Olá Pergaminhos e Nazarins Mr.Bones trazendo outro capítulo explicativo da minha fanfic Aquele que Voltou.
Inta tem seu primeiro encontro oficial com Ainz e Shalltear, todos aprendem algo.
Com vocês
Aquele que Voltou
Capítulo 42: Origens
Semanas antes do encontro entre Shalltear e Evileyes.
— Não acho que seja uma boa ideia.
— Não seja covarde agora, você que insistiu em conhecê-la!
— Isso foi antes, agora não tenho mais certeza...
— Você já conheceu meu mestre, não há ser mais poderoso que Ainz-Sama – disse Entoma enquanto empurrava Inta pelos corredores da Grande Tumba.
Nas semanas seguintes, após o início do namoro de Entona, Ainz achou que já era hora de ter uma conversa mais profunda sobre a Pena Dourada e os conhecimentos do senhor Barintacha.
…………………………..
Horas antes
Inta ficou impressionado com a beleza e o tamanho de Nazarick, a exuberância era algo indescritível. Ao chegar na sala do trono, viu o verdadeiro significado de deus sentado em um trono negro. Após serem anunciados, ambos se trataram como se fosse a primeira vez que se viam, por motivos diferentes, obviamente.
— É um prazer conhecê-lo oficialmente, senhor Barintacha.
— A honra é minha por estar, pela primeira vez, neste salão na presença de Vossa Majestade.
— Senhor Barintacha, sei de suas intenções com Entoma e acredito que ela é mais do que capaz de tomar suas próprias decisões a esse respeito, por isso não entraremos neste assunto, ao invés disso, gostaria de falar sobre você, de onde veio, e como se tornou um vampiro, se não se importar de falar.
— De jeito algum, Vossa Majestade, eu nasci Inta Barintacha há 2742 anos, herdei um baronato no reino de Urth, tal reino não existe mais, ele ficava na fronteira com o antigo Reino dos homens-fera, o Império Tlamok, este também já desapareceu, absorvido pelo Triunvirato, me tornei um vampiro quando tinha meus 22 anos.
— Humm, interessante, aparentemente reinos vem e vão com certa frequência. Sobre seu agressor, ele era forte?
— Não sei dizer, Vossa Majestade, mas ele parecia confuso, ensandecido na verdade, como se estivesse no frenesi que acompanha os primeiros dias da transformação, eu mesmo passei por essa fase, o período é como um sonho e quase nada é lembrado. Quando recuperei a consciência já estava longe de minha casa e quando retornei todos estavam mortos, incluindo o povoado, não sei se fui eu ou o outro que fez tudo aquilo.
— Parece que trouxe lembranças ruins a você, senhor Barintacha, lamento por isso – falou o Rei Feiticeiro acenando com a cabeça uma mesura.
— Por favor Vossa Majestade, não se preocupe com tal coisa, enfrentar o passado as vezes é preciso.
— Ainda assim, lamento, gostaria de remediar enviando um presente, ouvi dizer que o senhor tem uma coleção de itens mágicos significativa.
— Ah! Sim, nada parecido com a beleza que vislumbrei hoje em sua casa, meu senhor, muitos dos meus itens foram adquiridos ao longo dos anos, seria um prazer mostrá-los com mais calma em uma visita mais apropriada, uma de minhas mais antigas aquisições é uma pena dourada com tinta infinita…
— Que curioso, ela faz algo a mais? – testou Ainz.
— Não que eu saiba, a comprei quando ainda era humano de uma caravana que vinha do extremo norte, um bem encontrado em uma ruína, como o povo que me vendeu não possuía uma língua escrita, a pena não tinha uma utilidade maior para eles, então me venderam por mantimentos, cavalos e carroças. Foi aí que comecei a minha coleção.
— Extremo norte você diz, talvez eu vá até lá algum dia, mas minhas responsabilidades por enquanto me mantém muito ocupado, como agora. Bem, Senhor Barintacha, encerramos esta conversa por enquanto, espero que o senhor aproveite a visita à minha casa. Nos veremos mais em outra oportunidade, agora, com licença.
Inta e Entoma abaixaram a cabeça enquanto o suserano se retirava.
