Disclaimer: Saint Seiya não me pertence e, sim, a Masami Kurumada, Toei e cia.
Errata: a Isa fez uma correção muito necessária sobre o capítulo anterior. A marca de violinos é Stradivarius e não Stratovarius (a banda)! Eu sempre confundo os dois e quando escrevi, nem percebi que errei! Kkkkkkkkkkkk
Obs.: a primeira parte são cenas de ALSA, fic da Krika Haruno, que pincei apenas do casal deste capítulo para simbolizar a recuperação das memórias e também, do compartilhamento das memórias dos casais.
Texto em itálico se refere a flashbacks, quando houver.
Texto normal se refere ao presente.
Músicas temas para o capítulo:
Capítulo 23
A paulista ficou contemplando aquele sorriso.
- Você tem uma tatuagem de tigre nas costas?
Dohko virou-se mostrando as costas.
- Uau...
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Os dourados ouviam em silêncio.
- Ester gosta do Mu. - fitou o ariano. - a Cris gosta do Saga e eu de você. - aproveitou o embalo falando para Dohko.
O libriano abriu um grande sorriso.
- Também gosto de você.
Sem se importar onde estava ou com a presença dos demais cavaleiros Dohko tomou Jules nos braços e a beijou.
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Aos poucos, as lembranças daqueles quase quinze dias no Santuário iam voltando a sua mente, como se estivesse vendo cenas de um filme ou game em primeira pessoa, mas com a verdadeira sensação de ser tudo real.
Lembrou-se de como foi saber que Dohko realmente existia, de como ficou preocupada com a dor de cabeça dele, de como se sentia ao receber seus olhares ou a felicidade que queria transbordar de seu peito a cada toque ou beijo dele.
Como tudo aquilo podia ser verdade, ela ainda não sabia. Se passaram dez anos e para Jules, ainda parecia que vivia um sonho!
Mas era tão real quanto a sensação do colchão sob seu corpo, a maciez dos lençóis, o calor do sol e do corpo próximo ao seu…
Jules tinha a cabeça sobre o colo de Dohko e quando despertou, a primeira coisa que viu foi ele, sorrindo para ela.
– Dohko…
– Que bom que você acordou!
A brasileira sorriu e fechou os olhos novamente, sentindo os toques suaves dele nos seus fios de cabelo.
– Seu cafuné é tão bom. Não quero levantar daqui. Quero ficar desse jeito para sempre.
– Eu também… Se você vier morar aqui, eu sempre vou te acordar com cafuné.
– Como assim, se? - Jules abriu os olhos e fez menção de levantar. - É claro que eu vou!
Abriu um sorriso tão sincero que Dohko não teve mais dúvidas de que eles viveriam sua história de amor para sempre, até ficarem velhinhos.
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- Eu gosto de você Atena. - disse calmamente. - só você tem um lugar aqui. - apontou para o peito.
Ela sorriu. Rodrigo levantou indo até ela ajoelhando na sua frente.
- Serei seu eterno cavaleiro.
O sorriso abriu ainda mais. O jovem levou a mão até o rosto dela acariciando, aos poucos foi aproximando tocando levemente seus lábios vermelhos. A deusa correspondeu ao gesto, iniciando um terno beijo.
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- Posso te beijar?
- Nãooo. - corou. - aqui não.
- Então mais tarde? - achava lindo o rosto corado dela.
- Sim...
Discretamente o brasileiro buscou a mão dela, usando a armadura para encobrir o ato. Atena apenas balançou a cabeça sorrindo.
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Rodrigo sentia o cosmo cálido e amoroso de Athena o envolver por completo, como se fosse um abraço carinhoso que aquecia suavemente seu corpo.
As memórias retornavam com o poder de sua Deusa e pareciam tão reluzentes como se tivessem ocorrido há tão pouco tempo e não há dez anos.
Mas, como esperar que isso fosse diferente, se para Athena dez anos não eram nada?
Uma década para um ser humano como ele era bastante, demorava um pouco a passar mesmo que, as vezes, com a correria do dia-a-dia parecessem transcorrer tão rápido.
Já para um ser imortal como a Deusa, uma década era como se passassem dez meses, ou dez semanas.
As lembranças de Saori eram tão vívidas também. Será que era o efeito do lado imortal?
– Rodrigo…? - Athena o chamou, estava estranhando que já haviam se passado longos minutos desde que o procedimento terminara e ele ainda não despertara do seu transe. Ficou preocupada e o medo começou a se revolver em seu coração. - Rodrigo!
Nada do brasileiro acordar.
– Rodrigo! - O sacudiu.
Então, o baiano rolou de lado e começou a rir, de olhos fechados.
– Seu mortal insolente! Idiota! Está rindo? O que pensou que estava fazendo? Como se atreve a me deixar preocupada? - O lado imortal esbravejou e, subindo na cama, deu-lhe alguns tapas no ombro.
– Ai, ai, ai… - Rodrigo encolheu-se. - Calma, Athena! Era brincadeira!
– Brincadeira de mau gosto! Achei que alguma coisa tivesse dado errado, que nunca mais ia acordar!
Ele segurou os pulsos de Athena, girando o corpo jogou-a sobre o colchão, deitando-a.
