Capítulo 7

Aoi olhou para seu namorado aconchegado em seus braços e suspirou, havia interrompido Uruha e cortado o clima a mais ou menos 40 minutos atrás. Não foi intencional, estava com fome de verdade e sabia que o namorado entendia e não estava magoado, mas ainda queria a sobremesa que o loiro parecia ter esquecido.

O apertou mais em seus braços e recebeu um beijo nas costas da mão que se apoiava no ombro magro do outro. Olhou para a televisão e assistiu um pouco do programa de competição de karaokê, pensou se não queria descansar da viagem longa e talvez fazer um sexo matinal calmo e gostoso quando acordasse. . .

Se decidiu pela manhã seguinte, mas não demorou muito para mudar de ideia, estava querendo muito sentir o outro, estava com saudades, na turnê não conseguiam mais que orais e amassos rápidos.

Olhou novamente para o loiro e suspirou, também adorava a sensação de dormir abraçado com o loiro totalmente relaxado e satisfeito depois de um bom orgasmo. Se decidiu e tentou perceber se o loiro ainda queria algo naquela noite, mas decidiu que se ele mesmo quebrou o clima, iria trazê-lo de volta.

Começou com beijos insistentes nos ombros e pescoço, sua mão na cintura alheia apertou mais firmemente e a outra mão juntou todo o cabelo cheiroso para o lado, dando-lhe acesso à nuca e à orelha.

Fechou os lábios na cartilagem macia, sentido tanto o gosto de ferro dos 5 brincos de argola, quanto o gelado dos mesmos e da pele. Sentiu Uruha se remexer enquanto abria mais espaço para si, puxou levemente uma das argolinhas ouvindo a respiração pesada e profunda do namorado.

_ Yuu-chan? O que você quer, hein?_ A voz rouca falou divertida, mas a cabeça loira ainda estava virada para a tv.

— Terminar a noite em grande estilo. — Murmurou e voltou os beijos pelo pé da orelha, os lábios grossos raspando por sua garganta e indo para a nuca deixando uma mordida pequena e fraca, passou a língua e assoprou sorrindo leve ao ver os pelos se arrepiarem.

— Ah, Yuuuuuuuu. — O outro se espreguiçou manhoso e virou o rosto para olhar em seus olhos. — Não sei se tô afim. . . — O brilho divertido naqueles olhos fizeram o moreno retroceder em sua conclusão. Uruha tinha, sim, ficado balanceado pela rejeição mais cedo, e aquela era sua punição.

— Uhmmm Uru-chan, deixa eu tentar te dissuadir então. — Murmurou e beijou de leve os lábios bonitinhos. Tinham gosto de tempero de galinha, a coloração meio alaranjada dos lábios denunciava isso.

Deram selinhos demorados e intensos, que foram virando beijinhos rapidinhos e molhados, com estalos e sorrisinhos. Logo estavam se provocando mutuamente com mordidas e chupões nas bocas alheias.

Uruha se remexeu no sofá quase expulsando Aoi de lá e deitou a cabeça no braço do móvel, uma perna sua caiu da beirada e seus braços estavam de forma desleixada igual ao cabelo, toda essa pose e com o combo de olhar sexy e dedo displicente apoiado no lábio. Tudo isso era uma visão e tanto para Aoi que nesse remexo todo foi posto de escanteio para a ponta oposta do sofá e estava ali sentadinho o observando.

Tomou uma atitude mais rápido do que pensou, se deitou em cima do namorado e sugou o dedo que separavam suas bocas para dentro da sua, a mão do mais alto se fechou em suas bochechas e o dedo começou a se mover num vai e vem em sua boca. O olhar de Uruha se tornando mais sexy e tentador ainda.

Chupou e passou a língua no dedo dele, como se tivesse em outra parte de seu corpo, olhando diretamente nos olhos castanhos claros, quando o dedo foi retirado de sua boca após o maior morder os lábios, se abaixou e roubou um beijo demorado e fogoso do loiro.

