Boa Noite Tudo bem ? Como estão passando?

Espero que vocês também tenham tempo para ler.

Um pesadelo nas alturas não é muito bom.

Será que vão ficar bem quando acordar.

Descubra a seguir como foi esse voô...

Boa leitura.


P.O.V OFF

"Apesar de não ter mais domínio por seus corpos, eles ainda estão conscientes, não se sabe por qual motivo a força sombria deixou eles como observadores do que ia acontecer a seguir.

Eles estavam ali só presenciando os espíritos usarem seus corpos para realizar um ato sexual com aquelas mulheres, então foi para isso que foram escolhidos espécimes para reprodução de algo sobrenatural.

Eles foram privados do sentido do tato e da fala, assim não podem contestar o que estava sendo feito, foi deixado para eles de certo modo como pura maldade, os sentidos da visão, olfato e audição também toda a percepção sensorial, a excitação, o tesão, os orgasmos e todo momento que seus corpos estão copulando com as jovens da fogueira, eles podem sentir tudo sem poder interagir ou interferir.

Eles sentem seus corpos a ponto de ferver, os batimentos se tornaram elevados, eles sentem o prazer de preencher sua parceira com movimentos frenéticos fora do comum, a excitação dessa loucura de observar sentir e nem sequer poder controlar se completa quando eles atingem o êxtase e gozam dentro delas.

Eles sentem o líquido quente sendo ejaculado no interior com tamanha exatidão, pois esse acasalamento está procurando o ponto de encontro com a fecundação, afinal, foram escolhidos para procriar.

O ato sexual em si foi rápido, mas as sensações leva eles a loucura e ao desespero, o medo disso ser um sonho irreversível e ficar preso na escuridão dentro do próprio corpo só observando ser usado, é uma visão do Inferno que seria melhor morrer, talvez a morte perfeita seja assim. Quando você dança com a escuridão e oferece sua vida como adorno, essa pode ser sua recompensa.

Eles estão observando que seus corpos se separam das jovens e ficam sentados na grama olhando para o casal que está no meio do círculo na fogueira.

Então ele sente o ombro em brasa como se estivesse queimando, abaixa a manga do jaleco e os outros quatro podem ver claramente uma tatuagem se desenhando em forma de um pentagrama.

Sua companheira foi a escolhida para gerar a criança dessa união sobrenatural, para confirmar a ligação entre eles ela corta sua palma e o sangue que sai é levado a tatuagem cicatrizando-a instantaneamente, sendo selado com sangue o ritual foi cumprido.

Os dois foram ligados pela escuridão, novamente aquela tatuagem lembra um déjà vu de algo que não sabiam como foi parar lá.

Agora eles se sentem mais desesperados e angustiados do que antes, pois a lembrança da fala da jovem toma conta de seus temores mais profundos "Vocês nos foram entregue como oferenda." Com o ritual completo toda oferenda se torna o sacrifício, então o fim deve estar próximo.

Entretanto algo diferente ocorre deixando eles confusos, seus corpos possuídos se excitam novamente, aumentam seu desejo ardente por elas, as beijando com fogo e prazer fazendo seus instintos ferverem num misto de euforia e tesão, sem poder falar ou controlar os movimentos.

Eles sentem os batimentos das jovens se acelerarem ao extremo, e não podem avisá-las, causando-lhes uma parada cardíaca instantânea sendo acometidas por um infarto fulminante. Elas então ficam sem vida nos braços deles, que não podem fazer nada somente chorar lágrimas de pesar, elas se tornaram o sacrifício no lugar deles.

Esse sentimento de pavor e angústia de ser o responsável pela morte delas, começa a provocar descargas elétricas por todo corpo deles, aumentando gradativamente a frequência de um leve choque até uma descarga elétrica completa fazendo os músculos contraírem e retraírem quase ao mesmo tempo.

Os estímulos permitem a eles recuperar parte do movimento dos braços e mãos deixando elas caírem no chão, na tentativa de tentar pegá-las, eles recebem outra descarga tão forte que também os leva ao chão.

Onde ficam se contorcendo e revirando de dor, eles sentem os movimentos das mãos, braços e pernas voltarem, de posse novamente de seus sentidos. A voz que antes estava presa é libertada em forma de um grito tão aterrorizante e gutural no começo e estridente agudo no final que por fim os fazem despertar do pesadelo"

(...)

Algumas horas haviam se passado desde que eles dormiram depois do filme, o sono por algum tempo estava normal sem mudanças no comportamento, mas agora eles começaram a ficar agitados com a respiração ofegante, os batimentos estão acelerados, eles parecem estar suando muito, o que deixa o tradutor e as comissárias de bordo apreensivas, pois os cinco homens ali deitados, parecem estar tendo um pesadelo ao mesmo tempo.

