Saint Seiya pertence a Masami Kurumada e às empresas licenciadas.
Após o fim da guerra contra Hades, o Santuário de Athena precisou ser reconstruído pois a maioria dos templos zodiacais ficaram destruídos, aproveitando a reforma, a jovem deusa decidiu implementar algumas melhorias como a energia elétrica. Também foi selado um acordo de paz entre os deuses e como parte deste pacto, todos os guerreiros caídos de Athena, Poseidon e Hades foram revividos.
A partir de agora, a paz reinaria no Santuário, como Athena sempre desejou. Ou, era isso o que ela imaginava…
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Shina não podia reclamar da nova realidade que vivia no Santuário, principalmente com a abolição das leis que antes regiam aquele lugar, porém, ela não sentia-se em paz consigo mesma.
A prateada tinha consciência que durante a revolta de Saga havia cometido muitos erros. Teve preconceito com Marin e outros colegas de armas, não acreditou que a jovem chamada Saori Kido fosse a deusa, assim traindo-a quando deveria protegê-la e isso fazia sua consciência e coração pesarem. Sem contar que também se envergonhava de todo mal que fez a Seiya por julgar que o amava, agora sabia que esse sentimento nunca foi verdadeiro e sim uma ilusão criada por si mesma por causa da lei da máscara.
Por causa de tudo isso, a garota sentia que precisava de um tempo longe do Santuário para se alinhar consigo mesma. Então decidida, pediu permissão para embarcar numa viagem ao seu país natal para que pudesse se reconectar com seu passado, descobrir seu verdadeiro eu, e claro, vencer seus demônios interiores.
E assim ela partiu…
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Agora passado dois anos do início de sua jornada de autoconhecimento, Shina observava as cores avermelhadas do pôr do sol que contrastavam com a água azul-esverdeada da belíssima praia Polignano a Mare. A paisagem bucólica fazia refletir o quanto havia mudado e que ter tomado a decisão de deixar o Santuário foi a melhor escolha que podia ter feito por si mesma. Ela suspirou e fechou os olhos ao sentir novamente seus cabelos negros e ondulados balançarem por causa da brisa do mar, sentir o vento em rosto, que agora não precisava ficar coberto pela máscara fria, fazia aumentar sua sensação de liberdade e dever cumprido.
A paz habitava em seu coração e isso bastava para ela.
Ficou mais um tempo ali contemplando o belo cenário, depois voltou à pousada que estava hospedada, juntou seus pertences partindo em direção ao Santuário.
Quando lá chegou, rumou direto ao monte zodiacal, porque deveria comunicar ao Grande Mestre e Athena seu retorno, ao chegar em frente ao primeiro templo, surpreendeu-se, porque quem estava à frente dele não era o seu guardião, mas sim ele, com sua pose imponente e seus cabelos balançando por causa do vento.
– Bem-vinda de volta, amazona de serpentário, estamos todos felizes com seu retorno.
Continua…
