Disclaimer: Saint Seiya não me pertence e, sim, a Masami Kurumada, Toei e cia.

Texto em itálico se refere a flashbacks, quando houver.

Texto normal se refere ao presente.

Músicas temas para o capítulo: começa com I Want to Break Free do Queen de novo e as demais, tenho uma playlist inteira que eu compartilho com vocês depois!

Capítulo 28

Aiolos, em cima do palco, dançava, fazia gracinhas, cantando a música do Queen, às vezes, até andava e rebolava imitando as cenas do começo do clipe da música com Freddie Mercury, que era um de seus cantores favoritos na tenra juventude. Sheila ria e se divertia, deu até um tapa na bunda do sagitariano em uma das gracinhas que ele fazia.

Ambos estavam completamente descontraídos e pareciam a dupla perfeita naquele momento de bagunça. Nem perceberam a presença de Shion que havia acabado de chegar, após receber uma mensagem de Paula convidando-o a vir.

– O que você acha que eu faria, Capricórnio? - Shion vestia um jeans escuro e uma camiseta preta simples, com uma jaqueta de nobuck castanho.

Esdras, que não era de se intimidar, gelou e ficou sem saber o que responder. Nem Saga sabia como reagir àquela situação.

– Deixe o rapaz se divertir. Em breve, ele terá de assumir grandes responsabilidades, ele merece um pouco de leveza. - Shion deu dois tapinhas no ombro do cavaleiro e saiu, chamando seu amigo mais antigo. - Dohko!

– Shion! Enfim, você veio? Você vai cantar comigo, né? Não vai sair daqui sem cantar pelo menos uma comigo! - O libriano se empolgou.

– Você vai mesmo me fazer pagar esse mico?

Jules, Juliana e Paula - que se aproximava agora - olharam curiosas de Libra a Áries e de Áries a Libra.

– Shion canta bem, além de tocar piano! Mas é tímido.

– Giovanni canta muito melhor do que eu, Dohko.

– É verdade. - Concordou Dohko, mas sem perder uma batida, emendou. - Mas você arrasa no karaokê com Journey!

– Pera, Journey? Quem diria?

– Mas faz tanto sentido…

O ariano lançou um olhar torto a Jules, com um ar de deboche e sarcasmo.

– Por que eu sou velho?

– Não, porque de certo modo, é um refrão que combina com seu cargo.

O lemuriano enrubesceu e ficou sem palavras. Mas mal ele pôde dizer qualquer coisa, pois o som de um piano soou. E uma batida puxou a atenção de todos.

– Uuuuh-uuuuh… You can dance… you can jive… Having the time of your life…

Afrodite dançava ABBA com Julia, Isabel, Sheila e Cris em cima do palco. As meninas cantaram o início da letra e Gustavv acompanhou em seguida.

Outros presentes e até alguns cavaleiros, não conseguiram deixar de dançar à frente do palco. O gerente do bar deu um sorriso e do balcão, ligou um botão que fez descer uma bola de espelhos, bem anos 70, que começou a girar e refletir as luzes em torno do ambiente.

O pisciano até encontrou ao lado do palco alguns boás de penas rosadas que ele colocou ao redor do próprio pescoço e das meninas e o girava, sacudia, fazia mil movimentos como uma diva.

– Dancing queen… feel the beat from the tambourine, oh yeah! – As garotas e Afrodite cantavam juntos.

Aldebaran era um dos que dançava animado, junto de Mabel que se divertia com a dança do sueco.

– Essa música combina muito com ele.

Quando a música acabou, Isa permaneceu no palco e Camus notou que ela inseriu outra música na máquina. Uma batida ritmada se seguiu, com o som de sintetizador e um teclado também ritmado, ao que a paulista começou a dançar. Ele reconheceu a canção. Era uma das músicas que, quando adolescente, ouvia quando saía por Rodório e Athenas às escondidas, com Milo.

Isa cantou a primeira estrofe e no refrão…

– Take on me… Take on me… - Isa pegou a mão de Camus e o puxou para dançar, em cima do palco, dando pulinhos para a direita e depois, para a esquerda.

As garotas que dançavam na pista improvisada fizeram o mesmo com seus cavaleiros.

