Saio do quarto, olhando em volta, essa sala era maravilhosa e a usaria muito bem.

_ Não gostou do quarto?

_ Acho que ele não serve para mim, mas obrigada por fazê-lo. - Ficou um pouco triste, mas não disse nada.

_ Você nunca está satisfeita... - Falou baixinho, mas escutei.

O que ela queria dizer com isso?

Iria perguntá-la, mas a vejo sumir, porém, sabia que estava me escondendo alguma coisa e iria descobrir. Sempre descubro.

Desço para o primeiro andar e saio daquela sala exclusivamente minha.

Tenho que fazer as passagens, mas isso poderia fazer com a ajuda da minha magia, enquanto descia para o segundo andar.

Entretanto, começo a escutar uma discussão e só de pensar em briga minha cabeça doía.

_ Meus senhores, não podemos destruir essas paredes para colocar esses... O que seria isso?

_ Encanamento, precisamos disso, precisamos criar banheiros. - Rowena estava afobada enquanto falava para o elfo. _ Vamos, vocês conseguem.

_ Não podemos quebrar as paredes...

_ O que está acontecendo? - Vou até eles.

_ Ah, Leesa. Bem na hora, por favor, nos ajude. - Helga veio até mim e me puxou para que ficássemos mais próximas. _ Ficamos curiosos com sua pasta e vimos que existem encanamentos em Hogwarts, mas...

_ Mas os elfos estão dizendo que não podem, porque não querem quebrar as paredes. - Rowena completou.

_ Vocês estão esquecendo de algo importante, vocês não sentiram? Hogwarts está viva. - Salazar pontuou me observando. _ O que a minha pequena rata fez?

_ Só fiz o que me pediram, fiz o núcleo de Hogwarts.

_ Brilhante! - Rowena bateu suas mãos a unindo.

Ela iria falar mais alguma coisa, mas a parede que Godric estava encostado se abriu devido a minha magia conectada a Hogwarts, fazendo que ele caísse.

_ Guardarei essa memória para sempre. - Salazar foi até Godric e o ajudou a se levantar.

_ Mas, o que aconteceu? - Helga foi até o buraco e olhou. _ Está se formando uma passagem...

_ Isso é culpa minha, estou fazendo passagens secretas e a minha magia está me ajudando. - Eles me olharam. _ Acho que como fiz o núcleo de Hogwarts, acabei me conectando com ela.

_ Ou você já estava conectada há muito tempo e não sabia, afinal, desde que pisou seus pés aqui, você já estava sentindo a magia de Hogwarts, algo que nós, não sentimos até que você fez o núcleo. - Salazar explicou e tinha razão.

_ Viu, você sempre será a quinta fundadora. - Helga apertou minha mão.

_ Obrigada. - Sorri. _ Ajudarei vocês a colocarem os encanamentos, mas não estarei presente, tenho que ir em um lugar.

_ Fora de Hogwarts? - Salazar perguntou.

_ Não. - Concordou. _ Então já vou indo. - Olhei para a minha magia que estava cutucando a bochecha de Godric. _ Se comporte e os ajude, ok? - Concordou do seu jeito.

_ Acompanharei.

_ Pensei que terminaria de fazer o seu salão. - Digo.

_ Posso passar essa missão para os elfos, eles já estão fazendo os símbolos da minha casa e não preciso ficar os importunando.

_ Se você está dizendo. - Despedi dos outros e fomos andando. _ Você já fez a sua câmara? - Olhou para o lado e não me respondeu. _ Você já fez.

_ Vai contar para os outros?

_ Só se você não me ajudar a fazer algumas poções, preciso do seu bichinho.

_ O meu bichinho é apenas um ovo.

_ Você não tem nenhum sangue de basilisco para me dar? - Franziu os lábios. _ Preciso, na verdade, necessito do sangue.

_ Se eu der pelo menos dois litros, você promete que não contará sobre a câmara?

_ Prometo. - Mostrei minhas mãos para ele que ficou sem entender.

_ Por que está me mostrando suas mãos?

_ Por nada. - As escondi e continuamos andando. _ Falta pouco para ir embora. - O observei.

_ Já sabe a data de sua partida?

_ Provavelmente mais dois meses e irei embora. - Não falou.

Parei de andar e vejo que o banheiro que a Murta morreria, era apenas uma sala com uma pilastra no meio. Salazar parou e ficou olhando para a pilastra.

