Olá Pergaminhos e Nazarins, chegou mais um capítulo da minha fanfic Aquele que Voltou.

O caos toma conta do mundo, e somente a reunião de seres poderosos pode fazer a diferença.

Com vocês

Aquele que Voltou

Capítulo 95: Primeiro Encontro

- TRAGAM MAIS LENHA! - gritou um oficial.

O acampamento de guerra estava movimentado, soldados corriam de um lado ao outro. A noite chegava e a escuridão tomava conta de tudo, esta era uma hora perigosa.

- Tomem posição e reforcem o perímetro, estamos próximos do território inimigo!

- SIM SENHOR CAPITÃO! - responderam os soldados.

Enquanto o humano gritava ordens, uma criatura com três vezes sua altura passava na direção oposta. Parecia um homem de aparência robusta usando peles, seu corpo era marcado com cicatrizes e tatuagens, seus cabelos e barba desgrenhados eram claros. O Gigante do Ar caminhava alheio às pessoas que precisavam saltar de seu caminho para não serem pisadas.

Mais adiante, uma delegação anã parecia deslocada em meio ao movimento intenso.

- Hobruk! O que fazemos aqui?

- Recebemos ordens, Fihu! Devemos ficar aqui.

- Não gosto desse lugar, não tem nada sobre as nossas cabeças, como podem viver assim?!

- Eles são um povo estranho, não conhecem a segurança de um teto de pedra.

- Eles são mesmo guerreiros? Não parecem muito fortes. Olhe ali! Aquilo são guerreiros?! - disse o anão apontando para um grupo de elfos que parecia tão deslocado quanto eles.

Este era um grande exército, com soldados vindos de vários reinos, reunindo-se para enfrentar o avanço das forças inimigas. Humanos, elfos, anões e gigantes; o mal que assolava os reinos era tão grande que obrigava a união de povos tão distintos como o povo elfico.

- Meu senhor. Vossa alteza não deveria se misturar com essas... pessoas.

- Ariel. Isto é uma guerra. Não é hora para frivolida... - as palavras do senhor elfico foram cortadas abruptamente.

O lorde élfico olhou na direção de onde vinha o assobio baixo e infra-sônico que somente alguém de seu povo podia emitir ou ouvir.

- ATAAAAQUE! ESTAMOS SENDO ATACADOS! - gritou ele.

Todos olhavam para o elfo que gritava sem algum aparente motivo. Levaram vários segundos antes que alguém se mexesse, logo os gritos de alerta das linhas de frente finalmente chegavam até eles.

- ATAQUE! ATAQUE! O INIMIGO ESTÁ ATACANDO! - gritavam capitães, tenentes e sargentos por todo o acampamento e pela linha de defesa.

- ESTÃO CHEGANDO! FIQUEM FIRMES! Vai ficar tudo bem. - o sargento falou mais para si mesmo do que para confortar seus soldados antes da onda inimiga os alcançar.

De dentro da floresta emergiu uma infinidade de inimigos, e assim que atingiu a primeira linha de defesa, esta não teve chance, foi varrida como se não houvesse nada ali.

A segunda linha resistiu ao golpe, lanças e escudos se chocaram, as espadas foram desembainhadas, o sangue jorrou como um rio, a terra se tornou lama e os guerreiros lutavam por suas vidas.

Os inimigos eram um exército tão variado quanto os defensores, com seres reptilianos, outros de aparência como chacais ou insetoides, todos emergindo da floresta sem dar sinal de que diminuiriam sua investida.

Essas forças se acumularam nas linhas ao ponto de começarem a passar uns sobre os outros, como se estivessem enlouquecidos.

Os humanos se garantiam pela quantidade, por suas armaduras e armas. Estes ficavam nas linhas de frente junto com o exército anão, que, apesar de menor, tinha a força bruta ao seu favor, além de ter equipamentos melhores. Os elfos estavam mais atrás, usando seus arcos para enfrentar os atacantes voadores e aqueles que conseguiam passar a linha de defesa. Os Gigantes do Ar, apesar de serem poucos, podiam causar grandes estragos. O balançar de seus martelos de batalha em meio aos inimigos abria grandes espaços, mas não podiam se afastar, pois seriam derrubados pela enorme quantidade de oponentes.

Após a queda da segunda linha em alguns pontos, a luta se tornou frenética. Apesar disso, em outros lugares o inimigo recuava, figuras épicas se destacavam ao meio, guerreiros de maior habilidade, força, agilidade ou poder:

Um mago que fazia chover bolas de fogo sobre a linha inimiga, um elfo usando uma espada curva que girava e dançava, enquanto seus oponentes caíam em pedaços, um anão com armadura e armas lendárias, um gigante que fazia o chão tremer com golpes de sua marreta enquanto um guerreiro solitário parecia cercado.

