Olá pessoal! Espero que estejam bem!

Para quem não sabe, eu já tenho essa história há alguns anos, o local que eu posto originalmente foi no site Nyah Fanfiction. Após muitos anos parada, eu estou aos poucos reescrevendo, então lá no outro site, ainda esta o post original, mal escrito e completamente fora de tudo o que eu quero pra essa história. Assim que eu chegar no capítulo que eu havia postado lá por ultimo, eu vou voltar editando e fazer as novas atualizações, mas não quis esperar para postar a versão reescrita. Espero que gostem, qualquer duvida podem me mandar mensagens no privado! Espero que gostem, comentários construtivos são bem vindos!

PS: Esse capítulo tem beeeem menos dialógos, pois é mais uma história introdutória, prometo que melhora no próximo.

CAPITULO 1

Bella

"Você não é boa o bastante pra mim, Bella."

Aquela frase soava em minha cabeça repetidas vezes. A semana toda. O dia todo. A cada segundo.

A dor gélida e esmagadora atravessava meu peito, espalhando-se pelo corpo como um veneno lento, deixando um rastro de exaustão por onde passava. A sensação de solidão e abandono era tão devastadora que parecia se misturar ao meu sangue, congelando as pontas dos dedos e tornando-as frias e pálidas como mármore. O entorpecimento se espalhava pelos meus membros inferiores, roubando qualquer vontade de me levantar ou me mover. Por fim, voltava ao ponto de origem, o vazio no peito — que eu já havia começado a chamar de "centro oco" do meu ser.

O buraco dentro de mim doía tanto que respirar se tornava um esforço. Às vezes, perdida em devaneios, eu me perguntava: "É assim passar pela transformação?" Não consigo imaginar algo mais doloroso que isso. Nem mesmo o veneno de um vampiro.

Fazia três meses desde que Edward havia partido, e cada novo dia era apenas uma repetição do anterior: a mesma dor, o mesmo vazio. Os pesadelos me faziam acordar aos gritos — e, se antes eles faziam Charlie correr até meu quarto preocupado, agora ele os tratava com a paciência resignada de quem já havia se acostumado. Não que eu o culpasse. Ele estava fazendo o melhor que podia. Mas era evidente que ele não sabia como lidar com o que acontecia comigo. Não é como se existisse um manual para isso.

Quando janeiro chegou, decidi que precisava começar a agir de forma diferente — pelo bem de Charlie e pelo meu próprio. Meu maior medo era que, se eu não mostrasse sinais de melhora, ele resolveria me mandar de volta para Phoenix. E, só de pensar na possibilidade, eu me sentia apavorada. A ideia que antes me traria alívio, agora só despertava pânico. Deixar Forks significava abandonar tudo o que aquele lugar havia passado a representar para mim.

Meu plano era simples: colocar uma máscara de coragem e fingir estar reconstruindo minha vida social. Comecei marcando grupos de estudo com Ângela Weber e, embora ainda não conseguisse me sentar com meus antigos amigos, passei a escolher uma mesa no canto direito do refeitório — longe do antigo lugar dos Cullen. No entanto, o passo mais significativo que dei em direção à aparente normalidade foi começar a sair com Jacob Black.

Preciso ser sincera: olhando para trás, minha reaproximação com Jake não foi apenas porque eu queria estar com ele. Eu sei que fui movida por egoísmo. E, quando penso nisso, sinto vergonha. Veja: numa dessas tentativas de me socializar, convidei Jessica Stanley para ir ao cinema. Ela era uma das poucas meninas da minha turma com quem eu tinha alguma convivência antes de as coisas desmoronarem. Jessica, Deus a abençoe, era muitas coisas, mas empática não era uma delas. Tive que convencê-la a ver um filme de ação em vez de uma comédia romântica. Até hoje me pergunto se ela entendeu minha insistência ou não.

Não preciso dizer que o encontro foi um fracasso. Não me lembro de quase nada do filme, e Jessica parecia tão desinteressada quanto eu, apesar das minhas tentativas de puxar conversa. Ainda assim, foi na volta para casa que percebi como poderia me reaproximar dele.

