_ Mas como vocês são adultos? - Chegou na parte principal e quase desisti do meu chá.

_ Fiz uma poção que me faria ter a minha real idade. - Mamãe ficou confusa. _ Na verdade, o meu corpo só tem nove anos.

_ Merlim! - Estava horrorizada e a entendia, também ficaria se ele tivesse me contado isso em outro tempo.

_ Mas tenho a mentalidade de um homem de 30 anos. - 150 pelas minhas contas. _ Então, não se preocupe tanto. - Essa foi a minha deixa para me defender.

_ Não curto pedofilia, mamãe. - Beberiquei o chá, queimando minha língua no processo.

_ Não pensei em algo desse tipo, mon bijou. - Suspirou ofendida, mas antes que pudesse me desculpar, palavras que não queria escutar, entraram pelos meus ouvidos e acabaram com o meu apetite.

_ A Byella está estranha. - Papai comentou, quase me deixando vomitar o meu café da manhã. _ Parece estar grávida. - A xícara tremeu em meus dedos.

_ O quê? - Minha voz falhou, os fazendo perceber minha fúria. _ Isso deveria ser impossível. - Quase me levantei da cadeira. _ Você...

_ Não me deitei com ela. - Foi ríspido, mas sei que odiava tudo isso tanto quanto eu. _ Fiquei ao lado da minha noiva o tempo todo. - Ofereceu sua mão e a mamãe aceitou.

_ Isso é verdade. - Observei os lábios pálidos encostando na pele fina de mamãe, me tranquilizando com o ato.

_ Então como ela está grávida, papai? - Deixei minha cabeça a trabalhar e só tinha uma solução. _ Ela foi para algum tempo e acabou se deitado com você. - Concordou, deixando que um suspiro saísse dos meus lábios. _ Que mulher idiota...

_ O que você vai fazer? - Olharam-me, e apenas neguei.

_ Não sei. - Estava perdida em meu próprio plano e mundo. _ O que você quer que eu faça? - Ele não comentou isso sem um motivo.

_ Quero a criança. - Fiquei surpresa, sentindo um arrepio em meu núcleo. _ Não a mate, isso é a única coisa que peço.

_ Você quer ter aquela criança como...

_ Princesinha. - Sua voz era calma, como se estivesse tentando me manipular. _ Aquela criança, aquele feto, é meu filho.

Abaixou os olhos e aquilo me fez acreditar que isso tinha mais do que está me dizendo.

_ E mesmo sendo de outro Grindelwald, ainda é meu.

_ Mamãe concorda com isso? - A perguntei, sabendo a resposta.

_ Podemos adotá-la com magia de sangue. - Deu de ombros e ri com isso.

_ Duas Leesa... - Tão confuso e, ao mesmo tempo, amedrontador.

_ Ela não se chamará Leesa. - Ela nem mesmo vai existir. _ Ainda podemos pensar nisso, não é, querida? - Mas não vou acabar com seus sonhos estranhos agora.

_ Claro. - Percebi que ela não é mais formal com ele.

Embora os meus pensamentos sejam distintos em relação a essa criança que nem nasceu, sei que papai não a quer apenas para ser sua boa filha, caso não, a mamãe já estaria radiante nesta conversa.

Mas tudo que vejo é duas pessoas tentando ter algo que não terá sem a minha ajuda.

_ Antes de fazer alguma coisa, quero falar com ela. - Concordaram. _ Marque algum dia, não me importo muito com a data.

Nunca pensei que viagem no tempo fosse tão confusa, estamos em dezembro, mas na realidade da Byella era 1990 ou 1991, claro, depende de quantos meses ela está.

Mas isso só piorava a confusão da minha mente, me fazendo perceber que o tempo continuava, mas o viajante ficava preso no tempo ou enlouquecia com ele.

_ Tudo bem. - Pisquei algumas vezes e voltei ao presente.

_ E sobre o seu crânio. - Perdi o meu apetite depois de tudo. _ O que realmente aconteceu?

_ Uma confusão na Alemanha acabou fazendo isso, mas já achei outro para as minhas visões serem precisas. - Isso dizia muita coisa. _ Mas não fique preocupada, estou totalmente preparado para as eleições do Cacique.