— Sua Majestade Ainz Ooal Gown se retirou do salão – anunciou Albedo – Entoma, você acompanhará o senhor Barintacha em sua visita, não? Espero que tenham cuidado.
— Sim, Lady Albedo.
Entoma levou Inta para conhecer a biblioteca e o sexto andar, os locais mais seguros para visitas ao levar em conta que os outros andares tinham o objetivo específico de causar dano, depois seguiram para conhecer Shalltear que os esperava, andando pelo corredor cruzaram com uma figura conhecida.
— Senhor Yamashiro?
— Senhor Barintacha! O que o trás aqui?
— Eu que pergunto, o que você está fazendo aqui?! – disse o vampiro dando um forte aperto de mão.
— Eu moro aqui agora.
— Entoma estava te procurando, foi assim que conheci ela, como veio parar aqui?
— É uma história longa, talvez depois com uma bebida a gente possa conversar – disse TW vendo a impaciência de Entoma.
— Homens – comentou ela – se distraem facilmente.
— Me desculpe, senhorita Entoma, não era minha intenção atrasá-los para seu compromisso.
— Não se preocupe com isso, senhor Wild, não é como se tivéssemos horário marcado com Lady Shalltear.
— Vocês estão indo vê-la? Boa sorte com isso meu amigo – disse TW sorrindo enquanto se retirava sem dar maiores explicações.
— Agora estou preocupado – gemeu o vampiro.
……………………………
Agora
— Não seja bobo, ela não vai te comer – empurrava Entoma – pelo menos acho que não, afinal vampiros não podem beber sangue dos mortos, ou mortos-vivos como você.
— Não, não podemos, mas isso não quer dizer que não possam ser feitas outras coisas
— Eu te protejo seu covardão, chegamos, se comporte.
— Ok amor, vamos lá.
A noiva vampira que aguardava na porta anunciou.
— A senhorita Entoma e convidado.
— Aaah! Deixe-os entrar.
Ambos entraram na sala de estar do quarto, era luxuoso e ostensivo, com um estilo vitoriano, a vampira estava sentada em uma rica poltrona estofada que a fazia parecer mais alta. Shalltear ordenou ao primeiro vislumbre de Inta.
— "Ajoelhe..." – ela nem terminou a palavra e Inta já havia feito uma genuflexão.
— Barintacha Hierofantes VI, ao seu dispor, minha senhora.
— Humm, vejo que temos alguém educado aqui, talvez eu tenha me apressado e sido descortês, afinal.
— Não se preocupe, minha senhora, se eu fosse mais jovem, inexperiente ou arrogante, eu não reconheceria vossa superioridade e talvez tentasse confrontá-la, impor seu poder é a melhor solução para tais conflitos com outros vampiros, minha senhora.
— Bem, bem, bem! Entoma, onde você achou esse humilde galanteador?!
— Obrigada Lady Shalltear, mas acredito que nós dois nos achamos.
— Muito bonito de sua parte, senhor Barintacha, pode se levantar. Entoma me disse que o senhor é muito antigo, eu a contragosto devo admitir que não possuo tanta experiência sobre outros vampiros, meus deveres com a Grande Tumba de Nazarick impedem que me ausente ou interaja com tanta frequência.
— Sim, minha senhora, eu mesmo passei por um período de pouco esclarecimento devido ao meu isolamento auto imposto, mas desde então sempre busco novas informações e as compartilho com aqueles que tenham a mesma atitude que eu.
— E quais atitudes você busca? – disse Shalltear sentando de forma mais séria em sua poltrona.
— Convivência, busco alternativas para a interação entre povos de raças diferentes, mesmo entre nosso povo isso tem sido na melhor das palavras, difícil.
— Acredito que o senhor então já deve estar ciente das políticas do reino feiticeiro a esse respeito.
— Sim, minha senhora, as novas legislações têm ajudado muito com isso, há algo em particular que a senhora desejaria saber?
— Coisas simples como... qual a nossa diferença? Afinal, minhas noivas vampiras são invocações e sinto que, da mesma forma que você, não somos iguais
— Bem, além do nível, Entoma me disse que a senhora é uma vampira verdadeira.
— E o que isso significa para você?
