Disclaymer: Essa fic se passa no universo de Forgotten Realms e Golarion. Seus personagens e locais citados são de propriedade da Wizards of the Coast, da Paizo e dos jogadores que estão participando dessa campanha. Escrita sem fins lucrativos.
PS.: Essa história conta a origem do meu personagem para uma campanha de D mestrada pela minha amiga Wan. O Phalanx é um monge Warforged. Como essa campanha terminou em um hiato e não tem previsão de voltar, decidi reaproveitar ele em uma outra ideia para uma possível campanha do sistema que mais estamos jogando atualmente, Pathfinder. Então, a história dele estará ligada agora ao Meio-Orc Jade Rockbell, um aventureiro e membro da Sociedade Pathfinder. Por conta disso, essa fic vai ter mais três capítulos e será levemente diferente da original.
PS.:Nesse capítulo, há uma parte escrita pela DM, eu e as jogadoras da Brann e da Rhakonar, num roleplay feito por discord.
FULLMETAL SUMMONER
Capítulo 03: A Pedra Eidolon
Rhakonar e Brann partem da grande Llorkh, trilhando um caminho pela estrada à beira do rio como haviam feito há duas noites. Para o alívio de Bran, e ao mesmo pelo descontentamento de ambas pela baixa temperatura, o sol se põe mais cedo outra vez. No meio da tarde, o crepúsculo já despontava no céu cinzento, mas já conseguiam ver ao longe as luzes da pequena Loudwater, uma cidade bem menor e mais rural que Llorkh. Elas vêem o moinho que funcionava mesmo durante o inverno, e as correntezas do rio mais agitadas pela descida de relevos montanhosos. Como Dimble orientou, poucos metros depois do moinho, elas pegaram uma estradinha à esquerda, onde existiam cercas e pastos, pequenas fazendas e cilos. Quando a lua já estava alta no céu, elas chegaram à cabana de Nolan Amarantus. Feita de madeira, com pastos, celeiros e galinheiros, sendo recebidas por uma senhora rechonchuda de cabelos grisalhos.
"Nolan! Suas visitas chegaram!" Ela gritou ao avistá-las pela janela e abriu a porta para as duas: "Entrem, entrem. Oras, ninguém merece viajar num frio desses! Só o meu marido para dar esse trabalho aos outros"
"Saudações!" Branwen desce de Spyro e ajuda Rhakonar, quando as duas descem ela procurou um lugar para amarrar o cavalo e colocou a manta de volta sobre ele. "Nós viemos a pedido de… uh" Brann fez uma pausa. "Senhor Dimble. Viemos fazer uma entrega."
Rhakonar deu mais uma maçã para o Spyro. "Obrigada novamente pela carona senhor spyro" e se voltou para a senhora: "Isso! Parece que o senhor Nolan precisa de ajuda com um mineral novo? Trouxemos equipamento e força física se ele precisar. Sou Rhakonar e esta é Branwen."
"Muito prazer, sou Daisy Amarantus" ela ofereceu-lhes um sorriso gentil. "Sim, ele nos avisou mais cedo que vocês viriam. Ele e o Nolan são cheios desses truques." Ela riu e depois olhou para Spyro. "Ah, nós temos um estábulo onde pode deixar seu cavalo, meu bem. Só dar a volta. Meu marido está no celeiro atrás da casa, quando eu terminar o jantar…"
E, de repente, elas escutaram um estrondo vindo da parte de trás da casa.
"Pelos deuses, homem!" Daisy gritou para os fundos da casa, parecendo irritada ao invés de assustada. "Se vocês quiserem dar uma olhada no que eles estão aprontando... Só saiam correndo se algo borbulhar ou brilhar esquisito. Ele está... Empenhado."
"É um prazer conhecê-la, Senhora Amarantus. E não se preocupe, vamos fazer o nosso melhor para manter seu marido são e salvo." Rhakonar disse rindo ao ver que isso parece ser comum. "Vamos deixar o senhor Spyro seguro e ver o que está acontecendo lá atrás."
