EPÍLOGO
Kol e Elena tinham se juntado à Elijah, Hayley, Rebekah e Marcel na casa de Klaus. Eles tinham ido visitar Hope Mikaelson, a filha de dois meses de Klaus.
— Sua filha está mais linda a cada dia! — Elena comentou.
— Ela se parece comigo! Não tinha como ser diferente.
— Sempre modesto! — Rebekah revirou os olhos para o irmão.
— Ela é mesmo um bebê especial. — Elijah comentou.
— Bruxa, loba e vampira. — A primeira e única de sua espécie, Klaus disse com orgulho.
— Não se você der a ela irmãozinhos. — Elijah brincou.
— Ela será minha única filha. — Klaus foi incisivo.
— Não irmão, tenha outros. — Rebekah protestou. — Eu posso criá-los com Marcel se for demais para você.
— Hope aconteceu ao acaso, mas não correrei o risco de ter outro filho assim.
— Então encontre alguém com quem você queria um filho, talvez se casar e formar uma família, como eu, Rebekah e Elijah fizemos. — Kol sugeriu.
— Só há uma mulher neste mundo com quem eu deliberadamente teria outro filho, mas ela está fora do meu alcance. Portanto esqueçam.
— Oh, quem é? Não sabia que você teve alguém especial ao longo de todos esses anos. O que aconteceu com ela? — Rebekah estava curiosa.
— Esqueça irmã, eu nunca direi.
— Você é tão sem graça Nick. Comenta algo assim, mas não conta a história toda.
— Ela está morta para mim, isso é tudo! Agora vamos nos concentrar no que importa... Quero oferecer um jantar para apresentar Hope oficialmente como minha filha e para comemorar o aniversário de casamento de Elijah e Hayley...
— É uma ótima ideia, Klaus, mas temo não poder participar da organização e talvez da comemoração. Chame a parteira, está na hora. — Elena interrompeu.
Klaus, num misto de desespero e alegria correu para chamar a bruxa que fez o parto de Hayley. Ela era de confiança e estava na casa de Klaus, já esperando pela hora do parto de Elena. Kol, nervoso, mandou chamar também um médico e uma enfermeira, já que Elena era humana. Rebekah entrou no quarto para acompanhar Elena, enquanto Hayley foi cuidar de Hope. Elijah era o único tranquilo, ele manteve a calma e tentou seus irmãos.
Os vampiros se reuniram na sala de estar, aguardando. Dois meses antes eles tinham passado por aquilo, no nascimento de Hope. Klaus andava de um lado para outro, visivelmente ansioso, e vez ou outra dizia algo para Kol, sabendo como o irmão estava se sentindo. Elijah tinha servido uísque e estava sentado próximo a Marcel.
— Kol está surtando! Ele só não está pior do que Klaus, que quase nos pôs loucos no nascimento de Hope.
Elijah observava atentamente Klaus e Kol.
— Se bem que observando Klaus agora, ele não parece muito diferente de quando nasceu sua filha. Acredito que ele o problema seja mesmo o parto.
Elijah concordou com a cabeça, sem deixar de olhar para seu irmão. Ele considerou que Klaus estava agindo praticamente da mesma forma que agira quando aconteceu o parto de Hayley. Isso era estranho, mas todo o comportamento de Klaus desde que ele chegou de Mystic Falls com Elena era estranho.
Muitas vezes Elijah se pegou pensando sobre isso. Klaus era intenso e possessivo com Elena, mesmo com Kol por perto. O híbrido sempre fazia questão de verificar Elena e suprir todas as necessidades dela. Isso irritava Kol, e o deixava desconfiado. Não fosse pelo fato de Elena ter passado anos temendo Klaus, além de ela estar apaixonada por Kol, Elijah pensaria que algo mais íntimo teria acontecido entre eles. De todo modo, havia uma tensão.
Vários minutos se passaram e o silêncio vindo do quarto onde Elena estava em trabalho de parto era aterrador. Klaus e Kol já estavam preocupados com a demora quando se ouviu na mansão um choro de bebê. Em seguida a bruxa de Klaus veio dar as boas novas.
— É um lindo menino!
O alívio foi evidente no rosto dos irmãos e Kol se abraçou com Klaus. Eles aguardaram ansiosos até que o médico autorizou que visitassem Elena.
A morena tinha o bebê no colo, um lindo menino, de pele clara, cabelos finos e castanhos claros, assim como os olhos que eram da mesma cor. Era uma perfeita mistura da mãe e do pai.
Kol sorriu feliz e sentou-se ao lado de Elena, envolvendo um braço ao redor dela e beijando-lhe delicadamente os cabelos. Olhou para o filho e sentiu tamanha felicidade que ele não conseguia exprimir. Elena estava igualmente feliz. Assim como todos no quarto.
— Henrick. Ele se chama Henrick. — Elena anunciou.
O anúncio deixou todos os Mikaelsons emocionados, especialmente Klaus, que sempre sentira culpa pela morte do irmão. Era uma linda homenagem ao irmão falecido deles. Elena era mesmo uma mulher generosa!
E dois anos depois Elena deu à luz a uma menina, que ela chamou de Miranda Esther, em homenagem as mães deles, mesmo que Esther não fosse o melhor exemplo de maternidade.
Henrick e Miranda Esther eram crianças mágicas, hereges. Eles eram vampiros e bruxos, mas também tinham o sangue mágico de doppelganguer herdado de Elena, o que os tornava quase tão diferente quanto Hope.
Segundo Davina, tanto os filhos de Elena, quanto Hope, só cresceriam até os 20 anos, eles jamais envelheceriam depois disso. Uma prerrogativa da natureza mística deles. Isso levou Elena a se decidir pela transformação uma vampira um ano depois, quando deixou de amamentar sua filha.
Fora Kol quem transformou Elena e Hayley seguiu o exemplo, pedindo a Elijah que fizesse o mesmo por ela. O amor dos dois casais era realmente verdadeiro e as mulheres tinham certeza de que queriam passar a eternidade com os vampiros originais.
Assim, a família Mikaelson continuou sua existência, ainda mais numerosa do que antes após os novos membros que se juntaram. Davina, embora ainda amasse Kol, aceitara o amor dele por Elena e acabou por se tornar amiga desta. Ela considerada um membro da família e era quem ensinava magia para as crianças.
As crianças cresciam felizes, unidas, tão próximas que eram como irmãos, elas se chamavam assim. Hope até chamava Klaus e Elijah de pai, e os filhos de Elena curiosamente chamavam Kol e Klaus de pai, e nenhum dos membros da família pareciam se importar.
Foi assim que Kol e Elena viveram felizes para sempre, ao lado de seus filhos, familiares e amigos.
FIM
