O som das folhas sendo arrancadas de seus galhos e puxadas pelo vento acalmava o coração tumultuoso de Hinata. Os farfalhar das árvores junto das aves que sobrevoavam o céu lhe davam a sensação de estar voando ao lado deles, sentindo a brisa beijar suas bochechas pálidas e escovar seu cabelo para longe. Essa era a única sensação que lhe trazia paz ultimamente e portanto ela zelava muito por esses pequenos momentos de meditação. Estavam começando a ficar mais raros.

Desde que assumira a liderança de seu clã, paz era algo que não encaixava em sua agenda. Ela nunca havia sido tão requisitada antes, sempre sendo invisível dentro ou fora de casa. A sensação era estranha. Agora o nome dela era citado com mais importância do que antes, quando era apenas uma princesa. Cada passo tomado tinha que ser decidido por ela e avaliado pelos anciãos do clã. Era exaustivo.

Hinata não era boa em tomar decisões pelos outros, sempre teve a necessidade de agradar todo mundo, buscando sempre aprovação. Mas em seu novo cargo isso seria impossível. Diante de inúmeras sugestões de melhorias para o clã, a maioria teria de ser rejeitada, pois os anciãos não gostavam muito de mudanças.

Velhos demais para se enquadrarem nos tempos modernos.

Ela se via frustrada, pois muitos dos palpites seriam de grande evolução para os Hyuga. Mas ela ainda não tinha tanto poder a ponto de persuadir os velhos que tinham a última palavra.

Com um suspiro profundo, ela inala o ar puro da floresta e sente seu cabelo roçar na ponta do nariz querendo ser levado pela brisa. Ela tenta aproveitar o máximo, pois dentro de alguns minutos estaria em uma viagem para tratar de negócios com um senhor feudal das redondezas.

O clã Hyuga era famoso no País do Fogo e depois que saíram de Konoha a informação de sua saída espalhou feito chamas atraindo atenção de bandidos e ladrões que até hoje buscavam obter o segredo dos olhos que podiam ver além, o Byakugan.

A viagem seria curta, mas a cidade para onde iam era perigosa, o que preocupou o pai de Hinata. Ele exigiu que contratassem um ANBU para acompanhar-lhes para afastar os bandidos. Hinata se sentiu ofendida por não ser confiável a se defender sozinha, mas seu pai insistiu que era apenas por precaução.

Se lembrando de seus deveres, a líder do clã se despede de seu momento de paz e se prepara para se levantar dando um fim em sua meditação. Mas antes de mover o primeiro músculo ela sente uma mudança no ar.

Por estar meditando seus sentidos estão aguçados, mesmo parecendo que ela está indefesa com os olhos fechados, sentada de pernas cruzadas e sem ferramentas ninja por perto.

A brisa que atravessa suas narinas lhe apresenta um aroma novo. O som de uma folha sendo pisoteada de forma cautelosa invade seu ouvido esquerdo com a audição ampliada. Ela não precisava de seus olhos abertos ou de seu Byakugan, ela enxergava mesmo sem eles.

O seu sentido a alertou quando todos os pelos de seu corpo eriçaram lhe indicando o momento certo de se mexer. Seu ouvido atento captou mais um movimento que parecia o leve cintilar de uma espada sendo retirada da bainha vindo do alto da casa que estava a alguns metros de distância dela.

O vento muda mais uma vez com o próximo movimento do inimigo que desta vez não é silencioso e sim bruto e Hinata apoia suas duas mãos no chão de pedras para atingir um pontapé no estômago do sujeito. Ao cambalear para trás e perder o ataque surpresa, Hinata aproveita a brecha para dar-lhe uma rasteira com a outra perna e antes que o corpo dele atinja o chão, seus dedos ágeis e rápidos feito um raio atinge sete pontos da circulação do chakra dele o deixando sem coordenação, sua espada chega ao chão antes de seu corpo.

Ao que ela está de pé diante do inimigo caído, seu Byakugan já está ativado e varrendo a área por entre as árvores atrás da cabana. Ela entra em posição de luta e avança para bloquear os próximos ataques, que diante de seu rápido cálculo, vinham de cerca de trinta shinobis mascarados.

. . . . . .

Naruto estava a caminho de sua nova missão. Após deixar a torre do Hokage ele pegou seus poucos pertences e correu para fora dos portões da Vila. A missão era simples, mas exigiria dele uns dias fora.

"Escolte e proteja o líder do clã até o fim de sua viagem."

Kakashi-sensei não lhe deu o nome do clã por algum motivo, mas isso não importava. Uma missão era uma missão e ele as levava a sério. Sendo o cliente um líder, um senhor feudal ou um mero cidadão, Naruto sabia que daria o seu melhor.

Ele vestia seu traje da ANBU e corria em direção à cidade da missão, que ficava a três dias de Konoha e ele havia partido já fazia dois. Se seus cálculos estivessem certo ele chegaria ainda hoje ao entardecer, dentro de uma hora no máximo.

Como seu coração era ansioso e seu espírito selvagem, ele apressou os passos para bater o próprio recorde. Chegaria lá em quarenta minutos ao invés de sessenta.