Um maldito provocador, isso que ele é, um maldito. O quadril mais moreno começou a rebolar e estocar a calça com um volume aparente roçando no outro volume alto. O atrito era torturante, mas tão gostoso que pensava não conseguir parar nunca mais ao mesmo tempo que seu corpo gritava para algo mais.

— Uhmmmm, não, não consegui entrar no clima. — Uruha debocha e o empurra de cima de si, se vira, levanta e da dois passos antes de arfar e quase derreter nos braços que o circularam, a mão grande, firme e calejada da guitarra colocou-se entre suas pernas e agarrou o volume ali.

Uruha sabia que provocar Aoi e sair era atiçar um leão faminto, mas adorava.

Ainda sem muita reação, segurou nos pulsos do outro que espalmou sua mão na ereção coberta pela calça, a unha do dedo maior indo e vindo pela costura de sua calça. Desde quando começava o zíper até onde a mão alcançava, acima do períneo.

E os arrepios que tomavam conta de Uruha eram gostosos e violentos, uma promessa para a noite agitada que iam ter.

Aoi segurou firme na cintura macia e deixou que sua outra mão massagiasse da forma que lhe convinha o baixo ventre alheio. Desceu o zíper e abriu a calça que caiu um pouco antes de parar, mas precisou de um movimento mais brusco para que caísse aos pés do loiro.

Aoi dobrou as pernas e foi puxando o maior para se deitarem no chão da sala, tomando cuidado com a mesa de centro, deixou o corpo alheio abaixo do seu e admirou a bagunça que o namorado havia ficado.

A blusa levantada, os cabelos bagunçados mesmo que parcialmente presos, as pernas fogosas entreabertas e convidando-o para a perdição.

Se sentou entre as pernas dele e fez uma leve massagem nos pés, ouvindo um estalo ou outro sentindo o outro relaxar sob seus toques. Levantou a perna e beijou o tornozelo, com as pontas dos dedos acariciou a parte interna da panturrilha, o que fez um arrepio se espalhar pela aquela área.

Foi se abaixando e beijando a coxa gostosa, quanto mais perto chegava da virilha mais fortes ficavam os toques, com mordidas e chupões, encheu a mão no músculo firme e o fez abrir mais a perna para o lado, indo direto para o volume da cueca box.

Raspou os dentes de leve, ouvindo uma exclamação prazerosa do outro. Quando descobriu que Uruha era um tanto masoquista ficou surpreso e logo se animou, também não era a pessoa mais comportada no sexo.

Se ergue somente para olhar os copos vazios na mesinha e pegar um último gelo quase todo derretido e colocar na boca. Tirou a cueca dele e começou a beijar a outra coxa, mordeu o gelo pela ponta e passou-o junto dos lábios pela parte interna da coxa do maior, que começava a gemer entre arrepios e espasmos.

Colocou o gelo na boca em cima da língua e voltou sua atenção para o membro duro do outro que gemeu em antecipação, prendeu os cabelos pretos entre os dedos e viu o sorriso sacana dele.

Uruha fechou os olhos e deixou sua cabeça cair para trás em deleite quando sentiu os lábios em suas bolas. Mas quando o moreno abriu a boca e sugou de leve o gelo entrou em contato com a pele sensível, o loiro gemeu alto e falho, as pernas se contraíram e fecharam de leve antes dele relaxar e abri-las de novo.

Ficou completamente relaxado sentindo um prazer estável e gostoso percorrer seu corpo, o toque gelado e quente ao mesmo tempo, o arrepiava constantemente fazendo-o arquear as costas levemente. Os gemidos que saiam de seus lábios entreabertos eram baixinhos e espaçados pela respiração pesada.

Quando o moreno se afastou, levemente suspirou antes de sentir seu abdômen contrair forte e apertar as madeixas com força.

— Yuu!— Gemeu em desespero ao sentir a boca quente lhe embrulhar o topo do pênis e o resto de gelo se equilibrar na glande. Sentiu-se derreter em um prazer incrível enquanto era chupado intensamente, o gelo derretia ao seu redor e causava arrepios que o faziam revirar os olhos.

