Olá Pergaminhos e Nazarins, Mr.Bones trazendo outro capítulo da reta final da minha Fanfic: Aquele que Voltou

O Viajante chega a Nazarick, quem é ele? Porque ele está aqui? O que Ainz fará?

Com vocês

Aquele que Voltou

Capítulo 36: Alerta Máximo

Albedo estava furiosa – 'Sua casa!' – pensava – 'Quem é ele? Não pode ser um dos 42 Seres Supremos, nenhum era humano, um antigo deus menor? Os registros dizem que a Grande Tumba foi conquistada pelos nove primeiros, será que era alguém que morou aqui antes?' – ela foi retirada de seus pensamentos pelo som de alarme.

— 'Mensagem a todos os Guardiões, Mensagem a todos os Guardiões, intruso localizado se aproximando da Grande Tumba de Nazarick.'

— Ele está aqui. Shalltear, assuma seu posto, não ataque sem provocação. Todos os guardiões, se equipem com seus melhores itens, toda a Tumba está em alerta máximo – Ordenou Ainz de forma rápida e firme.

Shalltear se lançou pela porta direto para o Teleporte. No meio do caminho sua armadura já estava completa.

'Aureole!'

'Sim!'

Shalltear surgiu no meio do piso antes da saída e voou até a porta, onde podia ver ao longe. Além do limiar da Tumba, havia uma figura se aproximando.

— Como ele passou pela vigilância?

— Não sabemos Lady Shalltear, os Hanzos e Demônios das Sombras estão patrulhando de forma contínua, ele só foi notado a alguns milhares de metros – esclareceu uma das noivas vampiras de prontidão.

Ele caminhava em direção à Tumba, não parecia ter pressa, a demora afetava Shalltear, seu mestre não ordenou atacar, apenas montar guarda. Era angustiante.

O Humano parou bem no portal da Grande Tumba, parecia examinar as pilastras e então levou a mão sobre os olhos como se quisesse ver ao longe. Shalltear era bem visível neste momento parada na escadaria que dava acesso à tumba subterrânea, então o humano pareceu falar.

— Hmmm, eu não escuto nada. Foi lançado Silêncio na área... seria prudente para evitar invocações de magia?

— Não milady, não fomos instruídas para antecipar tal coisa.

— Certo, mas não escutamos o que ele diz, f-FALE MAIS ALTO!

Novamente o humano pareceu gritar algo, mas nada era ouvido.

— Alguém escutou alguma coisa?

— Não, minha senhora, talvez ele esteja muito longe?

— Bobagem, posso escutar um alfinete cair em uma almofada a centenas de metros, o que... ele está acenando?!

Shalltear estava extremamente irritada, ela não podia mandar as Noivas Vampiras, era sua função guardar e receber quem chegava à tumba durante o alerta e ela não se rebaixaria indo até o Viajante. Após ponderar, ela diz.

— Venha, até, aqui. – falou por entre os dentes – O-O que ele está fazendo?

— Está correndo Milady, lentamente... muito lentamente – respondeu a noiva vampira ao ver o trotinho desengonçado com passos curtos que o humano fazia.

O Viajante demorou, mas chegou até a base da escadaria.

— Olá Senhoritas, uma boa tarde a todas, será que poderiam me dizer se esta é a Grande Tumba de Nazarick?

— A educação prioriza a dizer quem é você.

— Erro meu, me desculpe, meu nome é Hellsing...

— MENTIROSO! SEI QUE ESTE NÃO É SEU NOME! – gritou a vampira já sem paciência.

— Me desculpe senhorita, mas eu não minto, juro por "Santa".

— Pode jurar por qualquer deus que conheça, eu te chamo de mentiroso, você ousa profanar o nome da Grande Tumba de Nazarick com a boca cheia de mentiras, você ousa macular este solo sagrada COM SUA PRESENÇA MENTIROSA!?

— Bem, na verdade, você me convidou para entrar.

Shalltear então percebeu a armadilha tola ao qual foi induzida a cair, como vampira ela deveria saber que não se deve convidar certas pessoas a entrarem em sua morada.

