Boa Noite Tudo bem ?
Tô com tempo livre, então já vou deixar um capítulo novo.
Espero que vocês também tenham tempo para ler.
O voô para Japão pode ser bem longo umas 18 horas.
Ter um pesadelo nas alturas não é muito bom.
Descubra a seguir como foi esse voô...
Boa leitura.
P.O.V. OFF
Todos entram no avião e são automaticamente direcionados para a primeira classe, seus assentos ficam relativamente próximos uns dos outros. Uruha e Aoi se sentam lado a lado, enquanto Ruki e Reita se sentam atrás deles. O tradutor se sentou junto com o Kai ao mesmo tempo que as duas câmeras se sentaram juntas na aula econômica.
Uruha está com seus fones e Ipad pronto para ver um de seus vídeos e músicas, ao mesmo tempo que Aoi está ao seu lado dividindo um dos fones com ele. Ruki pega seu Ipad para ver alguns vídeos dos shows e acompanhe suas redes sociais enquanto que Reita opta por ler um livro que ganhou de um dos fãs. Kai prefere ver o filme que está disponível no catálogo da cabine.
Na primeira classe desse avião as cabines têm dois assentos confortáveis que viram leito, cada um tem uma tela na frente para escolher o filme como também uma mesa dobrável para colocar comida ou apoiar o notebook.
A aeromoça verifica se todos estão confortáveis e só então uma delas passa com o carrinho por eles forneceram água, bebidas, e petiscos como amêndoas, bolachas, chocolates e outros doces. Eles se servem pegando um pouco de cada coisa. Para aliviar a tensão de voar pedem saquê e uísque, que são servidos em copos com gelo e limão.
Eles agora estão prontos para uma viagem de volta para casa. Enfim, o avião decola e cada um está interagindo com o companheiro do lado esperando o tempo passar.
(...)
Depois de algumas horas de voo é feita uma escala em Dubai, posando para pegar outros passageiros e deixar alguns. Eles se levantam e andam pelo avião para esticar as pernas já cansadas o cansaço e o sono aparecer. Ainda é de madrugada e eles já estão com fome visto que o fuso horário atrapalha o relógio biológico de todos. Vão só esperar o avião decolar para pedir comida a uma das aeromoças.
Os pedidos são feitos e a aeromoça volta com potes de porcelana com o prato principal da culinária dos japoneses, o famoso yakissoba, pois na verdade eles não quiseram o outro prato executivo que estava sendo servido que era arroz com brócolis e carne fatiada ao molho madeira. Novas bebidas são oferecidas e algumas pedem mais refrigerantes e um pouco mais de Sake.
Eles estavam mesmo com muita fome, pois rapidamente terminaram sua porção de macarrão e um pouco das bebidas. A moça do carrinho traz sobremesa e uma típica do Japão foi escolhida por eles, o dango, um doce feito de feijão branco.
Entretanto não dá para deitar de barriga cheia, então no alto da cabine tem uma TV de LED de tela grande para uso comunitário, eles decidem assistir um filme juntos, pois as baterias dos eletrônicos já tinham acabado há muito tempo e estavam carregando.
O filme escolhido foi o favorito do Uruha: Avatar. Quase três horas de filme, para um voo que ainda tem muitas horas para atravessar os países que faltam e chegar em casa, é bom para descontrair, só faltava a pipoca. Certamente que eles escolheram esse filme para ouvir as tiradas do Uruha sobre o lance da ficção científica, até que é bem divertido e assim vão passando as horas do voo.
(...)
Ao final do filme, alguns foram acometidos pelo sono antes do mesmo terminar. As aeromoças ajudam os passageiros a se organizarem com os assentos que viram leitos, e distribuem travesseiros azuis da companhia aérea e os cobertores de lã, aqueles leves e antialérgicos na cor azul. As luzes da cabine são diminuídas ficando apenas as luzes de emergência nas laterais e no chão.
Ruki se aconchegou no peito do Reita fazendo com que ele abraçasse o baixinho, encaixando-o entre seu corpo e suas pernas. Eles ajeitam os travesseiros e dividem as cobertas, dormindo tranquilamente.
