13. O Sentimento
Eu sorri nervosa encarando meus pais sentados no sofá, enquanto Edward sentava no menor.
Fui para a cozinha pegando água e servindo em copos para eles e levei para sala.
— Vocês deveriam ter me avisado que estavam vindo — falei, me obrigando a sentar ao lado de Edward no sofá pequeno, nossas pernas roçando por causa do espaço pequeno.
Só aquilo causou um frenesi no meu corpo.
— Ah querida, nós vimos sobre o caso essa amanhã e decidimos vir de última hora. Queríamos ter ido ao tribunal, mas estava cheio de mais. Ficamos perambulando por aí até virmos para cá. Te ligamos, mas você não atendeu — mamãe explicou.
— Sim, não esqueça de passar seu número Edward — papai falou. — Estávamos quase indo para um hotel, quando apareceram.
— Nosso chefe nos levou para comemorar…
— E aí como foi tudo? — mamãe nos encarou seriamente.
Meu estômago tremeu.
— Tu.. tudo o que? — gaguejei.
Ela sabia? Como ela sabia?
— O julgamento, Bella.
— Ah isso — respirei aliviada.
— Tem outra coisa para saber?
— Claro que não! — falei junto com Edward.
Mamãe nos encarou desconfiada.
Edward pegou um copo de água para beber.
— Você está grávida? — gritou colocando a mão na boca.
Edward se engasgou com água e os olhos do meu pai foram parar do outro lado da sala. Ele se levantou irado.
— COMO É QUE É?
— NÃO, EU NÃO TO GRÁVIDA — disse apressada acudindo Cara Azeda, batendo em suas costas com uma força exagerada.
Ele mandou parar e respirou fundo, seu rosto vermelho, uma veia marcando em sua testa.
— MÃE!
Ela fez uma cara inocente.
— Desculpa, mas vocês dois estavam aí parecendo esconder algo — seu tom saiu mais suave.
— Mas não estamos escondendo nada — menti com um sorriso ingênuo.
Apenas um casamento bêbado em Las Vegas.
Ela deu um risinho.
— Desculpa.
— A gente pode voltar para parte do julgamento? — meu pai pediu e agradeci.
— Foi tudo bem, graças a Deus conseguimos achar uma testemunha crucial do caso.
— Aí nós vimos na internet, como uma mãe pode fazer isso com um filho
— Eu acho que isso não é uma mãe — Edward respondeu.
— É verdade, não é mesmo — mamãe concordou. — Vegas é tão linda como parece?
Como ela mudava de assunto tão rápido eu não sabia.
— Er… sim — peguei água para beber.
— Ai seu pai falou que me levaria lá, mas nunca levou.
— Você que se recusou a casar comigo lá.
Foi minha vez de me engasgar com água, que veio parar no meu nariz. Eca.
Edward me acudiu.
— Você está bem?
Assenti.
— Claro, não sou doida de casar em Vegas com alguém vestido de Elvis Presley.
— Ele não estava de Elvis — falei, disso eu me lembrava muito bem.
Ambos me olharam.
Edward bateu em minha perna.
— A gente viu um casamento lá, o celebrante não estava de Elvis — Edward explicou rápido.
— Mesmo assim. Quando vocês dois se casarem vamos fazer uma festa de parar Forks inteira e…
— Não sem antes um pedido formal para mim, Cullen — papai o encarou com um olhar mortal.
— Mãe, está tão tarde! É melhor vocês irem para o hotel — me levantei apressada.
Não aguentava mais ouvir aquela palavra, que começava com casa e terminava com mento.
— Eu também vou indo — Edward disse parecendo querer fugir dali.
Caminhei até as malas deles empurrando para a porta. Que jeito sutil de expulsar os pais, Bella.
— Mas nós vamos ficar aqui, querida — eu parei e me virei de novo.
Edward também parou ao meu lado.
— Aqui? Onde?
— Aqui na sua casa bobinha.
— Mas só tem um quarto, o outro não tem cama e…
Mamãe deu uns risinhos, papai revirou os olhos e cruzou os braços.
— Tudo bem, eu durmo no sofá e…
Ela caminhou até mim.
— Não somos antiquados filha, Edward não mora ao lado? É só você dormir lá.
Meus olhos se arregalaram.
Mamãe se levantou e puxou nós dois.
— Pode deixar que a gente se arruma aqui, querida. Vocês vão descansar, amanhã a gente conversa mais.