– Take on me… Take me on!

A música encerrou e Isa desceu ofegante com Camus, mas Milo o puxou de volta pro palco.

– Aah, non… Non… Milo! Non… Milo!

– Você vai cantar comigo, sim.

– Mas nós fazíamos isso quando éramos crianças!

– Não quero saber, é nossa música! - Milo entregou o microfone à Camus. - Vamos, pelos velhos tempos!

O aquariano, sem opção, pegou o microfone das mãos do amigo. O som inesquecível das notas e a bateria ritmadas soaram e Milo subiu no palco imitando Rocky Balboa. Camus, entediado, fingiu fazer o mesmo.

Milo dava socos no ar, segurando o microfone, e virou para Camus dando jabs na direção do amigo que tinha uma cara de "alguém me tire daqui". Mas os amigos gritavam e aproveitavam para encher o saco do francês.

– Risin'up, back on the street… Did my time, took my chances… Went the distance, now I'm back on my feet, just a man and his will to survive…

– So many times, it happens too fast, you trade your passion for glory… - Camus cantou sem emoção.

O escorpiano "dançava" como um boxeador e cantava ao som de Eye of the Tiger, e nem ligava que Camus o fizesse de má vontade, ele se divertia mesmo assim. Às vezes, jogava um charme para Marcela, que não sabia onde enfiar a cara.

– Eye of the Tigeer! - Milo cantou, batendo o pé no ritmo da música.

Quando a música acabou, ambos desceram e o grupo se reuniu nas mesas, enquanto um rapaz de cabelos curtos, assumiu o microfone para cantar 24K Magic e seus amigos tomaram a frente do palco.

– Eu não acredito que você pagou esse mico! - Marcela queria se esconder.

– Que foi? Não curtiu esse corpinho dançando pra você?

– Milo! Não me mata de vergonha!

A paulista se sentou num canto das mesas, segurando um drinque colorido e cobriu o rosto com as mãos enquanto sorvia o líquido. Milo soltou uma sonora gargalhada, pegando uma cerveja.

Por algum tempo, o grupo apenas ficou à mesa, conversando, bebendo e petiscando, pois alguns jovens por volta de seus 18 ou 20 anos, começaram a cantar músicas mais recentes ou atuais.

A conversa fluía até que Dohko saiu da mesa sem dizer nada a ninguém. Então, um funcionário do lugar subiu no palco, ajeitando os cabos e microfones, para depois instalar um teclado ali, ao som do burburinho das conversas que podiam ser ouvidas com o silêncio.

Dohko então apareceu no palco, pegou o microfone e o testou.

– Quero chamar aqui um amigo de longa data para cantar comigo. Shion, por favor…

O ariano ficou pálido, tentou fugir, mas Dohko insistiu e Aldebaran o fez se levantar. Sob incentivos dos outros dourados, acabou se dirigindo ao palco para a alegria do libriano.

Sem graça, ele testou o teclado, dedilhando algumas notas e parou.

– Tem certeza disso, Hian?

– Claro! - respondeu sorridente.

Shion soltou um longo suspiro, olhou para o teclado e em seguida, limpou a garganta e iniciou uma melodia. Conforme seus dedos pressionaram as teclas, se sentiu um pouco mais à vontade e, trocando olhares com o amigo, soltou a voz.

– Just a small town girl… Livin' in a lonely world…

Mesmo os jovens presentes que não curtiam muito as músicas de rock antigo e durante o restante do tempo, tinham achado aquilo chato, ficaram impressionados com a voz do homem e sua habilidade no teclado não ficava atrás. Shion cantava bem, ainda que não como Giovanni. Mas sua voz era afinada e atingia alguns agudos que não eram tão fáceis de conseguir. Especialmente entre aqueles no karaokê.

Ele seguiu com os olhos concentrados no teclado, tocando habilmente enquanto o playback de fundo tocava com a parte da guitarra, baixo e bateria.

– Strangers… waitin'... Up and down the boulevard… - Dohko se uniu ao amigo.

– Quem diria que o velhote sabia cantar desse jeito! - Aiolia comentou.

– Pois é… tivemos várias surpresas hoje, mas acho que essa valeu a noite. - Kanon declarou, assistindo do banco em que estava sentado.

