Saint Seiya pertence a Masami Luciana e empresas licenciadas.
Boa tarde, amores! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Esta história foi uma das primeiras que planejei e comecei a escrever, lá por 2018. Na época teve um eclipse e apaixonada que sou por esse fenômeno, resolvi pesquisar algumas coisas relacionadas a mitos e lendas sobre mitologia indígena. Enfim..., como minha mente viaja na maionose, surgiu Pantanal: a lenda dos amores impossíveis.
Espero que se divirtam lendo a história.
Beijos Escarlates!
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Para muitos, o eclipse lunar é apenas mais um fenômeno natural que tem encantado o mundo há centenas de anos. Muitas pessoas aguardam ansiosamente o momento do eclipse para contemplar a beleza que ele proporciona.
Entretanto, esse fenômeno não é sinônimo apenas de coisas boas ou de beleza. A cada duzentos anos, um povo em particular aguarda com grande expectativa o raro e espetacular eclipse total da Superlua, que resulta na chamada Lua de Sangue, um evento celeste envolto em mistérios e crenças ancestrais.
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Pantanal Mato-grossense, Aldeia Indígena Tapuirama
Observando o fenômeno, o cacique estava sentado ao redor de uma grande fogueira, acompanhado por outros habitantes da aldeia. Ele fumava seu cachimbo enquanto contemplava o céu, ciente de que havia chegado o momento de cumprir a profecia à qual estavam destinados por eras e eras. Após alguns minutos, levantou-se e dirigiu-se aos outros:
– Está na hora! – anunciou, com sua voz grave e marcante, aos homens, que na verdade eram guerreiros. Eles se levantaram imediatamente.
– Devemos convocar os escolhidos e nos preparar para o que está por vir.
Os guerreiros, com pinturas espalhadas por seus corpos e rostos, partiram em direção a uma oca, onde avisaram os demais guerreiros da tribo. A partir daquele momento, era necessário redobrar a proteção da aldeia. Munidos de lanças, arcos e flechas, eles saíram em várias direções.
O cacique observou a movimentação, suspirando pesadamente. Sabia que aquela seria uma árdua batalha, mas, nesta era, havia uma grande chance de saírem vitoriosos e pôr fim, de uma vez por todas, àquela maldição. Não demorou muito para ele sentir algo roçar em seu rosto. Desviou sua atenção e deu um leve sorriso.
– Vá, meu amiguinho! – sussurrou para um beija-flor verde que estava pousado em seu ombro. A pequena ave alçou voo e se perdeu na imensidão da Floresta Amazônica.
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Não muito distante dali, três sombras púrpuras cruzaram o céu no sentido leste-oeste e pousaram num barranco, em meio à floresta, revelando uma mulher e dois homens que trajavam armaduras negras. O mais alto se pôs à frente e disse:
– Chegou o momento de, mais uma vez, servirmos nosso mestre. – falou com um semblante sério, enquanto observava a aldeia que não estava muito distante dali.