_ Não aconteceu em 1932? - Fiquei confusa.

_ Não, não deixei que acontecesse. - Pegou sua xícara e sorria por trás dela. _ Matei a Vicência Santos e isso fez que as eleições ficassem paralisadas por alguns anos.

_ E você não me conta essas coisas por quê? - Cruzei as pernas e os braços.

_ Pensei que você já soubesse, você sempre sabe de tudo. - Revirei os olhos e sinto a mão do little lord alisando minha coxa, me fazendo ofegar baixinho.

_ Só sei o básico e não as coisas internacionais. - Agarrou minha coxa e circulou seu dedão por ela, acariciando minha pele como um mantra em sua cabeça.

Merlim, o que você fez comigo?

_ Posso enviar um relatório sobre tudo que fiz em sua ausência.

_ Mande isso para ele. - Apontei para o little lord. _ Tem certas coisas que quero fugir e se isso for documentos que me darão dor de cabeça, estou correndo. - Riram, mas o little lord continuou.

Bom, com certeza eles estavam vendo essa movimentação estranha, mas não disseram ou quiseram interferir nessa cena.

Mas o carinho não era sexual, era mais como se dissesse que estava ali e que não o deixasse fora do assunto.

_ Como você foi um Lorde. - Talvez papai tenha percebido a intenção dele. _ Você deve ter muitas opiniões sobre a minha guerra.

_ Não vivi por tanto tempo nela. - Zombou. _ Ela acabou em 1945 e eu estava mais ocupado formulando a minha do que a do senhor. - Sorriu e não estava errado.

_ Palavras ácidas, mas que carregam sabedoria e a verdade. - Apenas sorriu por sorrir, já que não tinha outra reação que pudesse oferecer. _ Teremos uma longa conversa.

_ Não negarei o seu convite. - Levantou a xícara.

_ Princesinha, você...

_ Não, prefiro ficar com a mamãe. - Sorri, estava correndo de coisas complicadas enquanto estivesse aqui.

_ Tom, você vai à festa da família Black? - Mamãe perguntou.

_ A minha coelhinha me convidou e não posso desperdiçar uma oportunidade dessas para conhecer os amigos dela. - Sinto sua magia acariciando a minha coxa por baixo da calça... Era refrescante.

Mas nem parece que essa pessoa que sorria e falava com os meus pais, estava dizendo coisas doces no andar de cima.

_ Papai, sobre a festa, você vai? - Minha voz não vacilou.

_ Claro, você não precisa da minha ajuda? - Acenei. _ Mas que tipo de ajuda? - Seu semblante mudou e apenas limpei minha boca.

_ Quero ter pessoas no ministério e para isso. - Fiz um som com a boca. _ Falei que poderia dar cargos para os irmãos da minha amiga.

_ Que cargos? - Uniu as mãos.

_ Um deles quer ser chefe dos aurores e o outro, quer ser subsecretário sênior do ministro.

_ Isso não é problema, mas o que você vai fazer para me ajudar? - Somos uma família, mas sempre tínhamos que ganhar algo em troca.

_ O que você quer? - Levantei a sobrancelha. _ Você acabou mudando o tempo e não sei o que pode acontecer. - Tentei ser verdadeira.

_ Pensarei com carinho o que você pode me oferecer e o seu pedido não é tão difícil, só preciso falar com o ministro Fawley. - Sorriu e revirei os olhos, a magia apertou a minha coxa e a arranhou.

_ Ainda bem que o Tom vai com você na festa, mon bijou. - Minha atenção foi tomada e os meus lábios foram poupados. _ Já que provavelmente aquele ministro estará lá.

_ O que tem o ministro? - Tom perguntou sério. _ Ele fez algo...

_ Não. - Balançou as mãos. _ Mas talvez quisesse, ele que atiçou todos os seguidores a tentarem algo com a mon bijou. - O brilho avermelhado se seguiu com um sorriso de lado, quase engolindo meu coração para o seu peito.

