_ Coelhinha! - Pegou a garrafa e um pouco de vinho caiu no meu roupão. _ Você ficará bêbada.
_ Será melhor assim. - Deixei a taça no banco. _ Pelo menos terei coragem de contar que não lhe odeio mais, na verdade, nunca odiei. - Seu olhar tremeu. _ Acho que senti raiva por coisas que a vida fez comigo, mas ódio? - Neguei. _ Não, ódio sinto pelos outros e até mesmo de Dumbledore.
_ O que Dumbledore fez? - Sua voz parecia irritada.
_ Isso é para mais tarde. - Não posso perder a linha de raciocínio. _ Mas Tom, por causa disso tudo, ganhei uma família, uma tia, amigos, meus pais, mais amigos e você. - Sussurrei a última parte. _ Você me entende?
Meu corpo doía, minhas mãos tremiam e estava quase gaguejando, mas não sabia como descrever meus sentimentos.
_ Você gosta de mim? - Sua voz não parecia incrédula e sim, feliz.
_ Gosto. - O olhei e respirei fundo. _ Isso acaba com todas as minhas palavras antes de te conhecer, que nunca me casaria, que nunca o beijaria ou transaria com você, e que nunca seria nada sua. - Continuou me observando.
_ Você falou tudo isso?
_ Falei e pensei, mas o que posso fazer se tudo que faço gira em torno de você? - Olhei para baixo. _ Percebi isso com a ajuda do meu pai, mas depois que conheci... - Respirei fundo. _ Tudo que acreditava virou pó e fiquei feliz por você não ser uma criança, porque não queria ser uma pedófila...
_ Você não viraria, sei que tem princípios e sei que sua magia sabia que eu era um adulto.
_ Tom...
_ Acho que se você continuar falando, acabarei me esquecendo que você pode estar bêbada e acabar te beijando. - Abri e fechei a boca.
_ Então me beije e tire suas conclusões, senhor Riddle. - Engoli em seco e o vejo se aproximar, fazendo a garrafa e as taças caírem na grama.
Ele olhava para os meus olhos, mas se esqueceu deles e olhou para os meus lábios.
_ Falei... - Beijou-me e suspirei em seus lábios, mas apenas fechei os meus olhos e o puxei pela gravata. _ Isso é bom. - Sussurrei e ele usou essa brecha para adentrar com sua língua na minha boca.
Sua mão acariciava meu rosto e me deixava inebriada com as sensações, mas seu hálito de vinho me deixava embriagada e sedenta por degustar de seu sabor.
Minha cabeça doía, mas não queria parar de sentir seus lábios quentes nos meus, de sentir seus dedos deslizando pelo meu rosto e indo até a lapela do meu roupão para alisar a minha pele, o que me fez arrepiar e suspirar na sua boca.
Meu coração continuava batendo tão rápido no meu peito, que o escutava nos meus ouvidos.
Paro de segurar a sua gravata e o abracei, enquanto me puxava pela cintura para se sentar no seu colo.
_ Tom! - Ri e o olhei. _ Poderia ter me falado e me sentaria no seu colo com muito prazer, senhor Riddle.
_ Não receberia um sorriso tão espontâneo. - Falou rente a minha boca.
_ Não sei se estou beijando bem... - Não me deixou terminar e me beijou novamente.
Meus dedos inquietos brincavam com os seus cabelos, ao mesmo tempo, que suas mãos apertavam a minha coxa nua e quente.
_ Não terminei de conversar. - Sussurrei de olhos fechados e ofegante.
_ Podemos conversar depois? - Mordeu meu pescoço e apenas o deixei maltratar a minha pele.
Sua respiração quente com as mordidas me deixava de boca seca e apenas com vontade de me entregar.
Meu corpo estava tão quente, que parecia que estava com febre, mas só queria que ele me tocasse mais e me proporcionasse esses sentimentos.
_ Não. - Suspirei depois de sua língua deslizar pela mordida. _ Quero saber do juramento. - Deslizou o ombro do meu roupão e mordeu naquele lugar.
