Bom, posso ter queimado aquelas pastas, mas ainda quero saber se aquela hipótese está correta. Quero saber se as imperdoáveis podem ser usadas para a medicina e se for, apenas esconderei essas informações do mundo.

E preciso de uma pessoa para usar Crucius em mim, e sei que a pessoa não usará de boa vontade, ainda mais que esse feitiço ainda não existe e outra, isso pode assustar a pessoa. Então, usarei Imperius e a pessoa irá virar um bom cachorrinho.

Também preciso testar o meu sangue de várias formas, preciso saber se futuramente ele poderá me matar e se posso mudar sua cor.

Imagina se me machucar enquanto estiver naquele futuro? O que irei falar sobre o sangue negro do meu corpo?

E por último, mas não menos importante, preciso de alguns bruxos para testar esse novo feitiço da Horcrux e preciso confirmar que nada vai dar errado se o little lord se apaixonar e quiser fazer esse feitiço.

Ah, quase me esqueci, preciso testar o feitiço que fiz para o meu vira-tempo, e talvez deva ter mais um vira-tempo, para não acontecer mais um imprevisto como esse.

E tinha o Grindelwald, o que faria com ele? Bom, talvez apenas deixe ele me encontrar, acho que poderemos ter uma bela conversa e será algo encantador.

Preciso fazer muitos experimentos, mas não posso fazer nada agora. Então o que farei?

Talvez deva procurar aquelas criaturas, mesmo não sendo o ano certo, eles podem me ajudar a conseguir um presente de despedida e tenho coisas que podem interessar aquelas criaturas.

Então é isso, vou atrás daquelas criaturas e só precisava saber onde elas ficavam. Não tenho nada falando sobre isso.

Talvez tenha um feitiço de localização em algum livro. Esperava que sim.

Vou em direção das estantes e começo a ler os títulos, não queria chamar a Melissa e provavelmente não iria aparecer. Então tinha que ler título por título para achar sobre feitiços de localização.

E depois de alguns minutos, acabo achando na quinta estante. Pego o livro que tinha um título amarelado e era exatamente isso que queria. O livro se chamava "localização forçada".

Abro o livro e começo a ler o sumário

Localizar locais... pág.39

Passo as páginas rapidamente e leio sobre o pequeno feitiço e ele era bastante fácil, só deveria estar longe de barreiras e idealizar sobre o local que queria ir em apenas uma palavra. Fácil.

Eu acho, espero que os duendes fiquem apenas em um lugar, porque senão, irei parar no lugar errado.

Mas o mais interessante é que a barreira já foi criada, mas não era usada.

E falando em barreiras, deveria fazer algumas em Hogwarts. Precisava conversar com os outros sobre isso e explicar o quão importante eram as barreiras, talvez nem precise explicar, talvez já saibam sobre elas. Mas agora estava com pressa.

Fecho o livro e o coloco no lugar, saindo da sala por uma passagem. Arrumo novamente a bolsa no meu corpo e continuo a minha caminhada para sair do castelo.

Mesmo o castelo não tendo barreira ainda, não queria fazer o feitiço aqui dentro.

Sim, sou estranha e contraditória, falei que só iria prejudicar pessoas que fizeram algo ou se opõe a mim. Mas agora, não verei mais isso, qualquer pessoa pode ser usável, podem ser úteis, ou mortas.

Minhas palavras no passado morreram e outras foram colocadas no lugar. Apenas espero não me arrepender disso depois.

Do nada uma passagem se abriu na esquerda e uma pessoa saiu dela, me fazendo ficar surpresa.

_ Aonde vai?

_ Merlim, Salazar, um dia você vai me matar do coração. - Dei batidinhas no meu peito.

_ Não fiz por mal, só queria vê-la. - Olhou para o lado coçando a bochecha. _ Mas você não me respondeu.

_ Verei o terreno em Hollow. - Não diria para ele sobre os duendes. _ Já que o senhor se esqueceu de me levar.

_ Não esqueci, apenas não achei um dia adequado para te levar naquele lugar.

_ Sei.

_ E prometi a você em levá-la para comprar um terreno...

_ E de construir minha casa. - Sorriu concordando. _ Mas não quero a sua companhia. - Franziu os lábios.

_ Por que não posso lhe acompanhar? - Franzi a testa.

_ Você é bipolar? Uma hora me odeia e outra hora está...

_ Já disse, prefiro seguir em um sonho.

_ Salazar, você não pode ficar nesse sonho para sempre. - Ficou irritado.

_ E o que você quer que eu faça? Te esqueça? Impossível. - Fico surpresa. _ Queria que você ficasse, mas você não vai e respeito isso...

_ Não, não respeita. - Veio até mim.

_ Não respeito? - Segurou meus ombros. _ Se não respeitasse, iria tirar suas memórias para você nunca se lembrar da ideia de voltar, mas não faço isso porque gosto de você assim; implicante, rabugenta e toda dona de si.

_ Você ainda tem tempo, você não me ama, você me disse que apenas gosta de mim...

