"Lucretia Prewett nee Black"
Irmã mais velha de Orion Black, nasceu em 1925 e estudará comigo e com o little lord. Casou-se com Ignatius Prewett, a fazendo tia de Gideon, Fabian e Molly.
Não sei se ela tinha uma boa relação com a família de seu marido, ou se ela se casou por amor ou algo parecido. Apenas sei que o nome dela é horrível.
Tinha mais pessoas para ler e tomar notas, mas estava com a paciência beirando ao zero.
Joguei a pasta para o lado e me deitei em cima dela, talvez consiga sufocar todos esses Black até que eles parem de procriar. Eles quase conseguiram estabelecer uma nova comunidade bruxa. Impressionante.
Fechei os meus olhos e tento colocar tudo que li e descobri hoje em pastas. Precisava raciocinar corretamente ou iria acabar fazendo uma besteira e das grandes.
Tenho sangue e Salazar tem o basilisco, esperava que sim. Também tinha a fórmula da poção que faz o aborto conter a sua magia em seu núcleo e tenho a poção que Draco me mostrou naquele ano, caso não conseguisse fabricar corretamente essa poção.
Mas o que pediria em troca? Porém, realmente quero fazer uma curva em 1925? A família Black é bastante inteligente e poderosa, tanto financeiramente, quanto em magia, mas eles não são burros, mas também não sou.
Posso pedir proteção, não, consigo me virar sozinha. Talvez peça que aquela família fique ao lado do little lord, mas eles irão querer saber o motivo desse meu pedido.
Bom, posso pedir que eles fiquem do meu lado na inevitável guerra, acho que isso soa muito melhor e muito mais a ver comigo.
Apenas preciso que eles fiquem vivos e saudáveis para gerar mais pessoas para me ajudarem em 1998. Se não, tudo que farei, será feito em vão.
Ok, já me decidi, irei para 1925 e salvarei Marius Black, não quero ir para 1920 e salvar uma mulher à beira da morte. Sinto muito, Violetta, mas a vida que segue... Quero dizer, a morte que segue.
Em 1925 existia uma pessoa que ficaria em perigo em 1926 e que morreria no mesmo ano. Mérope Gaunt ou Mérope Riddle nee Gaunt.
Poderia salvá-la e usá-la como bem entender, mas qual seria a serventia disso? Salvar uma mulher que parecia mais um aborto do que um?
Claro, tenho a poção que pode ajudar os abortos, porém, não pessoas que tem magia e que são fracos por natureza.
E se acabar fazendo-a beber a poção e ela acabar morrendo por falta de magia?
E mais, little Lord queria afeto e se ele tiver amor e carinho em sua infância, ele não será o little lord e nada iria acontecer como quero.
Então me perdoe, Mérope. Mas não quero e não salvarei você, não nessa realidade...
̶M̶é̶r̶o̶p̶e̶ ̶R̶i̶d̶d̶l̶e̶ ̶n̶e̶e̶ ̶G̶a̶u̶n̶t̶ ̶
̶V̶i̶o̶l̶e̶t̶t̶a̶ ̶B̶l̶a̶c̶k̶ ̶n̶e̶e̶ ̶B̶u̶l̶s̶t̶r̶o̶d̶e̶
Essas duas pessoas nunca conhecerão a salvação, já que me recuso a salvá-las.
Respirei fundo e fico mais confortável na minha cama, mas minha cabeça estava a mil por hora, pensando em estratégias que poderia usar com todas essas pessoas.
Estou cansada, só queria dormir, mas nem isso estou conseguindo. Semicerrei os olhos e pego duas pastas que estavam espalhadas pela cama.
Uma era sobre a relação entre os abortos e os sangue-ruins, a outra pasta era sobre as imperdoáveis.
Draco tentou achar mais livros que diziam sobre aquela hipótese escrita no livro em que estava lendo, mas não achou muita coisa.
Mas se quero destruir o mundo que se virou contra mim, preciso destruir qualquer prova que exista.