Bran se assusta com o barulho e a gritaria, mas tenta disfarçar. "Uhhh okay…? Prazer em conhecê-la e obrigada pela hospitalidade." E foi com a Rhakonar até o estábulo.
"Uma coisa que você vai encontrar bastante aqui em cima é barulho e caos. Se ficar muito pra você me avise e a gente pode ir para um lugar mais silencioso ok?" Rhakonar comenta sem olhar para a Drow que neste momento, usava um disfarce mágico para ocultar sua aparência. Olhando para ela agora, ela tinha a aparência de uma Elfa da Floresta.
"Tá tudo bem, já experienciei pior, acredite." Bran sorriu. "Só é um pouco estranho."
"Imagino que os barulhos daqui são diferentes?"
"Vocês também não tentam assassinar suas visitas. Coisa do tipo."
A meio-orc deuá uma risada alta. "Espere até você ver uma briga de bar onde todo mundo acaba se envolvendo sem motivo aparente"
"Quanto menos coisas me lembrarem de casa, melhor." Depois de estacionar Spyro no estábulo, Brann vai em direção ao celeiro bater na porta.
"Vamos fazer de tudo então para você achar uma nova casa senhora Branwen."
Elas se aproximaram do celeiro menor e bateram à porta. Apesar de ouvirem movimento lá dentro, ninguém as atendeu. Então, elas empurraram a pesada porta de madeira, e outra pequena explosão ofuscou a vista delas com um clarão. As duas só escutaram o velho resmungar "Diabos!"
Quando o clarão cessou de uma vez, elas viram que o celeiro mais parecia uma oficina improvisada. Com uma larga mesa no centro, uma abertura no teto, coberta de qualquer jeito com tábuas de madeira, livros e mais livros por prateleiras e algumas ferramentas que elas nem saberiam se ainda têm qualquer utilidade. O velho Nolan era um homem idoso, magro e careca, com um cavanhaque grisalho e a pele enrugada denunciando a idade. Quando percebeu a presença das duas, logo as recebeu com entusiamo. "Vocês são as pessoas que Dimble enviou? Finalmente! Venham, entrem. Ele me mandou minhas ferramentas?"
Mas o que chamou mais a atenção delas é uma criatura grande e corpulenta que estava atrás do mago, tão alta quanto as pilastras de madeira daquele celeiro velho. Rhakonar estava olhando super intrigada para o ser metálico.
"Boa noite senhor Amarantus. Aqui estão suas ferramentas" A meio-orc coloca as coisas na mesa. "Eu sou Rhakonar e essa é Branwen. Senhor Dimble disse que talvez você precisasse de ajuda?"
Phallanx. Um golem de metal com mais de 2 metros de altura, braços e pernas enormes que faziamm bugbears se sentirem intimidados se voltou para elas. Seus olhos eram dois orbes de luz visíveis por entre os vãos do que elas imaginavam ser seu rosto. Sua voz etérea ecoa pelo celeiro: "Quem são essas pessoas, pai?"
Rhakonar deu vários passos para trás, olhando para o alto e admirando o ser metálico.
"Isso não é uma armadura?" A clériga exclamou.
"Oras, claro que ele não é uma armadura! Phalanx é um achado de um passado antigo, um golem de guerra, mas agora é parte da família" O mago pegou um copo de madeira e abriu um registro no torso de Phalanx, de onde saiu um líquido espumoso. "Vê? Cerveja! Querem um pouco?"
"Pai! Não abra minha torneira na frente das pessoas sem me avisar antes!"
Após uma ruidosa risada do pai, Phallanx se inclinou sobre Rakhonar, chegando o rosto bem próximo a ela e dizendo com curiosidade: "você é verde. Nunca vi humanos verdes."
Rhakonar encarou o Mago e se voltou para a armadura falante: "Não, senhor armadura. Eu sou uma meio-orc. Não sou humana."
"Meiorque... o que é meiorque?" Indagou Phalanx olhando para a clériga.
"Ah… é… em algum momento humanos e orcs se juntaram e seus descendentes são meio-orcs...meus pais são meio-orcs… muito prazer… .ah… Senhor Phalanx…"
"Juntaram... o que isso significa?" O golem olhou de novo pra Rhakonar e depois para Bran. "Você é meiaorque também?"