Uruha fica de concha com Aoi, ele passa o braço por cima do tórax de Aoi indo de encontro com sua mão e entrelaçando os dedos, de modo que não demoram a pegar no sono profundo. Kai também já está deitado em seu leito, já está suspirando e com a respiração um pouco forte, ele parece dormir um sono bem pesado. O único que pareceu perder o sono foi o tradutor que já havia dormido enquanto o filme passava.
(...)
" Com som dos pios de corujas, barulhos de animais rastejantes e risadas seguidas de gritos. Eles estão juntos novamente na floresta escura. De imediato não entendem isso como pode ser possível pois lembram de eles saíram da floresta antes mas estavam lá de volta. O que se tornou mais estranho esse local era a clareza dos detalhes daquela noite, tudo era tão nítido e a riqueza de detalhes feitos com que pareciasse ser real.
Os cinco homens se encontraram juntos nesse devaneio, vestidos de médicos com jalecos sujos de sangue.
Estão parados perto de uma árvore secular, suas raízes brotavam da terra e seu diâmetro não podiam ser abraçados nem com os cincos juntos em volta dela, era tão alta que sumia nas nuvens, devia ser uma conífera que só existe nessa região. Parados eles esperavam por alguém, mas quem seria? Por que você estava cansado? Por que eles estavam se escondendo?
A resposta veio quando cinco belas jovens vieram em sua direção.
— Eu pedi para vocês esperarem perto da escola, mas vocês vieram para a floresta — indaga uma Jovem alta com vestido longo.
— Como assim esperar? Todos falam ao mesmo tempo.
— Já esqueceram? — pergunta a jovem.
— Ah, ah!? — perguntamos juntos novamente.
— Convidamos vocês para dançar em volta da fogueira — responda outra jovem.
— Sim, é mesmo — confirmou Reita.
— É verdade, vamos nos divertir um pouco — disse Kai dando a mão para uma das jovens.
— Depois do susto de sermos perseguidos — reclama Uruha.
— Mas continuo com medo dos estranhos voltarem — revela Aoi.
— Ainda estou indeciso e assustado com essa decisão — disse Ruki olhando para os lados.
— Já estamos todos aqui, vamos andando! — diz a jovem abraçando um deles.
Eles seguem com os jovens em direção à fogueira, numa caminhada bem longa e desmoralizada que por mais que andassem nunca chegavam ao destino.
.:.:.:.:.:.:.
O nervosismo começa a ficar estampado em suas feições, suas respirações estavam alteradas e a adrenalina tomou conta de seus corpos os fazendo tremer e sentir calafrios. Eles estão em um loop interminável como se a floresta estivesse se fechando atrás, conforme eles caminhavam e vultos estavam à espreita escondidos entre as árvores prontas para atacá-los, mas por fim a fogueira foi avistada.
Uma sensação de colapso momentâneo ocorreu quando chegam a claraira da floresta, aquela angústia, o medo do desconhecido e o desespero que sentiram enquanto caminhavam acabando por se estabilizar. Sentindo suas respirações voltarem ao normal, dando lugar a surpresa e a beleza de suas companheiras que eram bem espontâneas, sendo bem simpáticas pois tentavam manter-se através do contato de mímica, para fazer-los entender o que estaria acontecendo no local, conseguindo deixá-los mais alegres e menos apreensivos.
De modo que eles logo perceberam outras duas mulheres do lado oposto da fogueira que já estava bem alta, uma delas tinha um violão e outra parecia mais velha e segurava uma espécie de papéis velhos enrolados.
Os cinco belos jovens pegam as mãos deles e formam um círculo e começam a girar em volta da fogueira, uma sensação de déjà vu paira sobre os cinco homens que por um instante sentem já ter feito aquilo no entanto estão rindo e se divertindo com a suposta novidade.
Quando a música termina, uma das belas jovens vai ao encontro da que está com o violão, nesse momento eles se entreolham e comentam:
— Agora tenho a dúvida, como vemos aqui na floresta? — pergunta Reita intrigada.
— Então, tem muitos detalhes e muitas cores, não parece um déjá vu? — pergunta Uruha.
— É muito palpável e bem sensorial, é tão real que estou confuso — comenta Kai.
— Pressinto que deva ser uma lembrança daquela noite da festa — comenta Aoi.