Os movimentos das pálpebras se intensificam rapidamente, nesse estado do sono é perigoso tentar acordá-los, porque a pressão deles mantêm-se alteradas e elevadas. Para não correr riscos de complicações, só observam o desespero deles e monitoram as respirações com medo de que algo pior possa acontecer.

Para quem observa eles sonhando daquele jeito e o estado que eles estão, fica mais nervoso ainda porque não podem ajudar. Um pesadelo pode durar horas para o sonhador mas na verdade só passou alguns minutos.

Os pesadelos tendem a ser mais longos do que sonhos, com detalhes assustadoramente realistas e memoráveis.

As imagens nos pesadelos são uma mistura de memórias, informação recente a que você foi exposto e representações visuais de suas emoções, geralmente é influenciado por seus medos e estresse, como ser perseguido ou atormentado.

A resposta emocional aos pesadelos realmente podem te acordar, como costumam acontecer durante a segunda parte do sono, onde há movimento rápido dos olhos eles ocorrem no córtex visual que está ligado à amígdala.

Quando esses dois são ativados provocam estímulos autônomos do corpo, como resultados seu coração começa a bater mais rápido, a respiração se torna difícil e você pode começar a suar muito em um pesadelo, podendo acordar em pânico.

É nesse estágio do sono REM, que os neurônios estão disparando as ondas elétricas e estão em maior frequência, então a mente está mais ativa, é o mais próximo da consciência acordado.

Por isso que os pesadelos parecem mais longos e muito mais intensos, isso porque eles acontecem logo antes de você acordar e os visuais que causam emoções negativas são muito mais memoráveis.

Eles param de se mexer e num movimento brusco se levantam totalmente assustados e atordoados, abrem os olhos e um grito grave meio rouco e estridente no final é ouvido por toda cabine.

As aeromoças vão em seu auxílio rapidamente com toalhas de rosto e garrafas de água gelada, eles estão suados e muito assustados, em pânico e ofegantes, sem saber o que está acontecendo, ainda por causa da confusão do sonho com a realidade.

Todos bebem a água muito rápido quase engasgando, respiram fundo e começam a analisar onde estão, passam a mão por todo o corpo conferindo cada parte e testando a voz falando com os outros.

— Onde eu estou? — Uruha acorda em pânico, olha para o lado e vê Aoi acordar ofegante e assustado também.

— Parece que estamos numa cama, mas que lugar é esse? — pergunta Aoi, analisando onde estava deitado, ele levanta um pouco e vê Kai em outro leito, como o seu todo perdido.

— Vocês estão no avião, indo para casa no Japão — responde o tradutor, vendo eles muito confusos e perdidos.

— Como chegamos aqui nesse lugar? — pergunta Reita aflito atrás dos assentos deles

— Vocês estiveram aqui no avião esse tempo todo. — O tradutor pensa "Por que eles acham que estavam em outro lugar?"

— Por que estamos todos suados e molhados desse jeito? O que aconteceu? — pergunta Kai em meio ao desespero, até seu cabelo está todo molhado.

— Vocês dormiram depois do filme e começaram a ter um sono agitado, bem alterado mesmo, por isso estão todos suados — responde o tradutor

— Tivemos um sonho? Tem certeza? Mas era tudo tão real quanto esse lugar agora — indaga Ruki olhando para os outros e analisa o lugar .

— Sim, tenho certeza — diz o tradutor. — Vocês se lembram sobre o que era e como foi esse sonho?

— No meu sonho nós cinco estávamos na floresta, ao redor da fogueira e começamos a cantar. — Uruha começa falando levemente debochado.

Estava com medo, mas o sonho não deixou de ser bizarro, e agora acordado, pensando melhor sobre, era até engraçado.

— Também tive o mesmo sonho! Cantávamos Dogma com aquelas mulheres da festa! — completa Kai abismado olhando para eles, um pouco animado o líder analisa Uruha. Teriam tido o mesmo sonho? Seria muito legal e pavoroso ao mesmo tempo.

— Como? Isso é possível? Eu também. Também sonhei que estava lá, na floresta, não é? Dançando, sentindo o carinho de um abraço. — Aoi reflete espantado.

Kai e Uruha desfazem a cara de animação, dois terem o mesmo sonho já era mais que bizarro. Um arrepio sobe a espinha de todos ali, ainda desacreditados eles se entreolham em silêncio por um tempo.

