Olá, sejam bem-vindos! Esta é a minha primeira fanfic da saga Harry Potter. O enredo obedece ao cânon até o sétimo livro, com exceção da cena final do epílogo.
Ah, e como disse no aviso legal, postarei essa estória também nos sites Nyah Fanfiction, Anime Spirit, Wattpad, Inkispired e AO3 nesse mesmo perfil.
Em todo capítulo abrirei com um trecho de uma música e colocarei o link da playlist no meu perfil. Lá estará com o título da fanfic e, à medida que eu acrescentar novos capítulos, vou acrescentar novos vídeos das músicas correspondentes. A maioria será de canções em língua inglesa, mas haverá também nacionais e de outros idiomas, como esta primeira em alemão.
Tem outras coisas importantes a acrescentar, mas direi nas notas finais.
Dito isso, boa leitura!
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Parte 1 Aquela que se vai - Capítulo 1 Um chamado de Azkaban
Na força do espaço e do tempo
Caindo no espaço e no tempo
Reconhecimento Infinito
Rumo ao infinito
Voe Motten na Luz
As mariposas voam para a luz
Muito como você e eu
Assim como você e eu
Irgendwie fängt irgendwann (Desejo Irregular)
O futuro começa em algum lugar
Irgendwo die Zukunft an (Irgendwo die Zukunft an)
Em algum momento
Eu não quero mais tempo
Não vou esperar muito tempo
( Irgendwie, irgendwo, irgendwann , "De alguma forma, em algum lugar, em algum momento", Nena )
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Hermione Granger caminhava por um corredor cheio de pequenas estantes num local na Sala do Tempo quando viu de relançar um bebê. Ela se deteve ao lado de uma estante onde havia várias peças de montagem para protótipos de novos Vira-Tempos e sustou a respiração. Recuou três passos e sua cabeça convergiu para a direita. E sim, havia um bebê sentado no chão rindo e balançando um chocalho; ela não estava sonhando e nem alucinando.
Poderia ser considerado um evento qualquer, dado o local onde a bruxa trabalhava. Ali era o Departamento de Mistérios, onde aconteciam várias características peculiares, muitos dos quais alguns de seus colegas se relacionavam; ela própria havia visto um ou outro (mais do que o vislumbre em seu quinto ano quando foi ali junto com Harry, Luna, Gina e Neville "salvarem" Sirius Black). Porém, definitivamente ter um bebê ali sentado entre as prateleiras de peças de Vira-Tempo não era um fenômeno comum para aquele local.
Hermione estreitou os olhos castanhos, tentando desvendar o motivo da criança estar ali. Seria o bebê de algum funcionário? Mas deixá-lo ali abandonado? Muito estranho. O bebê vibrava ao vê-la e esticou os braços roliços e brancos para ela, como se esperasse que o carregasse. Ela quase se sentiu tentada a se aproximar e pegá-lo.
-Hermione! - um colega a chamou
Granger olhou para a direção da bruxa que vinha pelo mesmo corredor por onde esteve caminhando, mas voltou seu olhar para o bebê. Recuperado. Ele havia desaparecido!
-Hermione? - uma bruxa loira de rabo-de-cavalo se mudou e postou-se ao seu lado – Você está bem?
- Er… eu… tinha um bebê… - olhou para a mulher que franziu o cenho. – Sara, você não vai acreditar em mim, mas acabei de ver um bebê ali sentado no chão! – indicado para o local – Mas foi só você me chamar e ele sumiu. Juro!
- Ah! Não precisa jurar, não. A essa altura você deveria estar acostumado com as coisas que a gente vê aqui.
- Mas um bebê?
- Vá lá saber. Talvez nem seja da nossa sala, deve ser algum experimento de uma das outras e veio parar aqui. Relaxa, amiga. - fez um gesto indiferente com a mão, porém, Hermione não parecia convencida – Olha só. A Sra. Davies mandou avisar que o Ministro solicite sua presença no escritório dele com urgência.
- A mim? Para quê?
- Eu vou saber? A não ser que você aprontou mais alguma – Sara emulou um sorriso malicioso e balançou o dedo em riste para ela – Andou saindo com dois funcionários do alto escalonamento ao mesmo tempo, Senhorita Granger? - riu e Hermione emulou um sorriso solicitado – Porque se foi isso…
- Obrigada, Sara. Vou lá falar com ele – deu-lhe as costas e saiu com passos apressados
- Me conta depois o que é.
