Disclaimer: Saint Seiya não me pertence e, sim, a Masami Kurumada, Toei e cia.
Texto em itálico se refere a flashbacks, quando houver.
Texto normal se refere ao presente.
Músicas tema para o capítulo: começa com Trem das Onze e Saudosa Maloca de Adoniran Barbosa, depois, Vamos Fugir de Skank.
Capítulo 32
O som tocava músicas populares brasileiras, como pagodes dos anos 90, às vezes algumas internacionais como Bob Marley e Jack Johnson, a pedido de Kanon.
Entre cariocas, mineiros e paulistas, a disputa pela playlist era acirrada, especialmente entre cariocas e paulistas quando o assunto era samba. Helu tinha colocado alguns sambas de gafieira e samba rock do Rio de Janeiro. Demônios da Garoa veio em resposta.
Aldebaran, que sempre fora o único brasileiro no Santuário, se divertia, vendo as garotas disputando a playlist, música a música e os seus companheiros de batalha completamente perdidos, ainda que estivessem adorando ver suas garotas dançando.
Mas São Paulo ganhou a disputa quando o som como o de um chocalho puxou a canção seguinte e o violão, o bumbo, o cavaquinho e o pandeiro seguiram.
Sheila, Isabel - que preparava algo sem carne para comer -, Julia e Marcela, as paulistas do grupo que gostavam de samba, entoaram o canto a plenos pulmões, ao qual, Cris e Aldebaran se juntaram.
– Não posso ficar nem mais um minuto com você…
– Sinto muito, amor, mas não pode ser…
– Moro em Jaçanã… Se eu perder esse trem…
– Que sai agora às onze horas, só amanhã de manhã…
Camus, vindo do interior da Mansão, discretamente se aproximou da namorada e a puxou pela mão para um cantinho.
– Me encontre daqui a 30 minutos no píer do outro lado da Mansão.
Isa concordou, vendo Camus seguir por uma trilha que contornava a casa de Poseidon. Em seguida, aproveitando que tocava Saudosa Maloca e Sheila dava um show de samba no pé e um copo de caipirinha na mão, voltou à área da churrasqueira. O francês não deu muitos detalhes, mas teve a ideia de preparar um piquenique para eles. Separou algumas frutas, queijos e alguns petiscos e uma garrafa de vinho que tinha deixado na geladeira, arrumando tudo em uma cesta e sorrateiramente, escapou.
Seguiu pela direção que o viu ir, subindo os degraus de pedra, atravessou uma passagem calçada que contornava a Mansão e desceu outros degraus de pedra em meio a areia, até dar em uma praia privativa com um píer que avançava muitos metros na água turquesa. Viu um veleiro atracado ao píer e Camus ajustando as velas da embarcação.
Continuou a caminhar pelo piso de madeira e parou em frente ao barco.
– Camus?
O ruivo pegou a cesta de suas mãos e deixou-a em um canto, depois estendeu a mão para ajudá-la a subir no veleiro, com cuidado, já que Isabel usava um vestido branco e rasteirinha.
– Venha, eu te seguro.
– Que veleiro é esse?
– Poseidon nos emprestou. É nosso pelo dia todo. Venha…
– Mas eu não sei velejar.
– Não se preocupe, ma chérie. - Deu-lhe um selinho e soltou a embarcação, que flutuou alguns centímetros de onde estava com a movimentação e ligou o motor, fazendo-a partir. - Eu sei.
– Você sabe velejar? - Ela segurou o chapéu, pois o vento soprou forte ao navegarem para longe do cais.
– Oui. - O francês deu um sorriso convencido.
Isa riu e caminhou devagar pelo veleiro procurando uma área onde pudesse se sentar e se acomodou na proa. Fechou os olhos, curtindo o sol e o vento fresco sobre seu rosto. Alguns minutos depois, o motor foi desligado e Camus ajustou as velas, deixando o veleiro seguir com o vento. Navegaram por alguns minutos, em direção ao mar aberto. Até que o francês desceu as velas e conforme a embarcação parou, a ancorou. Depois, se aproximou da brasileira, com um sorriso.
– Quer nadar?
Isabel só acenou que sim com a cabeça. Ele a ajudou a se levantar e desabotoou a camisa de cambraia que usava, enquanto ela despiu o vestido branco que cobria o biquíni azul marinho com babadinhos nos ombros. Removeu os óculos e os deixou na bolsa. Camus, já só de bermuda, a esperava na borda da proa. Quando ela se aproximou, deu-lhe a mão e, sorridentes, pularam juntos para a água.
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Gabrielle e Julia resolveram caminhar pela praia. Andavam na beira da água, enquanto pegavam conchinhas. A paulista usava um biquíni preto, com sutiã de bojo e uma hot pant, ao estilo pin-up. Já a goiana vestia um shorts azul marinho e uma camiseta verde com um boné azul na cabeça.
Já estavam há um bom tempo caminhando. Traziam um potinho cada uma e encheram quase até a metade.
– Gabe, olha essa concha… - Julia abaixou-se para pegar uma concha escura mas que a superfície brilhava como furta-cor. - É um abalone.
– Nossa, é mesmo. Eles são tão difíceis de achar! Que sorte!
– Fica com ele. - A paulista estendeu a concha para amiga.
– Não, não. Você quem achou. Fica com você.
– Tem certeza?
– Tenho, você achou, é seu. - Gabe deu um sorriso confiante.
