Disclaimer: Saint Seiya não me pertence e, sim, a Masami Kurumada, Toei e cia.

Texto em itálico se refere a flashbacks, quando houver.

Texto normal se refere ao presente.

Músicas tema para o capítulo: A Grande Família (kkkkkkk) do Dudu Nobre.

Capítulo 32

Aiolos fuzilava os dois com o olhar e sem perceber, faíscas saíam de seus punhos cerrados.

– Ganhamos! - Sheila ainda comemorava.

– Precisava mesmo pular no Sorento, Sheila?

– Claro, nós temos que comemorar!

Aiolos bufou, nervoso.

Sem nem pensar duas vezes e tão rápido como a luz, Aiolos puxou Sheila separando-a de Sorento. As faíscas se transformaram em um mini relâmpago que cortou o ar e atingiu Sorento quando seu punho voou contra o rosto dele.

O soco foi tão forte que o Marina foi lançado metros para trás na areia, que virou vidro ao redor do local onde ele estava. Mas o sagitariano estava tão furioso, que nem notou.

.

Suellen estava sentada em uma cadeira próxima a piscina e se sentia como uma Rainha. Poseidon - ao seu lado - havia preparado e trazido pessoalmente, uma tábua de petiscos, com queijos de diferentes tipos, charcutaria, frutas, iogurte, pães e algumas pastas e conservas que tinha em sua cozinha, somente para ela saborear.

Com uma taça de suco na mão, a pernambucana conversava com o Deus dos Mares, perguntando sobre sua vida, seus hobbies, como era a vida de bilionário, se ele ainda trabalhava cuidando dos negócios da família Solo…

– E como você concilia a vida de Deus dos Mares com a de CEO do Grupo Solo?

– Bem, o mundo está em paz graças a Athena e a vida de um Deus não é mais tão agitada como antigamente, há menos orações e pedidos para atender e…

O semblante de Adrian fechou e ele parou de falar por um segundo. Seu olhar encontrou o de Athena, em uma expressão consternada e preocupada. Quando voltou a se pronunciar, a voz era mais grave e séria.

– Um minuto, Suellen.

Su estranhou ainda mais quando o Deus levantou-se de sua cadeira com a expressão bastante irritada e Saori também deixou Marin e Fernando e seguiu com ele na direção da praia.

.

– AIOLOS! - Sheila gritou, assustada com o relâmpago que atingiu Sorento.

– OLOS, PÁRA! - Aiolia gritou, correndo na direção do irmão de quem outro raio disparou e atingiu o solo aos pés do leonino.

Esdras e Saga também tentaram se aproximar e quase foram eletrocutados, enquanto Aiolos erguia o punho para dar um terceiro soco. O Marina o chutou, o afastando e se levantou, com o cabelo chamuscado e massageando o rosto dormente. Não fosse pelo cosmo, já estaria morto.

E Sorento notou que o próprio Aiolos não havia sequer elevado ou queimado seu cosmo. Na verdade, podia senti-lo normal tal como os cosmos dos outros Cavaleiros. E, ainda assim, o golpe que levara era como se o sagitariano o tivesse elevado e queimado razoavelmente.

Devagar, colocou-se de pé. O olhar estava inexpressivo, se aproximava do cavaleiro já erguendo a mão para tocar a sua canção, quando o mar revolto ergueu-se em uma forte onda que os derrubou e arrastou areia adiante. A voz grave e poderosa de Poseidon retumbou.

– PAREM!

Adrian vinha com Saori em seu percalço. A expressão do Deus era de irritação e a de Athena mostrava que também não havia gostado.

Aiolos e Sorento se levantaram, trocando farpas com os olhares, ensopados. Os demais que haviam corrido para não serem pegos na onda também haviam sido derrubados e cuspiam água, ou sentados na areia ou já de pé.

– Eu o recebo em minha casa de braços abertos e você inicia uma briga com meu general, Sagitário?

– Isso não é uma postura de Grande Mestre, Aiolos. - O olhar de reprovação de Athena fez o grego baixar o olhar.

– E você, Sorento, deveria receber nossos convidados com cortesia!

O grupo estava mudo. Nenhum cavaleiro ousou abrir a boca e nenhum dos brasileiros sabia como reagir, permanecendo em silêncio. Exceto por Kanon e Sheila.

– Bem feito. - disse o geminiano baixinho para Sorento.

– Não acredito que você fez isso, Aiolos. E você, Sorento… Eu esperava mais de você.

Poseidon olhou para a brasileira friamente.

– A senhorita também provoca os dois. Sabe que se desentendem facilmente por sua causa e os provoca.