Hermione não respondeu. Sara Castle era uma colega eficiente e até uma boa companhia para uma conversa; infelizmente, não tinha nenhum tato e a língua era um pouco grande demais.
Suspirou. Não foi culpa dela, afinal, e sim da maldita história que havia saído nos jornais há oito meses. Por culpa de Rita Skeeter.
A vaca ,pensou.
Adentrou a câmara principal da sala sempre preenchida pela luz brilhante do vidro de cristal e decorada com diferentes relógios de tamanhos variados em suas paredes e nas escrivaninhas espalhadas; saiu do espaço, abriu e fechou as portas das outras câmaras do Departamento para chegar na saída. Fazia quase dois anos que trabalhou ali como um Inominável assim que se formou em Hogwarts com ótimos NI (Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia). Aquele lugar a fascinava: seu próprio trabalho na Sala do Tempo a instigava. Era responsável junto com Sara e mais dois colegas em criar e testar novos Vira-Tempos, restritos a apenas cinco horas, como o que ela havia usado em seu Terceiro Ano. Como os dispositivos anteriores foram destruídos naquele ano em que seus colegas e ela foram atraídos numa emboscada para o local, havia a necessidade de novos. O princípio de criação era um tanto complexo e demorado, pois envolvia vários conceitos sobre o tempo, feitiços e testes; depois de feito um, era uma vitória. Mesmo assim, só consegui criar dez desde que ela começou seu trabalho e a meta era, de no mínimo, quarenta em cinco anos; na verdade, foi quando entrou que foi dado a ela e aos seus companheiros a realização desse projeto. Claro que fazia outros trabalhos na Sala do Tempo quando preciso, mas aquela era sua função principal.
Além de sua sala, ela poderia circular por outras, já que não interferisse na concentração de demais inomináveis em seus respectivos projetos. Não havia problema em descobrir algum segredo, pois não poderia divulgar, já que havia feito um Voto Perpétuo ao assinar seu contrato de trabalho com sua chefe direta, Alice Davies. coordenadora da Sala do Tempo. Hermione sempre chegava mais cedo ao Departamento para visitar uma sala diferente por, pelo menos, meia hora, para explorar os diversos segredos e mistérios que lá havia ou eram descobertos; sente-se como o mesmo estudante que havia sido em Hogwarts.
O único local em particular que sequer chegava perto da porta era a sala do Véu. Foi onde Sirius Black terminou sua curta vida injustamente por culpa de Belatrix Lestrange. Ela sentiu um aperto no peito ao se lembrar do Maroto toda vez que entrou no Departamento, mas logo a lembrança do bruxo e aquele pesar se desvaneciam. Porém, naquela manhã, foram mais contundentes do que o habitual.
Assim que encontrou a saída, Hermione vagou pelo longo corredor iluminado pelos archotes até chegar no elevador vazio. Ela abriu o botão até chegar no átrio do Ministério com sua fonte de água com novas estátuas, quase as mesmas da primeira vez que esteve no local. Agora em posições diferentes: um bruxo e uma bruxa em lados opostos de mãos dadas com um centauro, um duende e um elfo. Houve quem protestasse com aquela disposição, porém, Quim Shacklebolt se fez de surdo, após ser eleito. Vários bruxos circularam pelo saguão – funcionários e visitantes –, alguns acenaram para Granger que atravessou o local até chegar em outro elevador que já comportava cinco ocupantes. À medida que subia, entravam e saíam outras pessoas e memorandos em formatos de aviões de papel. Por fim, Hermione, chegou no andar do gabinete do Ministro.
Ao sair pelo corredor, a bruxa viu Ron Weasley do lado oposto. O jovem ruivo se deteve por breves segundos ao também vê-la, mas a ignorou ao passar por ela. Granger também parou, mas não para chamá-lo; foi mais para suspirar. Só Merlim sabia quando voltariam a ser amigos de novo, se voltassem; não poderia culpar se não quisesse mais.
A bruxa retomou seu caminho e bateu na sala de Quim; depois de alguns segundos, a porta foi aberta.
