Disclaimer: Saint Seiya não me pertence e, sim, a Masami Kurumada, Toei e cia.
OBS.: Preparem-se para o capítulo mais cheio de brasilidades dessa fic!
Texto em itálico se refere a flashbacks, quando houver.
Texto normal se refere ao presente.
Músicas tema para o capítulo: é uma playlist que montei, selecionando músicas com cara de praia.
Capítulo 31
A viagem de helicóptero até a Mansão de Poseidon em Sounion demorou cerca de 15 minutos. Assim que pousaram, as garotas e os dourados foram recebidos por Sorento e alguns funcionários de Poseidon.
– Sejam bem vindos!
– Oi, Sorento! - Sheila se aproximou dele e deu um abraço, cumprimentando-o à moda brasileira, com um beijo.
O rapaz sorriu e retribuiu de forma comedida, vendo Aiolos com a cara fechada, atrás da libriana, cujo look inteiro verde, era sexy. Vestia um maiô de uma alça só, com recortes na lateral esquerda, revelando a pele clara da cintura, um vestido leve, longo e transparente de saída de praia, óculos de sol e um chapéu de aba larga também verde.
– Mostra o caminho para a gente, Sorento!
– Em um instante.
O Marina apresentou brevemente os funcionários, deu alguns recados ao grupo e os conduziu para a área da Mansão propriamente dita. A casa era belíssima, em estilo mediterrâneo. Com uma enorme piscina cinematográfica de borda infinita em uma área com um deque mais abaixo, onde ficava uma grande mesa de refeições, uma bancada de cozinha semi-profissional, uma churrasqueira e do qual, tinham acesso por uma curta trilha entre arbustos à praia privativa.
Dali do deque, já puderam ver a areia bem clarinha, o mar em um azul turquesa ao fundo e as ondas quebrando em espuma branca.
– Uau… Olha a cor dessa água!
O grupo, impressionado, rapidamente se dispersou. Alguns seguiram direto para a praia, animados com o dia de sol, outros se dividiram entre a piscina, um pergolado próximo ao deque e a área da churrasqueira.
Helu, Paula e Marcela logo desceram à praia, acompanhadas de Gio e Milo, já que Shion havia ficado com o pupilo e Esther em um bangalô. Paula, de biquíni pink e uma canga rosa claro, acomodou-se em uma espreguiçadeira, pegando uma revista qualquer para ler.
A carioca tirou a camiseta branca e ficando só com o top do biquíni cortininha, deitou e espreguiçou-se em uma cadeira retrátil, já aproveitando para tomar sol.
– Ah, estou em casa!
– Vou dar um mergulho. Vai ficar aí? - Giovanni deixou a camiseta em uma cadeira ao seu lado, ficando só de bermuda preta.
– Vou, quero ficar aqui tostando e aproveitar esse sol…
– Va benne… - Gio deu um selinho na namorada e correu para o mar.
– Socorro, esse sol vai acabar com a minha pele! Vou acabar com esse pote de protetor solar desse jeito… - Marcela encheu a mão com creme e espalhou uma grossa camada sobre o corpo.
– Deita e deixa eu te ajudar com isso, Mah… - Milo deu um sorriso com segundas intenções, pegando o pote de Marcela e retirou um tanto para espalhar sobre a pele. Passou a alisar os ombros da namorada com movimentos vagarosos e aos poucos foi descendo as mãos.
– Não é para se aproveitar! - deu um tapa na mão do namorado. O grego riu e fez sinal de que se comportaria.
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Na piscina, Aiolos e Aiolia apostavam uma corrida na água, sob o olhar atento de Esdras e Saga e torcida de Julia, Sheila, Gabe, Cris, Kanon e Suellen.
– Vai, Aiolos!
Aiolos bateu com a palma da mão na beira da piscina, seguido pelo irmão.
Sheila, após assistir o sagitariano competir com o irmão, se acomodou em uma chaise-long, com uma garrafa de água gelada, em uma área coberta por tecidos leves e brancos. A aba larga do chapéu lhe cobria o rosto e estava deitada de olhos fechados, quando ouviu Aldebaran logo atrás.