– Eu? - Sheila não esperava por essa repreensão.

Porém, o Deus apenas a olhou impassível, balançando a cabeça negativamente e se virou para retornar para dentro de sua mansão, acompanhado de Athena.

– Em respeito aos demais… - Olhou para as garotas com um fino sorriso que aumentou quando seu olhar pousou em Suellen, que viera atrás. - Cumprirei com a minha palavra de aproveitarem o restante do dia aqui. Espero que esteja se divertindo. - dirigiu a palavra a recifense com um sorriso genuíno e saiu.

Kanon, que não gostou nem um pouco, já se eriçou todo e se esquecendo de seu posto ou da posição de Adrian, já ia pisando duro pronto para brigar com o deus, quando Suellen o segurou, impedindo-o.

– Pára, Kanon!

– O que está rolando aqui? - Isa chegava com Camus, os cabelos molhados e o vestido branco sobre um conjunto de lingerie branca no lugar do biquíni.

– Aiolos e Sorento brigaram… - Milo disse e então, ergueu a sobrancelha ao notar Camus de cabelo bagunçado e com um ar um pouco diferente. - Onde vocês foram? Espera… - Um sorrisinho cínico brotou em seu rosto. - Vocês dois sumiram por um bom tempo…

Isabel rolou os olhos. Tinha Milo como seu cunhado, mas às vezes, ele era sem noção.

– O que eu e a Isabel fazemos não é da sua conta, Milo. - Cruzou os braços sobre o peito.

– Isso aí! Agora, onde a Sheila está?

– As meninas levaram ela para a mansão para se acalmar. Ela quase bateu no Aiolos e no Poseidon.

– No Poseidon? Por quê?

– Levou uma bronca dele por provocar o Aiolos e o Sorento. - O Escorpião deu de ombros.

– A Sheila é doida. - Camus disse, surpreso.

– Eu acho melhor ir lá ver se está tudo bem. - Deu um selinho em Camus sob o olhar atento do grego. - Obrigada pelo passeio. Até já!

Milo aguardou Isabel sair e estar a uma distância razoável em seu passo acelerado para se voltar ao melhor amigo.

– Do jeito que você está com o cabelo desarrumado, Sauni… Não me diga que vocês estavam trepando num canto escondido da praia…

– Nós fomos velejar, idiota.

– O quê? HÁ! Desembucha!

– Milo… - rolou os olhos e foi para junto dos outros companheiros.

.

Após a conversa com Poseidon, Sheila foi levada por Julia, Cris, Gabe, Juliana, Jules, Mabel e Nando para uma área reservada, onde havia um grande sofá e uma lareira externa, de frente para a praia. Do lado direito, era possível ver o penhasco coroado pelo Templo de Poseidon. Shura, Saga, Aiolia, Aldebaran, Shaka, Dohko e Marin estavam sentados junto com as brasileiras, enquanto Sheila andava de um lado para o outro, nervosa.

– Eu não acredito que Poseidon me deu bronca. Eu não fiz nada!

– Conta outra, Sheila… - Aiolia comentou.

– O que você quer dizer com isso, cunhadinho?

– Você sabe que meu irmão é inseguro…

– E você vive correndo atrás do Sorento para deixar o Aiolos com ciúme. - Shura acrescentou, sendo apoiado por Aiolia, Dohko e Saga.

– É óbvio que uma hora, ia dar ruim. - Aldebaran concordou.

– Vocês, homens, sempre culpam a mulher. - Mabel ficou brava.

– Se ele tem ciúmes, ele quem devia trabalhar essa insegurança!

Saga ia responder, quando Isa se aproximou.

– Oi, pessoal! Fiquei sabendo da briga… você está bem, Sheila?

– Estou furiosa! Como assim, Poseidon me dá bronca pelo ataque de ciúmes do Aiolos? - Sheila reclamou, gesticulando, quando seu rosto se iluminou, como se encaixasse as peças de um quebra-cabeças e parou na frente da geminiana, com as mãos na cintura e um sorriso esperto no rosto. - Espera aí… Onde você estava?

– Você sumiu por algumas horas, mana.

– Pensando bem… O Camus também. - Dohko disse.

– O que quero saber mesmo é onde você e o Camus foram, que vocês dois sumiram!

– Nós fomos velejar. O Adrian emprestou um veleiro para nós passearmos.

– Deve ter sido muito romântico! - Gabe comentou.

– Eu também quero um passeio desses, Saga!

– Pode ficar querendo. - Ares respondeu, sem meias palavras. Saga tentou corrigir. - Nem eu nem o Ares sabemos velejar.

