15. O Sonho
Edward me deitou na cama e o puxei para cima de mim beijando sua boca, mas segurou minhas mãos e se afastou.
— Espera! — pediu se levantando.
— Onde vai? Vem cá! — fiz um biquinho emburrada.
Eu não o queria longe de mim.
Ele sorriu e se virou, caminhou até a janela e fechou a cortina, o quarto ficou todo escuro.
— O que você está fazendo? Abre — pedi querendo enxergá-lo.
— Não, vai que alguém espia a gente? — podia sentir o sorriso em sua voz e sorri também.
— Liga a luz então — ia me levantar, mas senti seu corpo se deitar por cima do meu.
Suas mãos seguraram meu rosto.
— Não, vamos fazer assim, quero só sentir você — voltou a me beijar com força, me empurrando para a cama, sua mão segurando meu pescoço.
Eu retribui ao beijo, puxando seu cabelo. Nosso beijo era tão bom e tinha uma combinação perfeita, aproveitamos ao máximo aquele momento, sem pressa nenhuma. Explorando e decorando cada pedacinho da boca do outro. Suas mãos deslizaram para dentro da minha blusa, tocando minha barriga. Ergui os braços deixando-o tirar aquela peça de roupa.
Eu também puxei sua blusa nervosa. Toquei seu peito nu e quente.
— Liga a luz, quero ver você.
— Não, quando a gente perde um sentido, o outro fica mais intenso, você não percebe isso?
Suas mãos foram para meu colo e desceram por minha barriga até perto da minha virilha, meu ventre estremeceu. Aquilo era muito bom. Seu toque parecia deixar um rastro de fogo que se espalhava por todo meu corpo.
Minha calça foi a segunda peça a sair assim como sua, estavamos só de roupas íntimas.
— Você é tão linda — sussurrou sua mão deslizando pela lateral do meu corpo, indo e voltando fazendo minha pele arrepiar.
— Você nem tá vendo direito.
— Mas estou sentindo.
E eu concordei, porque apesar de não vê-lo completamente eu podia sentir como ele era lindo. Decidir não insistir mais com a luz, isso me ajudaria a não ficar com vergonha, ainda bem que minha depilação estava em dia.
Edward nos girou na cama e me deixou por cima dele. Gemi ao sentir sua excitação.
Aquilo realmente estava acontecendo! Será que um meteoro atingiria a Terra? Porque parecia surreal. Depois de tanto tentar eu finalmente descobriria como era ser amada daquela forma por alguém.
— Como tira isso? — eu ri dele tentando tirar meu sutiã puxando errado.
Levei minhas mãos para minhas costas e o tirei.
As mãos dele seguraram meus seios e os tocaram, seu polegar roçando em meus mamilos pequenos e eriçados. Ele deu um beijo suave em cada um, como se os comprimentassem.
Terminamos de tirar nossas roupas. Edward se deitou de novo por cima de mim. Sua boca fazendo uma trilha de beijos molhados da minha boca até meus seios.
Ele brincou com sua língua em meus mamilos e eu gemi. Estava excitada como nunca estive. Por que aquilo era tão bom?
Sua mão apertou minha coxa e subiu lentamente. Arfei ao sentir seu dedo me tocar intimamente.
— Isso é bom? Você gosta?
— Sim, não para — pedi desejosa, seu dedo se movimentando dentro de mim.
— Você está tão molhada, Bella.
— Para quem disse que nunca fez isso até que você sabe — ofeguei quando acrescentou outro dedo.
Ele riu voltando sua boca para a minha.
— Posso não saber na prática, mas sei na teoria. Mas se eu fizer algo e não gostar, você me fala imediatamente.
Eu assenti e nos beijamos, eu rebolei involuntariamente em sua mão, mordi seu lábio gemendo.
— Me toca também — pediu.
E eu não esperei um segundo aviso para deslizar minha mão por seu corpo até encontrar o que eu queria. Fiquei ainda mais excitada sentindo seu membro, estava duro e quente, parecendo pulsar de desejo. Era grosso e comprido, mas nada exagerado e nem pequeno demais. Perfeito.
O envolvi com minha mão e o toquei, apertando em minha mão. Nós dois gememos juntos.
— Puta merda! — gemeu.
Eu ri, dessa vez.
— Você gosta?
— Sim.
— Ninguém nunca fez isso em você? — perguntei curiosa.
— Não, mas imaginei muito você fazendo isso.
— Você se masturbava pensando em mim?
— Você nunca fez isso pensando em mim?
Eu beijei seu lábio, porque eu não podia negar, desde que tinha percebido o que estava sentido por ele, eu só conseguia imaginar nós dois fazendo exatamente isso.
Eu movimentei minha mão mais forte, assim como ele movimentou a sua. Me senti à beira do precipício quando seus dedos roçaram meu clitoris.
— Me faça sua, Edward — pedi não aguentando mais.
Eu precisava dele dentro de mim.
— Eu não quero te machucar, se eu não souber…
—Você não vai, eu confio em você.
