Foi uma grande decepção para Adam, com Laura saindo com seu primo will e levando a querida Peggy com eles!
Ele amava! sim ele amava, antes de Laura ele amava Peggy como sua filha! Sua constante luta para andar de novo, e ficar de pé quando os viu saindo com a carroça quase o fez enlouquecer.
Mas o homem é assim! O trabalho e a luta de andar de novo junto com seu pai Ben e seus irmãos Hoss e o pequeno Joe o fez levantar e a vida continua em Ponderosa.
Mas ele virou um homem do qual não tinha orgulho, frequentando mais e mais o salão e dormindo continuamente com as prostitutas, jogando cartas e bebendo muito como se isso fosse calar suas mágoas e seu coração, mas não funcionou!
Seu pai conversou com ele, isso não poderia continuar! Sério ele nunca foi esse tipo de homem, que não sai do bar, que não sai da cama de uma prostituta, devagar ele voltou, se entregou no trabalho, e voltou para a igreja, voltou a cantar nos domingos nas celebrações, e procurou constantemente uma mulher que ele pudesse amar
Foi num destes domingos que ele a viu! Ele não se lembrava muito dela, mas ela era bonita e quieta dentre todas as mulheres que estavam constantemente em cima dele, com todos os tafetás e chapéus cheios de pena, ele a achou tão simples, na verdade tão pura, e foi assim que ele conheceu Mary
Naquela tarde ele se aproximou e conversou com ela, ela era inteligente, gentil e tinha lindos olhos azuis, seu cabelo era preto e bem comprido ele descobriu que gostava de conversar com ela, ela gostava de poemas e ele também, ela gostava de peças e ele também, e de pouco e pouco foram se encontrando.
Ela é da filha única e seu pai era dono do Armazém, Adam a pediu em namoro para consternação do seu pai que tinha na filha o seu apoio, com a infeliz morte dele após um assalto, Adam a pediu em casamento, embora seu pai quisesse uma grande cerimônia, eles optaram por algo simples com poucos amigos
Ela foi morar em Ponderosa, Adam não ficou em seu velho quarto, havia um quarto destinado geralmente a hóspedes que se encontrava no fundo reservado, lá ninguém poderia ouvir os sons do seu acasalamento.
Mary era uma mulher pequena e ela o amava, primeira noite foi no mínimo agradável, Mary era virgem e Adão fez o possível para que ela se sentisse bem sem machucá-la, mas foi difícil por aquele queria muito isso, ela era inexperiente, mas ele sabia que com o tempo a sexualidade dela só aumentaria e eles chegariam a um ponto que os dois se sentiriam mais confortáveis
Mas era timidez de Mary seu principal problema, ela foi tirada de uma casa onde convivia com só com o pai, e recebida numa casa onde estava com seu marido seu sogro e mais dois Irmãos e um empregado chinês, o que a deixava incomodada.
Com o tempo a sexualidade de Mary cresceu e ela mais e mais se sentia a vontade com seu marido e suas exigências, mas quando ela começou a sentir enjoos , Dr Paulo foi chamado e Mary estava grávida, ela estava feliz e Adam mais feliz ainda, engraçado como o sentido de ter um filho faz um homem se sentir importante e uma mulher se sentir especial, ela agora lidava toda atenção de seu marido além da atenção do seu sogro e de seus irmãos, ela nunca se sentiu mais feliz dar um filho a Adam a quem ela amava .
Sua gravidez correu normalmente, doutor Paulo a visitava mensalmente e evidentemente solicitou que evitasse andar de cavalo e de carroça é da sua primeira gravidez então na verdade ele fez isso por é precaução
Adam a animava, embora ela começasse a se sentir gorda e desajeitada já no sexto mês de gravidez ele lhe dizia que ela sempre estava linda.
Mas então uma carta chegou, de Laura Cartwright, chegou para Ben dizendo que ela necessitava de sua ajuda e de todos, Will , sobrinho de Ben, havia morrido. Ela e Peggy estavam retornando para o único lugar que conhecia que era o rancho Dalton.
Ben conversou com a Adam em particular, expressou suas preocupações por Laura voltar:
- Adam veja ela é uma Cartwright agora, e o nosso dever ajudar nessa nova etapa, mas como você vai estar com isso?