E para isso, preciso subornar muitas pessoas, destruir muitos livros e principalmente destruir essas pastas.
Não quero um mundo justo como aquele que vi nas memórias de Scorpius, quero ver o mundo queimar e não ligo se para isso tenha que me queimar junto.
E se alguns anos mais tarde, o mundo bruxo acabar, o problema não será meu, será daquelas pessoas que destruíram tudo que eu tinha. Eles são os culpados, e eu...
Eu me declaro inocente de todas as acusações.
Sentei-me na cama e faço a primeira pasta pegar fogo e a joguei no chão para vê-la queimar.
Uma pequena demonstração do que farei, entretanto, a segunda pasta serviria para um pequeno experimento.
Levantei-me da cama, indo até a mesa que tinha várias ferramentas espalhadas por ela.
Joguei a pasta em cima da mesa e pego algo afiado o bastante para cortar o meu dedo.
Cortei o dedo, deixando uma gota do meu sangue cair e a pasta queimou lentamente.
Algo mágico em contato direto queima e se...
Faço que uma gota do meu sangue caia na mesa, mas nada aconteceu, me fazendo rasgar um pedaço da pasta e deixar cair no sangue, vendo que nada aconteceu. Isso era intrigante.
Sentei-me na cadeira e comecei a pensar em algumas hipóteses, mas nada vinha em mente.
Porém, e se tentasse comandar o sangue? Quando quis queimar o homem, estava pensando em fazer o meu sangue queimá-lo.
Mas quando estava sendo torturada, só queria que acabasse, não pedi que o meu sangue fizesse nada com Potter.
Não pedi que o meu sangue machucasse o Dragon, ou prejudicasse o duende que me arranhou, mesmo que nenhuma gota de sangue tenha caído nele.
E se tudo que tiver que fazer for pedir, ordenar que ele machuque ou cure?
_ Queime.
Falei baixinho e o sangue se mexeu quase imperceptível aos meus olhos, queimando o pedaço de pergaminho.
_ Volte ao normal. - O sangue mais uma vez se mexeu e refez o pergaminho. _ Consigo controlar meu sangue, mas isso não faz sentido nenhum.
Fico olhando para um lugar fixo para tentar pensar em algo coerente o suficiente para fazer esse sangue, o meu sangue, ser controlado por mim.
Sempre sofri com ele, já que ele sempre fazia minhas veias queimarem e a dor era insuportável. Mas desde que fiquei trancada no ministério ele não fez mais nada.
Ok, lembraremos de todas as ocasiões que o meu sangue me proporcionou dor, ele sempre me fez sentir dor quando o vovô estava me punindo por ser desobediente, e me fazia sentir dor quando alguém me batia...
O meu sangue não queria me prejudicar, mas, sim, ajudar. Ele queria ser usado, mas como ele não fala tinha que reagir de algum modo, é como a minha magia.
Ela ficou presa por anos e sempre fica agitada e animada quando a uso.
E o meu sangue também ficou preso por anos; na minha cela tinha runas de contenção mágica e o meu sangue é mágico. Então a cela e as algemas anularam a "dor".
Ele apenas queria ser usado por mim. Bom, já sabemos que ele odeia coisas mágicas, mas se colocar em algo que não contém magia, nada irá acontecer.
E se soubesse disso, teria feito o meu sangue partir as algemas... Não, não daria certo devido à cela.
Mas para coisas mágicas entendi, porém, para pessoas precisaria de alguém para ser a minha cobaia e nada melhor que um ser humano.
E tenho a pessoa perfeita para isso.
Antes de me levantar, olhei para a pasta que continuava queimando e subindo fumaça em espiral. A peguei e a fiz evaporar rapidamente, me levantando e indo até a porta.
Provavelmente iria voltar, então deixei a vela acessa e abro à porta. Não me importei de ver se tinha alguém acordado, os meus amigos já sabiam que a maioria das vezes que saio do meu quarto, era para implicar com Salazar.
