NOTA DO AUTOR:

Venho por meio desta pedir desculpas por um erro de publicação, como tenho postado em vários sites acabei pulando um que deveria ter sido lançado aqui semanas atrás, o Capítulo 41: Decisões, com o final do confronto de Inta e as Rosas Azuis, me desculpem por isso, este capitulo foi postado hoje, está no local dele, na ordem.

Em compensação também estou publicando o Interlúdio 9 que já seria postado hoje.

Novamente, me desculpem e aproveitem.

Olá Pergaminhos e Nazarins Mr.Bones trazendo outro interlúdio de minha Fanfic: Aquele que Voltou.

Certo eu havia prometido que o próximo arco seria a tempestade, mas me ocorreu escrever algo a mais antes disso, então isso se passa enquanto Ainz está viajando com os gêmeos no Reino Elfico, aprovetem.

As Rosas Azuis chegando a E-Rantel e são surpreendidas .

Com vocês

Aquele que Voltou

Interlúdio 9

Após semanas de viagem, a jornada estava quase no fim.

— Você mudou, antes você era legal.

— Sério?!

— Não! Agora você é mais legal, Baixinha. Conversa mais, está mais relaxada, até parece outra pessoa.

— Talvez por tirar o peso daquele segredo.

— Viu, antes você teria me mandado calar a boca, hoje parece até bem razoável.

— Ah, cale a boca seu monte de músculos - disse Evileye chutando a canela de Gargaran.

— E aí está ela de volta - riu a amiga enquanto esfregava a perna.

Quem guiava a carroça era uma das gêmeas, Lakius estava sentada ao lado, Gargaran e Evileye no fundo da carroça. Ela olhava para suas amigas; fazia décadas desde que ficou tanto tempo sem a máscara.

Ela podia livremente ver seus olhos, os cabelos balançando ao vento e brilhando ao sol, o suor escorrendo por suas faces, o sangue fluindo por suas veias. A sede ainda vinha, com menos intensidade agora que comia regularmente, mas a tentação era forte. Ela manteve o sorriso enquanto tentava pensar em outra coisa, mas a única lembrança que veio foi do primeiro dia de aula.

...

A vampira que assumiu sua educação chamava-se Shalltear Bloodfallen. Ela disse ser ministra dos transportes do Rei Feiticeiro e que estava ali para ser sua professora. Não há motivo para duvidar de suas palavras. Após sua primeira refeição, ela a liberou.

— Muito bem, menina, pode se limpar e voltar para suas amigas. Amanhã a gente se encontra em um novo local.

— Você me fez matar alguém... beber seu sangue.

— Como se você nunca tivesse matado um humano antes. Além do mais, eu não fiz nada, foi escolha sua. Podia tê-lo matado sem morder.

— Vo... a Senhora me mandou não usar as mãos e os pés.

— E disse para ser criativa. Você podia ter dado uma cabeçada, usado um feitiço, podia ter sentado na cabeça dele até sufocá-lo. Você que escolheu mordê-lo.

Evileye deixou cair o queixo.

— Voc... a Senhora me impediria.

— Você nunca terá certeza disso Hi! Hi! Agora vai, minha aluna. Tenho coisas para fazer-arinsu.

Ao chegar no acampamento, a vampira sentou em um tronco. O cheiro de suas amigas a fazia suar desesperadamente, sua garganta secando, suas unhas cravando em suas mãos, a tremedeira constante e a vontade desesperadora de se alimentar. Não era o frenesi incontrolável da primeira transformação, mas algo como um viciado que toma sua primeira dose depois de anos. Além disso, morcegos podem beber 200% de seu peso em uma noite; não seria um humano magrelo que saciaria sua fome.

Foi uma noite difícil onde sua força de vontade foi testada e lutou o máximo que pôde. No final, cada animal num raio de um quilômetro do acampamento acabou morto. Não tinham mais o mesmo sabor, mas foi o suficiente para aplacar sua sede.

...

— Chegamos! Se preparem, estamos em E-Rantel - disse Lakius arrancando a vampira de seus pensamentos enquanto a outra gêmea caía ao seu lado.

Entraram em uma longa fila até chegar ao portão onde a carroça foi vistoriada, e todas desceram para passar pela alfândega. Sua visita seria para conhecer o Reino Feiticeiro, e se preciso, levar informações aos possíveis aliados, pensava Lakius. Mas desde que Evileye se abriu sobre sua natureza, ela insistiu para que pudessem tentar ver mais coisas e com outros olhos. Todas imaginavam que ela queria contatar Momon, por motivos óbvios.

Dentro de uma sala, aguardavam para passar pelo workshop de aclimatização obrigatório para os novos visitantes. Foi quando viram a Empregada Demônio parada no meio da sala. Todas pensaram que era uma emboscada e tentaram sacar suas armas, mas nenhuma delas as estava usando. Tudo foi entregue antes de entrarem.

Entoma olhava diretamente para elas e permaneceu encarando o tempo todo. Ninguém se mexia ou piscava. Então, a porta se abriu, e de lá saíram as pessoas que terminavam a sessão, dentre elas, duas meninas sorridentes que se jogaram nos braços da empregada.

— Oneesan! Oneesan! VULPEEEES!

A Empregada tirou sua máscara, algo que fazia com muito mais frequência ultimamente, beijou as meninas enquanto elas abraçavam uma menina raposa. Entoma voltou a olhar para as Rosas Azuis, e a vampira se lembrou do que havia dito para ela aquela vez - "Quem iria querer um monstro com cheiro de sangue como você por perto?"

Neste momento, um homem alto, jovem, de aparência bela e rica se aproximou, abraçou a empregada e a beijou.

— INTA TÁ BEIJANDO ONEESAN, INTA TÀ BEIJANDO ONEESAN, VÃO CASAR! VÃO CASAR! - cantavam de forma infantil as crianças.

As Rosas Azuis olhavam boquiabertas, Evileye tinha certeza de que a Empregada Demônio, em todo esse tempo que as olhava, esteve sorrindo em vitória.