Uruha franze a testa e quando abre a boca para perguntar ao namorado o que ele quis dizer com "abraço carinhoso", outra pessoa começa a falar o cortando.

— Foi tudo tão confuso, quando elas nos seguraram com força e falaram que tínhamos sidos escolhidos como sacrifícios — comenta Reita ficando nervoso. Tinha tido o mesmo sonho que os outros e estava ficando apavorado ao ouvir os amigos.

— Se vocês queriam me zuar por ter tido um sonho estranho, escolhessem uma maneira melhor. Acham que vou acreditar que todos tiveram o mesmo sonho!? — pergunta Uruha já com o sangue frio nas veias, estava assustado e ficando apavorado, suas mãos suando frio.

— O que… aconteceu? Que força era aquela que elas tinham? E quem mais lembra o que houve depois? — pergunta Ruki num pulo olhando para Kai e Aoi com os olhos arregalados.

— Tivemos o mesmo sonho — afirma Kai em um murmuro para si mesmo e ao lembrar do sonho fica pálido.

— Aquilo foi um sonho, só um sonho — disse Reita para Ruki, tentando se acalmar ao mesmo tempo.

Já Aoi estava ficando desesperado com outra coisa, Uruha ficará tão assustado que suava frio e respirava pouco, os olhos arregalados e rosto pálido.

— Eu matei alguém? — sussurrou Aoi descrente, e o silêncio tenso que se seguiu foi como uma explosão de nervosismo e desespero entre os cinco.

O tradutor e as aeromoças ficam mais confusos ainda com a possibilidade deles terem um sonho compartilhado e lembrarem de se encontrar dentro do sonho o que faz parecer uma loucura. Um conjunto de delírios e devaneios, mas eles continuam relatando o que sentiram e viram durante o pesadelo.

— Que sensações agonizantes e desesperadoras foram aquelas? — pergunta Aoi ainda apavorado.

— Senti essas sensações depois que aquela fumaça negra ficou perto de nós — disse Kai, lembrando de ficar com o peito apertado e uma certa falta de ar.

— Parecia que aquilo aconteceu realmente, algo naquela fumaça nos forçou a fazer aquele ato sexual, não pode ter sido só um pesadelo — afirma Ruki em dúvida sobre ser real ou só um sonho.

— Será que foi uma lembrança mesmo? O mais traumático e aterrorizante foi vê-las sem vida em nossos braços, talvez seja por isso que bloqueamos o que aconteceu — pergunta Reita e reflete: Será que tinha culpa pela morte dela?

— Tenho uma sensação de déjà vu, de que fomos usados para procriar e talvez seja a resposta para os nossos apagões de memória e sonolência itens — sugere Uruha para os outros.

Um pouco mais calmos eles se ajeitam nos assentos, e procuram beber a água mais lentamente, com a toalha limpando seu suor. Tentam se levantar e ficar de pé, mas os movimentos das pernas ainda estão dormentes os fazendo cair e sentar novamente.

Então continuam a conversar expondo suas teorias, sobre o sonho ser uma memória que foi bloqueada inconscientemente por causa do medo e pavor que eles sentiram na floresta escura quando saíram correndo.

— Por mais sinistro que isso seja, ainda mesmo que fosse verdade, algum noticiário falaria sobre a morte das jovens da fogueira? Parece que os rastros foram apagados como se tudo fosse planejado. — Ele se virou apontando para a televisão.

— Tudo isso é muito esquisito e complicado de se entender, desde aquela festa do halloween parece que algo nos controla e não somos mais nós mesmo — observa um outro homem com um tom de fala nervoso

— Até agora não entendi isso de sermos os escolhidos, e não sei o que fizeram com a gente naquele ritual com a nossa música. Sem falar daquela profecia estranha. — Alguém muito apavorado se lembra da profecia

— Ainda lembro da frase dela, que fomos entregues como oferenda para sacrifício, o que ela quis dizer com "entregues" para a escuridão? — pergunta o outro, pensando ele tenta teorizar o porquê eles não foram o sacrifício.

— A única resposta concreta é a explicação de como a tatuagem apareceu no meu ombro, e mais estranho ainda que ela foi cicatrizada com o sangue daquela jovem da floresta — completa o escolhido da escuridão.

Sem mais tempo para continuar essa conversa, eles são avisados que o avião chegou ao destino. As aeromoças pedem para seguir as medidas de segurança e colocarem os cintos, pois o avião para pousar.


Notas Finais

Já tiveram um sonho compartilhado?

Agora o Escolhido já sabe como a Tatuagem foi feita no seu ombro.

Quem seria ele?

Deixem suas teorias nos comentários.

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Obrigada muuuito obrigada