_ Eu a amo. - Seus olhos estavam tristes. _ Amo tanto que dói, queria ter uma família com você, queria viver até os meus últimos segundos de vida com você, queria conhecer o mundo com você e queria sempre ter oportunidade de te tocar. Leesa, você é a coisa mais perfeita desse mundo e amo tanto você.

_ Você ama algo que você idealizou de mim, isso não é real.

_ Não, realmente a amo e posso ter sido um idiota por pensar que você não seria daquele jeito, mas mesmo você sendo assim, você é sensacional. Queria que você ficasse. - Me abraçou. _ Queria ser o suficiente para você, só queria você.

_ Salazar... - Alisei seus cabelos.

_ Você é absurdamente perfeita, Leesa. É a coisa mais bela que já vi em toda a minha vida e até as estrelas deveriam se curvar perante a sua magnitude. Você deveria ter o mundo. - Fungou e sinto suas lágrimas na minha pele. _ Desculpe.

_ Está tudo bem. - O abracei.

_ Queria poder realizar tudo que você deseja e já desejou, mas não sou capaz disso, me perdoe.

_ Não tem como você realizar os meus sonhos, Salazar.

_ Queria. - Continuou me abraçando. _ Quando você se for, me casarei, já conversei com a Morgana. - Desgrudou-se de mim e me olhou. _ Seja feliz, sim?

_ Mas você não será...

_ Está tudo bem, pelo menos um de nós poderá ser feliz e estou tão feliz por ser você e não eu. Já fui tão egoísta nesta vida, já passei a perna em tantas pessoas, mas nunca machucaria você, nunca privaria do mundo e nunca, em hipótese nenhuma, a trancaria em uma torre para apenas ter você. - Alisei seu rosto e tento secar suas lágrimas.

_ Amar não precisa doer, Salazar.

_ Mas não dói, o amor que sinto por você é algo tão magnífico que só sinto o prazer de ter te conhecido. - Aproximou-se, alisando meus lábios. _ Queria muito beijá-la, queria muito sentir o calor de sua pele... - Beijou minha testa. _ Mas não quero fazer isso sem sua permissão... - Sorriu. _ Onde eu estiver, estarei com você, ok? - Olhei para ele.

_ Existem outras Leesa, poderá existir uma que...

_ Nenhuma delas será você.

_ Mas elas são...

_ Você? - Concordei. _ Não, elas podem se parecer com você, falar como você, mas nunca será você. Amo você e não as outras que existem em alguma realidade, quero você e não outra que pode parecer com você.

_ Você continua egoísta. - Riu secando suas lágrimas. _ Obrigada. - Fiquei na ponta dos pés, beijando sua bochecha. _ Por me amar e me perdoe por não poder correspondê-lo.

_ Está tudo bem. - Sorriu. _ Vamos? Mostrarei o melhor terreno que existe naquele lugar. - Sorri de lado e concordei, o seguindo para a saída da passagem.

_ Acho que Hogwarts poderá abrir as suas portas, não concorda?

_ Esperaremos Godric finalizar o chapéu, depois disso podemos abrir as portas.

_ Godric disse que se eu não fosse embora, ele iria dar o cargo de diretor para mim.

_ Seria uma visão e tanto. - Saímos da passagem e vejo que saímos em um pequeno bosque com alguns passarinhos cantarolando por aí.

Porém, nem mesmo dava para ver o mercado, não devido às árvores, por estar longe.

_ Aqui vai ser alguma coisa, não vai? Por isso que você fez uma passagem aqui.

_ Sim, aqui vai ser uma vila e os alunos poderão vir passear nos finais de semana e se chamará Hogsmeade. - Peguei seu braço e aparatamos, aparecendo em Hollow.

_ Todos poderão ir? - Neguei e olhei em volta, não mudou quase nada.

_ Os alunos do terceiro ao sétimo que poderão ir, antes disso não. - Concordou.

Antes que pudéssemos dar um passo, várias crianças pararam de brincar e nos olharam.

_ Fujam, é ele. - Gritaram e Salazar bufou.

_ Por que eles estão fugindo? - Ainda segurava o seu braço enquanto andávamos.

_ É que em uma das minhas visitas a Godric, transformei um garoto em porco. - Parei de andar e ele também, mas acabei rindo.

_ Um porco? - Ficou me olhando e não consegui parar de rir. _ Ah, não e depois? - Tento me recompor.

_ Falei que levaria o garoto porco para o Godric cozinhar.

_ Você traumatizou crianças, Salazar. - Deu de ombros e continuamos caminhando. _ E quem foi a criança?

_ Um Peverell, eles me odeiam. - Será por quê?

_ Não se preocupe, eles param de te odiar e até mesmo terão filhos com algum descendente seu. - Salazar fez careta.

_ Meu descendente não tem bons olhos, tem tanta gente melhor no mundo.

_ Você tentou transformar o garoto em um porco, você não tem direito nenhum em falar isso. - Ficou chocado. _ E falou que iria cozinhá-lo.

_ Não seria eu.

_ Mas foi você quem falou. - Revirou os olhos. _ Não sei como que compra um terreno aqui, e Godric disse que compraria Hollow...