- Ah, senhorita Granger, o Ministro a espera – anunciou a secretária, uma mulher de meia-idade de cabelos grisalhos presos num coque no alto da cabeça e de óculos – Queira passar, por favor.
- Obrigada. - respondeu Hermione e resposta à funcionária.
- Ministro, a senhorita Granger.
- Obrigado, Ellen – respondeu Quim
A mulher assentiu e os deixaram. Porém, não estavam sozinhos: Harry Potter e Neville Longbottom também se encontraram no escritório. Ambos estavam com seus uniformes marrons de auroras e nem lembravam fisicamente aqueles garotos que ela havia conhecido em seu primeiro ano. O primeiro com sua costureira cicatrizante na testa, mas com um corpo alto e robusto, não era mais um menino magricela; o segundo, agora um rapaz esbelto que havia deixado as gordurinhas de sua infância e pré-adolescência. Ambos a cumprimentaram com sorrisos e saudações, embora Hermione notasse uma sombra de preocupação nos olhos verdes de Harry.
- Quer sentar, Hermione?
- Não, obrigada, Ministro. - ficou de pé assim como estavam Quim, Harry e Neville. Também decidi café e água que estavam numa bandeja em cima da mesa dele – Er... mandou-me chamar?
Hermione estava em sua função atual no Departamento de Mistérios a pedido do próprio Shacklebolt. Ao se formar, seu foco era no Departamento de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas quando invejou uma carta de solicitação de entrevista e admissão para o Ministério. Ainda queria ajudar os elfos domésticos, embora estivesse mais consciente e maduro de que os libertá-los não era o modo pelo qual eles desejariam ser ajudados – pelo menos se não houvesse algum como Dobby. Porém, queria, pelo menos, melhorar as condições de trabalho deles e punir os bruxos que os explorassem. Também pretendi criar leis que beneficiem outras criaturas e seres, como lobisomens, por exemplo. Remo Lupin, seu falecido ex-professor, era sua motivação para esse fim.
Contudo, Quim lhe chamou para entrevistá-la pessoalmente e solicitou que ela estivesse trabalhando no Departamento de Mistérios por um período de dois anos. E explicou-lhe que foi o próprio Chefe do sector, Charlie Clock, que havia pedido a ele, em troca de apoiar a sua candidatura como ministro nas próximas eleições. Charlie buscaria convencer os bruxos influentes da Comunidade Bruxa a elegerem Shacklebolt, já que, na ocasião, ele estava apenas com uma carga interino, em substituições de Pio Thicknesse, outra vítima da Maldição Imperius durante o curto domínio de Lord Voldemort.
O Ministro explicou que a solicitação de Clock devia sim às excelentes qualificações dela obtida no NI, mas, permitiu que, principalmente, por Granger fosse uma heroína de guerra, junto com Ron e o famoso Harry Potter. Porém, não era tanto pela fama em si, mas pelas habilidades e capacidade que certamente ela teria a oferecer ao Departamento.
Quim garantiu também que, depois desse período, Hermione teria sua vaga garantida no Departamento de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas ou, se gostasse, poderia continuar no setor dos Mistérios. Declarou também que se uma bruxa não queria, ele não levaria para o lado pessoal, mas pediu que, pelo menos, ela trabalhasse por um mês no lugar como um período de experiência e, caso não gostasse, tanto ele como o Chefe do Departamento dariam como cumprido. Acrescentou que Hermione não precisava responder naquele momento, que lhe daria uns dias para pensar.
Granger até hesitou um pouco, porém, aceitou a proposta. Em parte, para ajudar Shacklebolt, que em um ano e meio já houve progressos alcançados no Ministério. Ele aboliu alguns leis que favoreciam apenas sangue bruxos-puros e passaram a dar mais espaço para os nascidos trouxas como ela; ele retirou os dementadores da prisão de Azkaban, já que essas criaturas se mostraram traiçoeiras e a favor de Voldemort; e invejoso para a prisão os comensais da morte restante. Ah, sim! Foram mandados para lá todos os funcionários que apoiaram leis absurdas naquele ano de terror, como Dolores Umbridge, por exemplo. Quim poderia fazer muito mais se permanecesse no cargo, caso continuasse recebendo apoio para as próximas eleições.