Caminharam mais um pouco, até que viram uma movimentação perto da mansão. Sheila tinha tirado o vestido, trocado o chapéu por uma viseira e dava ordens enquanto Sorento e Esdras montavam uma rede. Aiolos, num canto, parecia mau humorado. Milo no outro, trazia uma bola em mãos, jogando pro alto e pegando no ar, enquanto Giovanni estava ao seu lado, sentado na cadeira, apenas observando.
– Precisa subir mais! Está muito baixo. Sobe essa rede, Shura.
O capricorniano deu um suspiro desanimado. Já estava acostumado com o jeito de Julia, que era meio mandona às vezes, mas Sheila… A namorada de seu melhor amigo era ligada nos 220 Volts.
– Agora, sim! E aí, quem vai jogar? O Sorento está no meu time! - Sheila pegou a mão do Marina e a levantou, indicando que fariam dupla no futevôlei.
– E aí, cabrito? Vamos fechar uma dupla? - Milo jogou a bola para o espanhol, que a recebeu com uma expressão de puro tédio.
– O que a Sheila está arrastando vocês para jogar? - Julia se aproximou do namorado e o abraçou de lado, recebendo um selinho dele em seguida.
– Vamos jogar futevôlei, Ju! - A amiga respondeu empolgada. - O Shura e o Milo serão nossos adversários!
– E você vai fazer dupla com o Sorento? - Gabe perguntou, notando os olhares do cunhado.
– Vou!
– Eu nem sei jogar, Sheila.
– Não tem problema, eu te ensino! É assim…
– Isso vai dar ruim… - Julia falou baixinho para o capricorniano.
– O Aiolos está com uma cara… - Gabe que estava do lado, concordou.
– É bom para ele aprender a não deixar a namorada dando sopa. - Milo riu.
– Do mesmo jeito que você está deixando a Marcela? - Esdras alfinetou.
– Shura… - A escorpiana o repreendeu.
– Ela está com a Heluane e a Paula. Não está dando sopa. - Milo respondeu.
– Vamos começar! - Sheila ordenou.
– Vou sentar ali pra assistir. - Julia deu um selinho em Esdras e saiu da "quadra" improvisada.
Ela e Gabe se juntaram a Giovanni, logo algumas das outras garotas e cavaleiros também sentaram nas cadeiras ou na areia para ver o jogo. Shura sacou, dando o pontapé inicial, lançando a bola por cima da rede. Sheila recebeu, chutou para Sorento que devolveu a ela e então, a brasileira deu uma embaixadinha e a chutou por cima da rede de novo.
Esdras matou a bola no peito, chutou para o grego que cabeceou, mas a bola bateu na rede. Sheila vibrou, depois, foi a vez dela sacar. O jogo seguia, Sheila e Sorento na frente, mas Esdras e Milo recuperando logo em seguida, então, Sheila deu um chute mais forte que passou pela rede e acabou acertando as partes íntimas do Escorpião.
– AAAAAIIII!
– Poxa, Sheila, aí não… - Esdras reclamou, mas riu em seguida.
– Puta que o pariu, não ri da desgraça alheia… - o grego gemeu, no chão.
– A Sheila arrancou o ferrão do escorpião… - Gio ria.
– Acho melhor alguém pegar gelo… - Aiolos acompanhava o italiano.
Depois de pegarem gelo e Milo se retirar de campo, sentando com a bolsa de gelo nas partes íntimas, Giovanni assumiu seu lugar. Com a troca, time de Sheila e Sorento começou a perder. O italiano e o espanhol juntos jogavam melhor.
A libriana começou a ficar competitiva e às vezes, xingava, dava ordens a Sorento que, meio perdido, tentava atender. Conseguiram empatar em 32 a 32 e Sheila estava com sangue nos olhos.
– Vamos, Sorento! Vamos ganhar essa porra!
– Sheila, você está me dando medo…
– Medo é para os fracos! Vamos ganhar!
O austríaco assentiu, então, sacou, lançando a bola por cima da rede, Gio recebeu com uma bicicleta, mas a bola acabou batendo na rede. Sheila gritou e pulou em cima de Sorento, comemorando a vitória. O agarrou e o austríaco teve de segurá-la com as mãos nas pernas dela para não caírem ambos.
Aiolos fuzilava os dois com o olhar e sem perceber, faíscas saíam de seus punhos cerrados.
– Ganhamos! - Sheila ainda comemorava.
– Precisava mesmo pular no Sorento, Sheila?
– Claro, nós temos que comemorar!
Aiolos bufou, nervoso.
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x.x.x.
Olás!
Sim, o capítulo foi curtinho… Estou com poucas ideias, então, fiz as cenas mais importantes
e acabei dando uma travada…
Bem, às reviews:
Isa - Eu pesquisei e tem um helicóptero que comporta até 24-25 pessoas. O maior do mundo, cabem até 80. Mas esse só é usado para missões do exército de um país, não lembro qual. Mas a viagem de carro (pesquisei no Maps) demoraria 1 hora. A galera ia perder muito tempo, então, fiz irem de helicóptero. Sim, tivemos Cheia de Manias! Precisava ser algo bem brasileiro, hehehe.
É, vamos ver se no próximo cap, temos Suellen adulando o Popo. Hehehehe.
Cris - Tá baixando a Éris aí? Hahahahaha! O Deba cantando Raça Negra seria demais, né?
Sheila - Pois é, já chegou chegando essa dona Sheila. Um dia de churrasco precisa de caipirinha! Eu nem sou fã de pagode, mas toca Cheia de Manias e eu já estou me balançando… pq eu não sei sambar! Hahahahahahha Tivemos futevôlei!