"Talvez seja bom dar uma aula sobre o mundo para ele, senhor Amarantus." Respondeu a Meio-orc.
"Meu pai me dá aulas." Ele puxou um livro de uma prateleira que dizia "Nolanpedia". "Ainda estamos na letra J."
"Eu sou uma elfa da floresta, uh, me chamo Branwen." Ela olhou para a Rhakonar e pro Nolan com cara de "Esse querido vai matar a gente?"
"É, isso leva tempo…" Nolan disse, coçando a barba. "Eu reconstruí ele há pouco tempo, menos de um ano na verdade, embora o trabalho todo tenha demorado mais do que isso. MAS…!" Ele dá tapinhas amigáveis na lataria de Phalanx "É um ótimo garoto."
Os olhos do Golem brilharam com mais intensidade e as peças do rosto se moveram. Quase parecia um sorriso.
"Ah… tenho certeza que você deve ser uma ótima pes… digo... um ótimo golem, senhor Phalanx." Rhakonar respondeu. Em seguida, ela se afastou e virou para o Nolan: "O senhor disse para o Senhor Dimble que precisava de ajuda também?"
"Ah, sim, claro. Trouxeram as ferramentas? Essa pedra maldita está me dando muito trabalho!" Respondeu o mago estudando o minério sobre a mesa.
"Nós trouxemos o que o senhor Dimble colocou ali." A clériga apontou para a sacola que trouxe consigo.
Antes de Rhakonar terminar de falar, Nolan já está fuçando a bolsa em cima da mesa. Ele tirou uma série de ferramentas e uns instrumentos e os espalhou sobre a mesa. No centro dela, havia uma pedra peculiar. É acinzentada, mas sob a luz das lamparinas parecia haver uma aura que varia em tons de roxo, azul e ciano. A madeira da mesa embaixo e ao redor da pedra pareciam um tanto chamuscadas.
"Ah, aqui!" Ele retirou o que pareciam ser um martelo e uma ferramenta de corte, mas eles possuíam runas encravadas e gemas em suas empunhaduras. "Estou tentando partir essa coisa ao meio há dois dias! Nada funciona. E é um mineral que nunca vi igual, ele possui uma energia mágica absurda, é resistente à magias de dissipação, e até agora não entendo suas propriedades mágicas ao certo!"
Rhakonar agora começou a prestar mais atenção na pedra. "Onde o senhor a achou?"
"Cuidado para não explodir..." Bran sussurrou baixinho.
"Não se preocupe. Coisas vivem explodindo aqui. Já estamos acostumados." Phalanx respondeu. "Bom, quanto à sua pergunta, senhora Rhakonar, essa é uma história longa…" Nolan colocou óculos de proteção enquanto posicionava a ponta da ferramenta na superfície da pedra, balançando lentamente o martelo e se preparando para bater. Ele tentou uma primeira martelada, e a pedra em uma fração de segundos adquiriu um tom brilhante de branco e laranja. No entanto, a pequena explosão foi contida por um campo de força ao redor da pedra. Eles viram as gemas nas ferramentas que Nolan segurava brilharem magicamente. O velho beijava o martelo exclamando: "Perfeito. Chega de queimar as pestanas, literalmente hahaha!" E ele voltou a martelar mais confiante.
"Então, estávamos um belo dia eu e meu garoto Phalanx trabalhando perto das montanhas. Ainda era outono, estávamos aproveitando o tempo que podíamos antes do inverno chegar. Só que então eu senti há quilômetros um pulso de magia poderoso, que vinha lá de baixo..." Ele olhou para as duas, sério. "O underdark. Eu tive um péssimo pressentimento e usei meu último pergaminho de um portal para me levar à fonte dessa magia. Dou de cara com uma cidade duergar, sabe-se lá o quão profundo aquilo era. Mas, escondido como um gato, vi aqueles patrulheiros de vestes negras fazendo o que eles fazem lá embaixo. Mas além de matar as espécies do subterrâneo, eles estavam forçando os duergar a minerar essa coisinha aqui…" ele apontou para a pedra. "Taquei meu cajado na primeira pedra que vi na parede daquela caverna e corri pela minha vida através do portal. E agora estamos aqui..."