Por outra parte, Granger tinha curiosidade e fascínio em trabalhar em tal local. Em sua entrevista com a ex-professora e atual diretora de Hogwarts, Minerva Mcgonagall, no quinto ano, para decidir que carreira seguiria depois da escola, a aluna havia optado por trabalhar na Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, porém, uma professora havia sugerido que ela pensava também no Serviço dos Mistérios, pois Hermione tinha fome de conhecimento e talento suficientes em feitiços e transfigurações que caracterizavam o perfil de quem trabalhava nesse local.
- Mandei sim – respondeu Quim à pergunta da bruxa e estendeu uma carta aberta para Hermione – Isso é para você, chegou nesta manhã para o chefe do Departamento dos Aurores que achou melhor me consultar. Por medidas de segurança, atuais que abrem e leem por causa da pessoa que a inveja e do lugar, mesmo sendo escrito na presença de um auror. Veio de Azkaban.
- De Azkaban? - Granger pegou uma carta – Quem tem inveja?
- Dolores Umbridge.
- Como? - a bruxa pensou ter escutado mal – A Umbridge? Por quê?
- Também fiquei tão espantado quanto você, Hermione – respondeu Harry
- Leia a carta, por favor, Hermione. Talvez você possa saber o melhor do que nós.
Cara Senhora Granger,
Talvez estranho o motivo de eu estar escrevendo, afinal, ambas sabemos que nunca fomos próximos uma da outra. Mas sinto necessidade de falar. Preciso que você me procure com certa urgência. Tenho uma informação muito útil para lhe dar, mas só posso fornecê-la pessoalmente. É do seu interesse, o que você mais deseja reaver.
PS: Se quiser, pode vir com uma tropa de aurores.
Dolores Umbridge
- E então? - indagou Kingsley quando a bruxa gritou o olhar para ele
- Senhor Ministro, não faço a menor ideia do que essa mulher possa querer falar comigo – Hermione tornou-se um olhar para o papel – E francamente, é muita coragem ela me escrever. - fechado o rosto – Ela tem a cara de pau de dizer que "nunca fomos próximos uma da outra". É um eufemismo para dizer o quanto ela deve me odiar por ser uma nascida trouxa e ser amiga do Harry ainda por cima. Isso sem contar que eu a nível para a Floresta Proibida pra ser atacada pelos centauros!
Harry e Neville riram.
- E sobre a informação que ela diz que possa ser do seu interesse? - tornou-se Quim
- Não faço a menor ideia – afirmou o rosto e balançou a cabeça, mas, de repente seu rosto congelou – A não ser…
- O quê?
- Será que… - ela leu de novo um trecho – "O que você mais deseja reaver." - após a cabeça boquiaberta e olhei para Harry – A única coisa que mais desejo reaver é… é a memória dos meus pais.
Arfou com uma dor no peito. Não era segredo para seus amigos mais próximos, incluindo os membros da Ordem da Fênix, que Hermione precisou modificar a memória dos pais para se esquecerem que tinham uma filha e enviá-los para a Austrália com outros nomes antes de ela partir com Harry e Ron em busca das Horcruxes. Infelizmente, ela não teve sucesso em reverter os feitiços.
- Você acha mesmo que pode ser isso, Hermione? - Potter se mudou
- Eu… não sei… mas como ela poderia saber…? - olhou para os três – Será que alguém da Ordem…?
- Claro que não, Hermione. - retrucou Shacklebolt – Nenhum membro espalhou segredos um do outro.
-E foi Rita Skeeter? - sugeriu Neville – Ela pode ter escutado alguma conversa sua com alguém sobre seus pais.
- E não aproveitar a oportunidade de vender para O Profeta Diário? "Heroína do Trio de Ouro causa a amnésia nos próprios pais." - debochou Granger ao imaginar o título – Não acredito. E por que ela compartilharia essa informação com a Umbridge? De qualquer maneira, ela não conseguiria entrar em Azkaban, não é? Mesmo na sua forma animada.