Empurrou a gente para fora e fechou a porta.
Eu nem conseguia me mexer de tão chocada que estava.
— Eu acabei de ser expulsa da minha casa?
— Parece que sim.
A porta se abriu de novo, mas mamãe só colocou a cabeça para fora.
— Não vão fazer meu netinho hein, estou nova ainda para ser vó, mas podem praticar a vontade — piscou e fechou a porta de novo.
Eu encarei ainda chocada a porta batendo de novo.
— É melhor a gente entrar — Edward abriu a porta do seu apartamento e eu entrei sem conseguir esboçar uma reação.
Quando ele fechou a porta, meu corpo estremeceu, estávamos sozinhos finalmente depois da loucura que tinha sido o dia.
Olhei ao redor, sempre tive curiosidade de ver como era sua casa. Não tinha nada demais, era parecido com o meu, só a decoração mais moderna e masculina, um tanto minimalista.
— Me desculpa por isso — sussurrei.
Edward suspirou.
— Está tudo bem, Bella. Você pode dormir no sofá, vou pegar uma roupa para você.
Eu só assenti.
Caminhei pela sala olhando tudo. O gabinete de madeira preto que tinha debaixo da televisão era cheio com vários porta retratos.
Tinha uma foto de um casal que imaginei que eram os pais de Edward no casamento deles, depois uma dela grávida e outra com um bebê no colo. Em seguida uma dele criança com os pais.
Ele era tão fofinho, um cabelo loiro e sorriso banguela.
Me surpreendi ao ver uma foto da confraternização do ano passado. Eu estava ali na foto, Aro no nosso meio.
O troféu que tinha ele ganho de melhor advogado ao lado. A outra foto ao lado era de Edward com um homem mais velho, seus cabelos grisalhos, ambos usavam ternos. Onde já o tinha visto?
Sua cara não era muito estranha, ele parecia com Edward um pouco, mas eu tinha certeza que o tinha visto em algum lugar.
— Aqui está a roupa pode banhar primeiro — Edward apareceu falando.
— Ah, obrigada. Seus pais? — apontei para um porta retrato, tentando não ser óbvia no que eu queria saber.
— Sim.
— E esse homem quem é? — Não aguentei.
— Meu avô, ele que me criou depois que meus pais faleceram — deu de ombros.
— Oh, ele mora aqui? Acho que já o vi em algum lugar — tentei lembrar onde.
— Não — suspirou com um ar ressentido.
— Vocês não se dão bem?
— Não, muito. Vovô tinha muitas expectativas comigo, infelizmente eu não pude suprir nenhuma delas. Nós temos muitas opiniões diferentes… Ele… queria que eu seguisse outra vida e eu não… mudei para cá sem nem avisá-lo.
— Ó… O que ele queria que você fizesse?
Ele demorou um pouco para responder:
— Vovô mora em Nova Iorque e sempre quis que eu seguisse seus passos, falava isso a minha vida toda, ainda mais que meu pai era seu único filho. Quando terminei a faculdade, eu tentei ainda ser quem ele queria que eu fosse… mas não conseguia me sentir feliz ali, sabe? Então eu larguei tudo e vim parar aqui.
— O que ele faz? É Don de uma máfia? — falava de um jeito misterioso, parecendo não querer me contar algo.
Edward sorriu.
— Quase isso… — hesitou um pouco. — Já deve ter ouvido falar do Grupo CLLN?
Meus olhos se arregalaram e olhei mais atentamente a imagem, o homem ao lado de Edward.
CLLN. Eram as consoantes de Cullen, o sobrenome do dono e…
Oh. Meu. Deus.
– Puta merda! Seu avô é Thomas Cullen?
Ele riu.
— É.
— Caralho — coloquei a mão na boca mais chocada de ter sido expulsa do meu apartamento.
Thomas Cullen era simplesmente um dos homens mais ricos do país.
Era dono de várias empresas multinacionais e controlava quase todo o ramo da agroindústria.
Puta merda. Estava simplesmente sem reação.
— Surpresa?
— Demais, nunca imaginei isso. Você é bilionário! Meu Deus, Edward! Por que está trabalhando?
— Eu não sou não, vovô que é.
— Edward! Você tá de brincadeira comigo? — empurrei seu braço ainda chocada.
Ele riu.
— Aposto que quer continuar casada comigo agora, hum? Você pode conseguir uma parte do dinheiro se for esperta.