-Pai eu estou casado agora e minha mulher espera um filho, Laura é o passado
-Filho você tem certeza disso? eu vi como você ficou quando ela se foi? Ela deve ficar hospedada aqui por um bom tempo!
Adam não sabia como lidar com isso, seus irmãos não estavam contentes, eles não gostavam de Laura e o do que ela fez para o seu irmão, sim eles também adoravam a Peggy, mas ter Laura convivendo com eles era um pouco demais
Adam não sabia como lidar com isso em relação à sua esposa, ele sabia que Mary tinha noção do relacionamento dele com Laura, mas as implicações disso não ficaram públicas, e agora elas estavam batendo em sua porta, ele não sabia realmente o que ele sentia nesse momento, ele achou melhor não comentar esse assunto com sua esposa, ela estava grávida ela não deveria se preocupar com isso, apenas ele iria dizer que foi um breve encontro entre os dois, e que Laura se apaixonou pelo seu primo Will, que faleceu por isso ela está voltando para tomar conta do seu rancho, mas internamente Adam tinha uma desconfiança algo que estava dentro dele pelas razões que Laura voltaria para cá.
Então daqui há um mês chegaram, seu pai foi buscá-las, e quando chegaram a frente da porta, Peggy desceu da carroça correndo e se jogou em cima de Adam, ela estava agora com 11 anos, um pouco maior do que quando saiu, ela o agarrou como a um pai, ele quase caiu para trás
-Ei calma! Que linda você está Peggy, senti tanta saudade de você! E Adam lhe deu um grande abraço, e então ele olhou para Laura, e ela estava linda, mais bonita que quando saiu, o cabelo loiro, os grandes olhos azuis, e seu corpo agora tinha mais peso, o que aumentou seus seios e seus quadris, Adam balançou a cabeça, não devia estar pensando assim, Litte Joe e Hoss chegaram e foram cumprimentá-las, e de dentro de casa surgiu Mary Edith, grávida agora de 7 meses, com um grande sorriso para recebê-las.
-Laura, Peggy, Adam chamou, e pegando na mão de Mary ele as apresentou, esta é minha esposa Mary Edith
Todos puderam verificar a surpresa de Laura e a decepção de Peggy, elas olharam para Mary que deu um passo à frente para cumprimentá-las, e foi estranho, como se não estivessem acreditando, mas Laura se recompôs e perguntou para quando era o bebê.
O clima logo se normalizou e todos foram chamados por Hop Sing para o almoço, ele cumprimentou Peggy com um abraço e friamente se inclinou para Laura, eles entraram e elas subiram as escadas para se lavar, Mary as acompanhou para seu quarto.
-Ah, Laura falou, ficaremos no quarto de Adam! Que estranho isso, Mary não entendeu a intenção, e explicou que ela e Adam usavam o quarto de hóspedes para eles.
-Que estranho! Adam ainda não construiu uma casa para vocês?
-Bem Laura, não havia pressa, e preferimos que o nosso bebê nasça em Ponderosa, nessa casa.
Mary notou um certo cinismo da parte de Laura, mas não a conhecia, então não podia ter certeza, já de Peggy ela sentiu seu ciúme, ela entendeu que aquilo era ciúme de Adam, e que isso iria passar.
E os dias estavam passando, o trabalho do sítio absorvia muito do tempo de Adam, Peggy agora ainda sem aula, o absorvia muito e Laura estava começando seus planos de reerguer o sítio Running D, e Adam como conhecia e tomava conta do sítio desde sua partida era a pessoa que deveria fazer isso.
Mas Mary se sentia só, essa solidão aumentava por ela não poder andar de carroça ou cavalo, então nas inúmeras visitas ao Running D, apenas Adam, Laura e Peggy iam, e Adam não tinha tempo, ele deitava tão cansado, e ela muitas das vezes já estava dormindo, que quase não se viam, ele tomava café mais cedo, para dar conta, pois os dois irmãos foram com a Marca, e passariam um mês fora, e ele era o responsável pelo que ficou, seu pai estava velho, e ficava com a papelada.