"A patrulha...está minerando isso?" Rhakonar olhou para Bran. "Senhor Amarantus, é possível que eles estejam usando isso para criar seres? Igual o seu golem?"
Bran ficou séria no momento que mencionaram a patrulha e respirou fundo com ódio. "Eles estão se metendo onde não devem, estão passando dos limites."
"Patrulha... Você sabe quem são?" Phalanx pergunta para Bran intrigado.
Ela olhou Phalanx e respondeu: "Infelizmente sim."
"A patrulha persegue drows. São fanáticos que acham que todos os drows devem ser exterminados. eu já tive que lidar com alguns deles…" Disse Rhakonar.
"Drows..." o Phallanx olhou na Nolanpedia. "Letra D..." ele mostrou o livro para as duas. "Esses?"
"Sim...esses. Junto de algumas outras raças, eles moram no underdark." Disse a meio-orc.
Ponderando sobre o questionamento de Rhakonar, Nolan levantou os óculos, e respondeu: "Acho pouco provável. Toda a tecnologia e a magia envolvida em seres como Phalanx são conhecimento anão antigo, perdido ao longo do tempo. Acredite, eu o estudei por mais de um ano e pouco descobri sobre origens de golens de guerra como ele… como eram usados, quando foram construídos… A Patrulha não tem magos e estudiosos para lidar com algo desse nível. O cérebro miúdo de milico deles não tem discernimento além do de levantar lanças e espadas."
"Você está certo com o cérebro miúdo. Meus companheiros foram atacados por criaturas feitas de aço maciço saindo de uma caverna perto de Neverwinter. Estamos tentando descobrir o que são essas criaturas…" Rhakonar murmurou.
"Espera aí, está me dizendo que existem outros golens de guerra por aí? Onde? Como ficou sabendo deles?" Indagou o mago. Mas antes que qualquer uma das duas pudesse responder, ele voltou a seus devaneios: "Minha nossa... Nossa, nossa, nossa. Isso é FASCINANTE! Horrível, mas fascinante! Jamais pensei que houvesse outros por aí. De onde eles vieram? Neverwinter está muito longe daqui…" Ele começou a se fazer várias perguntas ininterruptamente.
"Hmmm...meus companheiros estavam resgatando alguns refugiados drows e eles foram atacados por essas criaturas. Parece que só metade sobreviveu". A meio-orc falou com muito pesar o fim da frase. "A única coisa que ouvi deles é que eram essas criaturas de aço maciço. Nada mais. Talvez eu tenha mais informações nos próximos dias."
Nolan assentiu, finalmente em silêncio. Ele ficou pensativo e sério. "Sinto muito. Posso tentar descobrir algo sobre, e tenho certeza que Dimble também. Mas por enquanto..." ele suspirou e voltou a olhar para a pedra. "Vamos voltar para essa belezinha aqui." Ele se posicionou novamente para voltar a martelar a pedra. "Quero palpites de todos vocês. O que acham que essa pedra faz além de explodir?"
"Você já tentou ver se ela afeta o plano etéreo?" Indagou Rhakonar.
"Eu fiz alguns testes, e provavelmente não." Nolan enxugou a testa. "Mas consegui detectar muita magia embutida aqui dentro, então sempre existe a possibilidade disso ter a ver com outros planos. Vai saber, é o que estamos tentando descobrir…"
"Talvez estejam trabalhando em armas... alguma forma de usar esse material. Com certeza é algo destrutivo." Disse a elfa, finalmente quebrando seu silêncio.
"Talvez…" Rhakonar olhou para Phalanx "Quantas vezes seu pai já se machucou tentando quebrar essa pedra?"
"437." Ele respondeu sem pestanejar. "Ou foram 438? Fica mais difícil manter a conta depois da 350ª."
"Eu… imagino..." Rhakonar respondeu meio incrédula.