_ Ele ainda não desistiu da ideia, mas está mais empenhando em finalizar Hogwarts.

_ Você irá morar aqui? - Riu.

_ As pessoas daqui me odeiam, então, não. Não morarei aqui, vou morar na minha antiga casa ou fazer uma melhor.

_ Prefiro a segunda opção. - Concordou

As casas eram exatamente iguais de 1981, acho que só mudou que nessa época ainda eram casas modernas e de classe alta. Paro de andar e vejo a casa que a titia futuramente moraria.

_ Minha tia vai morar aqui. - Falo me recordando de alguns momentos. _ Ela era divertida e me ensinou muitas coisas, espero reencontrá-la.

_ Por isso que você quer um terreno aqui?

_ Não, só quero uma coisa para chamar de meu, mesmo tendo uma mansão quando me for, mas, não é meu e sim, dos meus parentes.

_ Você vai morar aqui? - Ri dessa pergunta e neguei.

_ Já disse, tenho sentimentos mistos por esse lugar, só quero mesmo um pedaço de terra e pedir alguém para construir uma boa casa para mim. Mas não morarei aqui, posso vir visitar, mas morar é algo que nunca farei.

_ Por que não compra uma casa em vez de um terreno?

_ Poderei demolir a casa para construir uma melhor? Quero dizer, para você construir uma casa melhor.

_ Pode. - Disse rindo.

_ Então procuraremos casas. - Concordou e começamos a observar algumas casas que estavam desocupadas.

_ Senhor Slytherin. - Olhamos para o lado, vendo um senhor de barba média e parecia em decomposição.

_ Senhor Peverell. - Ah, não, tinha que ser logo um Peverell. Não posso rir. _ Como que está o porquinho... Quero dizer, o seu filho? - Salazar! Não posso rir.

_ Está bem, dentro do possível. - Disse com raiva e me observou. _ Pensei que sua noiva fosse a senhorita Le Fay.

_ Só estou ajudando minha amiga a comprar uma casa. - Sorriu para o homem. _ Continuo noiva da Morgana.

_ Que bom, felicidades ao casal, se me dão licença, tenho que ir. - Espero ele ficar alguns metros de distância e começo a rir.

_ Você chamando o filho dele de porquinho. - Não conseguia parar de rir e Salazar me acompanhou na risada. _ Você é tão mal, Salazar.

_ Tento o meu melhor, vamos? - Concordei. _ Você quer uma casa espaçosa ou...

_ Tanto faz, vou acabar destruindo-a no final. - Dou de ombros e vejo a casa dos Potter.

_ É aí que mora os Peverell. - Fez uma careta. _ Poderia pegar fogo com todos dentro.

_ Tão extremo. - Continuamos andando. _ Aqui se chamará Godric's Hollow. - Salazar me olhou surpreso. _ Acho que essa está perfeita. - Apontei para uma casa e ela é maior que dá titia e dos Peverell.

_ Sim, ela é perfeita, apenas que essa casa é do Godric.

_ Será que ele a vende para mim?

_ Mínima ideia, podemos perguntá-lo. - Discordei.

A casa era de dois andares e o terreno era muito amplo, era um bom lugar.

_ Vamos ver outra, talvez Godric não aceite.

_ Acho que aceitaria.

_ Por que você acha isso?

_ Porque ele pensa que você é da família e não acho que ele irá se importar de dar a casa dele para você. A única coisa que ele pedirá é que depois dele se aposentar, que possa morar na casa. Já que provavelmente ele terá filhos e uma esposa.

_ Mas quero uma casa melhor.

_ Posso pedir que antes dele morar nessa casa novamente, que eu construa outra no lugar. - Concordei.

_ Compartilharemos uma casa? - Salazar franziu a testa. _ Vai ficar velho se continuar franzindo a testa.

_ Já estou velho.

_ Não acho. - O vejo sorrir de lado. _ E se Godric pedir apenas isso, aceitarei. Darei ouro a ele e pedirei alguém para fazer um contrato. Imagina, a casa que comprei tendo outro morador no futuro, que lástima.

_ Já te disse, comprarei essa casa e se quiser, posso comprar outras como um presente de despedida. - Sorri e fiquei na sua frente, me curvando na sua direção.

_ Você pode me dar outra coisa como despedida. - Curvou-se para frente e nossos rostos estavam próximos, seu perfume era muito bom, era sândalo.

_ O que posso lhe dar?

_ A fórmula da droga. - Suspirou e revirou os olhos. _ Ou pode me mostrar onde fica o prostíbulo e o bar.

_ Não. - Chato. _ Comprarei a casa para você e não informarei nada sobre a droga e nem vou te levar para aqueles lugares.

_ Tão chato. - Endireitei a coluna. _ Então aceito o presente.

_ E quero que você me prometa que nunca tentará refazer a droga. - Fiquei o observando e pensando se poderia prometer isso.

_ Ok, prometo. - Mostrei as minhas mãos.

Não preciso de uma droga para fazer as pessoas me obedecerem, mas seria interessante ter a fórmula da droga, porém, nem tudo consigo e estou bem com isso.