_ Agora? - Beijou o meu ombro. _ Estou fazendo algo muito importante. - Olhou-me e seus olhos pareciam poças de sangue de tão brilhantes que estavam.
_ Você apenas está me mordendo.
_ Mas isso é uma coisa importante. - Sorriu de lado. _ Acha que me esqueci do que você me disse no seu aniversário? - Fiquei sem esquecer. _ Que vários dos seguidores do seu pai queriam...
_ Mas não fiquei lá, fui logo para você. - Digo rindo.
_ Mas fiquei com ciúmes. - Beijou meu ombro e apertou minha coxa. _ Eles desejaram algo tão precioso, tão único e importante. - Pegou minhas mãos e as beijou. _ Queria ter ido naquela festa e matado todos eles.
_ Ah, certo, esqueci que você é possessivo. - Revirei os olhos.
_ Se continuar revirando os olhos. - Sua voz ficou rouca e me arrepiou. _ Vou te dar o motivo suficiente para isso. - Mordeu minha orelha.
_ Sério? - Deitei-me no seu ombro, o fazendo me abraçar. _ Esperarei sentada.
_ Mas você estará sentada mesmo. - Merlim.
Deslizou seus dedos pela minha virilha.
_ Você estará sentada em mim e estarei muito confortável. - Beijou a minha bochecha. _ Dentro de você. - Sorriu e parecia um anjo, mas era um anjo pecaminoso e diabólico.
_ Quero saber do juramento. - Revirou os olhos.
_ O achei na câmara secreta...
_ Nunca fui lá, como é? - Minha curiosidade aflorou.
_ Quando a gente estiver em Hogwarts, eu a mostro. - Concordei.
_ Mas acho que quando estivermos em Hogwarts, temos que nos odiar, Dumbledore pode desconfiar e... - Mordi meus lábios. _ Foi ele.
_ Ele? O que ele... - O sinto prender a respiração. _ Foi ele que armou aquilo? - Sua voz estava irritada e parecia que mataria qualquer um.
_ Foi, Dorea descobriu hoje com o senhor seletor. - Apertou minha cintura.
_ Isso só me motiva ainda mais matar aquele desgraçado. - Levantei a cabeça e segurei seu rosto para me olhar.
_ A gente vai matar ele, mas apenas meus amigos e você sabe disso, não posso contar para o papai ou a mamãe. - Ficou sem entender. _ Eles vão começar a guerra e não sei o que vai acontecer, então me prometa que não vai falar para ele.
_ Leesa...
_ Prometa. - Repeti.
_ Prometo. - Mostrou as mãos e ri disso. _ E você tem razão, temos que nos odiar na escola, mas apenas na frente de todos e quando estivermos só nós dois... - Sorriu de lado.
_ A gente vai se gostar. - Beijei sua boca. _ Como agora.
_ Sim. - Alisei seu rosto. _ Achei o livro que dizia sobre o juramento de herdeiro e nele dizia que a gente compartilharia tudo.
_ Alma, magia, corpo e sangue. - Concordou. _ Minha magia sentia falta de você, na verdade, todo o meu corpo sentia falta e isso me deixava com tanta raiva. - Colocou alguns fios de cabelo atrás de minha orelha.
_ Faço isso com as pessoas. - Riu. _ Mas pelo menos você percebeu que isso era amor incubado.
_ Não direi que você está mentindo. - Suspirei. _ Continue.
_ O juramento acaba quando as duas partes fazem o juramento, mas não morreremos devido o feitiço que aquela mulher fez. - Até isso ele sabia e deve ser por esse feitiço que ele se lembra de suas vidas passadas.
_ Sabe qual feitiço...
_ Ela não me contava nada, mas sempre escondia e fazia tudo por conta própria. - Falou irritado.
_ Por isso que você brigou tanto comigo. - Emoldurou meu rosto.
_ Sim, quero saber de todos os seus passos para que eu possa te ajudar, então espero que me conte tudo.