As gotas geladas escorriam e se empoçavam no pé de seu membro, mas em um certo momento começaram a escorrer para o meio de suas nádegas, o que fazia ele arquear fortemente as costas e gemer agoniado.

As pernas se fecharam com força, prendendo a cabeça do moreno entre as coxas roliças. O moreno aproveitou e ficou acariciando as pernas lisas enquanto sugava e passava a língua fogosamente pelo comprimento alheio.

O loiro não sabia como agir, sentiu-se ser engolido pela boca experiente e gostosa do mais velho, sentia a água gelada escorrendo por gotas delicadas para entre sua bunda, o que o fazia contrair. Revirava os olhos e tentava controlar sua respiração ofegante, o moreno afastou levemente suas pernas e desceu recolhendo as gotas de água com a língua, o que fez Uruha gemer alto.

Durante seu banho havia se limpado corretamente por que queria muito ter uma noite romântica com o namorado, mas havia tanto tempo que havia recebido um beijo grego que tinha até esquecido o quão gostoso era.

Abriu mais as pernas e agarrou a blusa do moreno com as pontas dos dedos, se remexia e contraia ao toque fogoso do outro que parecia apreciar cada reação do namorado.

Se afastou minutos depois e olhou para o loiro deitado no chão com uma carinha safada para si.

— Uhmm Uru, hoje eu vou te dar canseira. — Avisou auxiliando o namorado a tirar a blusa.

— Vai é? Admite Yuu, se eu rebolar direitinho você vem rápido — Provocou sorrindo faceiro.

— Olha quem fala, sempre quando te pego com mais firmeza você dura pouco. — E não era mentira. Nenhum dos dois havia mentido de verdade, descobriram isso quando no estúdio foram ter uma rapidinha, a experiência resultou em novidades para os dois e talvez a rapidinha mais gostosa de suas vidas.

Sorriram um para o outro e logo estavam se beijando com calma, Uruha deixou uma das mãos se perder nos fios negros e lisos do maior, enquanto a outra mão ia massageando os ombros e costas, as unhas arranhando por vezes a pele mais bronzeada que a sua.

Enquanto isso, Aoi se ajeitava em cima do outro, um braço de apoio com o cotovelo ao lado da cabeça do loiro, o corpo inclinado para aquele lado, a outra mão massageando com calma a coxa lisa. Uruha tem uma vaidade boa, por isso sua pele é macia e cheirosa, o moreno adora sentir em seus dedos.

Pegou na parte de trás do joelho e o fez dobrar a perna, passando por cima de seu quadril e descendo a mão pela parte interna da coxa. Separaram suas bocas e Yuu começou a distribuir beijos e mordidas no pescoço pálido, a mão grande apertando de leve o quadril e o puxando mais para perto, roçando os membros duros um no outro.

Voltaram a se beijar sentindo o gosto alheio, no meio do beijo Uruha enfia a mão entre os corpos colados e segura o pênis do namorado o direcionando para sua entrada, encaixou e apertou mais seu agarre no corpo alheio ao sentir ele se empurrar para dentro.

Pararam o beijo aos selinhos, Uruha deixando a expressão mudar da de agonia para a de prazer várias vezes enquanto Aoi abaixou a cabeça e a encostou no pescoço do namorado fechando os olhos. Tão apertado e macio que até esquecia de respirar.

Se ajeitou melhor sobre o corpo alheio e terminou de se enfiar dentro do loiro. Não sabia bem por que Uruha não gostava de ser preparado, dizia gostar da dor e ardência que vinham com o prazer de ser preenchido. Realmente não entendia já que quando assumia a posição de passivo gostava de ser bem mimado e preparado pelo namorado.

Os movimentos começaram lentos com apenas um ondular dos quadris do moreno, mas à medida que o tesão ia aumentando iam ficando mais brutos e rápidos, os gemidos mais altos e mais longos, as mãos seguravam mais firmemente a pele macia.