— Puta merda! Me diga que a gente casou em regime de separação total de bens — eu não queria ter nada ver com qualquer dinheiro dele.
Edward coçou a cabeça.
— Na verdade, não consigo me lembrar — deu de ombros.
— Edward! Não quero nada de dinheiro. Só estou chocada. Como você parou aqui em Seattle?
— Eu só quis fugir e parei aqui… Fiz a entrevista para Volturi e bem o resto você já sabe.
– Uau. E você não foi mais ver ele?
— É claro que fui. Vovô praticamente me criou depois que meus pais faleceram e eu o amo muito. Só é saco ele não deixar eu viver minha vida como eu quero, sabe. Mas sempre em minhas férias eu viajo para ficar com ele.
— Oh você não foi para Ibiza nas férias passadas e ficou em um iate cheio de mulheres?
— O que? De onde tirou isso?
— Acho que ouvir algo assim no trabalho.
— Não, eu nunca nem fui para Ibiza, acho que Jasper que estava inventando isso.
— Ah.
— Sério, eu nunca viajo a diversão. E só mais para ver vovô mesmo com ele tentando me fazer assumir o cargo de CEO ou querendo me carregar para algum méd… lugar por aí.
— Sinto muito por isso — dessa vez coloquei a mão em seu ombro e apertei querendo reconfortá-lo, eu podia vê-lo como ficava triste com essa história do avô.
Ele olhou para mim e dessa vez senti todo o peso daquele dia criar uma tensão ao nosso redor.
Nós acordamos bêbados e casados, o julgamento, a troca de olhares que demos durante o dia, nossas mãos que às vezes se tocavam.
Eu encarei seus lábios e ele encarou os meus, mas limpou a gargante e se afastou.
— Você deve estar cansada, pode ir banhar. Tem toalha limpa no armário do banheiro e escova de dentes nova e sabonete, pode pegar o que precisar. Fique à vontade.
— Ah tá bom, obrigada — virei para ir para seu banheiro, que ficava do lado contrário do meu.
Fechei a porta e me encostei nela suspirando.
Seu banheiro era limpo e organizado. Cheirei seus produtos de cabelo e perfume sorrindo. Tomei um banho me sentindo um pouco mais leve. Vesti a blusa preta que ficou gigante em mim e a bermuda.
Eu saí do banheiro e Edward entrou. Fiquei esperando sentada no sofá até ele sair.
A vontade de bisbilhotar era grande, mas não ia ferir sua privacidade. Ainda estava chocada de Edward ser um herdeiro bilionário e não sabia como processar isso, ainda mais com o fato que estávamos casados.
Mas que nunca eu deveria ter a anulação do casamento. Nós com certeza éramos total opostos um do outro. Mas só em pensar de não ter uma relação com ele causava um aperto no coração.
Eu o queria e não tinha nada haver com o dinheiro ou quem era seu avô.
Edward saiu minutos depois e sorri ao vê-lo usando uma calça de moletom e uma blusa do Harry Potter com os simbolo das Relíquias da Morte, eu tinha uma igualzinha.
Ele me encarou no sofá.
— É melhor você dormir na cama, eu fico aí.
Eu balancei a cabeça.
— Não, é seu quarto, o sofá tá bom para mim.
— Você foi tentar dormir no sofá do hotel, mas não deu certo, se lembra?
Eu iria falar que aquele era mais confortável, mas outra ideia veio à minha mente.
— É verdade… então…podemos dormir juntos na cama.
— Você tem certeza?
Eu dei de ombros, fingindo indiferença.
— A gente já dormiu juntos e além do mais somos casados — lembrei-o.
Eu confiava nele e sabia que ele não ultrapassaria os limites, porém não podia dizer isso de mim. Por que eu queria ultrapassá-los.
— Tudo bem, então.
Eu o segui para seu quarto, que era mais organizado que o meu. Sua cama era grande de casal, imaginei com quantas mulher dormiram ali e não gostei de pensar nisso.
— Por que essa cara feia? — se virou me encarando.
— Ah nada…
— Fala logo, Swan.
Revirei os olhos.
— Você já dormiu com muitas mulheres aí? Nada contra, é sua cama eu só não quero pegar alguma doença e…
— Não tem como pegar uma doença assim.
Eu sabia disso.
Ele suspirou.
— Relaxa, eu nunca dormi com ninguém na cama.
Nunca?