Ela estava incomodada, Peggy pouco falava com ela, quando estava com Adam ela o monopolizava, e Mary podia sentir o ciúme dela, ela até comentou com Adam, mas ele não viu isso, apenas que ela gostava dele como um pai, isso também a incomodou pois na verdade ele não era o pai dela, ele era o pai do seu filho dentro de sua barriga, e ele pouco tinha tempo para ela, mas ela pensou que esse pensamento era egoísta, e que Peggy era apenas uma criança e deixou para lá.
Laura era uma mulher muito bonita, ela parecia passar horas se arrumando, ela estava sempre com uma ideia nova para discutir com Adam, com meu instinto de mulher podia ver que Laura depositava muita confiança em Adam e talvez um pouco mais que isso, eles iam juntos praticamente todos os dias para o seu sítio, e voltavam as vezes depois do jantar, Adam vinha muito cansado, as vezes ele nem queria jantar, e assim correu o mês.
Já estava no meu oitavo mês, me sentindo enorme, na verdade não engordei demais, mas minha barriga estava grande e pesada o que fazia que eu me sentisse não tão confortável, e o calor estava demais, me fazendo sentir pior, comecei a verificar a intimidade no comportamento de Laura e Adam, eles as vezes na discussão sobre os procedimentos do sítio e até sobre a escola de Peggy que para mim pareciam íntimos demais, como se já tivessem discutido tudo isso.
Meu ciúme apenas aumentou quando Peggy foi para a escola, Adam a levava muito cedo, o que o fazia tomar café com os trabalhadores, agora eu não o via, nem pela manhã e nem pela noite, já que para adiantar os serviços no sítio Laura começou a levar o jantar, aquilo realmente estava me incomodando, sei que ele estava fazendo o possível, mas achei que era demais e eu iria falar com ele.
-Adam!
-Mary você está acordada! É tão tarde! Você tem de descansar pelo nosso filho!
-Adam você precisa parar, você não está conseguindo dar conta, seus irmãos ainda demoraram a voltar, você tem de largar o Running por enquanto, é muito! Eu quase não o vejo! E sinto a sua falta!
Ele se aconchegou em mim na cama, e me abraçou, e me falou no ouvido
-Também estou com saudade de você!
Isso me fez esquecer tudo, era o homem que eu amo me abraçando e me beijando, fizemos amor bem devagar e com o cuidado necessário, sei que Adam é um homem que gosta de sexo, mas senti o cuidado que ele tinha ao me tocar
Mas na verdade nada foi conversado, ele cansado demais e eu não queria aborrecê-lo, e ficou tudo igual até o dia em que uma grande tormenta atingiu a região, todos podiam ver que a tormenta estava chegando, Peggy veio da escola cedo, e perguntou da mãe e expliquei que ela estava com Adam no Running D e não havia voltado ainda, ela me olhou com desdém e falou algo que me surpreendeu
-Minha mãe vai ter Adam de volta, porque ela o ama, e ele a ama também, você só está atrapalhando, você e esse seu filho, porque você não vai embora e deixa ele ser meu pai de volta, é isso que ele quer!
As palavras dela me paralisaram, que situação era essa, o que tinha acontecido com Laura e Adam era mais do que apenas um breve sentimento? O que estava acontecendo diante dos meus olhos que eu não estava vendo, será que eu estava cega pelo amor de Adam, não acredito que ele possa me trair!
Aquelas palavras me fizeram fazer algo que sei que Adam me odiaria, eu sei que ele tinha um diário, e sei onde estava, nunca realmente havia tocado nele ou sentindo a necessidade de fazê-lo, mas agora eu estava confusa, eu precisava saber,
Maldito diário, talvez eu não devesse lê-lo, porque meu coração ficou muito pequeno, lá Adam descreveu o amor que sentia por Laura, e a fome por seu corpo, ela a achava uma Deusa, e estava lá a construção de uma casa para agradá-la, o que para nós não era importante, lá estava o cuidado com o Running e com Peggy que ele considerava sua filha, e depois a decepção da sua fuga com Will
Fiquei petrificada, não foi um sentimento apenas, estavam noivos iam se casar, e Adam estava construindo uma casa para ela, não havia como tudo ter sumido em apenas dois anos, me senti como um rebote para esquecê-la, era isso mesmo, Adam me amava de verdade?