– Eu sei que jamais daria errado, porque é você, Athena.
Ela ficou sem palavras e o encarou.
– Eu te amo… - A beijou de forma suave, sendo correspondido.
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O brasileiro ergueu o queixo dela gentilmente. Seu rosto era ainda mais belo a curta distancia. O coração de Marin batia depressa...
– Fernando...
A resposta dele foi beija-la, de forma lenta. Marin não sabia o que fazer, mas deixou-se levar pelo contato e não pode deixar de notar a diferença entre o beijo dele e de Aioria. O do mineiro era mais comedido, tímido, enquanto o de Aioria era abrasador. Fernando tocava-lhe tão calmamente que se sentia em câmera lenta. Ele vendo que não foi rejeitado aprofundou o contato passando a mão pelos cabelos vermelhos...
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Fernando reviveu todos os momentos ao lado de Marin enquanto a Amazona o tocava com seu cosmo. Sentiu até a dor do soco que levou de Aiolia novamente. Mas também sentiu a alegria de ter a ruiva junto de si, as idas à vila, ajudando-a com seus deveres e tarefas…
Foi com um sorriso no rosto que se recordou de quando a beijou, de quando ficaram juntos, de quando a confessou seus sentimentos…
Marin o observava com um olhar e sorriso carinhosos enquanto ele despertava, aos poucos, de seu transe. Os olhos escuros, que piscaram rapidamente, focaram os azuis que brilhavam como duas safiras.
– Oi…
– Oi!
O brasileiro a fitou por instantes preciosos e levou uma de suas mãos ao rosto da amazona, acariciando de leve.
– Estou feliz que esteja aqui novamente, Nando.
– Eu também estou feliz de estar aqui, Marin.
– Minha vida sem você não é a mesma. Eu posso lutar, proteger Athena, a Terra e a humanidade… Mas é como se tivesse um vazio no meu peito.
– Eu nunca mais vou sair do seu lado, Marin. Eu te amo.
– Também te amo…
Marin, dessa vez, tomou a iniciativa e colou seus lábios aos do brasileiro, com carinho.
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- "Nós... poderíamos ter alguma coisa..."
- "Alguma coisa? Como assim?" - fez de desentendida só para ver mais um pouco o rosto corado do ariano.
- "Bom... um namoro?" - a palavra saiu bem lentamente, como se tivesse medo da brasileira sair correndo.
Ester sorriu.
- "Você é tão fofo! Tão maravilhoso!" - o abraçou. - "como dizer não?"
- "Então aceita?"
A resposta dela foi beijá-lo.
- Acho que isso é um sim. - sorriu.
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Ester ouvia as memórias! Ela podia ouvir cada uma das memórias de quando esteve no Santuário, através do cosmo e das lembranças de Mú.
Depois de anos, ela descobriu como eram as vozes das amigas. Como eram as vozes de Athena, Rodrigo, Nando e de cada um dos Cavaleiros de Ouro.
Mas, mais importante, ela se lembrava de cada vez que ouviu a voz de Mú em sua mente e isso a fez chorar.
Chorar de felicidade e de alegria. Chorar de emoção.
Ouvia cada palavra de carinho e afeto do ariano.
Esther abriu os olhos e, ainda deitada na cama com as mãos pousadas sobre a barriga, virou o rosto na direção de Mú e o olhou de forma doce e ainda mais apaixonada do que antes.
As lágrimas molhavam sua face, mas ela não se importou. E Mú soube o que elas significavam quando ela disse em sua mente o quão feliz estava.
– Mais do que tudo, eu te agradeço e te amo, mais do que tudo, Mú!
– Eu também amo você, Ester. E sou muito grato aos Deuses por terem me trazido você…
Ester levantou-se e o abraçou fortemente enquanto o ariano acariciava seus cabelos castanhos.
– Vou ficar para sempre com você!
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Xxxx
Bueeenas noches!
Cá estou eu com o último capítulo desta série dedicada às lembranças de ALSA!
Calma! A fic não acabou!
A partir de agora, são cenas novas!
Mas encerramos a primeira parte da fic e eu tive muita dificuldade de fazer esse capítulo porque estava muito ansiosa e escrevê-lo, antes de chegar a parte que vem adiante, não estava indo…
Às reviews:
Sheila - Que bom que vc curtiu o seu capítulo e que eu consegui captar bem tudo isso! Eu sinto que Aiolos e Sheila estão demorando a engrenar de novo, mas espero que eu consiga fazê-los fluir em breve! Sobre o capítulo da Isa, eu também acredito que ela merece muuuiiito viver algo assim!
Cris - Camus e Isa são maravilhosos juntos! E pra mim, Shura e Julia precisam e merecem serem essa mesma vibe e leveza! Hahahaha Eu sei que eu quero isso pra mim e essa fic é, de uma certa forma, uma maneira de eu manifestar isso pra mim.
Gabe - Eles são um dos meus casais favoritos! Eu fiz uma promessa a Isa de que eu faria ser lindo e que faria ela chorar com a fic. Hahahahahaha! Espero conseguir o mesmo com todas!
Isa - Maninha, minha promessa foi cumprida, então! Hahahaha! Eu fico muito feliz que tenha gostado e eu torço muito para que, na vida real, também seja assim!