Falando nele, ele realmente me levou para ver os elfos que retirou da casa daquele homem e eles sempre ficam felizes quando vê Salazar.
Debby preferiu ficar comigo em vez de seguir a sua jornada sozinha, mesmo sendo livre ela não quer se separar de mim. Uma fofa.
E se não fosse o bastante, Rowena e Helga estavam ensinando a Debby a ler e escrever. O porquê disso? Não sei.
Contudo, ainda não descobri onde ela estava naquele dia, talvez um dia eu descubra ou nunca.
Abro a porta de Salazar, sem ao menos bater, porém, deveria ter feito isso, pelo menos não o veria se trocando.
_ Por Merlim, me descu... - Tentei tapar meus olhos, mas vejo algo que nunca percebi antes.
Nunca olhei para o corpo de Salazar, bom, menos o seu torso e rosto, mas tirando isso, nunca olhei para as suas costas. Um dos motivos era que não queria ser desrespeitosa com ele e o outro, bom, não queria olhar.
Minha mão morreu no meio do caminho e não pensei duas vezes em andar até ele para ver as suas costas marcadas por feridas antigas e avermelhadas. Eram quase iguais às minhas.
_ Está com pena de mim? - Não faço o que a minha mão queria fazer.
_ Não, apenas estou curiosa. - O vejo indo até o seu armário para colocar uma roupa, já que só estava com uma toalha na cintura.
_ Pensei que você tivesse visto naquele dia da sua pequena bebedeira.
_ Não, só olhei para o seu rosto e não para o seu corpo. - Falei me virando de costas e faço a porta se fechar com a minha magia.
_ E você com toda a certeza quer saber, não é?
_ Minha curiosidade tem um certo grau de limite, Salazar.
_ Foram os meus pais. - Queria me virar, mas me contive. _ Eles me puniam com chicotes e... - O escuto suspirar. _ Outras coisas.
_ No terceiro andar? - Não falou por um bom tempo.
_ Sim, no terceiro andar. Lá não fica apenas o quarto principal, mas também a sala onde eu...
_ Foi por isso que você os matou?
_ Foi. - Escutei se aproximando. _ Agora não pareço mais um monstro malvado que adora prejudicar as pessoas. - Zombou de si.
_ Os monstros são criados, Salazar. Eles não nascem assim, eles são feitos e moldados para serem pessoas erradas da história. - Suspirei. _ Me diga um livro que você leu que o monstro ficou com a mocinha? Me diga uma história que o vilão ganhou tudo que sempre almejou? Não existe, porque precisamos de um vilão, ou de um monstro para mostrar o quão grandioso o herói é.
_ Sou a causa perdida e o Godric o herói, não é? - Não concordei e nem discordei.
_ Somos todos uma causa perdida, apenas esperando alguém pegar um pedaço de papel para contar a sua própria versão dos fatos. Eu, por exemplo, posso muito bem ser a vilã, mas na visão da pessoa que irá escrever a minha história, posso ser a mocinha em busca de vingança.
_ O que muda é a perspectiva.
_ Sim. - O olhei e sua testa estava franzida. _ Pare de franzir sua testa, vai ficar velho mais rápido. - Toquei o meio de sua testa, o fazendo relaxar. _ Salazar.
_ Sim? - Segurou minha mão e a apertou.
_ A primeira coisa que quero perguntar é o porquê você pegou o núcleo mágico daquele homem? - Largou imediatamente minha mão e foi para a janela.
_ Como descobriu?
_ Tem coisas que você não precisa saber.
_ Exatamente, existem coisas que você também não precisa saber. - Revirei os meus olhos.
_ Tenho uma marca nas costas que me disse sobre o núcleo. Satisfeito? - Mas o motivo dela saber disso ou o porquê de ela ter falado duas vezes, isso ainda não descobri.
_ Muito. - Cruzou os braços e falou: _ O lugar que consigo o meu dinheiro vem de um lupanar e de alguns bares, que bruxos e trouxas pegam alguns serviços para matar a pessoa informada no anúncio em troca de dinheiro.