Isso foi demais para ela - "não ataque sem provocação"- era lógico que ela tinha sido provocada, se lançando sem aviso sobre o Viajante, com sua transformação quase total, unhas como navalhas, boca aberta com presas enormes, mas ainda mantendo parte de sua aparência de Lolita Gótica.

— Pare Shalltear!

A vampira parou ao comando de seu mestre a meros centímetros do rosto do intruso.

— Retorne à sua posição – Disse o Ser Supremo ladeado pelos guardiões e as Plêiades, as maiores forças de Nazarick.

— Bem, parece que finalmente nos encontramos, a hora das dissimulações acabou, então eu farei as cortesias. Eu sou Ainz Ooal Gown, senhor da Grande Tumba de Nazarick, ao que devemos esta visita?

— É uma honra conhece-lo Lorde Ainz Ooal Gown, eu sou um contador de histórias e possuo muitos nomes, mas podem me chamar de TW, busco refúgio na grande Tumba de Nazarick.

— Refúgio você diz, mas o que seria capaz de exigir nossa proteção e o que oferece em troca?

— O mundo, para mim o mundo é uma ameaça e o que ofereço é tudo, minha amizade e total submissão.

— Você oferece NADA, SUA VIDA NÃO VALE NADA! – Esbravejou Albedo que usava sua armadura completa e apontava seu bardiche em direção a TW.

— Minha vida não vale nada, mas o conhecimento que possuo pode ser útil ao seu senhor, me permita entregar tudo que sei e após isso, se julgarem minha inutilidade, podem dar fim a minha pessoa.

— Eu irei julgar sua importância – Disse o Ser Supremo.

— Se não for abusar de sua hospitalidade, será que poderíamos fazer isso lanchando?

Todos os presentes imediatamente emitiram suas intenções assassinas, uma aura capaz de esmagar o mais forte dos guerreiros humanos, mas que aparentemente não surtia efeito sobre TW.

— Por favor parem, sinto sua intenção, mas sou imune a este tipos de ataques.

— Muita ousadia sua, nos entregar uma de suas capacidades que já havíamos percebido – nesse instante, todos de forma constrangida pararam de emitir a aura assassina.

— Me desculpe, quis apenas dar algo em troca pelo meu simples pedido, então novamente darei algo. Antes eu disse que não minto, isso é a mais pura verdade, sou fisicamente incapaz de mentir, juro por "Santa".

— Isso nós veremos, me acompanhe – disse Ainz para a surpresa de todos.

O Senhor da tumba se dirigiu para dentro seguido por TW que estava completamente cercado pelos protetores, mal podendo se mexer nos corredores.

Após o teleporte, seguiram por um longo caminho, não estavam indo ao salão do trono, nem ao escritório de Ainz, este era o caminho que levava ao... refeitório.

— Acredito que seja mais do que o suficiente para o senhor, não?

— Mais do que o suficiente meu senhor – disse TW se dirigindo até uma das mesas enquanto as empregadas homúnculo de folga esvaziavam o local ao ver seu senhor, os Guardiões e as Plêiades armados para o combate.

— O senhor me acompanha?

— Sim, por favor – Ainz gesticulou que ele sentasse, se dirigindo para o lugar oposto da mesa logo em seguida.

— Meu Senhor, deixe que tragam uma cadeira digna de sua pessoa! – Albedo interviu.

— Trarei Um Trono – falou Demiurge

— Eu serei sua cadeira – disse Shalltear.

— Por favor, esta simples cadeira será o suficiente – assim todos os guardiões se lançaram em puxá-la para seu mestre, mas o jovem elfo foi mais rápido e teve tal honra.

— Obrigado, Mare.

— A-Ao seu dispor, Ainz-Sama.

— Bem, senhor TW, o que o senhor gostaria de comer?

— Um hamburguer, fritas, uma porção de bacon e um refrigerante.

— EU PEGO! – Lupusregina exclamou se lançando para a cozinha.

Agora era óbvio que ele é um jogador, somente um conheceria tais palavras.

O clima era tão tenso que qualquer outra pessoa teria desmaiado, mas o convidado apenas tamborilava os dedos na mesa em uma melodia.

— Espero que aprecie o lanche, esta pode ser sua última refeição – Ainz avisou despreocupadamente.