— Ah tá bom…
Nós nos deitamos lado a lado e ele apagou a luz. O quarto ficou totalmente escuro. E o ar ao nosso redor mudou de novo.
Era difícil ignorar que Edward estava ali deitado do meu lado.
Mesmo que não nos tocássemos eu podia sentir cada partezinha dele.
Eu não sabia o que aquele nosso casamento iria significar. Mas me lembrava de tudo que fizemos na noite anterior. As confissões, os risos, os beijos e acima de tudo as promessas que fizemos.
Nós podíamos estar bêbados, mas eu sentia verdade entre nós.
Lembrei de Alice, Jasper, Jessica Giana falando tudo que Edward fez por mim e que eu não tinha ideia.
Será que no fundo ele poderia gostar de mim esse tempo todo? Mas por que ele queria que eu o odiasse? Não conseguia entender isso.
E se ele gostasse o que isso significaria?
Eu estava exausta e deveria dormir, mas não conseguia parar de pensar.
Uma luz se acendeu na varanda e o quarto ficou mais claro. Não sabia quanto tempo tinha se passado, me virei na cama curiosa para vê-lo e me surpreendi por ele estar virado para mim. Eu nem tinha percebido ele se mexer.
Eu podia ver bem pouco do seu rosto, percebi que seus olhos estavam fechados.
Com coragem eu levantei minha mão e levei ao seu cabelo afastando os fios de sua testa.
Ele era tão lindo. Seus olhos se abriram de repente e eu paralisei com a mão em seu cabelo.
— Não para — Edward sussurrou e voltou a fechar seus olhos.
O tom de sua voz soou como o de um garotinho abandonado que implorava por carinho, meu coração se apertou.
Eu queria dar todo carinho e amor que ele precisava.
Eu acariciei seu cabelo então, fazendo cafuné com meus dedos nele.
Sua mão subiu e ficou em minha cintura, ele se aproximou mais de mim. Podia sentir seu corpo quente, nossas pernas juntas.
Aquilo nunca pareceu tão certo.
— O que a gente tá fazendo? — sussurrei.
Ele suspirou.
— Não sei, você quer que eu te solte?
— Não, me abraça mais — pedi ao contrário.
E ele se aproximou mais ainda, meu rosto indo para a curva de seu pescoço.
Seus braços me apertando com força e eu o apertei também. Nunca mais queria soltá-lo, queria morrer ali em seus braços.
Senti uma paz me tomar e finalmente me entreguei ao mundo dos sonhos.
…
Eu sorri quando fui despertando, percebi que tinha uma mão fazendo carinho em meus cabelos então uma voz cantarolava no meu ouvido.
Estava tão bom ali. Tão cheiroso e quentinho aquele travesseiro, que cantava e fazia carinho. Eu me aconcheguei mais nele. Onde o tinha comprado?
Um som de um coração batendo forte soou em meu ouvido.
Eu abri meus olhos que se arregalaram, ao lembrar que aquilo não era um travesseiro.
Escutei um risinho.
— Acordada? — Edward sussurrou, ainda estávamos abraçados igual a noite anterior.
— Ah meu Deus, me desculpe por isso — tentei me separar dele passando a mão no rosto.
Será que eu babei em seu peito?
— Não, não vá. Fique aqui comigo — me apertou mais forte.
— Edward — sussurrei seu nome e o abracei.
Ele suspirou.
— Estou cansado, Bella.
— De que?
Ficou em silêncio por um momento.
— Cansado de fingir que não quero você — admitiu fazendo o coração acelerar.
Ele me queria? Eu queria pular de felicidade.
Eu o abracei mais forte e beijei sua clavícula.
— Então não finja mais — pedi, queria que ele demonstrasse tudo que sentia.
Nós ficamos ali abraçados, ignorando tudo que deveríamos estar fazendo naquele dia.
Eu não sei porque ele tinha mudado, porque tinha se cansado, mas me sentia feliz.
Tudo havia mudado entre a gente e não conseguia ainda entender por que tinha levado tanto tempo.
Eu não podia negar que sempre o achei bonito, mas eu nunca gostei dele daquela forma. Eu realmente o via como um inimigo que queria pegar meus casos e que sempre me dava patadas. Ele era tão irritante e discutimos sempre.
Nunca o tinha visto como um homem que tinha sentimentos, preocupações e que na verdade sempre cuidava de mim.
Porém, talvez, o amor fosse assim.