No caminho até o carro, nos deparamos com um grupo de motoqueiros. Eles não pareciam diferentes do que se vê em filmes: jaquetas de couro pretas, várias correntes, motos enormes e possantes. Mesmo sem entender nada sobre o assunto, achei os modelos impressionantes. Assim que os vimos, Jessica me puxou pelo braço.

— Bella, é melhor darmos a volta. — E, por um segundo, concordei com ela completamente. Afinal, eu já havia passado por algo perigoso antes e sabia o risco que isso representava.

— Ei, princesas! Querem dar uma volta? — gritou um dos homens, jogando fora um cigarro e subindo na moto. Jessica soltou um gritinho, recuou e, forçando um sorriso amarelo, tentou me puxar para longe.

— Bella? O que você tá fazendo? Vamos! — perguntou, com a voz tensa, quando percebeu que eu não a acompanhava.

Mas eu estava absorta na lembrança de Edward me salvando no beco, naquela noite em que descobri quem ele realmente era. Meu coração disparou e, de repente, a adrenalina tomou conta de mim, abafando a dor que me consumia. Ansiedade, medo, excitação — sentimentos que eu não experimentava havia meses me inundaram.

— Bella!? — A voz de Jessica soava cada vez mais desesperada enquanto eu dava mais um passo em direção ao motoqueiro. Ele sorriu e deu um tapinha na garupa da moto, indicando que eu podia subir.

No quarto passo, uma faísca de dúvida cruzou minha mente. Talvez essa fosse uma péssima ideia.

E foi então que eu o ouvi.

Volte. — Era ele. A voz dele!

A essa altura, eu já estava a poucos passos da moto, mas a voz de Edward soou forte e clara na minha cabeça:

Pare, Bella. É perigoso!

E foi por isso que eu subi na moto.

O motor rugiu, e o vento frio cortava meu rosto enquanto corríamos pela estrada. Meu coração parecia querer saltar pela boca. A voz dele continuava ecoando em minha mente, pedindo que eu parasse, que me lembrasse da promessa que fiz sobre minha segurança. Mas... e as promessas que ele fez?

Por cinco segundos, tudo desapareceu — a dor, o vazio, a solidão. O som da voz dele parecia lavar minha alma e esquentar meu corpo. Durante esses breves instantes, eu me senti viva de novo.

Então, a realidade voltou. Em pânico, pedi ao motoqueiro que parasse. Ele, a contragosto, fez meia-volta e me deixou no mesmo lugar de onde partimos. Assim que desci, a voz de Edward desapareceu. E, com ela, o vazio voltou, esmagador como antes.

— Que droga foi essa, Bella?! Você tem um desejo de morte? — Jessica estava furiosa e, com razão.

Mas eu não me importava. Porque, naquele momento, eu sabia exatamente o que precisava fazer. Se correr riscos era o preço para ouvir a voz dele novamente, eu pagaria.

E foi assim que Jacob Black voltou para a minha vida.

No dia seguinte, depois de verificar o preço de algumas motos usadas e perceber que minhas economias mal seriam suficientes para comprar algo remotamente seguro, me lembrei de que Jake era um mecânico habilidoso. Com um pouco de sorte, encontrei duas motos velhas e quebradas no ferro-velho. O dono garantiu que ainda tinham salvação, então as coloquei na caçamba da caminhonete e fui direto para a reserva Quileute, com um único desejo em mente: ouvi-lo novamente.

Convencer Jake a consertar as motos foi surpreendentemente fácil. Depois de prometer ajudar no que eu pudesse, começamos o trabalho imediatamente. No geral, isso significava que eu ficava ao lado dele enquanto ele se sujava de graxa e desmontava as peças. Ocasionalmente, ele me pedia para pegar alguma ferramenta específica. No começo, esses encontros eram movidos apenas pelo meu egoísmo — tudo o que eu queria era encontrar uma maneira de estar com Edward de alguma forma. Mas, para minha surpresa, comecei a ansiar por essas horas ao lado de Jake.