— Ah! Acredito que será uma refeição digna do mestre desta guilda.

Neste exato momento, Lupusregina que saía da cozinha trazendo a comida deu meia volta ao ouvir tais palavras, retornando com um hamburguer levemente diferente, provavelmente sem o "molho especial" que havia colocado antes.

— Ah! Obrigado senhorita Lupusregina, gostaria de nos acompanhar? Por favor, sirva-se.

— COMO OUSA! EU SOU LUPUSREGINA BETA, SOMENTE MEU SENHOR PODE ME ORDENAR NESTA CASA.

— Não foi uma ordem, foi um convite, por favor sente-se e coma algo, se quiser.

— Eu nunca me desonraria dessa forma, me sentando na presença de meu mestre - nhon, nhon, nhon - isso seria um absur-... O QUE?! - A empregada percebeu que, por algum motivo, estava sentada comendo uma bocada de bacon. Todos estavam atônitos com o que aconteceu, a empregada, por mais abusada que fosse, nunca faria tal coisa por vontade própria.

— O que você fez comigo?!

— Eu usei minha influencia, posso induzir as pessoas a fazerem certas coisas de forma natural

— Controle mental? – Ainz indagou.

— Não, nem hipnose, seria mais como seu tivesse dado um argumento muito convincente. Eu nunca conseguiria entrar aqui apenas pedindo passagem, seria morto imediatamente.

— Você possui poderes estranhos, não é mesmo?

— O que você fez comigo...? – murmurou Lupusregina.

— Sim, isso porque sou um humano abençoado.

— Todos os humanos se acham dignos da atenção de seus deuses – cuspiu Albedo.

— Não não, eu quis dizer literalmente que sou abençoado, é como uma maldição, eu não posso mentir, sou resistente a certas coisas e tenho essa... influencia.

— O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?! – gritou, por fim, a empregada, batendo com as mãos na mesa e se levantando.

— Me desculpe, foi falta de educação da minha parte, por favor sente-se, vou explicar. Me diga, o que você sabe de magia? O que é magia?

Lupusregina ficou constrangida pela sua explosão, olhou em volta até chegar a seu mestre que apenas gesticulou que continuasse.

— Magia é quando usamos mana para fazer mágica.

— Certo, mas incompleto. Magia é a capacidade de manipular a realidade usando mana, quando você cria "Bola de Fogo", de onde ela vem?

— Do nada – respondeu a empregada fazendo surgir uma bola de fogo em sua mão – simplesmente puff, ela surge.

— Não, ela vem de algum lugar, a mana está apenas juntando os elementos necessários para o fogo. Se você invocar "Napalm", o fogo terá mais elementos, da mesma maneira que "A Queda do Céu" irá trazer um rocha gigante de algum lugar, provavelmente do espaço. Já reparou que os círculos de invocação são parecidos com os de teleporte?

— Então uma criatura invocada vem de algum lugar?

— Isso, de algum plano de existência diferente e chega aqui atrelado pela magia.

— Mas Ainz-Sama invoca mortos-vivos continuamente.

— Neste caso, Lupusregina, seu mestre usa corpos, alterando sua forma e natureza, manipulando a própria matéria.

— Mas sua explicação também está incompleta – disse Ainz – magia também é a capacidade de alterar a realidade.

— Sim, como esperado do senhor da Grande Tumba – todos os guardiões ficaram enojados com a tentativa de bajular seu mestre – Existem magias que transformam as coisas, como o Anel de Desejos e a magia que mudou os oceanos, acho que alguém no passado desejou que toda a água deste mundo se tornasse potável.

— Qual a diferença então? Seria só retirar o sal da água dos oceanos – falou Lupusregina entre uma nova bocada de bacon.

— Sim, mas isso mataria todos os seres marinhos, não é o que aconteceu, eles foram mudados também, se tornando capazes de viver em água doce, por isso há tubarões nos rios.

— Minha magia vem desse tipo de magia, mas é uma classe à parte, eu sou capaz de manipular a sorte.

— Sorte é apenas um conceito abstrato – Argumentou Demiurge.

