Riley era uma coisa de fora desse mundo.
Algo que Griffin não sabia. Ele sabia muitas coisas, arquivando todos os detalhes de tudo o que via em categorias organizadas em sua mente, escondidas para descobrir se ele precisasse delas em uma data posterior, mas ele não tinha ideia de quando se tratava dela.
Ela não podia ser categorizada, nem em uma ou mesmo uma dúzia de classificações que ele conhecia, mas ele estava inexplicavelmente atraído por ela do mesmo jeito. Ela não pertencia à sua existência, não tinha nada daquilo que ele conhecia, senão pelo talento musical relativamente mediano que tinha.
Ele sabia que não gostava de coisas novas. Ah, ele é espontâneo, e muito que bem. Desafiador, até. Mas esse comportamento vem de um lugar de niilismo, de desobediência pela desobediência. Isso é diferente, isso está fora de seu controle, do tipo de existência permanentemente descontente que ele criou para si mesmo.
Riley ameaça a existência de Griffin Reign, e ele tem medo dela. Por esse motivo, ele não entendia por que ela consumia todos os seus pensamentos, por que seu corpo exigia estar perto dela e trancá-la com ele. Sua natureza selvagem e as risadas encantadas que na maioria das vezes ele tirava dela, geralmente com respostas a perguntas simples sobre si mesmo que ninguém se importou em perguntar antes. Eles eram lindos, ela era linda.
Não se considere o fato de que havia um obstáculo claro em seu relacionamento em desenvolvimento, ele sabe. Ela estava disposta a fazer o que fosse necessário para estar com ele, com certeza. Ansiosa para vê-lo no lugar de onde ele veio e estava seguro de si. Ansiosa para ver o que o homem tímido e hesitantemente sincero despertaria dentro dela em seguida. Ansiosa para se sentir viva como nunca esteve presa em uma cidade pequena e uma família insensível não muito diferente da sua.
Ele sabia que o amor era algo que ele estava considerando pela primeira vez. Ele só queria fazê-la feliz, protegê-la, ser o que ela precisasse. Ele tinha apenas uma ideia ainda em desenvolvimento de como fazer isso, embora certamente tentasse.
Como ele poderia fazer diferente quando Riley estava diante dele assim? Seus braços estendidos no meio de um jardim de flores multicoloridas, um céu quase azul demais cheio de cantos de pássaros como pano de fundo, o brilho do sol iluminando sua pele amendoada para que brilhasse, cada centímetro dela a deusa que ela era? Quando ela se virou para ele radiante, os olhos brilhando com a maior vida que ele já tinha visto em uma pessoa, uma risada sem fôlego de alegria escapando de seus lábios?
Griffin amava Riley de todo o coração.
E, na verdade, aquela garota arrivista já estava apaixonada por aquele velho com um reino que ele estava pronto para compartilhar com ela, aprendendo a aceitá-lo dando seu coração a ela como ela havia dado o dela a ele, porque Riley sentia algo por Griffin e não negaria por nada.
Talvez desta vez dê certo.