— Realeza, quero dizer realeza entre os vampiros, o mais alto grau que poderíamos almejar, mas ainda assim impossível para a nós, alguns têm a pretensão de se nomear Reis Vampiros, mas são apenas uma paródia do verdadeiro poder.
— Por que?
— Porque somos diferentes, nascemos diferentes, mesmo agora sua presença a marca como diferente, vampiros nascem pela mordida de outros vampiros, podemos estar atrelados a este mestre se consumirmos um pouco de seu sangue, mas um Vampiro Verdadeiro um Original, surge da magia.
— Como invocações?
— Não, é difícil explicar, meus estudos mostraram a existência de poucos Vampiros Verdadeiros ao longo da história conhecida, o último que ouvi falar foi Landfall que desapareceu, as histórias dizem que ele foi enfrentado pelos Treze Heróis, mas voltando ao assunto, Vampiros Verdadeiros ou Originais se transformam por magia antiga, a "maldição" é passada de forma pura, só isso já os torna tão fortes quanto um Vampiro Maior, mas com o tempo e se alimentando de sangue, os poderes aumentam exponencialmente.
Shalltear se lembrava de que fora criada por Lorde Peroroncino, não apenas transformada em vampira por magia, mas feita do nada como uma, um poder supremo.
— Entendo que, com o tempo, a vida longa seja a vantagem para se aprender muito, e o sangue nos serve de alimento, mas parece que seja mais do que isso, não?
— Sim, minha senhora, podemos nos alimentar apenas com sangue animal, mas somente com sangue de seres inteligentes ganhamos força, quanto mais forte o ser, mais nos fortalece, mas às vezes mesmo alguém fraco nos dá um impulso maior.
— E por que isso?
— Acho que são possuidores de Talentos.
— Talentos, aqueles como ser capaz de ver a distâncias maiores sem o uso de artes marciais ou ver níveis?
— Sim, algumas pessoas nascem com essas capacidades, mesmo ser forte já é um talento, o mais comum na verdade, as pessoas normais não chegam ao nível ouro em força, velocidade ou destreza, quem passa disso não são muitos aventureiros, além para os níveis Mythril ou Orichalcum são mais raros ainda, os Adamantite estão nos níveis de heróis, acima disso apenas os Godkins e os próprios chamados deuses.
— Os Godkins são os filhos e netos dos seus deuses.
— Sim e até mesmo descendentes dos Reis da Ganância, das Divindades Malignas ou de deuses mais antigos esquecidos.
— Então seguindo essa linha, talvez seus bisnetos, tataranetos ou a décima geração possa ter uma parte ínfima desse sangue, assim originando esses talentos latentes, por isso que o sangue de seres inteligentes deve nos fortalecer, sugamos o poder desses antigos "deuses" – concluiu Shalltear com desdenho.
— Minha senhora, isso é surpreendente, tal noção põe em xeque a maioria das religiões, pois tornaria grande parte da população, senão toda ela, herdeira desses deuses.
Shalltear estufou seu disfarçado peito plano com a descoberta que acabara de fazer.
— 'Vou contar imediatamente para Ainz-Sama, não, ele já deve saber disso, que bobagem a minha, mas Demiurge deve ter uma utilidade para tal informação e eu posso me gabar com aquela Gorila, será tão humilhante para ela hi! hi! hi!' – divagava em seus pensamentos a vampira.
— Lady Shalltear? Lady Shalltear? – chamava Entoma, mas sabia que havia perdido sua anfitriã por algum tempo para os devaneios.
...
Nota do Autor
Olá, neste capítulo eu mostro a minha interpretação deste mundo, onde Jogadores chegam a milhares de anos, obviamente seu sangue estaria disseminado pela população que talvez eles mesmos possam ter dado origem.
Afinal imaginem uma guilda famosa de Idols de Ygdrassil dando uma festa de despedida para milhares de convidados, como em uma festa de ano novo e de repente ao final do jogo são transportados para o Novo Mundo, a centenas de milhares de anos antes da chegada de Nazarick , eles dariam origem a uma nova população, talvez se misturando aos nativos ou não.
Bem, isso é assunto para outros capítulos, aguardem