- Não, os mais poderosos feitiços da prisão a capturariam. - Quim já sabia que Rita Skeeter se transformaria em um besouro, pois ela havia sido registrada no Ministério, pouco depois da derrota de Voldemort, talvez para evitar alguma futura denúncia da própria Hermione ou mesmo de Harry, que desde o final do quarto ano escolar , sabiam do seu segredo de ser uma animação ilegal – Bom, estamos apenas conjecturando se o que a Umbridge tem a dizer é sobre os pais de Hermione. Pode ser outra coisa. O auror que deu pena e papel para ela escrever e me invejou a carta tentou arrancar dela a informação usando a Poção Veritaserum, mas parece que ela é bem resistente aos efeitos. A única coisa que disse é que "seus lábios só vão se abrir para a Senhorita Granger." - o ministrou suspirou cansado – Você não é obrigado a atender o pedido dela. Acho que Umbridge não tem nada a lhe dizer, talvez esteja começando a caducar ou já tenha enlouquecido de vez com tanta maldade planejada e não executada. - tanto os três jovens bruxos como o próprio Ministro riram do comentário. – Se bem que pode ser também que haja algo. – a expressão dele voltou a ficar série – Conheço Umbridge desde minha época de auror quando ela trabalhou aqui. Nunca precisei tratar com ela diretamente graças a Merlin. Mas das coisas que sei sobre ela, é que calculava bem todo e qualquer ação que tomasse – deu de ombros – E nada do que dizia era sem propósito.
- Verdade, Ministro. Lá em Hogwarts vimos esse lado dela.
Tanto Neville quanto Harry acenaram as cabeças em concordância.
- Você é quem decide, Hermione… quer ir vê-la?
- Acho que sim – ponderou a moça – Quer dizer, vê-la não desejo, mas quero saber se ela tem mesmo algo a me dizer que me interessa… e se tem a ver com meus pais.
- Tem certeza, Hermione? - Harry parecia discordar
- O que ela pode me fazer se for apenas uma conversa fiada? Não máximo, me insultar. E a mim não me afeta qualquer ofensa vinda daquela mulher. Quero ir, mesmo que seja para desencargo de consciência.
Potter concorda.
- Então está resolvido. - declarou o ministro – Se quiser, pode ir agora mesmo. Sra. Davies foi autorizada. Harry e Neville vão te acompanhar até a prisão. Eu tinha um pedido para Rony ir junto, mas… ele preferiu que eu designasse outra missão
- Sim, entendo – Hermione desviou os olhos do Ministro um pouco envergonhado e encarou seus amigos que apenas lhe emularam sorrisos constrangidos – Harry e Neville são suficientes… e eu próprio sei me defensor.
- Certo. - ele direcionou a cabeça para os aurores – Rapazes, agora é com vocês.
- Pode deixar, Quim. -declarou Harry
Harry era um dos poucos que tratavam Quim Shacklebolt pelo primeiro nome. Tanto Hermione quanto Neville prefeririam tratá-lo pelo título, pelo menos no local de trabalho, embora ele não fizesse nenhuma questão. As três saídas do escritório do Ministro e caminharam em direção ao corredor enquanto colocavam uma conversa em dia, pois mal tinham tempo de se encontrarem durante uma semana, mesmo trabalhando no Ministério, afinal, suas ocupações estão marcadas muito deles.
- Você vai na nossa festa, não é, Hermione? – disse Neville
- É claro que vai – respondeu Harry – Não tem como ela não ir.
Porém, fitou Hermione com olhar inquiridor.
- Claro que sim, meninos – ela nasceu – Não perderia por nada.
Dali a dois dias, teria um jantar no Largo Grimmauld onde Harry residia para comemorar o aniversário tanto dele quanto de Neville. Era a primeira vez que festejavam juntos e Hermione tinha a leve suspeita de que o estavam fazendo mais por ela do que por si próprio. Embora quisesse se isolar, não queria decepcionar seus amigos. Sufocou um suspiro de resignação.
Quase chegando no final do corredor, depararam-se com Arthur e Percy saindo de um dos elevadores; Hermione enrijeceu. O mais velho dos Weasley cumprimentou os rapazes calorosamente, mas na vez da bruxa, aparentemente-lhe um cumprimento frio; Quanto a Percy, apenas ele fez um meneio com a cabeça, enquanto ostentava uma expressão arrogante. Granger não abaixou a cabeça, mas olhou para a frente e ignorou a tensão que sentiu, entrando rápido no ascensor; ainda bem que não havia mais ninguém ali, fora de seus amigos. Porém, senti uma pontada no coração ao se lembrar de Ron, Jorge e Angelina.