– E como foi o passeio? - Julia indagou, voltando a atenção de todas para a amiga.

– Foi bom! Eu não sabia que o Camus sabia velejar, gente! - Sentou-se em um canto. - Nós velejamos algum tempo, aí paramos e nadamos no mar. Fizemos um piquenique e…

Enquanto a geminiana contava para as garotas sobre o passeio, Julia notou as marcas de cordas nos pulsos e pernas da amiga, mas não comentou nada, apenas dando um sorrisinho cúmplice, quando seus olhares se encontraram.

Mas o grupo continuou conversando, agora em clima mais ameno e a observar o mar, cujas ondas ficaram mais calmas e os últimos raios solares se apagaram na linha do horizonte e a noite caiu.

– Cariño, você está com frio e está quase na hora do jogo. Vamos para dentro? - Shura esfregou os braços de Julia que havia se encolhido ao seu lado.

– Quem vai jogar? - Perguntaram Saga e Aiolia ao mesmo tempo.

– Real Madrid y Juventus.

– Então, o Giovanni já deve estar se preparando para assistir também. Não sei o que vocês vêem nesse esporte. - Shaka comentou.

– Shaka, é que são muitas emoções…

Com Sheila explicando os motivos de gostarem de futebol para o indiano, o grupo entrou e logo se dividiram entre os quartos da mansão. Ainda que a ideia fosse apenas passar o dia, Adrian havia cedido um quarto para cada casal, de modo que pudessem descansar, tomar banho e se trocarem antes de retornar.

No entanto, após a briga de Aiolos e Sorento, Poseidon decidira conversar com Athena e por isso, um jantar seria oferecido em poucas horas. Como já seria tarde para retornarem após o jantar, os convidados pernoitariam por lá, seguindo para o Santuário no dia seguinte de manhã.

– Esta mansão é enorme, mesmo. - Jules comentava com o Cavaleiro de Libra enquanto caminhavam para seu quarto.

– A família Solo está no mercado de comércio e turismo marítimo há séculos. Desde a indústria de embarcações e equipamentos, até as empresas de cruzeiros.

– Ser a família que sempre teve as reencarnações de Poseidon deve ter ajudado.

– Humm, provavelmente. - O libriano assentiu, pensativo. - Bem, este é o nosso quarto.

Quando abriram a porta, Dohko e Jules soltaram um assobio baixo. O cômodo fazia jus a qualquer quarto de hotel de luxo. Uma cama king size enorme no centro do quarto ao lado direito, com papéis de parede em tons claros, duas mesas de cabeceira de mogno, com luminárias na parede em cada lado. Uma área de leitura do outro, com poltronas macias, um apoio para os pés na frente de cada uma, com lareira ao fundo, uma mesa de canto ao lado de cada poltrona com tampo de madrepérola, uma chaise-long em outro canto e a vista da varanda para o oceano.

– Hian, nós temos nossa própria jacuzzi! - Jules o chamou de dentro do banheiro.

Paredes e piso revestidos de mármore com louça branca e todas as torneiras e toalheiros em dourado, uma jacuzzi para duas pessoas ao fundo e um box de dois metros de largura no lado esquerdo, com dois chuveiros de spa.

– Acho que depois desse dia, uma jacuzzi não faria mal a ninguém… - Hian piscou para a namorada.

Se aproximando dela, deu um beijo longo e calmo, enquanto a enlaçou pela cintura. Os dedos correram pelo tecido buscando a bainha da camiseta e agilmente, despiu a peça.

– Você quer?

– Sim, Hian. - Jules o puxou pelo cós da bermuda e o membro do chinês latejou.

Despiram-se entre beijos e ligaram a banheira, que em alguns instantes se encheu com água morna. Com a ajuda do cavaleiro, Jules entrou na água da jacuzzi.

Ele sentou-se atrás dela e massageou seus ombros, distribuindo beijos ao longo de seu pescoço, nuca e costas. Quando Jules estava bem relaxada, a trouxe para cima de seu colo, ainda de costas e desceu a massagem por seus seios, abdome e por fim, à região íntima, até que a brasileira gozou.

Sem hesitar, Jules direcionou o membro até aquele ponto e enfiou toda a sua extensão dentro de si. Era quase como se gozasse novamente de tanto que precisava dele e com sede de outro orgasmo prazeroso, passou a cavalgá-lo rapidamente.

Dohko alisava suas costas, distribuía beijos por ela e pequenas mordidas em seu ombro. Não faltou muito para que ambos se deliciassem com o pico do prazer e acabassem moles dentro da água.