– Poseidon, quanto ao almoço, entendo que tenha funcionários e que, talvez, já tivessem programado algo. Mas gostaria de pedir permissão para preparar um churrasco à moda brasileira para nós. - Aldebaran se dirigiu ao Deus, segurando uma bolsa térmica cheia.
– Bem… - Adrian pareceu reticente, mas observou os funcionários e, enfim, assentiu com um sorriso. - Acredito que eles irão gostar de um dia de folga. Podem ficar à vontade.
– Obrigado, senhor. - Aldebaran deu um grande sorriso e fez uma breve e tímida reverência a ele, se dirigindo a churrasqueira, acompanhado de Mabel.
– Você tem Cavaleiros talentosos, Athena. - Adrian olhou para Saori e ela assentiu com um sorriso.
Ricardo mais que depressa, passou a providenciar tudo que precisaria para o churrasco, com a ajuda de dois dos funcionários. Com as carnes, frango e peixe providenciados, o taurino passou a se ocupar de acender a churrasqueira. Mabel separou alguns ingredientes em outro canto da bancada para preparar o vinagrete e alguns outros acompanhamentos.
Sheila rapidamente saiu de onde estava e desceu a área da churrasqueira.
– Agora, sim! - Aldebaran vibrou quando o fogo acendeu.
– Deba, é o que eu estou pensando? Vamos ter um churrasco à brasileira?
– Vamos, sim, Sheila!
– Com direito a caipirinha, e tudo?
– Bom… se tiver cachaça…
– Serve vodka? - Sorento, que voltava de dentro da casa, agora vestindo uma bermuda branca e chinelos, indagou. - Deve ter alguma do Isaak ainda.
– Acho que sim.
– Vou buscar, então…
– Obrigada, Sorento! Deba, tive uma ideia para ficar ainda melhor e com mais cara de Brasil…
A paulista conectou o bluetooth do celular a uma caixinha de som. Sheila lembrou que Ricardo tinha alguns CDs de pagode dos anos 90 quando foram almoçar em Touro anos atrás. A paulista procurou no aplicativo, procurou, procurou, mas enfim achou a música que queria.
O som de violinos soou e Ricardo ficou confuso, já que Sheila dera a entender que iria colocar alguma MPB para tocar, mas não se lembrava de nenhuma música como aquela. Os dourados também estranharam, especialmente quando as garotas se animaram, assim que reconheceram as notas.
Foi o som do pagode ecoar, o rosto do taurino se iluminou. O coro dos brasileiros se juntou em uníssono, com as garotas dançando e cantando no deque.
– Então, me ajude a segurar essa barra que é gostar de você…
– Como assim, segurar essa barra? - Dohko tentava entender a letra.
– É uma expressão que usamos no Brasil. - Jules começou a explicar. Mesmo não sendo fã de pagode, era inegável que Raça Negra era um hino.
– Mas o que significa? - Marin, Gustavv, Shaka e Mú também estavam confusos.
– Como vamos explicar…?
– É quando alguma coisa é difícil de lidar, mas precisamos aguentar… - Nando tentava esclarecer, enquanto algumas das garotas dançavam Faraó e outras músicas do Axé baiano dos anos 90.
– Rodrigo, não vai dançar, não? - Jules mexeu com ele. - É música baiana…
– Não gosto de axé, prefiro rock.
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Adrian e Saori estavam ali próximos da piscina e conversavam de negócios, mas também assuntos pessoais.
– Ele ainda não acredita que é a reencarnação de um Deus. Um Deus menor, mas ainda assim, um Deus. Demorei milênios a reencontrá-lo, Athena. Não posso perdê-lo de novo.
– Ele irá aceitar a ideia, Adrian. Não há mais o que fazer além de aceitar. Creio que você se lembra de quando nós soubemos de nossa identidade. - Saori pousou a mão sobre o braço do rapaz, que a cobriu com a sua e deu um sorriso meio triste.
– Assim espero, minha querida. Assim espero.
Camus aproveitou que Isa estava distraída, dançando e cantando com as amigas e se aproximou de Poseidon. Queria saber sobre Isaak, seu pupilo, que havia lutado pelo Deus dos Mares.