– Don't' stop… Believin'! Hold on to the feelin', streetlights, people! - ambos cantavam juntos.

Paula assistia maravilhada e quando Shion desceu do palco, foi recebê-lo animada.

– Shion, foi incrível!

– Cantou bem, hein, vovô! - um jovenzinho petulante se aproximou e deu tapinhas nas costas dele enquanto subia ao palco.

Logo após o garoto, Dohko subiu de novo e cantou uma sequência de músicas das antigas, para desgosto dos jovens.

– Acho que está na hora de vazar. - Reclamou Kanon.

– Nós combinamos de ir para uma boate, agora. - Sheila falou. - Como ela abre às 23 horas, e agora já são quase meia-noite, acho que podemos ir para lá já.

– Bora! - Milo deu um pulo do banco.

Aqueles que iam para a boate se despediram dos que ficaram.

– Você vai perder uma balada? - Marcela olhava incrédula para Paula.

– Como o Shion vai ficar, eu também vou.

– Boa sorte com o Dohko monopolizando o microfone.

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Giovanni cozinhava contando sobre sua nonna, com quem morou por algum tempo e com quem aprendeu a cozinhar. Depois de alguns minutos, desligou o fogo e se aproximou de Helu, servindo mais um pouco de vinho.

– Bella, preciso de alguns minutos e já volto. - deu um selinho na brasileira e saiu.

Helu aproveitou que ele havia saído e desceu da banqueta, indo até o fogão. Destampou as panelas e mergulhou a ponta do dedo no molho vermelho.

– Hummmm… - ela experimentou o molho. - Isso está tão bom… Mas é melhor deixar para comer quando o Gio servir.

Tampou a panela de novo e ia voltar à banqueta, mas teve outra ideia. Deixou a taça sobre a mesa e se dirigiu para o interior da casa, onde o italiano havia se despido e entrado no chuveiro para um banho rápido.

Com um sorriso travesso, Helu retirou o vestido rosa e as sandálias, ficando só com a lingerie e entrou no chuveiro, enquanto Giovanni estava de costas e de olhos fechados.

A lingerie ficaria encharcada, mas não estava nem aí. Giovanni virou bruscamente, assustado, tirando a água do rosto e deparou-se com a brasileira. Obviamente, seu corpo reagiu à visão dela quase imediatamente.

– Invadindo o meu banho, senhorita Heluane? - deu um sorriso pra lá de pervertido, se aproximando e a prendendo entre seu corpo musculoso e a parede fria.

Sem cerimônias, tomou sua boca possessivamente e a ergueu com facilidade, prensando as costas da carioca contra o azulejo molhado. Beijou-a alternando entre voraz e lentamente, mordiscando seus lábios, apalpando suas coxas e nádegas, enquanto Helu cruzou as pernas em suas costas.

Com os dedos ágeis, a tocou em sua intimidade, estimulando seu clitóris e mergulhando seus dedos na umidade por cima da pequena peça de renda, preparando-a para o que viria a seguir. Quando percebeu que ela estava prestes a gozar, despiu a calcinha depressa e entrou de uma vez, fazendo-a gemer alto.

Giovanni deslizou novamente para fora e entrou de novo com força, para depois, sair e entrar rápida e repetidamente, várias vezes até gozarem.

Esgotado, repousou a testa sobre a dela até recuperar as forças. Quando estavam recuperados, tomaram banho juntos, trocando beijos carinhosos que se tornaram ardentes. Gio já sentia o tesão se acumular de novo.

– Cazzo… - murmurou. - A pasta vai esfriar…

– Tudo bem, a gente esquenta de novo.

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Parte do grupo havia saído do bar de karaokê e se dirigiu para a boate. Cris, Saga, Aiolia, Gabe, Milo, Marcela, Sheila, Aiolos, Julia, Isa, Camus (arrastado pela gemiana), Afrodite e, muito a contragosto, Shura, que foi convencido pelos amigos. Kanon foi junto, embora Su tenha decidido não ir.