_ Se ele aparecer morto, serei castigado pelo senhor? - Foi cínico, mas suas palavras não eram motivo para aquele sorriso diabólico e letal aparecer.

_ Antes disso acontecer. - Estalou os dedos. _ Você poderia me ajudar a achar outro idiota para colocar no lugar dele. - Semicerrou os olhos.

Mesmo não podendo mais sentir magia, sabia que o ambiente estava carregado de magia poderosa e atraente para as minhas cobras, mas principalmente para a minha alma.

_ Mas antes disso. - Parei de prestar atenção ao redor. _ Eu o mataria por estragar os meus planos.

_ Veremos quem mata quem. - Foi cruel e sua voz destilava sangue, até podia sentir o cheiro entrando pelas minhas narinas.

_ Gostei de você, Riddle. - Confidenciou.

_ Tento o meu melhor. - Santo Merlim, sei que sempre peço, mas...

_ Onde você dormiu? - Não pergunte isso, por favor!

A magia se dissipou, retirando a mão da minha coxa e aquilo me chamou a atenção. Ele estava com medo?

Não, ele não tem medo do meu pai, apenas aconteceu algo... Olhei para baixo e não tinha nada de diferente.

_ No quarto da minha coelhinha. - Sorriu. _ Não posso, senhor? - O que diabos estava acontecendo?

_ Ainda não quero netos. - O quê? _ Mas se for pelo menos uns cinco, não brigarei. - Posso me enterrar em algum lugar, ou está cedo demais?

_ Não se preocupe, senhor. - Pegou a xícara e jurei que vi uma taça sendo segurada por seus dedos finos. _ Não fizemos nada e esperarei que a coelhinha esteja pronta. - Olhou-me. _ Não sou movido por isso e não estou com ela apenas para sentimentos carnais. - Bebeu o chá.

_ Darei um voto de confiança a você, espero que use esse voto com sabedoria.

_ Estou honrado. - Quatro pessoas na mesa e apenas dois estão usando joguinhos de quem manipula mais... Isso nunca vaia acabar?

_ Comprou as vassouras? - Mudei de assunto.

_ Sim. - Piscou. _ Porém, vai demorar algum tempo para serem enviadas, mas o homem vai me perguntar para onde ele deve enviar.

_ Quando isso acontecer, coloque um bilhete dizendo que foi presente da quinta fundadora. - Acenou. _ A titia deu sinal de vida? - Ficou sem entender. _ Ela falou comigo, mas não sei se ela falou com você.

_ Você não me contou isso. - Era necessário?

_ Tem coisas que esqueço de falar. - Dou de ombros. _ Falei para ela te procurar, vejo que não fez isso. - Talvez nunca faça.

_ Ela vê profecias. - Sabia disso. _ Ela deve estar esperando algo para dar o primeiro passo. - Espero que não seja a minha derrota.

_ Isso realmente é injusto. - Suspirei, tentando esquecer sobre o que pensei. _ Titia vê profecias, você vê o futuro e eu não tenho nenhum dom. - Riram.

_ Você ganhou o dom de viajar por ele. - Colocou a xícara no pires e cutucou minha bochecha. _ Não é suficiente? - Claro que é.

_ Falando nisso. - Ele gostava de ser sempre enigmático? _ Senhor Riddle, qual é o nível de sua magia?

_ Qual motivo disso? - Cruzou os braços.

_ Um amigo de longa data veio conferir o bem-estar da minha princesinha. - Olhou-me de esguelha. _ Mas em agosto, ele acabou percebendo que não poderia fazer muita coisa porque o nível de sua magia era inferior ao nível da Leesa.

_ O senhor não pode ajudar a coelhinha? - Parecia confuso com o rumo dessa conversa e só queria sair daqui antes que tudo fique mais estranho.

_ Sou incapaz de ajudar a minha filha. - Foi sincero demais. _ Mas sinto que você é uma pessoa igual a mim, e deve sentir o mesmo cheiro que sinto de sua alma.

_ Qual é o cheiro? - Estava sério.

_ Fumaça e podridão. - Ficamos em silêncio. _ Nunca senti nada desse tipo.