Senti dores abaixo na barriga e fui me deitar, eu não ia deixar essa situação fazer mal para o meu bebê, eu dormi por umas boas horas, acordei assustada, era tudo escuro e eu estava com o diário nas mãos, não queria que Adam o visse.
Me levantei e acendi uma vela, era muito tarde, sai pela porta e pelo jeito todos estavam dormindo, mas meu sogro veio atrás de mim, já estava na cozinha me fazendo um chá.
-Mary você está bem? Algum Problema?
-Não meu sogro, eu estou bem! Onde está Adam, ele não chegou ainda?
-Não, e provavelmente ele e Laura não conseguiram sair com essa tormenta, não seria seguro, acredito que venham amanhã bem cedo
Eu me sentei, aquilo era demais para mim Adam e Laura passando a noite juntos, depois de tudo o que eu li, meu sogro notou meu desconforto e perguntou o que estava acontecendo
-Eu não sei o que está acontecendo, ou se realmente algo está acontecendo, mas estou começando a ver essa situação com outros olhos, e vejo claramente que o objetivo de Laura é ter Adam de volta para ela, e as lagrimas começaram a cair, eu não conseguia segurar mais, e ele mentiu para mim, ele as amou profundamente e esse amor não finalizou, ele ainda a quer
Meu sogro pareceu chocado pelas minhas palavras, mas ele não me contradisse, apenas me falou que eu carregava o filho de Adam e era comigo que ele se casou
Não havia mais nada a ser dito, eu me retirei para o meu quarto, e chorei tudo o que eu podia, não consegui dormir, cedo desci e Hop Sing estava fazendo o café, sai para o quintal para respirar, mesmo o ar estando frio, aí pude notar que havia atividade no celeiro, era Adam e Laura e eles discutiam
-Laura isso não vai mais acontecer, você entendeu, nunca mais eu sou casado, minha mulher espera o meu filho, o que começou errado nunca mais vai dar certo
Laura se agarrou nele
-Adam você ainda tem sentimentos por mim, essa noite foi isso, você me desejou e eu te desejei, pude sentir o seu corpo e você pode sentir o meu, venha comigo, seremos uma família de novo, você eu e Peggy, você sabe o quanto ela o ama, e eu te amo Adam, eu nunca devia tê-lo deixado.
Ela tentou beijá-lo e ele a afastou e se virou, foi aí que ele me viu, seus olhos nos meus, assustada, amedrontada, todos os sentimentos ruins dentro de mim, eu corri, entrei pela cozinha e dei de frente com o meu sogro, ele me pegou nos braços, e as lágrimas corriam,
-Eu disse a você, eles me traíram, Adam me traiu, por favor me leve para meu quarto, por favor, eu não quero vê-lo, por favor
Adam chegou na porta, mas meu sogro me pegou no colo, fez sinal de que Adam ficasse onde estava e pediu a Hop Sing que o seguisse, ele me pôs na cama, e minha barriga doía muito, eu estava desesperada
-Por favor é muito cedo para o bebê, por favor, chame o Dr, Paulo, eu não quero Adam nesse quarto, eu não quero vê-lo, por favor
Meu sogro notou o meu desespero e pediu que Hop Sing que estava na porta agora, ficasse junto a mim
Hop Sing, segurou minha mão enquanto eu chorava, desesperada com medo de perder meu filho, ele começou a falar mansamente para me acalmar
Ben desceu as escadas e olhou para Adam e Laura que agora estavam na sala, pediu pela porta que o peão fosse chamar Dr. Paulo com urgência, e após dizer isso, segurou Adam que queria subir a todo custo
-Adam ela não quer te ver! Não é o momento, não force uma situação.
Adam olhou para o pai e baixou a cabeça com lágrimas nos olhos
Então Ben olhou para os dois a sua frente, ele estava com raiva, ela acreditou também
-Então vocês simplesmente jogaram a confiança que tínhamos em vocês e a jogaram fora, bem agora acho que tenho de solicitar algumas mudanças aqui, olhando para Laura.