Quando chegaram à boate, os seguranças deixaram as garotas passarem após mostrarem o conteúdo das bolsas e revistaram os rapazes, deixando-os entrar em seguida. O ambiente já estava bastante cheio e haviam balões pendurados no teto, treliças de aço sustentavam canhões de LED e havia uma plataforma elevada onde algumas gogo girls dançavam. Ao fundo, a cabine do DJ era iluminada por faixas de LED, nas laterais, haviam mezaninos com mesas e os balcões do bar tinham iluminação similar a cabine do DJ.

O som alto tocava um remix de Makeba, com a batida bem marcante. O grupo adentrou a área e alguns dos dourados se dirigiram à área dos mezaninos, pegando uma mesa que tinha uma ótima visão da pista, para onde Julia, Isa, Cris, Sheila e Marcela já se dirigiam, dançando.

Shura sempre fora de opções mais tranquilas, como um bar ou até o karaokê, assim como Saga e Camus, então, os três sentaram-se à mesa. Gabe sentou-se com eles, mas logo Aiolia a puxou para dançar.

As garotas foram até o bar e pegaram algumas bebidas para depois voltarem para a região mais central da pista. O DJ colocou para tocar um remix de Always Feel Like e logo, elas já estavam dançando de novo. Faziam passos que os dourados não entendiam, balançavam os quadris de um lado para outro e tinham os braços no ar.

Saga olhava Cris jogar os braços no alto enquanto pulava e cantava, tentando entender como ela ainda tinha tanta energia. Aiolos desceu para a pista ao ver Sheila dançando e se juntou a ela, envolvendo sua cintura e acompanhando os movimentos dela.

Isa estava perto de Julia, que dançava livremente e de olhos fechados, sentindo o ritmo da música e a vibração em seu corpo e cantava a letra de In My Mind, sem nem perceber que Isa gesticulava discretamente para Camus trazer Shura para a pista.

Mas o francês não entendeu, apenas tentou puxar assunto.

– Você ainda está bravo com ela?

– Ela acha que eu a traí, Camus.

O aquariano balançou a cabeça. O amigo era teimoso.

Foi no momento em que a voz de Axel Rose soou cantando os primeiros versos de Sweet Child O'Mine que Shura e Saga se animaram.

– Agora, sim, a música melhorou.

Mas quando a batida ressoou, levando a pista à loucura e fazendo Julia e Cris dançarem ainda mais empolgadas, a decepção bateu.

– Poxa, estragaram a música!

O setlist seguiu com os remixes de Spicy Margarita de Jason Derulo e Michael Bublé, In the Dark de Armin Van Buuren e David Guetta, Piece of your Heart de Meduza. As garotas não pararam de dançar em nenhum momento.

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Sheila e Julia conversavam na fila do banheiro. Ambas estavam bastante suadas, mas felizes. E a libriana incentivava Julia a fazer ciúmes em Shura.

– Vamos bodear esse cabrito e matar ele de ciúmes, Julia.

– Mas eu já estou com esse vestido…

– O vestido diz "eu sou uma grande gostosa", mas não é o suficiente. Sabe o que deixaria ele mortinho de ciúmes? Se você dançar com algum cara bem gato.

– Sheila… Eu não acho que consigo fazer isso.

– Consegue, sim. Você não vai sair daqui sem dançar com alguém e sem pegar o telefone de pelo menos um cara.

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Na pista de dança, Isa foi até a mesa beber água, quando as primeiras notas de Alors On Dance chegaram a seu ouvido. Era a versão de Dubdogz, mas era impossível não reconhecer.

– Essa música!

Imediatamente, ela deu um pulo, largou a água e puxou Camus para a pista de dança. O aquariano, sem entender muito, apenas a seguiu. Como o DJ estendeu as primeiras notas, sobrepondo a música anterior às vezes dando uma pausa, fazendo sua própria mixagem, indicando que essa seria a próxima música do setlist, eles chegaram bem a tempo de a música começar a tocar inteira.

Isa puxava Camus pela mão e balançava o quadril no ritmo das notas, até encontrar um lugar onde conseguiu dançar com mais espaço, bem quando o grave soou. Ela balançava a cabeça de um lado para outro, com as mãos no alto, marcando o passo com os pés e o quadril e o francês se aproximou, tentando seguir o mesmo ritmo imitando os passos dela.