— Não, não é, sorte é a alteração das probabilidades de algo acontecer. O efeito sorte pode ser irrisório, em Yggdrasil um aumento de sorte em 100% apenas mudaria a chance de conseguir algo de 0,1 para 0,2%, mas nos níveis mais altos é tangível neste mundo, por isso as coisas acontecem a minha volta me beneficiando, não posso desligar isso, mas posso influir sorte nos outros em um certo nível.

— Em contrapartida você também precisa influir azar, não é mesmo? Equilíbrio kármico, Yin-Yang... – Todos se orgulharam da sagacidade de seu mestre ao mostrar o profundo conhecimento em uma área obscura e desconhecida para eles.

— Sim, para não prejudicar aqueles a minha volta eu impregno o azar em amuletos que posso usar.

— Os incidentes no Reino Dracônico... – murmurou Sebas que até o momento se manteve impassível.

— Alguns lugares merecem queimar – TW falou sombriamente lembrando fo bordel.

— Mas, tudo isso não explica como você sabe o meu nome! – Lupusregina apontou, até agora apenas o nome de Shalltear havia sido mencionado.

— Ora. He! Você me pegou… isso é por que seu pai me disse seu nome antes de você nascer – TW falou de forma sorridente, mas com um olhar soturno.

— Quem é você? – Lupusregina estava assustada pela primeira vez.

— Eu, quem sou eu? – as luzes do refeitório começaram a tremeluzir e falhar, algo que deveria ser impossível, todos levantaram suas armas – eu sou o perigo eminente, sou aquele que espreita nas sombras, SOU O MEDO QUE HABITA O CORAÇÃO DOS HOMENS, A FERA NA FLORESTA, EU SOU...

— Totally Wild, conhecido como a Besta, vigésimo sétimo Ser Supremo – disse Ainz de forma despreocupada enquanto olhava para sua mão e admirava suas unhas imaginárias.

— MOMONGA!! Você cortou minha onda!

— Você sempre foi muito teatral Wild, toda essa verborragia me cansa.

Os Guardiões não podiam acreditar, um Ser Supremo retornou, humano, mas quem era Totally Wild?

— Por que tudo isso Wild? Por que não veio antes? Por que você é humano agora? – perguntou Ainz.

— Bem, Momo... digo Lorde Ainz, como eu disse antes, me amaldiçoaram, perdi minha gloriosa forma de Wendigo e fui reduzido a isso, cheguei neste mundo faz uns cem anos, mas só fiquei sabendo de um magic caster morto-vivo lançando magias de último nível há pouco tempo, aqui não tem noticiários sabia? Além disso, fiquei com medo, podia ser qualquer um, eu não sabia muito o que mudou na guilda desde que fui expulso.

— Expulso! – todos se admiraram.

— Um traidor! Devemos matá-lo AGORA! – Gritou Albedo vendo a oportunidade.

— PAREM! Ninguém atacará sem a minha ordem, SEM CONTESTAÇÃO, Totally Wild está sobre minha proteção até que eu volte atrás, ainda há muito que eu quero saber. Acho que agora seria uma boa hora de irmos para o meu escritório ter uma conversa.

— Como desejar Santa... - então se levantaram e se dirigiram à saída.

— Você! – disse Albedo com desgosto – Você mencionou "Santa" várias vezes, jurou por esse nome, agora chama nosso mestre assim, o que significa?

— Ah! Esqueci que a magia de tradução que permeia este mundo não traduz nomes estrangeiros. Era assim que eu chamava seu mestre antes, "Santa Muerte", significa Santa Morte.

Os guardiões a contragosto admitiram que esse era um título ideal a seu Mestre.

...

Nota Do Autor

Olá, finalmente trouxe a identidade do Viajante ou TW como chamarei daqui em diante, nos proximos capítulos virão as explicações, espero que elas pareçam coerentes para vocês.

Sobre como ele chama Ainz, Santa Muerte, é muito parecido com o português, mas lembrem, os NPCs são japoneses, então toda vez que ele diz "Santa", com aspas ele está falando em espanhol e eles não compreendem, hahahaha! faz sentido? Acho que só deixei mais confuso

Sobre a aparência de TW, eu quero que ele seja um Wendigo xamã, do tipo corpo grande e de cabeça de crânio de cervo, uma aparência classica, espero que achem ele legal