_ Você deve ter escondido isso muito bem, já que nenhum livro informou sobre isso.
_ As pessoas acham que consegui o meu dinheiro como? Matando pessoas e roubando os seus bens? Ou que eu era um fazendeiro muito feliz e que vendi minhas terras em busca de realizar o sonho dos meus amigos?
_ Tecnicamente você mata as pessoas e pega o dinheiro delas.
_ Não, sou pago por pessoas que querem essas pessoas mortas...
_ O homem do elfo... - Fico surpresa. _ Tinha uma recompensa por ele? Por isso que você não queria que eu o matasse, porque já tinha uma pessoa para matá-lo. Por isso que você sabia o que tinha naquela sala... - Agora tudo fazia sentido.
_ Não sei o que... - Vou até ele, puxando seu colarinho para baixo, odiava ser pequena.
_ Salazar. - Digo entre dentes. _ Você me usou para ganhar mais dinheiro?
_ V-você está... - Soltei sua roupa, o fazendo respirar fundo. _ Você é o quê? Super forte e não estou sabendo?
_ Apenas uma mulher com raiva. - O observei. _ Quero os meus galeões por essa morte.
_ Sinto muito, mas já usei esse dinheiro com seus elfos.
_ Meus? Ora essa, como isso é possível? Você pegou esses elfos e os colocou em Hogwarts, nem sou uma fundadora...
_ Você pode ser. - Minha boca abria e fechava. _ Você já mudou tantas coisas, mas não quer colocar mais uma casa em Hogwarts?
_ Não mudei tantas coisas assim.
_ Desde que você pisou com seus lindos pezinhos aqui, você já mudou tudo.
_ Obrigada pelos lindos pezinhos, também acho eles uma fofura. - Começou a rir. _ Estamos fugindo do assunto, quero o meu dinheiro e quero saber para que serve o núcleo que você pegou daquele homem. - O vejo revirar os olhos e suspirar. _ E não revire os olhos.
_ E você pode? - Ergueu a sobrancelha.
_ Com toda a certeza. - Sorri petulante.
_ Sobre o dinheiro, não posso te dar, mas sobre o núcleo. - Sentou-se na cama. _ O núcleo é como uma droga para os bruxos, você parte o núcleo no meio e dentro tem um líquido.
_ Que é a magia.
_ Sim, e com esse líquido você pode fazer bebidas e quando um bruxo toma essa bebida... - Ficou me encarando.
_ O quê? Você me drogou e não estou sabendo?
_ Não, claro que não. Só que, a pessoa que bebe essa bebida se sente mais poderosa e por breves minutos, sua magia cresce e você se sente muito bem.
_ Mas essa ilusão acaba e a pessoa se sente vazia, querendo mais dessa droga, e você, vende essa droga para consumo e ganha bastante dinheiro.
_ Sim.
_ Isso é bastante interessante, como você retira o núcleo?
_ Você está pensando em viciar alguém nessa droga?
_ Talvez, posso fazer a pessoa ficar tão viciada que no final ela só vire um cachorrinho estúpido que eu possa comandar.
_ Não vou falar.
_ Por que não?
_ Se você não conhecia essa droga, possivelmente ela parou de existir no futuro.
_ Ou talvez ela só seja muito bem comercializada em segredo, e fiquei anos presa, não posso dizer que não tinha essa droga no nosso mundo. - Provavelmente iria me perguntar sobre o meu passado, um passado que nunca os contei.
_ Mesmo assim, não vou falar. - Não perguntou.
_ Ok, tudo bem, descobrirei sozinha. - Deu de ombros e ficou me olhando. _ Preciso de sua ajuda.
_ Sou completamente seu. - Sorriu de lado.
_ Salazar.
_ Para receber ordens. - Continuou sorrindo.
_ Salazar!
_ Por Magic, até isso é conotação sexual? - Se fez de cínico.