O jeito dela dançar era tão contagiante que era sexy por si só e o desejo que sentiu por Isabel quando a viu arrumada na Casa de Gêmeos, voltou tão forte que decidiu fazer algo completamente impulsivo.

Em um gesto inesperado, a puxou para si, colando seus corpos e abraçando-a por trás. Isa não se importou com os movimentos insinuantes e as mãos de Camus deslizando por sua cintura até a lateral de seu quadril, apenas continuou dançando.

– Je veux te goûter dans ma bouche - Ele disse em seu ouvido, para só ela escutar.

A geminiana sentiu um arrepio e virou-se para ele, que a puxou pela mão para longe da vista de outras pessoas. Camus a arrastou até um corredor escuro e vazio, onde encontrou a porta para um banheiro mais privativo, onde a maioria das pessoas da casa noturna não ia.

A empurrou para dentro, olhando em volta e se certificando que ninguém estava por ali, especialmente os seguranças, e entrou em seguida, fechando a porta.

– Camus, o que…

A boca do francês cobriu a sua e com dois passos largos, a conduziu até que as costas dela estivesse apoiada na parede. As mãos percorreram o corpo dela e Camus se abaixou, erguendo a saia dela e apoiou uma de suas pernas em seu ombro. Afastou a calcinha de lado e chupou a feminilidade com vontade.

A geminiana soltou um alto gemido, mas ninguém ouviu, pois Alors On Dance ainda tocava e ela conseguia ouvir o som abafado vindo da pista. Agarrou os cabelos ruivos de Aquário, quando ele mordiscou de leve seu clitóris e a penetrou com um dedo.

O ritmo da batida parecia guiar a língua de Camus, que a chupava tão intensamente que parecia que o corpo feminino iria explodir de tanto prazer. Os orbes azuis estavam fixos em seu rosto e suas expressões. Os gemidos eram mais constantes e o orgasmo veio com um gritinho que ela abafou com uma das mãos.

O francês deu um último chupão, sorvendo tudo que a brasileira lhe dera. Com um sorriso sacana, ele se levantou, beijando-a vorazmente. Em seguida, ajeitou a roupa dela e seus cabelos. Quando Isa estava recuperada, tomou sua mão e a guiou de volta para fora.

Caminharam juntos e com um sorriso cúmplice até o mezanino, onde Camus sentou-se e puxou-a para seu colo. O ruivo tomou um drinque alcoólico que estava bebericando antes.

Shura, ao lado, estava bebendo uma cerveja, displicentemente. Isa, gentilmente, levantou-se do colo do namorado e sentou ao lado do moreno. Queria conversar com o "cunhado".

– Esdras... - O chamou pelo primeiro nome. - Eu sei que nós ainda não temos, assim, tanta intimidade, mas a Ju é minha irmã de coração. E eu sei que ela é bem teimosa.

– Não só ela… - Camus deu uma indireta, baixinho.

– Então, você poderia me contar a sua versão da história sobre o que aconteceu em Asgard?

– Nada, Isabel. Não aconteceu nada. - O capricorniano respondeu soturno, dando claros indícios de que não gostou muito de ser questionado a contar o que aconteceu, mas Camus o olhou de forma inquisitiva e acabou cedendo. - A senhorita Hilda nos recebeu no palácio em Asgard e num dado momento, enquanto eu, Camus, Milo, Saga e Aiolos conversávamos com ela, a senhorita Hilda observou que é bom receber os raios solares. Eu quis ser cordial e na intenção de fortalecer a aliança entre o Santuário e Asgard, respondi a ela que, assim que pudesse, nos fizesse uma visita. Depois, quando estávamos descendo as escadarias para o Templo de Odin para investigarmos, ela escorregou e eu apenas a segurei. Qualquer cavalheiro faria isso.

– Com certeza. - Isabel concordou e Camus fez o mesmo, assentindo com a cabeça. - Foi só isso?

– Na hora de irmos embora, a senhorita Hilda nos alertou para tomarmos cuidado e eu respondi que tomaríamos e agradeci. Só dei um sorriso para ser gentil e educado, afinal, ela é a representante de Odin na Terra. É nossa aliada, precisávamos tratá-la bem para garantir o apoio dela naquele momento. Meu único objetivo era assegurar a aliança formada durante a guerra.