-Laura arrume suas coisas e as de Peggy, se as coisas estão prontas no Running D, então vocês iram para lá, mandarei dois homens para lá com vocês para não ficarem sós, ou se quiserem colocarei vocês na cidade, o que achar melhor, aqui não é mais possível
Laura assustada olhou para Adam
-Adam venha comigo, vamos iniciar uma vida no sítio, venha não tem como você ficar aqui mais, sua mulher não vai te querer mais
Adam olhou para ela com desprezo,
-Não Laura, você não entendeu, nós erramos, essa noite não foi mais que um erro, não há mais nada acabou, vou ficar aqui, meu filho esta para nascer, não vou sair de perto, mesmo que Mary não me queira mais
Ela o olhou com raiva, muita raiva e decepção, ela o queira, queria voltar a sua vida, mas ele a desprezou, ela sabia que corria esse risco, é tudo culpa da esposa, se ela não o existisse a aceitaria de volta.
Ela subiu as escadas correndo, Adam e Ben se olharam e imaginaram que ela iria se arrumar para sair, mas ela foi ao quarto dos fundos, com um empurrão abriu as portas, Mary a viu e gritou que saísse, mas ela começou a falar, Hop Sing tentou afastá-la, mas ela era esguia e estava com raiva
-Ele não a ama, ela a usou para esquecer de mim, você só tem o filho dele, só isso, ele ainda me ama, ele vai ficar comigo!
A gritaria chamou a atenção de Ben e Adam que correram tirar ela do quarto, Adam a agarrou pela cintura e a afastou e Ben se voltou a Mary que agora parecia pior que antes, sua barriga doía mais e ela começou a desesperar, Ben segurou sua mão tentando acalma-la até a chegada do médico
Adam entrou com Laura no quarto, e Peggy ouvia tudo e estava assustada, Adam segurou Laura com firmeza e mandou que arrumasse suas coisas e as de Peggy, Peggy agarrou-se a Adam dizendo que não queria se separar dele, ele delicadamente a puxou para o outro quarto, dizendo que jamais ele a deixaria, que ela podia contar com ele sempre, mas não com ele e sua mãe, pois ele não a amava.
O Dr, Paulo chegou, e foi enviado para o quarto de Mary, Adam queria ir junto, mas Ben não o deixou, que a pedido de Mary, Laura e Peggy foram para a cidade, para a pensão de uma conhecida, acompanhadas por dois peões da fazenda
A espera pelo Dr, Paulo foi de mais de uma hora, ele desceu as escadas preocupado, ele olhou para Adam e visivelmente Mary deve ter contado a história, pois o seu descontentamento era visível.
-Adam, Ben, agora ela esta mais calma e isso tem de acontecer, há um risco muito sério desse bebe vir antes, não quero nada que a incomode, deixarei aqui algumas ervas, ela deve fazer repouso completo, vamos ter a esperança de segurar um pouco mais, o bebe esta bem pelo que vi, mas Mary esta transtornada, e isso não é bom agora, ela me pediu que não quer vê-lo Adam, que não pode lidar com isso agora, e eu acho melhor, peço que se afaste daquele quarto.
Adam olhou e abaixou a cabeça, a culpa era dele, se algo acontece com Mary ou seu filho era culpa dele, ele assentiu e se afastou
Dr Paulo apresentou as ervas para Hop Sing, e instruiu como ele poderia acompanhá-la, ele queria fornecer uma enfermeira, mas Mary recusou, a história já era bem pesada, ela queria que os detalhes ficassem apenas entre eles.
Bem acompanhou o Dr. para fora, e Hop Sing foi ficar com Mary Edith, e finalmente Ben viu seu filho, no estábulo, ele estava chorando, Ben não pode deixar de colocar a mão em seu ombro, por mais errado que ele estava, ele podia sentir o desespero do seu arrependimento
-Pai, ou fiz tudo errado! Eu posso perder minha esposa e meu filho
-Adam você agiu mal, não sei o que dizer, apenas que se você tem sentimentos para com Mary Edith então você terá de lhe dar um tempo, se ela o aceitará de volta, eu não sei, apenas agora não é o momento.