Ele me beijou de novo enquanto se arrumava entre minhas pernas, senti seu membro roçando em mim em um vai e vem gostoso, mas sem me penetrar.
Nós dois gememos juntos. Se fazer sexo fosse tão bom como aquilo já era…
— Edward, por favor — implorei.
Ele não esperou outro aviso e forçou a entrada para dentro de mim. Eu arfei de dor e prazer, minhas costas se arqueando, mas não foi uma dor terrível como achei que seria.
Eu não podia ver nada, mas eu podia sentir tudo.
Ele se encaixou dentro de mim com perfeição e se movimentou lentamente. Aquilo era muito melhor do que qualquer imaginação minha.
Edward me venerou com seus toques, seus beijos, seus movimentos dentro de mim. Eu podia sentir seu amor, seu carinho e o quanto era especial para ele. Ele estocava dentro de mim, às vezes rápido, às vezes devagar, me levava no céu e de volta à terra.
Eu pude enfim entender porque as pessoas ficavam tão loucas por sexo. Mas não conseguia entender como elas faziam aquilo com qualquer um. Estava sentindo que eu e ele éramos um só.
O prazer cada vez mais se aproximava do ápice.
Sua mão deslizou pelo meu braço e seus dedos se entrelaçaram aos meus.
Aquilo era o que eu sempre quis.
Alguém dizendo que me amava, sem precisar usar palavras. Eu sabia que ele estaria comigo, não importa o que acontecesse, estaríamos sempre juntos. Eu podia sentir isso em cada toque, cada beijo que me dava e a escuridão só deixava nossos toques ainda mais intensos.
O fogo se espalhava por mim inteira e nos consumia. Só existia nós dois no mundo e nada mais importava, além do que sentíamos Suas mãos apertaram as minhas e ele se movimentou mais forte, apertando sua mão na minha e enterrando seu rosto em meu pescoço. Sem conseguir impedir, gritei alto sentindo meu corpo todo tensionar e tremer. Ele também gemeu com força e nos perdemos enquanto chegávamos ao êxtase perfeito.
Ele desabou em cima de mim, soltando minhas mãos e o abracei, acariciando suas costas. Eu poderia morrer naquele momento. Nossas respirações pouco a pouco foram voltando ao normal, ele se mexeu e saiu de dentro de mim, gemi ao sentir um pouco de dor.
— Desculpa, você está bem?
— Não me peça desculpas por esse momento perfeito.
Edward se deitou ao meu lado e me puxou para seus braços, senti seus lábios em meu pescoço.
— Nós deveríamos banhar — murmurei.
— Também acho — concordou, mas não se mexeu.
Eu sorri e deitei minha cabeça em seu peito, seu coração batia forte.
Era o som mais lindo do mundo.
Seus braços me envolveram e fechei os olhos. Com certeza tinha quebrado a maldição, dessa vez e com o melhor homem do mundo.
….
Sorri enquanto despertava, minha mente enchendo de imagens de tudo que havia acontecido desde que meus pais foram embora.
Ele me amava. Edward Cullen me amava e nós tínhamos feito amor.
E foi lindo.
Eu queria pular de felicidade. Nunca pensei que poderia amar alguém tanto assim e me sentir tão feliz.
Toma essa madre! Finalmente minha maldição tinha sido quebrada.
E estava feliz de ter sido com ele, com o homem que eu amava, meu marido.
Estava com a cabeça deitada em seu peito. O quarto ainda estava escuro. Ele me abraçava por trás, era tão bom mesmo dormir naquela posição, me sentia protegida e amada.
Com cuidado tirei seu braço de cima de mim e minhas pernas debaixo das dele. Esperei alguns segundos quieta esperando algum sinal que ele tinha acordado, como não escutei nenhum, me levantei com cuidado e fui para o banheiro.
Encostei a porta e só depois liguei a luz, não queria acordá-lo. Encarei minha imagem no espelho.
Eu parecia a mesma Bella de sempre, mas os lábios mais avermelhados, o cabelo emaranhado e meus olhos brilhavam como nunca.
Era isso que a felicidade causava?
Meu corpo estava um pouco dolorido, mas nada exagerado. Como se eu tivesse jogado handebol, como fazia na época da escola. Vi no meu relógio de pulso que estava ali na pia, que eram pouco mais de seis da manhã.
Ainda estava bem cedo. Escovei meus dentes e decidi tomar um banho rápido. Pentei meu cabelo e depois o prendi em um coque, estava cedo para lavá-lo.
A água estava morna e ensaboeei meu corpo, sorrindo e cantarolando, lembrando-me de como Edward tinha me beijado, me tocado e amado. Com certeza tinha valido aqueles trinta anos de espera e eu não via a hora de fazer de novo e de novo.
Estava tão feliz que até tentei dançar. Girei no box de vidro e dei um gritinho ao encontrar um vulto ali, que sorria para mim.
— Edward! Por que não me disse que estava aí? — Os olhos verdes encaravam meu corpo e me dei conta que era a primeira vez que ele estava me vendo nua.