.

Os que iam ver o jogo tomaram banho e em seguida desceram, pois iriam se reunir no cinema da mansão. Em alguns minutos, os fanáticos por futebol encheram as poltronas do cômodo.

Shura e Sheila estavam do lado esquerdo, sentados bem a frente, Giovanni do lado direito. Saga, Aiolia, Milo, Camus e Isa mais no meio. Julia, Helu, Cris e Marcela, mais ao fundo, apenas assistiam o jogo por conta do time italiano e para acompanhar seus namorados.

A partida estava acirrada. Shura, sentado ao lado de Sheila, apoiava os cotovelos sobre os joelhos. Giovanni estava quase na beirada da poltrona e a libriana ora sentava, ora levantava, torcendo para a equipe espanhola. A cada falta ou lance mal apitado, era uma gritaria e frases cheias de palavrões. Quando os gols saíram, a comoção fez os que estavam fora ouvirem os gritos, mesmo com o som abafado pelas paredes revestidas com material acústico.

– Não deveriam estar gritando e abusando da hospitalidade de Poseidon depois daquela briga.

– Calma, Shion. Poseidon permitiu que usassem o cinema para verem futebol. - Paula abraçava o Grande Mestre por trás e tentava fazê-lo relaxar, em vão.

Afrodite, Mú e Esther estavam sentados no sofá de uma ampla sala de estar ao lado do cinema e o ariano mais velho estava impaciente.

– Aiolos não pode se comportar dessa forma. Ele será o Grande Mestre. Não pode simplesmente perder a cabeça por ciúmes e partir para a briga.

– Mestre, Aiolos acabou de retornar a vida e ainda será preparado para assumir o cargo. Não há como esperar que ele mude a sua maneira de agir ou pensar, já. - Gustavv ponderou, observando o ariano de seu lugar, com os braços cruzados.

– Gustavv tem razão neste ponto, mestre. - Mú disse com a serenidade de sempre. - Aiolos ainda não é o Grande Mestre. Ele já foi nomeado o próximo Patriarca, mas até lá… Ele ainda é Aiolos de Sagitário.

– Mesmo como Cavaleiro de Sagitário, esse não é um comportamento esperado de um Santo de Ouro de Athena. - Shion deu seu sermão.

Os outros suspiraram, sabiam que nada iria mudar a forma como Shion pensava naquele momento.

– Onde ele está, por sinal?

– Trancado no quarto. - Esther respondeu.

– E Athena?

– Ela disse que conversaria com Poseidon. - Rodrigo que descia agora, após seu banho, explicou.

Em uma sala privada, Poseidon e Athena se reuniram para que nenhum dos dourados, Marinas, Marin ou as garotas ouvissem.

– Você também sentiu, não é, Athena?

– Sim, é como se o equilíbrio na balança pendesse para um lado.

– Hum. O seu lado. - assentiu.

– O que isso significa, Poseidon?

– Seus Cavaleiros estavam distraídos demais com o ataque de ciúmes de seu futuro Grande Mestre que não sentiram nenhuma alteração no cosmo dele?

– Eu não entendo. O cosmo de Aiolos não se alterou, sequer se elevou. Se ele tivesse queimado o cosmo, eu teria sentido.

– Meu irmão está furioso. Você também sentiu, não é?

– Senti. Mas não nos convocou.

– Zeus está observando. Você é a filha preferida dele, a caçula da família.

– Héracles é o caçula.

– Mas das mulheres, você é a caçula. Para ele, você sempre será a caçula.

Poseidon fez uma pausa e bebeu de sua água, ciente do olhar de Athena sobre ele.

– E, por isso, ele ainda não vai agir. Ele quer ver até onde seus Cavaleiros irão, agora.

x.x.x.

Olás! Demorei muuuuito para atualizar, mas cheguei compensando com um capítulo um pouco mais longo, confusão causada pela Sheila e… bomba!

Palpites sobre o que aconteceu com o cosmo do Aiolos?

E Poseidon dando bronca na Sheila… Eu pensei em um trecho da cena na área da lareira externa que depois acabei deletando. Mas imaginei a Sheila dando o dedo do meio na direção do Templo de Poseidon!

Hehehehehehehe

Também tivemos um climazinho mais 18!

Eu espero que vocês tenham gostado. Ah! E a trilha sonora desse capítulo, hein? Eu não aguentei, precisava ter colocado A Grande Família! Na hora que comecei a escrever, só me veio essa música na cabeça!

Reviews, respondo no próximo capítulo!