Jacob tinha um sorriso que era como o Sol: brilhante, bonito e acolhedor. Apesar de ter apenas 16 anos, ele emanava uma alegria e uma tranquilidade que pareciam contagiar o ambiente. Aos poucos, estar com ele foi se tornando um alívio inesperado. Eram nesses momentos na garagem que eu quase conseguia acreditar que o buraco em meu peito estava diminuindo, como se as bordas feridas estivessem começando a cicatrizar. Quase parecia normal outra vez.

Mas essa ilusão se desfazia assim que eu ficava sozinha novamente.

Quando terminamos de consertar as motos e fomos dar a primeira volta, a voz de Edward ressoou em meus ouvidos mais uma vez. Sentia minha sanidade escapando aos poucos, se agarrando desesperadamente à esperança de continuar ouvindo aquela melodia viciante. Nem mesmo me acidentar me fez desistir de pilotar. No entanto, devo admitir que ver Jacob sem camisa por causa da queda me deixou brevemente desnorteada, desviando minha atenção do corte em meu braço e do sangue que escorria. A percepção do cheiro de sangue só chegou depois, e a náusea me atingiu em cheio.

Nesse mesmo dia, Jake me apresentou a "brincadeira" favorita da reserva: o salto do penhasco. Sua breve descrição sobre o grupo que praticava a atividade me trouxe um leve desconforto, pois me lembrou que – assim como Quil fizera com Jake – eu me afastei de outros amigos quando comecei a sair com os Cullen.

Sacudi a cabeça para afastar a sensação de mau agouro que essa percepção me trouxe.

Então, Jacob também me deixou.

Talvez essa seja a sina da minha vida: ser abandonada sempre que as coisas parecem fazer sentido, quando tudo finalmente se encaixa.

Tudo começou após uma ida fatídica ao cinema — uma tentativa desajeitada de Mike de transformar nossa saída em um encontro. Por sorte, consegui convidar Jake também, na esperança de que ele tornasse a noite menos desconfortável. Mas as coisas não saíram como planejado. Ângela e Jessica acabaram cancelando, e eu me vi sentada entre dois garotos que pareciam disputar minha atenção.

Enquanto Mike tentava insinuar alguma coisa, eu só conseguia pensar: Por que não posso ser como as outras garotas? Por que não posso simplesmente dar uma chance a ele?

A resposta veio como uma fisgada dolorosa no peito. Não seria justo entregar meu coração quebrado para alguém que merecia muito mais do que apenas os pedaços.

No meio do filme, Mike começou a se sentir mal. Na saída, notei que Jacob também estava estranho. Ele estava quente, absurdamente quente. Além disso, seu recente surto de crescimento também não fazia sentido. Comentei que alguém com uma temperatura corporal tão alta poderia ter convulsões, mas ele ignorou minha preocupação. Em vez disso, focou no que realmente importava para ele.

Tivemos uma conversa rápida, mas intensa. Ele deixou claro que sentia algo por mim e que estava disposto a esperar. Senti pena. Como explicar que não havia mais nada em mim para oferecer? Tudo o que restava eram ecos de um amor rejeitado. Mesmo assim, Jake prometeu que não me abandonaria. Disse que estaria lá quando eu estivesse pronta, para juntar as peças e me ajudar a seguir em frente. E mesmo não querendo coloca-lo nesse lugar de uma opção futura, um seguro, peguei-me sentindo um pouco de esperança.

Eu quis acreditar.

Mas a verdade é que, no final, Mike não foi o único que adoeceu naquela noite. Passei o fim de semana entre idas e vindas ao banheiro, e, quando finalmente melhorei, descobri que Jake também não estava bem. Ou, pelo menos, foi isso que Billy quis me fazer acreditar.

No começo, aceitei a desculpa de que Jake estava com mononucleose e que não poderíamos nos ver. Mas, depois de duas semanas sem respostas às minhas ligações, a depressão começou a apertar novamente.

Eu precisava de Jacob. Precisava de sua luz para me manter sã.