_ É devido ao feitiço proibido que ela fez. - Certo, tinha me esquecido desse feitiço. _ Ela vendeu a alma dela para o Deus do tempo. - Na verdade, foi o sangue.

Mas ele disse que não sabia de nada sobre o feitiço, ele mentiu?

_ Leesa! - Pisquei algumas vezes para me recompor pelo grito.

_ Não fui eu! - Apertei meus olhos. _ Não eu e sim, a primeira Leesa. - Estava cansada dessa conversa e das outras que virão, mas apenas os observei.

Vendo o little lord explicar o que tentei em poucas palavras, mas não foi tão explicativo quanto deveria, apenas falou o básico que deveriam saber.

_ Então você deve saber o nível mágico dela, não é? - Odiava esse assunto mais que Harry Potter.

_ Não, infelizmente. - Cerrou os punhos. _ Já que aquela mulher sempre me escondia as coisas. - Ele realmente tem raiva disso. _ Só sei de certas coisas que descobri sozinho.

_ Que coisas? - Perguntei.

_ Já contei a maioria delas. - Sorriu.

_ Precisamos encontrar uma pessoa que seja compatível com a magia da Leesa, talvez essa pessoa possa ajudá-la. - Papai confidenciou e suspirei.

_ Ele está na sua frente. - Alisei a xícara a minha frente. _ Papai. - Olhou-me. _ A receita da droga, eu a quero. - Estalou a língua.

_ Darei, não se preocupe. - Claro que me preocupo. _ E o convívio com os trouxas? - Revirei os olhos, mas dessa vez não aconteceu nada, o que me deixou triste.

_ Eles são horríveis, querem me casar com um general e dizem coisas nojentas. - Nojento. _ Até mesmo perguntaram se tinha um modo de acabar com a minha magia.

_ Podemos matá-los. - Disseram, e quase concordei.

_ Não, eles são úteis, e aguentarei por enquanto. - Little lord ficou pensativo.

_ Qualquer coisa você me fala. - Concordei.

_ Vamos conversar na sala? - Sim, minha bunda já estava doendo, mas apenas acenei, quase correndo daqui.

Mas o homem ao meu lado me impediu de fazer qualquer ato que expusesse que minha mentalidade era infantil demais para tudo que estava acontecendo.

Beijou minha mão e fiquei pensando: o que ele viu em mim?

Mas apenas engulo esses pensamentos e me levanto, caminhando ao seu lado, enquanto sentia os seus toques.

Tenho medo, mas para continuar tendo esse sentimento que há tanto tempo perdi, engoliria o medo, a vergonha e até refaria os meus planos para incluí-lo.

Não posso deixar aquelas coisas me pararem, nunca parei e não será agora que pararei.

Sentamo-nos no sofá e eles esperaram que um de nós falasse alguma coisa.

_ Somos compatíveis pelo juramento. - Não prolongaria o assunto.

_ Então você pode saber se ela está bem, não é? - Mamãe parecia ansiosa.

_ Quero saber qual é o nível dela. - E lá vamos nós de novo.

_ Se ela me permitir. - Acenei, o vendo fazer um círculo azul e era uma cor tão bonita, gostava de azul.

O círculo encostou na minha testa, mas não se dissipou como os outros do papai.

Apenas entrou na minha cabeça e esfriou todo o meu corpo, mas não era desconfortável.

Mas os meus olhos pesaram e meu corpo ficou mole, me fazendo sentir o cansaço de anos acumulados surgir como se fosse nada.

_ Era isso? - Perguntei sonolenta. _ Pensei que seria diferente. - Tombei para o lado.

Tom me abraçou e ficou fazendo círculos no meu braço, como se aquilo fosse o acalmar de algo que não sabia.

_ O que foi? - Sinto meu sangue mudar para a sua cor original.

Ele corria tanto que ardia, mas já estava acostumada com a pequena dor que me causava, afinal, sempre foi assim e ter ficado sem sentir isso por alguns anos não quer dizer que me desacostumei.

_ Não deveria ter colocado tanta magia condensada em você. - Beijou o topo da minha cabeça. _ Me perdoe. - Parecia sincero.

