem ter visto do submundo que eu só não matei o maldito porque o Cavaleiro de Bronze de Fênix impediu, e depois me dei conta de que nem valia mais a pena sujar as mãos com aquele traste.
- Vendo por este lado, você tem razão. - Bian diz olhando em direção a Kanon - Mas se esse rato se atrever a fazer qualquer movimento suspeito, dessa vez eu juro que vou soprá-lo daqui como uma mosca de volta para o colo de Hades.
- Junto com a minha Aurora Boreal. - completou Isaak.
- Certo, não temos tempo para perder com conflitos inúteis entre nós mesmos. - Julian se manifesta, se aproximando de seus Generais - Acreditem que Kanon já pagou pelos seus erros durante o curto período em que serviu à Atena no conflito contra Hades que terminou a pouco. Ele não terá coragem de nos trair pela segunda vez, posso garantir. - conclui seu raciocínio com um meio sorriso, gesto este que Sorento entende e sorri de igual maneira - Só temos dez horas até que a chuva de meteoros atinja a Terra. Eu ficarei aqui por um tempo para converter o oceano em uma gigantesca barreira e para fortalecer o meu cosmo, mas irei em seguida para derrotarmos Nêmesis juntos.
Os sete corajosos guerreiros concordam em conjunto e partem em direção ao Templo de Nêmesis. Krishna fica no caminho para lutar contra uma "cópia do Seiya", enquanto o grupo de seis de repente se vê dividido em dois grupos de três sem que percebam, enquanto Sorento, Io e Baian voam pela cidade deserta, sem entender o motivo daquilo, até que percebem estarem andando em círculos ao descerem em uma praça.
De repente, o trio é engolido por uma espécie de escuridão, como se estivessem presos em outra dimensão. Ao combinarem suas técnicas, Sorento se liberta com os amigos com a música de sua flauta, apenas para serem interceptados por uma bela garota tocando uma harpa, revelando ser uma dos Espíritos de Nêmesis.
- Mas que agradável surpresa! Quem imaginaria que a responsável por essa gentil armadilha seria justamente uma linda jovenzinha? - Io dispara sem filtros, observando a mulher a sua frente sem nenhum pudor - E parece ser a sua versão feminina, Sorento. - provoca, sem conseguir ignorar o fato da jovem tocar um instrumento e possuir longos cabelos quase na mesma tonalidade que os cabelos de seu companheiro de equipe.
- Não temos tempo a perder com essas observações sem sentido. Podem deixar que eu vou soprar essa garota daqui rapidinho. - dá um passo à frente, já preparando-se para atacar.
- Espere, Baian. Io tem razão no que disse. Vocês dois devem seguir em frente enquanto eu fico para combater o inimigo.
- Mas, Sorento, tem certeza? - o de cabelos rosados questiona um tanto preocupado.
- Certamente eu sou o mais adequado para enfrentá-la. Vocês devem se apressar agora.
Io e Baian acabam concordando, enquanto a bela Espírito observa os rapazes indo para longe com um belo sorriso no rosto.
- É mesmo? Então você se acha o mais adequado? Logo irá perceber o seu erro, garoto. - sorri sarcástica - Teria sido muito melhor se não tivesse mandado seus amiguinhos embora, pois assim teria a oportunidade de viver uns momentos a mais antes de todos irem juntos para o outro mundo. - completa com mais um sorriso.
- Vejo que tem bastante confiança. Eu sou Sorento de Sirene, um dos sete Generais Marinas de sua majestade, o Imperador Poseidon.
- Meu nome é Terpsicore de Música, um dos Espíritos do exército da Deusa Nêmesis. Prazer, garoto.
Por breves instantes, a mulher, dona de belos atributos físicos e corpo curvilíneo, observa seu rival atentamente em um misto de admiração e curiosidade. Ele tinha uma aparência delicada e um rosto muito bonito. O que mais lhe chamou a atenção foram os olhos do General em um tom rosado e formato arredondado, uma característica única que o tornava bastante distinto de seus companheiros.
Sem muita demora, as técnicas musicais de ambos começam a se chocar, e pareciam estar equilibradas em uma perfeita harmonia, até que Sorento percebe ter suas pernas presas por espinhos que brotavam do chão, resultantes da técnica de sua habilidosa oponente e a música de sua harpa.
- Reconheço isso. A melodia da Sirene lendária que encantava todo aquele que a ouvia para assim devorá-los. Mas isso não irá funcionar comigo, garoto.
Após mais alguns instantes de duelo musical, o General se surpreende ainda mais ao ser atingido de repente pela Tempestade Nebulosa de Shun, e antes que perdesse, se encontrava caído no chão com grande parte de sua Escama recém restaurada em pedaços.
- Mas o que…? Esse ataque de agora… Como é possível que uma mera ilusão possa causar tamanho dano? O que está acontecendo aqui? - indaga atordoado, enquanto tenta se levantar.
- É simples, meu caro General. A música de minha harpa tem o poder de personificar o humano que está no fundo do seu coração. Em outras palavras, você está sendo atacado pela sua própria mente, e será derrotado por você mesmo, compreende?
- Compreendo… mas mesmo assim, não tem como eu ser detido em um lugar como este. - rebate determinado, enquanto se levanta - Não quando eu fui o único a sobreviver na batalha anterior, e não posso suportar a culpa por isso. Sendo assim, preciso afinar meus ouvidos e fortalecer meu coração, para que o temor da morte seja dissipado da minha mente de uma vez por todas!
Tocando sua flauta com maestria, Sorento por fim neutraliza a melodia de Terpsicore, que, ao ver sua técnica ser sobrepujada pelo General, utiliza sua Sonata Fantasma Final, para assim, levar ela mesma e Sorento para um temível mundo do vazio, onde apenas havia a mais profunda escuridão…
Continua…
Notas finais - Bem, pessoal, este foi o primeiro capítulo. Quem já está acostumado a ler minhas histórias sabe que eu costumo escrever capítulos longos com quatro ou cinco mil palavras, e às vezes até maiores do que isso, mas agora vou mudar um pouco este padrão para capítulos menores, a fim de facilitar tanto para mim, que vou fechar pontos da trama mais facilmente, quanto para o leitor apreciar capítulos menores e mais dinâmicos. Gostaria de pedir desculpas se esse começo ficou praticamente igual ao mangá, apenas mudei um ou outro detalhe, (como Poseidon se libertando sozinho do selo), mas pelo menos até a luta do Sorento vou precisar ser mais fiel ao mangá. Mais adiante na história dará para entender porque eu precisei iniciar a fic exatamente como no mangá, mas no próximo capítulo já haverá diferenças maiores. Esse começo baseado no mangá será um prólogo de cinco capítulos. Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo. ^^