"Tão capricorniano isso", Isa pensou. Esdras titubeou um pouco e complementou.

– O tempo todo da missão, eu não parava de pensar na Julia.

Isa deu um sorriso quase triunfante.

– Eu jamais flertaria com outra mulher ou trairia a Julia, Isabel. - O espanhol declarou muito sério.

Agora, Isa só precisava fazer uma coisa. Conseguir convencer os dois de conversarem.

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Na pista, Milo e Marcela dançavam agarrados ao som da voz de James Young no remix de Infinity. Fazendo movimentos sensuais, Milo a segurava pela cintura e a beijava enquanto curtiam.

Kanon estava no meio da roda com as meninas, pulando e agitando os cabelos. E quando começou a tocar Blue, cantava a plenos pulmões, com os braços nos ombros das meninas que faziam uma roda.

Quando começou a letra de Like a Prayer, em sua versão remixada, elas começaram a cantar junto com Afrodite, dançando e pulando, conforme o saxofone soava e a batida fazia a pista vibrar e pulsar.

Shura, então, notou Julia dançando em um canto da pista. Bem próxima a um rapaz que a comia com os olhos. Afinal, aquele vestido preto de vinil era um pouco justo demais para seu gosto. A saia curta batia na altura do meio de sua coxa e as pernas torneadas pela natação estavam realçadas por uma sandália de salto alto fino presa ao tornozelo por uma tira larga preta com tachas.

Outra parte de seu corpo que ficava em destaque demais naquele vestido eram os seios dela. Aqueles seios redondos e volumosos que eram só dele, estavam sendo encarados por outro homem.

Mas o pior… foi quando o espanhol reconheceu a palavra em seu idioma natal que era constantemente repetida no refrão da música que começou a tocar. Como ela tinha coragem de dançar aquilo? Ela sabia o significado, é claro.

Ela sabia que coño significava a parte íntima feminina!

Sem pensar duas vezes, Shura levantou-se de onde estava e saiu, pisando duro, atravessando a pista de dança até chegar onde ela estava. Sem uma única palavra sequer, pegou seu braço e a puxou, arrastando-a para fora da pista e para a área próxima a entrada da casa noturna, onde o som estava mais abafado.

– Shura, você está me machucando! - puxou o braço de volta com força.

– Você está louca de dançar aquilo?

– Qual o problema? - perguntou desafiadoramente.

– Você sabe o que coño significa.

– E daí?

– E daí que você estava dançando isso com outro homem. - ele falou entre dentes.

"Bingo! A Sheila tinha razão".

Aproximou-se perigosamente e a encurralou contra a parede. Com uma mão no pescoço dela - sem apertar - colou o corpo no dela e tomou os lábios carnudos com ferocidade, enquanto permitiu que, pelo cosmo, ela pudesse ver as lembranças dele daquela maldita missão. Os pensamentos que perturbavam sua mente, assim como agora.

Mesmo concentrado na missão, tudo que Shura queria era estar com Julia, era abraçá-la, beijá-la, tocá-la. Era fazer amor com ela até que seu corpo estremecesse e ela gritasse seu nome.

Quando ele liberou sua boca, disse, ofegante.

– ¿Te das cuenta de que soy loco por ti o quieres que te dibuje?

X.x.x.x

Buueeenaaaas!

E a balada está rendendo, hein? (Emoji de foguinho)

Talvez, a parte do karaokê tenha ficado xarope demais, maaas… achei que ficou divertido. Quem mais super cantaria Dancing Queen com o Afrodite?

E chegou os finalmentes de Helu e Mask! (Mais emoji de foguinho)

E tivemos o primeiro saborzinho (com o perdão do trocadilho, mana) de Camus e Isa! HAHAHAHA

POR FALAR NISSO… a tradução da fala em francês é "Eu quero sentir teu gosto na minha boca". E a em espanhol é "Entendeu que sou louco por você ou quer que eu desenhe?".

Sheila botando lenha na fogueira tbm! Será que temos reconciliação com o cabrito?

Responderei as reviews no próximo capítulooo!