CAPÍTULO XLIV
Sexta-feira chegou e todos estavam reunidos na casa de Marcel para o jantar que estava sendo servido. Kol estava sentado ao lado de Davina na mesa de jantar. Eles conversavam com Marcel e Rebekah, que estavam, como sempre, sorridentes e radiantes pelas bodas que se aproximavam. Completando a reunião, estavam Elijah e Hayley, sua anunciada noiva grávida de Klaus. Todos estavam curiosos sobre aquela situação.
— Então irmão, conte-nos sobre sua relação com a mãe do filho de Nick. Por que não recebi nenhuma carta sobre? — Rebekah alfinetou Elijah.
— Foi algo que aconteceu inesperadamente. E não é uma informação que possa ser dada por carta, correndo o risco de ser interceptada por alguém indesejado — Elija respondeu.
— Mas como tudo isso aconteceu? A criança... — Rebekah não conseguia conseguir sua curiosidade.
— Klaus e eu tivemos um breve encontro — Hayley respondeu — E resultou nessa gravidez. Nenhum de nós esperávamos!
— Foi um choque para Niklaus.
— Imagino! — Disse Kol. — Queria ter visto a reação de nosso irmão.
— Não foi das melhores — Elijah declarou — Ele não acreditou a princípio. Ele não se importou. Mas algumas bruxas confirmaram a verdade e então ele abraçou a questão.
— É inacreditável, mas Klaus quer mesmo ser pai.
— Realmente inacreditável — Comentou Kol.
— Mas como isso foi possível? — Rebekah questionou.
— O gene lobisomem de Niklaus e a natureza loba de Hayley. Uma brecha da natureza.
— Fantástico! — Rebekah estava encantada. — Uma pena que apenas Nick possa ter filhos.
Marcel envolveu a mão da noiva em um aperto de conforto.
— Seria bom se todos pudéssemos. — Elijah afirmou.
Kol percebeu que tanto sua irmã, quanto seu irmão desejavam poder ser como Klaus, gerar um filho. Ele sempre soubera que era impossível, então, nunca pensara a respeito. Não sabia se tinha secretamente o mesmo desejo ou não.
— Não fiquem tristes irmãos. Quem sabe a natureza não abre outras brechas.
— Verdade, e vocês já sabem o sexo?
— Uma menina — Hayley declarou.
— Maravilha! — Rebekah exclamou animada! — Finalmente deixarei de ser a única mulher convivendo com vocês, sem contar as noivas, claro! Mal posso esperar para conhecer minha sobrinha! — Rebekah estava visivelmente feliz.
— Hope, foi esse o nome que Klaus escolheu. — Elijah informou.
— Hope? Esperança... Sim, combina muito com a situação. — Rbekah refletiu.
— Mas então, vocês pretendem se casar quando? — Rebekah mudou o tema da conversa para algo mais animador.
— Depois que o bebê nascer e tiver alguns meses — Foi Hayley quem respondeu.
— E você irmão? — Elijah questionou Kol.
— Ainda não temos data, mas talvez ocorra depois do casamento de Rebekah e antes do seu. — kol sorriu para Davina — Não é isso, querida?
— Sim. O casamento de Rebekah é o mais importante agora, depois veremos a data do nosso para não ofuscar o casamento de vocês — Ela comentou olhando para Elijah e Hayley — Tudo no tempo certo.
— Quem diria não? Quase todos os Mikaelsons se casando. Só falta o Nick. — Rebekah comentou sorrindo.
— Esqueça irmã, esse eu tenho certeza de que nunca irá acontecer.
Todos riram e continuaram o jantar, conversando alegremente. Nenhum deles fazia ideia de que Klaus estava a caminho, muito menos acompanhado de Elena.
Durante a noite, Klaus tinha passado a viagem olhando para Elena. Ela tinha escorregado de seu ombro e ele a envolveu, apoiando-a em seu peito para que ela dormisse mais confortavelmente. Ele se perguntava o porquê de estar agindo assim com ela, e como ela conseguia despertar esse desejo de proteção e cuidado nele, além do desejo sexual, é claro.
Klaus sempre se sentira atraído por ela, isso era fato, mas ele julgava que era por causa do sangue Petrova, a imagem de Tátia. Mas Elena era muito diferente das duas mulheres que compartilharam seu rosto e que ele conheceu, e ele nunca se sentiu assim sobre elas. Tátia fora seu primeiro amor, inocente e desajeitado, mas sem profundidade. Katerina foi um meio para um fim, era mais como um objeto que ele precisava, ele nunca teve sentimentos por ela.
Elena era diferente, ela conseguia fazer com que ele pensasse em casamento, em compromisso e isso era algo que Klaus nunca tinha vivido e nem pensava viver. No entanto, ele se viu querendo isso com ela. Que Elena fosse sua rainha.
Mas Klaus sabia que não podia imaginar uma vida com Elena, como estava fazendo. Primeiro porque tudo tinha acontecido muito rápido e isso podia acabar da mesma forma que começou. Segundo, e mais importante, porque ainda tinha Kol entre eles. Ele queria saber o motivo de seu irmão tê-la abandonado, precisava saber. Kol tinha amado verdadeiramente Elena, por isso ele duvidava que os sentimentos do irmão tivessem realmente mudado.
Ele também se perguntava se Elena estaria disposta a viver com ele, ser sua esposa. Ele não tinha a melhor imagem diante dela porque sempre a ameaçara, fora um monstro para ela. Além de querer seu sangue e tê-la perseguido por um bom tempo, sem contar as inúmeras ameaças a sua família e amigos, ele só não a matou por causa de Kol. Mas ele mordeu seu falecido marido, levando-o a morte.
Embora eles tenham feito sexo, Klaus sabia que isso não era o suficiente para unir alguém. Se ele quisesse tê-la, teria que lutar por isso, e demonstrar a Elena que ele podia ser um bom companheiro para ela. A jovem morena era alguém que valorizava amor, lealdade e família, e era isso que ele teria que oferecer para ela.
Sem saber dos pensamentos de Klaus, Elena dormiu, um sono sem sonhos. Quando ela despertou, eles estavam chegando a Nova Orleans. Ela vestia um vestido verde simples, mas bonito, que disfarçava sua barriga, para o caso de alguém a ver. Ela levava ainda uma pequena mala, com poucas roupas e objetos pessoais.