Na segunda semana de março, considerei seriamente ir até ele e confrontá-lo. Mas, quando finalmente o fiz, tudo o que recebi foi uma porta na cara. Jake me revelou que sabia o segredo dos Cullen e que estava claro para ele quem eu havia escolhido.

Tentei explicar que ele estava enganado, que agora podíamos conversar e nos entender. Mas ele apenas disse que, para o meu bem, eu deveria me afastar. Foi nesse momento que Sam e o resto do grupo com quem Jacob andava apareceram.

— Isso é culpa sua! — gritei, tomada pela raiva, enquanto avançava em direção a Sam. Com o canto dos olhos percebi os outros rapazes carregando um jovem com o corpo tremendo para a floresta, e a sensação de pavor continuou a crescer enquanto me posicionava em frente ao Quileute tão mais alto do que eu, minhas mãos começando a esmurrar inultilmente o peito de Sam, que não parecia nem um pouco abalado. Senti as lágrimas de frustração arderem nos olhos.

— Chega, Bella. — A voz de Sam era calma, mas carregava uma autoridade inquestionável. Ele segurou meus pulsos com firmeza. Suas mãos estavam tão quentes quanto as de Jacob no cinema. — Você fez sua escolha. E ele precisa lidar com isso sem você por perto.

— Chega, Bella. — A voz de Sam era calma, mas carregava uma autoridade inquestionável. Ele segurou meus pulsos com firmeza. Suas mãos estavam tão quentes quanto as de Jacob no cinema. — Você fez sua escolha. E ele precisa lidar com isso sem você por perto.

As palavras dele foram como um soco no estômago. Será que eu estava machucando Jacob? Será que estava brincando com ele da mesma forma que Edward fez comigo?

"Você flertou com ele na praia para descobrir sobre os Cullen" uma voz irritante que soava como Charlie a relembrou – ótimo, estou ouvindo mais vozes agora! – "E ainda tem a situação com as motos. Você é uma vadia sem coração, Isabella Swan".

Toda a luta deixou meu corpo. Sam teve que me firmar enquanto eu me apoiava em seu peito, as lágrimas de vergonha e tristeza escorriam sem controle.

— Eu não queria... Você tem que acreditar em mim. — Minha voz soava fraca, sem convicção.

— Eu sei que não. Mas isso não muda o que você fez. Deu esperanças a ele, usou a amizade de Jacob como uma muleta. Agora ele sabe a verdade e precisa lidar com coisas além da sua compreensão. Nós sabemos sobre os sanguessugas. — Me encolhi ao ouvir o termo; Jacob havia praticamente cuspido a mesma expressão ao me indagar sobre os Cullen. — É um conhecimento que pertence aos anciãos da tribo, um segredo transmitido para membros selecionados quando chega a hora certa, e ele levou isso pior do que poderíamos imaginar. — Sam soltou meus pulsos e se afastou. Eu encarei seus pés descalços, percebendo pela primeira vez que ele, assim como Jacob antes, estava apenas de bermuda naquela chuva torrencial.

— Vá embora, Bella, antes que fique doente. Eu te dou minha palavra de que não estou levando Jacob para o mau caminho, ou o que quer que esteja pensando. Isso é maior que você.

"Isso é maior do que eu." E não é tudo? Senti o peso da vergonha novamente e, com dificuldade, levantei a cabeça para encarar Sam.

— Você cuida dele, por mim, por favor. E diga que sinto muito; eu espero que um dia ele consiga me perdoar.

Sam estava assentindo antes mesmo de eu concluir a sentença.

— Eu vou, é uma promessa.

Retirei-me para a caminhonete, triste e abalada. Não sei exatamente como cheguei em casa, tendo dirigido no automático. Após amontoar as roupas molhadas no canto do quarto, me joguei na cama encarando o teto. As lágrimas recomeçaram.

Os próximos dias foram gastos de volta ao "estágio zumbi". Parei de fingir normalidade; meus pesadelos agora incluíam um Jacob encharcado pela chuva, me abandonando na floresta após a partida de Edward. As palavras de Sam ainda me causavam uma mistura de vergonha e tristeza. Tarde da noite, no domingo, deitada em minha cama e fingindo ler, peguei-me refletindo sobre isso. Em que momento me tornei uma pessoa tão egoísta a ponto de colocar todas as minhas necessidades acima do bem-estar da pessoa que se tornou meu melhor amigo?