Estavam se aproveitando ao máximo, Kouyou rebolava levemente enquanto o namorado gemia fogoso em seu ouvido, o corpo balançando ao encontro do chão e o prazer o consumindo. Eram movimentos intensos, o loiro revirava os olhos com cada rebolar que sentia do namorado, o moreno se forçava para dentro do outro, contraindo tanto o abdômen quanto os músculos da bunda para ir cada vez mais fundo no corpo gostoso.

Estavam amando o sexo no chão da sala, mesmo que Kouyou sentisse as costas reclamando pelo frio e dureza.

Até claro, Aoi para de se mover, pegar as coxas fartas e enlaçar sua cintura, segurou nas costas do outro e se sentou sentindo Kouyou se agarrar em seu corpo. Levantou e foi andando pela casa, parou uns minutos para comer seu príncipe no corredor da casa dele por que o maldito não parava de reclamar miando e rebolar no seu colo.

Somente o encostou na parede e deixou uma mão na parede enquanto a outra segurava uma das coxas com força. O loiro era prensado na parede e seu corpo balançava pela força que o quadril do outro se chocava com o seu, mal tinha consciência do que dizia ou fazia, Yuu era gostoso e fodia bem demais.

Os movimentos eram mais lentos e menos ritmados, mas Yuu conseguia aplicar mais força e firmeza contra o corpo do namorado, que em algum momento começou a gemer mais alto quando sentia sua próstata ser tocada. Aoi era sua perdição, o maldito era bom de cama, o melhor em sua opinião, na verdade, a amizade colorida durou somente devido ao apetite sexual e bom humor de Kouyou que aumentou com a relação.

Aoi também tinha muito apetite sexual, mas bom humor ele nunca teve, era carente e sensível, mas tinha um humor do cão.

Após esfolar as costas do moreno mais velho com as unhas impulsivas durante os minutos que ele lhe pegava com força, ficou completamente dócil e mole no colo do moreno cheiroso enquanto ele andava para algum lugar para terminar consigo.

Estava quase gozando quando ele parou e foi achar outro canto, ele tinha essas paranóias de transar em todos os cômodos da casa, mas tinha aquela casa há anos, não só os cômodos, mas a maioria dos móveis já haviam sido batizados.

Foi posto no chão e logo foi virado, se apoiou na pia com força e agarrou nas bordas ao sentir Yuu o penetrando sem a menor dó.Se curvou para frente não tendo opção além de gemer sentindo o outro se acabar agarrando com força a cintura magra, mordendo o ombro e metendo com força. A cada vez que seu pau esbarrava na próstata do outro tinha que segurar o quadril com mais força por que as pernas branquinhas falhavam.

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— Nunca entenderei você, sabia? — Comentou se aconchegando no outro, logo beijando o ombro dele com cheiro de sabonete.

— Uhm? Por quê?_ Resmungou num suspiro, os dois estavam com sono e cansados depois de um orgasmo delicioso e um banho relaxante. A famosa conchinha era a posição preferida dos dois, mesmo que gostasse de ficar por dentro, Kouyou amava ver o moreno se deixar ser embalado por seus braços. Aoi sempre ficava na parte de dentro.

— Por que. . . Por exemplo, no dia em que eu acho que faremos sexo selvagem cheio de palavras obscenas sussurradas. . . Você vem e faz amor comigo, me dá beijinhos e diz que me ama quase a transa inteira. — Beijou o pé da orelha alheia. _ Mas, igual a hoje, quando você veio com massagem e beijinhos e eu achei que íamos para a cama e faríamos amor lento e gostoso. . . Você me jogou no chão e me fodeu em três cômodos diferentes! – Falou aflito, ouvindo a risada anasalada do outro.

— Não gostou? — Falou ainda de olhos fechados, estava quentinho nos braços dele e embolado no cobertor, Uruha tinha a pele quente e confortável.

— Adorei. . . Eu amo isso em você. — Beijou as costas dele e fechou os olhos se preparando para dormir.

— Você quem faz isso comigo Kouyou. — Ouviu o resmungo e sorriu.

Naquele momento nem a tatuagem satânica em seu ombro importava, estava com seu Yuu nos braços.