– Poseidon, Athena. - cumprimentou-os polidamente.
– Olá, Aquário. - Adrian o cumprimentou.
– Se me permite, senhor, gostaria de conversar por alguns instantes.
– Claro, à vontade, Aquário. Com licença, Athena.
Ambos se afastaram, se dirigindo a área interna da mansão e Poseidon o guiou a uma varanda, alguns andares acima. Estando a alguma distância para terem privacidade, pararam diante do parapeito, de frente para a imensidão do oceano. Podiam ver alguns pequenos barcos ao fundo, navegando placidamente sobre as águas que brilhavam sob o sol.
– Imagino que queira saber sobre seu pupilo, Isaak de Kraken.
– Sim…
– Ele foi um ótimo Marina. Um guerreiro leal e corajoso. Você o treinou bem, Cavaleiro de Aquário.
– Me sinto culpado por não tê-lo ajudado. - Camus abaixou a cabeça, mirando o parapeito.
– Por quê diz isso?
– Se tivesse sido mais duro com Hyoga, talvez, Isaak não teria se perdido no mar da Sibéria.
– Mas se fosse assim, ele não teria se tornado meu Marina.
– Não é minha intenção desrespeitá-lo, Poseidon… Mas sinto que falhei com ele e acabei protegendo demais o Hyoga, quando Isaak também era minha responsabilidade… Se não tivesse falhado com ele, talvez, Isaak teria se tornado um Cavaleiro de Athena e ainda estivesse vivo.
Adrian ficou pensativo. Poseidon poderia ter ficado um pouco irritado com o francês, mas sua parte mortal compreendia um pouco os sentimentos de Camus. O próprio Adrian pensava que, talvez, certas coisas não teriam ocorrido se a alma de Poseidon não o tivesse escolhido.
– Entendo sua posição, mas o destino que as Moiras traçam está além da compreensão até mesmo dos Deuses.
Camus assentiu, mantendo o olhar direcionado ao mar.
– Como uma forma de agradecimento ou compensação, se houver algo que eu possa oferecer a você, me diga.
Isso fez com que Camus o fitasse, surpreso.
– Como?
– Gostaria de lhe oferecer algo em troca de meu agradecimento por ter treinado tão bem seu pupilo. Eu lamento muito pela perda de Isaak e gostaria de lhe compensar por isso. Basta me dizer o que deseja e eu o farei.
– Não é necessário, Adrian.
– Por favor, eu insisto. Talvez, haja algo que eu possa fazer por você… Ou pela Isabel.
Camus o observou e então desceu seu olhar para onde a geminiana estava, conversando e se divertindo com as amigas.
Teve, então, uma ideia.
x.x.x
Olá, pessoal!
Esse capítulo da praia me deu um pouco de trabalho a sair, mas enfim saiu. Ainda queria adicionar mais coisas… Só que estava difícil de conectar uma cena com a outra.
Apesar da minha dificuldade, eu espero que vocês tenham curtido!
Às reviews:
Cris - A ideia do cartão de crédito foi da Sheila e eu adorei pq acho que os dourados merecem uma vida boa depois de darem o sangue, suor e lágrimas - literalmente - e morrerem por Athena, né, não? E nós, as mulheres deles, também merecemos não precisar ralar tanto de trabalhar pra receber uma miséria e podermos aproveitar a vida com eles! Hahahaha
Ciúmes? Confusão? Cenas dos próximos capítulos!
Gabe - Hahahahahaha, claro que tem que ter fofocaaa! Ah, todo mundo está apostando nas cenas de ciúmes desses dois! Aguardem cenas dos próximos capítulos. Por enquanto, você ficou na piscina torcendo pelo Aiolia, mas eu com certeza iria contigo andar e coletar conchinhas! Esse é um dos meus passatempos preferidos na praia.
Sheila - Sol? Checa. Pé na areia? Checa. Caipirinha? Checa. Pagode anos 90? Checa. Ciúmes e confusão ficam para o próximo capítulo! Hahahahaa