Os próximos dias foram gastos de volta ao "estágio zumbi". Parei de fingir normalidade; meus pesadelos agora incluíam um Jacob encharcado pela chuva, me abandonando na floresta após a partida de Edward. As palavras de Sam ainda me causavam uma mistura de vergonha e tristeza. Tarde da noite, no domingo, deitada em minha cama e fingindo ler, peguei-me refletindo sobre isso. Em que momento me tornei uma pessoa tão egoísta a ponto de colocar todas as minhas necessidades acima do bem-estar de quem se tornou meu melhor amigo?

"Em que momento eu virei essa pessoa?" E realmente, quando me transformei em alguém tão antissocial que se isolava dos outros e só se aproximava quando precisava de algo? Afinal de contas, usei Jessica e Ângela para simular que estava tudo bem para Charlie e recorri a Jacob para consertar as motos em meu surto de ouvir a voz de Edward. "Não vamos nem pensar nisso agora."

Enquanto crescia, sempre fui um pouco tímida demais e tinha a tendência de ficar no fundo da cena, deixando outras pessoas se destacarem em meu lugar. Contudo, ao longo dos anos, apesar de me mudar com frequência, consegui fazer algumas boas amizades, com as quais mantive contato, primeiro por correspondência e telefone, e depois por e-mail. "Qual foi a última vez que falei com Claire e Susan?" Meu último e-mail para as amigas, que enviei no ano em que morei em Tucson, provavelmente informava que já estava instalada em Forks e que a primeira semana de aula havia passado sem intercorrências — pois preferi não mencionar o cara estranho que parecia não gostar de mim, para não preocupar as meninas. Recebi alguns e-mails delas depois, mas ao me ver envolvida em meu relacionamento, fui deixando de me corresponder e, aos poucos, elas foram parando de entrar em contato; aquelas pontes agora provavelmente estavam queimadas.

Parecia haver um padrão aqui: a forma como meu relacionamento com Edward acabou me afastando dos outros e me impediu de formar novos laços. Claro, sabia que tinha uma boa parcela de culpa por me deixar levar pelo primeiro amor dessa forma. E, nesse processo, me perdi completamente. Havia lutado a vida inteira para ser uma garota centrada, com uma compreensão clara do certo e do errado, responsável e independente. Mesmo que essa independência e essas responsabilidades tenham sido impostas em uma idade muito tenra, devido à personalidade livre da minha mãe. Não que eu guarde rancor, mas muitas vezes a comida só estava na mesa e as contas pagas porque eu tomei a frente. Ao vir para Forks, percebi que Charlie também precisava de cuidados, embora bem menos do que minha mãe, por ter aprendido a se virar todo esse tempo sozinho. Dediquei-me a preparar comida caseira e a manter a casa limpa, em retribuição ao carinho velado do meu pai.

"Eu sempre fui a cuidadora, e quando Edward apareceu, senti que podia ceder o controle. No entanto, acabei me tornando o que ele queria que eu fosse no processo." A constatação disso fez meu peito latejar de dor. Isso não me faria amar Edward menos, mas eu poderia, pelo menos, tentar corrigir algumas coisas agora que havia identificado a fonte do meu descontrole e o que me transformou nessa casca vazia após sua partida.

"Não é como se fôssemos ter qualquer contato novamente. Edward deixou claro: será como se nunca houvesse acontecido. Eu tenho pelo menos que tentar; continuar assim vai fazer com que eu machuque outras pessoas, assim como machuquei Jake." Virando-me de lado, deixei o livro na mesa de cabeceira e apaguei a luz do abajur. Acomodei-me debaixo da coberta e fechei os olhos. O último pensamento lúcido antes de ser levada pelo sono foi um tímido e esperançoso "Adeus, mundo sobrenatural".

Eu não sabia o que estava por vir.