Isso não era impossível, então apenas acenei.
_ Consegui fazer o juramento. - Franzi a testa. _ Quer tirar as minhas roupas para procurar o coelho? - Levantou a sobrancelha.
_ Coelho?
_ Sim, tenho dois.
_ Por que dois? - Comecei a desabotoar o seu paletó.
_ Porque só fiz o meu juramento duas vezes. - Tenho três, isso é injusto. _ Na minha primeira vida não consegui fazer o que tenho que fazer. - Inclinou-se para frente e tirou o paletó.
_ E o que o seu juramento consiste? - Desabotoei o colete e logo comecei a desbotoar a sua camisa.
_ Proteger, ajudar e sempre estar com você. - O observei antes de colocar suas roupas para o lado do seu corpo. _ E ela jurou sempre me salvar.
_ E fiz isso três vezes. - Olhei para baixo e vejo o abdômen definido desse homem que estou sentada.
Tão forte...
Certo, tenho que procurar os coelhinhos e não ver como os mamilos do little lord são morenos e não rosados como pensei de início, ou como seu peito tem pintas pequenas e marrons em lugares diferentes.
E o preto realmente cai bem nele, olha como a cor se une perfeitamente com esse homem, ele parecia tão misterioso e poderoso.
Parei de pensar nisso, vendo os coelhinhos que estavam em sua costela e quando os toquei, eles se mexeram.
_ Isso é fofo. - Continuei alisando. _ Você ganhou o último coelho...
_ Naquele dia que curei você. - Sinto sua pele quente e macia. _ E como assim você...
_ Tenho uma terceira cobra. - Continuei alisando os coelhos. _ Ganhei quando achei que você estava morrendo.
_ Certo, tem um detalhe sobre isso. - Esperei que explicasse. _ O juramento só será feito quando a pessoa pensar que realmente é aquilo que deve ser feito.
_ O que quer dizer?
_ Realmente pensei que você precisava de mim, que deveria cuidar de você e proteger você. - Era tão estranho saber seus pensamentos tão íntimos. _ Mas naquela hora só poderia pensar no seu bem-estar e não no juramento.
_ Mas eu o salvei quando era bebê. - Estranhou. _ Mas não estava pensando no juramento, bom, na verdade, sabia que você não estava em perigo.
_ Quem tentou me matar? - Contornei os coelhinhos.
_ Dumbledore, só que um Dumbledore do futuro. - Isso me lembra que tenho a varinha das varinhas e a pedra da ressurreição. _ Tom, posso ser a mestra da Morte. - Sussurrei.
_ O que quer dizer? - Seus olhos brilharam.
_ Peguei a varinha do Dumbledore e ela está na escola...
_ E você tem a pedra... - Rimos. _ Só falta a capa daquele filho da puta.
_ Sim. - O abracei. _ Isso é tão legal.
_ Tudo está dando certo. - Suspirou e me abraçou. _ Tenho um pouco de medo disso acabar como antes.
_ Não vou deixar, nada vai acontecer. - Juro.
_ Também não vou deixar nada acontecer e dessa vez a guerra é algo banal para mim, sua segurança vem em primeiro lugar. - O olhei.
_ Mas a guerra é algo importante para mim...
_ Eu sei e vou te ajudar a vencer, mas se eu tiver a impressão de que morreremos, tirarei você da guerra sem pensar duas vezes, você é mais importante que a guerra. - Agarrei suas roupas.
_ Tom...
_ Não estou dizendo que não me importo com a guerra, mas, Leesa. - Parecia cansado. _ Estou exausto, mas serei seu Lorde e o peão que você apresentará para os outros, o assassino implacável, mas estou cansado.
_ Quer que eu...
_ Não, faremos juntos. - Esperou minha resposta.
_ Juntos. - Mostrei as mãos. _ Sem mentiras. - Beijou a palma da minha mão. _ Quero saber de certas coisas. - Mordi o interior da bochecha quando o vejo morder meu dedo.