"O pai vai descobrir. Ele é muito inteligente. Mas essa é a primeira vez que vejo ele ter tanta dificuldade de descobrir algo."
"Todos nós temos nossos obstáculos às vezes. O de seu pai talvez seja essa pedra." Rhakonar respondeu sorrindo.
"Os desafios tornam essa vida muito mais interessante, meu filho." O mago cruzou os braços e observou Rhakonar segurar a pedra com certa hesitação. "Ao toque ela não faz nada. Mas é esquisito como ela tenta se defender."
"Hmm… quente e fria ao mesmo tempo. Já tentou atacar com magia? Usando os elementos? Fogo, água, energia radiante..." Rhakonar questionou o mago.
"De maneira controlada, sim. Mais que isso e Daisy viria aqui me bater com a frigideira."
"Sua esposa, aliás, é adorável senhor Amarantus…" Disse Rhakonar.
"Claramente a única mulher no mundo que me atura. Não sei o que seria de mim sem ela". Nolan ainda tentava dar leves batidas na pedra com sua ferramenta enquanto respondia à clériga.
"Já tentou jogar cerveja em cima, senhor Phalanx?" Rhakonar perguntou observando o mago.
"Foi a primeira coisa que tentei fazer. E tentei assar no meu forno interno também. Meu pai não gostou."
"Se você explodisse por dentro eu não sei o que faria! De preferência não tentemos colocar essa coisa dentro de ninguém!"
Nolan desferiu mais um golpe com a ferramenta quando viu a pedra trincar.
"Sim! Arranhou a maldita pedra!" Nolan riu feliz como nunca.
"Eu posso tentar quebrar. Talvez se eu socar com bastante força..."
O grupo trocou olhares antes de darem de ombros e Nolan respondeu: "Phalanx, é a sua vez!"
"Aqui vou eu." Phalanx pegou a pedra, colocou no chão e ergueu o punho. Em seguida, ele deu um soco que fez o chão tremer e a Daisy soltou um grito de frustração para o marido. Ao ouvir o grito da mãe, Phalanx se encolheu.
Phalanx acertou a pedra com tudo, e qualquer explosão foi contida sob seu grandioso punho. A rachadura na pedra parecia estar maior, e de repente Nolan pulou de seu lugar e entregou uma das ferramentas que Dimble enviou, para ele. A ferramenta mais parecia um tipo de prego gigante. O mago posicionou a ponta na fenda da rachadura, e pediu para Phalanx: "Segura assim e fica batendo até partir ao meio." E correu para trás da mesa outra vez.
Phallanx posicionou a ferramenta com a maior precisão possível pelas mãos imensas e começou a bater com a outra mão.
A pedra, por dentro, tinha um brilho metálico, e aquela aura multicor ao redor dela parecia ter crescido. Até que, de repente, no ar sobre a pedra, uma rachadura verde e brilhante se formou, pouco maior que um palmo.
"Senhor Amarantus… Isso deveria acontecer?" Rhakonar exclamou assustada.
"Oh-oh…" O mago parecia preocupado e se aproximou. "Eu reconheço uma fenda quando vejo uma."
"Uma fenda? Mas pra onde isso dá?" Gritou Brann observando a fenda crescer como uma explosão.
Phalanx se lançou entre o pai e a pedra estendendo a mão para a mesma e agarrando-a. Sua visão foi ofuscada pelo brilho esmeralda e ouviu uma voz desconhecida dizendo: "Eu vou morrer… ele vai me matar…"
Diante de seus olhos, Phalanx viu um jovem meio-orc ferido, olhando para ele confuso. O rapaz estendeu a mão para o golem e Phalanx sentiu ânsia de fazer o mesmo.
"Protetor Hidráulico Autômato Ligado A um Núcleo de Xenium…" Disse o rapaz com os olhos brilhando com a mesma energia esmeralda da pedra, quando seus dedos tocaram os do golem. Uma luz esverdeada emanava do braço do rapaz quando Phalanx sentiu seu corpo inteiro se mover no tempo e espaço numa velocidade vertiginosa.
"Pai!" Suas palavras ecoaram no vazio.
Continua…