Adam ficou arrasado, o que aconteceu naquela noite não devia ter acontecido, Laura o instigava a semanas, colocando a mão em sua perna, abrindo o botão da camisa, mas naquela tarde ela e Adam se molharam ao voltar do celeiro, estava muito frio , então Laura se despiu e se cobriu com o cobertor, Adam de costas também se despiu na sala, e se cobriu com o cobertor, as roupas foram colocadas perto da lareira para secar, o tempo estava muito ruim, não havia meio de voltar, Laura providenciou o restante dos lanches e eles comeram na beira da lareira, Laura se insinuava cada vez mais, ela veio ficar encostada em Adam porque estava sentindo muito frio, e pediu que ele a abraçasse, o sono tomou conta deles, eles dormiram entrelaçados, Adam sentiu uma mão acariciando seu corpo, ele se abaixou e beijou Mary, mas não era a de Mary, o beijo era outro! quando se deu conta de Laura se insinuando , ele estava ciente do erro que estava cometendo.
Adam imediatamente se levantou e se afastou, embora ele ainda tivesse por Laura um grande desejo, ele era um homem casado, ele não deveria estar deitado com uma mulher praticamente nua enrolada a ele, isso era uma traição a sua mulher, mas Laura pensou o contrário, ela se entregou com a certeza de que ele voltaria para ela, ele se afastou e começou a vestir suas roupas.
-Laura, vista-se! Precisamos voltar!
-Adam, meu amor, o que faremos agora?
-Laura, não fizemos nada, foi um erro termos dormido aqui, eu não te amo mais, não há mais sentimentos para continuarmos, eu amo a minha esposa e ela vai me dar um filho, preciso voltar.
-Mas Adam eu ainda o amo, fique comigo!
-Laura não é amor, é necessidade, o mesmo que quando o seu marido morreu e eu vim ajudá-la, agora Will morreu também e você quer reviver tudo isso, isso que fizemos foi um erro, vamos se troque por favor.
Adam ficou pensando em tudo o que fez, ele realmente errou, o amor que tinha por Laura não tinha um fim, e isso o fez desejá-la novamente, mas aí ele se foi terminado como deveria ser.
Mas Mary dificilmente iria perdoá-lo, agora ele precisava ter paciência para não piorar mais as coisas, era assustador que ele pudesse perdê-la e a seu filho por causa de sua idiotice.
Seu pai não saiu do quarto de Mary, suas dores estavam aumentadas, e ele mandou chamar o Dr. Paulo novamente, Adam pedia notícias, mas o estava matando a proibição de vê-la, seus irmãos chegaram e estavam decepcionados com ele, oras ele estava decepcionado consigo mesmo.
As dores aumentaram e o Dr. se preparou para um parto difícil, após algumas horas ouve um choro de bebê, Adam respirou fundo, ele queria subir, mas seus irmãos o seguraram, dizendo que não poderia ser o melhor momento, seu pai desceu com o pacotinho nas mãos, era um menino, grande e forte, mesmo tendo nascido um mês antes, Adam o pegou no colo e abençoou os céus, mas ainda não tinha acabado.
O dr. Paulo desceu as escadas vagarosamente, o bebê estava nas mãos de Adam, e Hop Sing desceu para preparar uma mamadeira, Adam olhou para o médico:
-Como esta Mary?
-Ela não está bem, há uma hemorragia, ela não reage, temo que podemos perde-la!
-Bem pegou o bebê das mãos tremulas de Adam, e pediu para o filho se sentar, mas ele apenas subiu as escadas correndo, lá com a enfermeira que estava fazendo os cuidados, Mary estava muito pálida na cama, ela parecia dormir profundamente, ele pegou sua mão e se ajoelhou na beira da cama.
-Mary se puder me ouvir por favor me perdoe eu abusei de sua confiança, por favor, por favor fique bem!
Ele chorou na beira da cama, com a mão de Mary entre as suas, ela estava tão branca, como um papel.
O dr. Paulo entrou no quarto,
-Adam me ouça, deixarei a enfermeira aqui para ajudar com o bebê e com Mary, gostaria de fazer algo, mas agora teremos apenas de acompanhar, se a hemorragia diminuir ela tem uma chance, mas não sei quando ela vai acordar, ou se vai acordar.
-Adam estava acabado, ele puxou a pequena poltrona perto da cama, e lá ficou por dias, devagar a hemorragia foi diminuindo, o bebê, ainda sem o nome, estava se adaptando com o leite, Adam o colocava junto a esposa, para que ela o sentisse e a fizesse acordar, e após duas longas semanas, enquanto ele dormia na poltrona, ela o chamou:
-Adam
Ele acordou num pulo, quando viu que ela olhava para ele, perdida como estava
-O que aconteceu?