Como você poderia?, comentou-lhe Angelina, Eu admirava você! Achei que fosse minha amiga!
-Hermione, você está bem? - a mão de Harry em seu ombro trazido para o presente.
- Sim, estou. - seu amigo abriu a boca para lhe dizer algo, mas ela o cortou – Vamos de uma vez.
Respirou fundo e ignorou a troca de olhares de seus companheiros. Neville abriu o botão e desceu um nível; saíram do elevador e tomaram o corredor que dobrou para um canto onde ficou o Quartel-General dos Aurores. Atravessaram várias portas até chegarem a outro corredor cheio de cubículos, um destinado a cada funcionário. Antes de atravessarem o local, Hermione escutou chamarem por seu nome. Ela se virou e viu Sara Castle correndo em sua direção.
- Só um momento – pediu aos amigos e voltou-se para um colega com expressão severa. Esperava que não fosse pelo motivo banal de querer saber o que havia se passado no escritório do Ministro – O que foi, Sara?
- Nossa, quase não te alcanço... – a bruxa colocou a mão no peito para recuperar o fôlego – Fui lá no Ministro, mas me disseram que você tinha acabado de sair e veio para cá. Tome – estendeu um Vira-Tempo para Hermione depois de puxá-la para longe dos cubículos onde ficaram parados Harry e Neville – Mrs. Taylor te mandou entregar um pedido ao Chefe do Departamento.
- Relógio Charlie?
- Você conhece algum outro Chefe do Departamento? - Sara fez cara de paisagem
- Não é isso, Sara – Granger revirou os olhos – É que não seria mais lógico Mrs. Davies me entregar um Vira-tempo? É ela quem nos direciona esse serviço - sugerido para um colega – E um Vira-Tempo fora do Departamento? A própria Sra. Davies me dispensou para resolver um assunto. Não pode ficar para amanhã?
- Não me faça perguntas difíceis, só estou cumprindo ordens. - Sara fez um gesto de mãos como de quem se eximia da situação – Parece que vão te enviar instruções para sua casa mais tarde por uma coruja. É tudo que o assistente dele me disse. E para onde você vai? - Hermione se manteve calada. Sara fez bico – Está bem, Senhorita Segredo, não me conte. Mas pegue esse negócio de uma vez.
Hermione recebeu o dispositivo e analisou-o por instantes. Aquele Vira-Tempo parecia diferente dos que estavam trabalhando, por ser um pouco maior e ter três ampulhetas ao centro. Porém, resolvi analisá-lo melhor quando chegasse em casa, pois seus companheiros o aguardariam. Pendurou o aparelho no pescoço escondido por dentro das vestes.
- Pra onde você vai? É alguma missão secreta? – Sara olhou por cima do ombro de Hermione vendo seus amigos – Puxa, se você vai com Harry Potter e Neville Longbottom, é porque…
- Obrigada, Sara. - Hermione forçou um sorriso – Tchau.
Deu as costas para o outro Inominável e silencioso com os amigos para o restante do Departamento. Castle ficou irritado e tão perdido em seus murmúrios de recriminação contra Hermione, que, ao sair do lugar, não reparou em um bruxo oculto nas sombras do corredor do andar. Ele a observou por instantes e, em seguida, olhou os olhos para o quartel. Emulou um sorriso.
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Alguns avisos:
1) Essa primeira música será como um tema principal da estória. Eu coloquei outras partes da letra em mais três capítulos no decorrer da trama.
2) Uma fanfic terá vários capítulos. Mas fiz um planejamento e resumo do que vai ter em cada capítulo, então sim, já sei como pretendo revelar e encerrar a história.
3) Estou com dez capítulos adiantados, por isso, postarei dois por semana, sempre às segundas e às quintas (de manhã ou à noite). Não prometo que você mantenha essa frequência, mas pelo menos uma semana eu garanto.
4) Por último, terá sim cenas de sexo bem desenvolvidas, mas farei da forma mais envolvente e terna possível. Só que não espere que seja logo de cara, vai demorar um pouco para que isso aconteça. Mas prometo que a espera será compensada.
Enfim, espero que sejam animadas para ler. Comentem, por gentileza!
Até a próxima!