_ Sobre? - Beijou a ponta do meu dedo.
_ Como conseguiu sair do orfanato?
_ Fiz um clone usando magia negra, ele pensa, fala e age como eu. - Deu de ombros. _ Nagini está com ele, não sabia o que fazer quando você me expulsasse da mansão Rosier. - Acho que posso deixar minhas perguntas para depois.
_ Você realmente pensa em tudo.
_ Sim, pelo menos a mansão Rosier foi fácil de encontrar e fácil de entrar. - Isso era verdade, as proteções dessa casa eram fáceis de destruir.
_ Essas barreiras são impenetráveis para essa época. - Continuou mordendo meus dedos. _ E sobre a poção?
_ Fiz ela desde que você me mandou a carta, bom, no dia seguinte, já que a minha coelhinha invadiu meu quarto. - Invadiria de novo. _ E não se preocupe, essa poção não é como daquela mulher e não acabará em horas. - Fiquei aliviada, mas ainda não entendia completamente.
_ Como assim?
_ Você só pode voltar a ser uma criança se você realmente quiser isso, se não, a poção continuará fazendo seu efeito. - Abri e fechei a boca. _ E ela só funciona naqueles que tem a mente e o corpo real de um adulto. - Juntou minhas mãos e mordeu os nós dos meus dedos.
_ Então você parou de envelhecer quando tinha 30 anos? - Concordou. _ Você me contaria ou continuaria omitindo essa informação?
_ Contaria no meu aniversário, por isso que pedi você de presente. - Ainda sentia vergonha só de lembrar. _ Queria contar...
_ Você deve pedir outra coisa de presente agora. - Ficou assustado. _ Você já ganhou seu presente duas vezes, não é meio... - Me beijou. _ Você é uma pessoa carente.
_ Sou carente por você. - Alisou seus lábios nos meus.
_ Também sou por você.
Devo parar de omitir meus sentimentos por ele, porque sei que mesmo demonstrando, little lord quer escutar essas palavras saindo da minha boca e escutaria, tentaria fazer o possível para que ele não se sentisse estranho.
_ Mais alguma pergunta? - Pisquei algumas vezes e concordei. _ Qual?
_ Me ajudaria a entender os princípios, táticas e estratégias de guerra? - Riu e me abraçou.
Ele gostava realmente de contato físico, e mesmo sendo um pouco estranho, não era desconfortável como antes.
_ Minha coelhinha, você não precisa disso, como falei antes, ainda sou o Lorde, a sua marionete e por isso, farei a guerra acontecer. - Segurei seu rosto.
_ Mas quero ajudar você, quero entender o que tudo aquilo significa, quero estar ao seu lado e não atrás como pensei antes. - Seu corpo estava rígido e seus olhos estavam opacos. _ Falei algo de errado? - Tombei a cabeça.
_ Não, apenas que esperei duas vidas para escutar isso. - O que elas fizeram com ele? _ Você quer saber sobre o meu passado?
_ Você não parece pronto para me contar e posso esperar. - O abracei e ficamos assim por algum tempo.
Ele pensando em algo e eu agradecendo por não ser presa por pedofilia, obrigada Merlim.
_ Agora pode me falar da terceira cobra?
_ Quer que eu mostre aqui, little lord? - Fui sugestiva.
Seu sorriso cresceu, mas suas mãos me apertaram, me fazendo ficar sem entender por sua mudança de comportamento.
Ele se levantou comigo e me jogou em seu ombro como um saco de batata, o que foi tão rápido que nem sabia o que dizer.
_ Acho que devemos ir para o quarto, já está esfriando. - Caminhou para dentro, e me despedi do céu noturno que nos vigiava.
_ Tinha aquecimento ao lado de fora. - Sinto sua mão em minha coxa. _ Estou com fome...
_ Também. - Sussurrou. _ Mas primeiro você mostra e depois a gente janta, mas se quiser ser o prato principal não vou me fazer de rogado. - Acho que ele estava louquinho para voltar a ser adulto.