Ao contrário de mim, tinha vestido sua cueca e quis gritar protesto como se estivesse em um tribunal.
— Eu achei que não haveria nada mais sexy do que você argumentando toda poderosa em uma audiência, mas ver você banhar dessa forma…
— Para!
Eu desliguei o chuveiro, tímida e puxei minha toalha secando e enrolando ao meu redor. Tentando fingir naturalidade sob seu olhar. Não era um olhar que me deixava constrangida, mas era um olhar que me fazia sentir poderosa, pois podia perceber como ele me desejava e amava.
Eu me aproximei dele, dessa vez descendo meu olhar por seu corpo como ele tinha feito comigo. Edward não era musculoso, mas era esguio e forte onde precisava ser.
Aquela tatuagem em seu antebraço só o deixava ainda mais gostoso, ainda mais usando só uma cueca boxer preta. Seus lábios pareciam tão vermelhos e inchados, com certeza por causa dos meus beijos e mordidas e seu cabelo estava todo despenteado. Desci meus olhos pelo seu pescoço e seu peito nu.
Paralisei ao encontrar algo ali.
— O que… o que é isso? — levei minhas mãos trêmulas ao seu peito, esperando que aquela marca sumisse ao meu toque.
Seus olhos se arregalaram e virou como se quisesse tampar o peito, mas era tarde demais.
De repente tudo pareceu fazer mais sentido.
— Era… era por isso que não queria que ligasse a luz ontem a noite?
Ele não falou nada. Eu puxei seu braço e levei meus dedos à cicatriz ali.
Lembrei de suas palavras na noite anterior.
Meu coração é machucado, é defeituoso e a única razão dele continuar batendo é porque ele está todo cheio de você.
— Quando… quando você disse que seu coração era defeituoso… você estava falando de verdade? Você tem algum problema no coração, é isso?
Sentir um aperto no peito só em pensar naquela possibilidade.
— Bella…
— O que… que aconteceu com você? — perguntei sentindo meus olhos lacrimejarem.
EDWARD CULLEN PDV
Parecia que eu estava vivendo um sonho. Não sabia que poderia ser tão feliz.
Ter Bella em meus braços, amá-la e beijá-la.
Por muito tempo da minha vida achei que nunca seria capaz de viver essas experiências.
Muitas mulheres já tinham tentado me seduzir, mas eu nunca consegui sentir alguma atração por elas, por mais bonita que fossem. Isso nunca aconteceu com Bella, desde a primeira vez que a vi eu a quis. Eu sabia que seria ela, se eu fosse um homem normal.
Porém, eu não era.
Eu tinha lutado, tinha resistido todos aqueles anos tentando me manter afastado dela. Mas cada dia que passava ficava mais difícil lutar contra aqueles sentimentos.
Apesar do nervosismo que senti, nossa noite tinha sido perfeita. Nós tinhamos nos amado e sentido prazer juntos. Eu não via a hora de fazermos de novo, queria tentar tudo com ela, fazer tudo que sempre tive vontade de fazer.
Eu tateei a cama procurando seu corpo, mas não a achei.
Com um biquinho nos lábios abri meus olhos. O quarto ainda estava escuro, a luz do banheiro estava acesa com a porta fechada. Levantei da cama e senti algo no meu pé. Sorri ao pegar e perceber que era minha cueca, vesti-a.
— Bella? — chamei-a me aproximando da porta, percebi que estava só encostada.
Eu podia ouvir o barulho do chuveiro. Empurrei-a e vi uma deusa ali dentro do box de vidro.
Bella se ensaboava e cantarolava uma musiquinha sua expressão era de pura felicidade.
Eu sorri também me sentindo feliz.
Parecia estar vivendo um sonho, vendo a mulher que eu amava daquela forma. Sabia que não existia palavra no mundo para descrever o tanto que ela era linda.
Quando se enrolou na toalha e se aproximou de mim eu quis agarrá-la e voltar para debaixo daquele chuveiro com ela.
Porém, senti a tensão em seu corpo e seus olhos encararam meu peito.
Merda. Eu tinha esquecido disso.
Meu sonho era frágil como um castelo de vidro e desmoronou.
Tinha chegado a hora de contar toda a verdade para ela.
Nota da Autora:
Oii amores, finalmente a maldição foi quebrada Uhuuul
Espero que tenham gostado do capítulo, me perdoem por não tá tão hot, to na vibe soca fofo kkkkkkkkkkk mas vamos ter mais cenas hots, vou tentar caprichar mais nelas, mas enfim fiquei triste porque no capítulo que eles enfim se declararam tivemos tão poucos comentários. Sério, é desanimador continuar escrevendo assim, não quero ser a chata que fica cobrando comentários, mas enfim…
Espero que tenham gostado e comentem, acho que mais um seis ou sete capítulos termino a fic. No próximo vamos finalmente descobrir qual doença do Edward tem… alguém chuta alguma? Se acertarem volto mais cedo com capítulo hahaha
Ansiosa para saber o que acharam da primeira vez deles,
beeijos
Beijos amores