_ Terá que mudar a pilastra, essa sala será um banheiro. - Estranhou. _ Você deve ficar feliz por não ter escrito nada sobre a sua câmara naquela pasta, ou a minha promessa de agora a pouco, não serviria para nada. - Entro na sala vazia e ampla

_ Um banheiro? - Entrou na sala.

_ Sim.

Estalei os dedos, fazendo que uma ilusão do banheiro aparecesse e a sala mudasse completamente.

_ É isso que ela irá virar.

Agradecia muito o meu pequeno Scorpius por ter me dado a maioria de suas lembranças em apenas um vidrinho.

E agradeço a titia por me incentivar a ver suas lembranças.

_ Um banheiro para homens?

_ Antigamente era para mulheres, mas, isso mudou quando uma pessoa morreu aqui. Então o banheiro passou a ser um refúgio para todos os alunos que não tinham medo do fantasma. - Vou até o "espelho" escondido atrás da pilastra.

_ O que você pensa em fazer aqui?

_ Talvez a entrada da minha sala comunal. - Dei de ombros. _ Por que não fazer uma sala secreta tendo outra coisa mais importante do que uma sala escondida atrás de um espelho, não acha?

_ Você usará a minha câmara como fachada?

_ Sua câmara vai ser descoberta uma hora ou outra, ela roubará toda a atenção. - Virei para olhá-lo. _ Claro, não vai ser por mim e sim, por um dos seus descendentes. - Volto a olhar a parede que tinha o espelho de ilusão.

_ Então vai ser aí? - Concordei. _ Vai abrir um buraco?

_ Abrir um buraco é fácil, mas criar uma sala é o difícil. - Vejo um livro caindo e o peguei antes que caísse no chão. _ Obrigada, Melissa.

_ Quem é Melissa? - Perguntou, enquanto me via abrir o livro.

_ A magia de Hogwarts. - Vejo as páginas passarem como antes e parou em uma página que falava sobre uma poção. _ Não tem um de feitiço?

_ Não. - Melissa apareceu e cumprimentou Salazar. _ Fundador, é um prazer conhecê-lo. Me chamo Melissa, a sala precisa ou a magia de Hogwarts. - Fez uma mesura para o homem.

_ O prazer é meu. - Acenou com a cabeça e ela desapareceu.

_ Bom, terei que fazer uma poção, meus planos para fazer um salão hoje foram para o ralo. - Faço desaparecer a ilusão e saio do futuro banheiro.

_ Você voltará para casa? - Caminhou ao meu lado.

_ Não, voltarei para o sétimo andar, tenho que fazer essa poção, terminar um feitiço e tentar fazer mais um experimento, mas dessa vez comigo.

_ Tantas coisas. - Pior que era verdade.

_ Bom, estou indo. Boa sorte com seu salão comunal. - Ele iria falar alguma coisa, mas já estava passando por uma passagem secreta.

Meus dias aqui, estavam acabando mais rápido do que pude imaginar e estou ansiosa para finalmente conhecê-lo, little lord...

_ Melissa. - Voou na minha direção. _ Você só consegue livros, ouro e essas coisas, ou consegue ingredientes para uma poção?

_ Consigo tudo que você desejar, só precisa me pedir.

_ Ótimo, quero que você ache essas coisas. - Começo a falar os ingredientes.

_ Está pensando em fazer uma poção da verdade?

_ Já existe nessa época?

_ Não, ainda não, mas conheço esses ingredientes.

_ Como? - Não falou. _ Bom, não sabia usar Oclumência na época... - Parei de falar. _ Mas agora sei, mas preciso saber se sou forte o suficiente para aguentar essa poção com Oclumência. Mas se não for, preciso conseguir resistir a essa poção com outro jeito.

_ Fazendo seu organismo se acostumar com ela?

_ Não, se isso fosse possível, já teria me tornado autoimune há muito tempo. - Me salvaria de tantos problemas. _ Quero tentar usar magia negra para enfraquecer a poção, se não conseguir nem com isso, terei que fazer outra coisa.

_ Farei o que foi ordenado.

_ Ah, antes de ir, quero que você procure algo. - Concordou. _ É isso aqui. - Entrego para ela um papel e o papel flutuou até o seu rosto, já que não podia tocar nas coisas.

_ Mas isso é...

_ Eu sei, apenas ache, por favor.

_ Ok.

Agora só precisava esperar, já que a poção demorava um mês para ser feita perfeitamente. Tenho tempo, muito tempo.