Sem explicação, sem razão para acontecer. Ele só acontecia. Às vezes podia vim no primeiro olhar, no primeiro toque e às vezes vinha com o passar do tempo, com a convivência. O amor só acontecia. Nascia. Existia. Sentia.
O meu amor por ele tinha vindo assim. Nasceu em meu peito, sem eu esperar, sem eu querer, sem eu procurar sentir aquilo por ele.
Quando menos esperava, passei a enxergar Edward de outra forma, com meu coração batendo mais forte no peito, sem conseguir parar de pensar nele.
E nunca havia sentido algo tão intenso e certo como o sentimento que estava sentindo por ele.
Sabia que no fundo era por isso que concordei me casar com ele. Não por estar bêbada, mas porque queria ficar com ele mais do que quis algo em minha vida. Eu queria ele. Queria ser sua esposa, mesmo que fosse cedo ou tivéssemos nem namorado direito. Eu o queria para sempre.
Levantei meu rosto e encarei o seu, seus olhos verdes me encararam como se pudessem enxergar tudo em mim, como se entendesse tudo que passava em minha mente.
— Edward…
— Bella…
Sussurramos juntos.
— Eu… eu… — hesitei, sem saber quais palavras usar para falar tudo que estava dentro de mim. Não havia nenhuma palavra no dicionário que poderia me ajudar a descrever o que estava sentindo.
Ele deu um sorriso e beijou minha testa, a ponta do meu nariz e depois deu um selinho em meus lábios.
Aqueles singelos beijos me fizeram entender tudo. Entender que tudo que eu estava sentindo ele também sentia.
Um amor maior do que qualquer razão e explicação. Um amor que bastava estar juntos e sentir toda completude dele.
— Eu sei, não precisa falar nada. Só fica comigo, Bella.
Meus olhos se encheram de lágrimas e levei minha mão ao seu cabelo acariciando seus fios, senti sua outra mão sobre a minha e entrelaçamos nossos dedos. Dessa vez eu me inclinei e beijei sua bochecha. Senti-me completamente em paz.
O amor era assim. Não era algo para nos deixar nervosos e cheios de preocupação com o que poderia acontecer. Era algo para acalmar nosso coração, para nos trazer tranquilidade, mesmo quando o mundo lá fora se acabava.
Ele não precisava ser gritado para todos ouvirem, não precisava ser mostrado para espectadores que muitas vezes só invejavam. O amor só precisava ser sentido e vivido por duas pessoas.
E naquele momento nós dois estávamos sentindo. Em nossos olhares, nosso toque, nosso carinho, nossos beijos. Ali no ar ao nosso redor.
Quem diria que isso aconteceria?
EDWARD CULLEN PDV
Eu queria congelar aquele momento.
Bella estava ali em meus braços e não me repelia.
Ao contrário me apertava forte com seus braços pequenos.
Eu podia sentir que os sentimentos dela por mim tinha mudado.
Eu tinha errado. Tinha deixado ela se apaixonar por mim. E aquele erro foi o melhor que eu poderia cometer.
Sabia que deveria ter continuado fazendo ela me odiar, ficar brigando com ela, a tratando com grosserias, mas… estava tão cansado. Bella não merecia isso. Ela merecia ser amada.
Será que eu não podia ser feliz? E se eu conseguisse? E se ela me ajudasse a superar meus medos? E se no fim tudo desse certo?
Senti meu coração batendo forte no peito. E a apertei mais forte.
Por favor, por favor meu Deus deixe o amor me curar. Deixe eu ter uma vida ao lado dela.
Naquele momento escolhi ter fé e acreditar no poder do amor.
No poder do amor que cura, que transborda alegrias, que está juntos em todas as dificuldades e que acima de tudo nos dá esperança de realizar nossos sonhos.
Tudo daria certo, porque o amor era o maior sentimento que podia existir no mundo.
Nota da autora:
confesso que terminei esse capítulo com lágrima nos olhos
Aiii esses dois são tão fofinhos né, finalmente parece que se acertaram kkkkk será que agora a maldição da Bella vai ser quebrada?
A Renée é tudo empurrando os dois para dormirem juntos né e sabemos mais sobre o passado do Edward, algumas já estavam desconfiando que ele vinha de família rica haha
Desculpem por não ter conseguido postar ontem, mas hoje foi
Semana que vem volto com mais amores
Ansiosa para ver os comentários do que vão achar
Comentem! Beeeijos