Passando a mão pela barriga ela se assustou
-O meu bebê? O que aconteceu? Eu o perdi?
Adam segurou sua mão
-Não querida, você não o perdeu, é um lindo menino e está aqui mesmo
Ele foi até o berço e levantou um pacotinho embrulhado em um cobertor, e colocou em seus braços
-Aqui está! Apenas precisamos dar um nome a ele, eu te esperei para que fizéssemos isso juntos!
Ela pegou o bebê em seus braços, e o aninhou como só uma mãe pode fazer.
-Adam! Mary aparentemente se lembrou de tudo, ela o olhou com tristeza nos olhos.
Adam se agachou e olhou nos olhos de Mary, ele abriu seu coração
-Mary me desculpe! Não devia me deixar levar por uma situação passada, tão difícil para mim, quando Laura e Peggy voltaram era como se tivesse retornando a um passado, eu amava Peggy como minha filha, ainda a amo assim, mas Laura , não sei se a amava, mas quando ela escolheu Will, me senti esquecido, eu a valorizei, afinal íamos nos casar, mas reviver o contato, assim como a reforma do Running D, me fez reviver velhas lembranças.
Naquela noite passada, nos molhamos muito para proteger os animais no celeiro, tivemos de regressar a casa, e separadamente retiramos as roupas para que secassem, enrolados em cobertores, comemos algo que Laura preparou, e fui deitar em frente a lareira deixando a cama para Laura, Laura havia dado alguns indícios que queria reativar nosso romance, não sou bobo, apenas deixei passar, como um castigo para ela, mas nesse dia ao amanhecer pude sentir um corpo agarrado ao meu, me aconcheguei , na minha cabeça era você Mary que estava lá, me aconcheguei mais ao seu corpo nu, e a beijei, foi ai que acordei plenamente, e vi que era Laura.
Me levantei imediatamente, e comecei a me vestir, Laura interpretou o beijo como o desejo de retornar, mas não era isso.
O restante você sabe, e agora eu quero dizer que a amo Mary, eu aprendia a ama-la mais ainda porque você me deu esse filho lindo, quero passar meus dias com você! Espero que me desculpe, sei que meu comportamento foi horrível, mas eu a amo, e se me deixar vou sofrer horrivelmente.
Havia lágrimas nos olhos de Mary Edith, com seu filho no colo e seu marido a sua frente com todas as lindas palavras, seu coração estava machucado sim, mas ela olhou para seu filho mais uma vez, e decidiu acreditar em seu marido. Ela assentiu com a cabeça e Adam lhe deu um beijo delicado em seus lábios, o bebê resolveu nesse momento começar a chorar, Mary ainda não o havia amamentado, e sentido o seu leite descer, ela acomodou o bebe em seu seio e ele começou a sugar.
Adam nunca tinha visto algo tão belo como sua esposa amamentando seu filho, era uma visão que ele esperava nunca esquecer, o sentimento de que ela o havia desculpado era tranquilizador para ele, eles voltariam a viver em paz.
Laura após um tempo se foi! Ela após algumas semanas procurou meu pai com uma proposta de venda da fazenda, meu pai comprou a Running D, com um valor acima de mercado. Ela não me procurou, acho que se sentir desprezada não estava em seus planos, mas eu consegui falar com Peggy, eu expliquei a situação, que ela poderia contar comigo sempre, mas teria de ir com sua mãe, e Deus tomo conta das duas, não desejo mal a Laura, mas o acontecido serviu para me livrar dos sentimentos anteriores.
E a vida segue, meu filho Benjamim está agora com um ano, forte como um touro! Mary está feliz com nossa nova casa, é limpa e confortável, a construí em um lugar diferente daquela que me deu tanta tristeza. Ainda penso em Laura e Peggy, principalmente a menina que tenho grande saudade! Aguardo a respostas as cartas que enviei, isso me deixa preocupado, mas sei que o simples fato de procura-las iria deixar Mary desconfortável, mesmo assim eu aguardo!