_ Estou bem. - Sussurrei, fechando os olhos por alguns segundos.

_ Tem certeza, mon bijou?

_ Só me sinto cansada. - Sorri, e queria me afundar nas roupas do little lord para sentir aquele cheiro que acabei me viciando sem perceber.

_ Ela pode ser compatível com a minha magia, mas ter o dobro disso pode ser demais para o seu corpo se acostumar. - Continuou fazendo círculos no meu braço.

E mesmo que meu braço estivesse coberto pela blusa, podia sentir com tamanha perfeição o calor do seu dedo na minha pele.

Talvez fosse magia, mas era bom.

_ Pelo menos ela não desmaiou, pessoas que tem o núcleo sobrecarregado podem desmaiar ou entrar em coma. - Acho que se esse cansaço não tivesse surgido, já estaria gritando.

_ E vocês só me avisaram isso agora? - Perguntei. _ E se eu nunca mais acordasse? - Minha voz estava calma para alguém que estava surtando por dentro.

_ Acho um pouco difícil disso acontecer, coelhinha. - Queria me sentar no seu colo e inalar o seu cheiro até que ficasse enjoada. _ Nunca faria nada que a prejudicasse. - Sei que sim. _ E você consegue dividir a minha magia, a colocando em lugares diferentes.

_ O que quer dizer com isso? - Papai perguntou.

_ Tenho dois tipos de magia, uma que vem das minhas veias...

_ Mas você tem veias mágicas, isso é normal. - Se fosse, estaria feliz.

_ Papai, veias mágicas pegam a magia do núcleo, mas posso usar dois tipos de magia. - Franziu o cenho. _ Das minhas veias devido ao meu sangue e do meu núcleo. - Ficaram me olhando e só me sentia mais cansada.

_ Você realmente não me contou muita coisa. - Bufei.

_ Como você me contasse alguma coisa da guerra. - A minha petulância escorreu pelos meus lábios e pingou pelo ambiente. _ Estamos quites.

_ Não quero falar disso quando podemos fazer tanta coisa quando você está aqui. - Isso me pegou de surpresa, mas não foi uma surpresa boa.

_ Então você nunca vai me falar como anda a guerra? - Apertei a perna do little lord. _ Terei que ficar vendo os jornais para saber do bem-estar de vocês? - Fiquei confusa e irritada.

_ Nada vai acontecer conosco, mon bijou. - Já escutei tantas vezes isso. _ Não confia em nós?

_ Confiar, confio, mas tudo mudou. - Observei os visgos que se formou na calça. _ Não tenho mais noção do que vai acontecer.

_ E isso é bom, coelhinha, quer dizer que a gente não terá o mesmo futuro que antes. - Apertou meu braço. _ Não se prenda em coisas pequenas, seu pai consegue ver o futuro.

_ E a Batilda pode ver profecias. - Mordi o interior da minha bochecha. _ Ela aparecerá uma hora ou outra. - Tinha que ter fé. _ E nos ajudará se for necessário. - Tenho minhas dúvidas.

_ Então não falarei sobre a guerra com você. - Acenou. _ Mas quero que um de vocês me mandem cartas, e se não me mandar uma em pelo menos dois meses, vou atrás de vocês.

_ Prin...

_ Não estou pedindo a sua opinião. - Fui ríspida. _ Farei isso que estou dizendo a vocês. - Não quero ser uma idiota enquanto vejo os meus familiares perecendo... Novamente.

_ Tudo bem, mandaremos uma carta sempre que possível. - Mamãe falou e segurou a mão do papai. _ Prometemos.

Era melhor assim, meu pai pode ser o Lorde das Trevas desse tempo, mas desde o começo falei que não estaria do seu lado e não mudei de ideia.

Mas sei que ele está fazendo isso para se proteger, já que posso me virar contra ele a qualquer momento, afinal, o meu Lorde não era ele e sim, o que estava me abraçando.

Bom, ele não vai me falar sobre a guerra, mas contar sobre as coisas que estão acontecendo pelo mundo era diferente e isso era bom.