Os inimigos reptilianos se mantinham afastados do alcance da espada que o humano empunhava. A morte parecia certa para aqueles que o desafiavam. Seus feiticeiros não conseguiam derrubá-lo, apenas parecia que o enfraqueciam.

Esse impasse durou até que o general inimigo surgiu, um grande homem-crocodilo, usando estranhas vestes douradas e um machado circular. Em sua testa, um ornamento com uma joia vermelha, cujo brilho refletia no olhar de todo o seu exército.

- Parabéns, humano! Você terá o privilégio de me servir como lanche.

- Me desculpe, mas acho que eu seria indigesto. Por favor, pegue seu povo e vá embora, senão amanhã terei muitos cintos.

- Ha ha ha! O lanche é valente. Darei-te a honra de saber o nome daquele que usará seus ossos para limpar as presas. EU SOU SOBEK! GENERAL DO REI DEMÔNIO! Diga seu nome, humano, antes de eu devorá-lo.

- E eu sou... - um estrondo interrompeu a resposta.

Algo caiu do céu e em meio à nuvem de detritos havia um cavaleiro de armadura brilhante,sob seus pés, o cadáver de Sobek que parecia uma marionete cujos fios fora cortados... e depois pisoteada.

- EI! Amigo! Ele era meu! Sabe como foi difícil atraí-lo até aqui?

O cavaleiro ignorou as lamurias do humano e apenas olhou em volta, então surgiram armas flutuantes ao seu redor. Com um movimento de sua mão, uma delas voou em direção aos inimigos, abrindo uma grande ferida em suas fileiras.

- Ok, depois a gente conversa - o guerreiro falou partindo em seguida na outra direção, agora realmente usando sua verdadeira força para reduzir os atacantes.

Sem seu general controlando as tropas demi-humanas, a moral vacilou e se extinguiu. Logo os inimigos partiram em debandada para a floresta.

Mas o exército vitorioso não tinha tempo para comemorar, precisava se reorganizar para um novo e possível ataque.

Dentro da barraca de comando, um estranho grupo se reunia.

- Obrigado, senhores, pela vossa presença. Eu sou o General Marcus Aurus El-Nix, represento as forças combinadas dos reinos dos homens sob a bandeira de Bararuth. Por favor, se apresentem para que possamos saber com quem falamos.

- Eu sou Abnem Aphor, da casa de Hougan, represento os altos elfos da Grande Floresta de Envasha. - disse o lorde élfico com seu pequeno séquito atrás.

- Foi o senhor que deu o alerta antes mesmo do ataque começar.

- Sim, meus batedores estavam a postos quando foram atacados. Apesar de habilidosos, tiveram pouco tempo para nos alertar.

- Os homens-fera são rápidos e conhecem a floresta tão bem quanto os elfos. Obrigado pela sua presença.

- Eu Olef - disse o gigante agachado na lateral da barraca. - Capitão Guerreiro dos Gigantes do Ar.

- Obrigado por vir, Capitão.

- Eu represento o exército do povo das montanhas Azerlísias. Sou Hobruk GoldHand.

- Obrigado, meu senhor, aprecio o fato de seu povo voltar a interagir conosco depois de tantas décadas.

- Nosso povo preferia o isolamento, mas os exércitos inimigos massacraram muitas cidades nossas antes de conseguirmos empurrá-los para o grande abismo. Se deixarmos essas criaturas prosperarem, tudo morrerá.

- Isso é loucura. Eles não podem querer destruir tudo! Com que objetivo? - questionou uma jovem aventureira.

- Sim, eles podem, e o farão - respondeu o guerreiro solitário.

- Como você sabe disso? E quem é você?

- Eu me chamo Riku Aganéia. E você é...?

- Meu nome é Rigrid, e agora responda a pergunta! Como, você, sabe, o que eles farão?

- Eu... apenas sei. Já lutei contra eles e precisei fugir, não era forte o bastante para enfrentá-los. O objetivo deles é realmente destruir este mundo. Afinal, não se chamam As Divindades do Mal à toa.

- Obrigado, senhor Riku. E quem seria esse cavaleiro que o acompanha?

- Não tenho ideia, Lorde Marcus. Ele literalmente caiu do céu e matou meu oponente. - o guerreiro disse apontando com o polegar e fazendo uma careta.

- Podem me chamar de... Cavaleiro de Platina, represento os Lordes Dragões.

Todos se admiraram com a afirmação, sem dúvida ele não mentia visto pelo poder que parecia emergir dele.

- Os Lordes Dragões, eles se juntarão à luta?! - perguntou o General Marcus.

- Não! Os Lordes Dragões têm seus próprios planos, eles não participarão.

- Então fomos abandonados.

- Não, General Marcus. Eu fui enviado pelo Lorde Dragão Platina e ajudarei nesta luta.