— Talvez, seja a resposta da amnésia de quando saímos correndo pela floresta — sugere Ruki.
Apesar da intriga com o fato ser uma lembrança do que tinham esquecido naquela noite, eles continuam como os jovens na volta da fogueira, que começaram a cantar sua música Dogma. Parece ser um sonho, quando é que eles poderiam dançar e cantar juntos de seus fãs sozinhos sem serem vigiados por staffs?
Mas seus temores e suspeitas ganham forma, quando estão cantando e sombras negras aparecem rodeando a fogueira. A letra da música Dogma fala sobre trazer a morte perfeita e envolver o mundo na escuridão, o que combina com essas sombras em volta das chamas da fogueira.
Um verdadeiro pavor toma conta deles quando sem aviso as belas jovens que pareciam frágeis e inocentes, agora se tornam perigosas e mostram o que pretendem quando discretamente se posicionam atrás de cada um deles. Num movimento de como se fosse uma demonstração de carinho dão um abraço, mas quando eles tentam se soltar, elas os seguram tão fortemente travando seus movimentos dos braços e pernas com uma força sobrenatural, impossibilitando a fuga deles.
A sensação de que foram arrastados involuntariamente para um fatídico destino, corre por suas veias aumentando os batimentos cardíacos e a respiração fica descompensada. Pode se ver claramente que estão mais do que apavorados, estão incrédulos de como pararam naquela situação desesperadora. Eles escutam a mulher mais velha dizer algo sobre eles serem os escolhidos de uma profecia envolvendo a escuridão e a morte perfeita em um ritual de fogueira.
Só depois dessa revelação que eles percebem, as mulheres só poderiam ser feiticeiras. Como não ligaram os fatos? A lua de sangue, a floresta, a fogueira, belas jovens e uma profecia, tinham sido escolhidos como sacrifício perfeito para os deuses pagãos. Depois dessas considerações percebem que esse pode ser o fim deles.
Numa tentativa desesperadora eles tentam convencer as jovens conversando com elas.
— Nos soltem, imploramos por favor — implora Kai aflito, se agitando para escapar.
— Não adianta nem tentar fugir, somos mais fortes que vocês durante a lua de sangue.
— Quem são vocês? Por que estão fazendo isso conosco? — pergunta Reita, tentando inutilmente se desvencilhar da mulher.
— Não perceberam ainda? Bruxas é o nome mais popular. Estamos seguindo a Profecia da Escuridão — responde uma delas.
— Que profecia é essa? Nos deixe ir embora — exclama Aoi já em prantos.
— Não podemos deixá-los ir, mesmo amando vocês.
— Por conta desse amor nos liberte — implora Uruha com muito medo e sentindo dor pela força exercida pela jovem ao segurá-lo.
— Vocês nos foram entregue como oferenda para trazer a escuridão para esse mundo, não podemos soltá-los.
— Alguém vai nos procurar, temos amigos na festa — disse Ruki tentando em vão se soltar.
— A única salvação eram aqueles que os perseguiam, os padres, afugentando, correndo e tentando levá-los à força, eles acabaram nos ajudando a ganharmos a confiança de vocês.
A agonia e o desespero aumentaram, quando uma massa de névoa negra que serpenteava na volta da fogueira, veio na direção de cada um deles, era possível sentir a presença do mal na fumaça representando uma força sombria poderosa.
Eles ficam mais agitados fazendo movimentos mais bruscos, tentando sem sucesso se libertarem de seus algozes. São ouvidos gemidos de dor, lágrimas de pesar e lamúrias sobre o fim que está próximo. Alterações na pressão, arrepios e calafrios são sentidos da nuca até o meio da coluna e há um aumento nas batidas do coração disparadas pela adrenalina.
Há uma sensação de que a respiração é cada vez mais pesada e que o ar não chega aos pulmões, porque nesse instante eles são necessários com a névoa negra, os fazendo perder todo o controle dos seus sentidos, certos de que não tem mais salvação. Eles param de resistir e lutar deixando serem possuídos pelos espíritos entregando sua existência às sombras da escuridão."
Notas Finais
Isso é real ou um pesadelo?
Deixem suas teorias nos comentários.
Obrigada por ler
Obrigada por favoritar
Obrigada por comentar ❤
Obrigada muuuito obrigada