- Agradeço por isso, meu senhor. Eu solicitei que todos viessem aqui a pedido do senhor Riku e do Mago Sagrado.

Um homem mais velho, usando vestes de mago, se adiantou.

- Obrigado, general. Desculpem, eu ainda não me apresentei. Por favor, me chamem de Maximilliam Misfith. Não farei rodeios, por isso vamos direto ao ponto. Como podemos enfrentar as Divindades do mal?! Apesar de poderosos, nunca os vimos pessoalmente, apenas o senhor Riku já os encontrou. Fora isso, sempre são seus exércitos e generais que enfrentamos. Mesmo possuindo poder suficiente para dominar e comandar exércitos, eles se mantêm ocultos, não se expõem.

- Então como os derrotamos? - perguntou o anão.

- Nós os pegaremos um a um - falou Riku. - Eles são muito fortes, porém cautelosos. Apesar de terem o mesmo objetivo, se manterão afastados uns dos outros, não confiam em seus próprios colegas por causa de suas naturezas traiçoeiras.

- Isso mesmo, atacá-los individualmente é a melhor opção. Mas não podemos fazer isso com um exército, seríamos lentos e poderiam nos ver a dezenas de quilômetros. Precisamos de força, velocidade e...

- Discrição - disse uma voz vinda das sombras, cortando a fala do mago.

Quase todos sacaram armas para o estranho recém-chegado.

- Meu nome é Izaniya, e estou aqui a pedido de Riku Aganéia.- disse a pessoa usando trajes ninja.

- Bem-vindo. Achei que não teria recebido minha mensagem.

- Eu cheguei faz dois dias, apenas aguardei os outros.

- É exatamente disso que falava! - disse Maximillian em admiração - Precisamos juntar um grupo de seres poderosos o suficiente, mas em pouca quantidade, para enfrentá-los.

- Mas somente nós não bastaremos, não é mesmo, senhor Aganéia?!

- Não, Lord Abnem, precisamos de mais pessoas. Por isso partirei para tentar localizar o Cavaleiro Negro, além de um amigo. Izaniya virá comigo.

- Existem algumas histórias ruins sobre esse Cavaleiro. - disse Rigrit. - Pensando nisso, eu ouvi sobre uma maga poderosa vivendo próximo do antigo reino de Invéria. Dizem que ela derrotou sozinha o vampiro Landfall. Eu irei para lá.

- Eu irei junto - completou o Cavaleiro de Platina.

- Então eu partirei para Kami Miyako, a cidade dos adoradores dos Seis Deuses. Eles possuem guerreiros e magos poderosos. Os outros devem permanecer aqui, manter os exércitos unidos. Nos encontraremos novamente em alguns meses, todos concordam?

Todos assentiram, Maximilliam parecia ter uma boa estratégia.

- Certo! Então partiremos o quanto antes. Venha, Fluder! Pegue nossas coisas. - disse o mago para a criança que era seu aprendiz.

- Então você ainda lutará contra nós. Que escolha inoportuna. E pelo visto uma nova peça foi colocada neste tabuleiro.

O Rei Demônio, há quase duzentos anos atrás, falava para si mesmo após seu feitiço de observação ter sido destruído com a chegada do Cavaleiro de Platina.

- Não se preocupe, nós cumpriremos aquilo para o que fomos criados, nós destruiremos este mundo... mestre Riku.

...

Nota do Autor

Esta é uma lista foi retirada da Wiki de Overlord, levando em consideração que alguns somente foram mencionados na WebNovel, a informação em asterisco foi adicionada por mim para que funcionasse na fanfic.

Membros conhecidos dos 13 heróis:

Guerreiro Riku Aganéia, *Jogador.

Rigrit Bers Caurau.

Artesão Mágico Anão, *Hobruk GoldHand.

Cavaleiro Negro, *Godkin.

Izaniya, *Godkin.

Capitão Guerreiro dos Gigantes do Ar, *Olef.

Evileye.

Senhor Dragão de Platina, *Cavaleiro de Platina.

Um membro da Família Real dos Altos Elfos, *Abnem Aphor, Godkin.

Dark Cultist.

Espadachim Mágico, possivelmente o amigo de Riku que foi mencionado.

Grande Sacerdote, *Igreja dos Seis Deuses.

Mago Sagrado, *Maximilliam Misftih.

Deidades do Mal: *nível 70

Deus Dragão.

Deus Demônio dos Insetos.

Deus Rei Demônio, *8º nível de magia.

Divanack.

Zy'tl Q'ae, possivelmente um Deus Demônio aprisionado na árvore que se tornou um Trent e depois a Árvore maligna.

...

Ok, se alguém espera que eu vá escrever sobre os 13 Heróis, pode tirar o cavalinho da chuva, só as aventuras deles renderia um livro, e eu não pretendo seguir esse caminho.