Quando estava começando a enxergar a cidade viu uma pequena movimentação ao leste por entre a floresta. Como ele estava correndo entre as árvores foi fácil enxergar vultos e mais vultos indo naquela direção. Como ele estava adiantado, ele resolveu investigar.

Pegou impulso em um galho e mudou sua rota para o leste.

. . . . .

De uma coisa Hinata estava certa. Se seu pai descobrisse que ela havia sido atacada quando saiu de casa mais cedo ele certamente a proibiria de ir às suas sessões de meditação fora de casa. Isso a machucaria mais do que qualquer kunai.

Então, por conta dos interesses pessoais, ela pretendia erradicar o maior número de bandidos que pudesse para não se atrasar com o toque de recolher e levantar suspeitas em seu pai.

Mas ela estava tendo dificuldades, admitia para si mesma.

O número de bandidos não parava de subir e apesar de seus esforços ela não conseguia se esquivar para longe. Só lhe restava lutar até que o último caísse.

Ela se encontrava no momento pendurada em um galho se jogando em cima de um shinobi mascarado para poder derrubá-lo enquanto tinha que se esquivar dos ataques de mais dois em suas costas.

Ao cair no chão em cima dele, habilmente dois mortais para trás são efetuados e ela nocauteia mais três. Com o Byakugan ativado ela não precisava olhar para onde seus inimigos estavam às suas costas, ela apenas levantava os punhos e os acertava, interrompendo seus fluxos de chakra empurrando um pouco do próprio chakra em direção a eles usando seu estilo de luta mais comum, o Punho Suave e os fazendo perder a habilidade de luta. Pouco a pouco eles iam caindo.

Diante da massa de bandidos ela só conseguia perceber que todos tinham a mesma máscara no rosto, a de um leão. Devem fazer parte de alguma organização.

Para tentar poupar chakra, Hinata desativa o Byakugan, já que não precisa identificar os pontos de chakra dos bandidos, ela havia os memorizado.

Ela sente uma mão puxando seu quimono e com a ponta do cotovelo acerta o olho do bandido. Seu Punho Suave derruba os dois da frente e com golpes rápidos e precisos ela se desloca para trás para derrubar mais dois. O som de seus dedos os atingindo em pontos precisos e seus gemidos de dor eram um tanto satisfatórios.

Focada demais em seus ataques agora usando seus olhos comuns, ela continua atacando e atingindo qualquer coisa que entra em seu campo de visão, isso a impede de distinguir a única máscara diferente presente que surge das árvores.

No meio da luta ela se direciona para o último membro restante e parte para cima dele. Apesar de estar lutando há pelo menos cinco minutos e seus braços estarem doendo junto de seus pulmões, seus ataques ainda são precisos segurando a mesma velocidade de antes. Ela não para nem por um segundo sequer disposta a derrubar o último deles, mas este estava lhe dando mais resistência do que os demais, ela percebeu.

Ele bloqueava todas as suas investidas e desviava de seus punhos com maestria e o mais curioso, ele não a atacava de volta.

Aproveitando a vantagem, ela gira no ar para dar-lhe um chute no pescoço, mas tem o tornozelo segurado por ele. Seus olhos se arregalaram quando ele a puxa, mas sendo rápida o suficiente, ela apoia o pé livre em seu peito e se solta de seu aperto, o empurrando para longe. Ela cai no chão, mas se levanta rapidamente. Ela avança em sua direção novamente, mas percebe seu erro tarde demais.

Seu braço é fortemente agarrado no meio de seu ataque, ele se esquiva e a envolve em seus braços a prendendo contra seu corpo. Para escapar de seu aperto, Hinata estica as pernas e se joga no chão com os tornozelos colados ao chão um a frente dela e um atrás, ao levantar ela consegue o atingir na costela três vezes e o ouve resmungar de dor. Sentindo a vantagem ela prepara o Punho Gentil, mas novamente é bloqueada e desta vez seu corpo é empurrado contra a árvore mais próxima.

O baque machuca sua nuca o que a faz perder o foco por um segundo, isso foi o suficiente para ela ser neutralizada. Ela arregala os olhos ao perceber a desvantagem e tenta usar as pernas novamente, mas o rapaz a prende com as dele próprio e a deixa completamente imóvel, presa entre o corpo dele e a árvore.

Hinata respira fundo, o que faz o cabelo bagunçado em seu rosto voar, ela levanta os olhos para o seu rosto mascarado e percebe uma coisa.

"Raposa..."

Ela murmura em compreensão ao perceber que a máscara dele não era como as demais de leão e sim de uma raposa.

Ela ainda está em alerta e em pânico, mas o homem que a prende não parece querer fazer nenhum outro movimento. Ele já ganhou a luta.

Ambos se olham com o peito arfando desesperadamente em busca de ar. Os dedos dele apertaram firmemente seus pulsos atrás das costas dela ciente dos perigos que eles representam, sua perna direita está entrelaçada na dele a impedindo de se mover.

"O quê?"

Ela ouve ele perguntar sem fôlego e seu coração para por um segundo quando ela pensa ter reconhecido essa voz.

Seu rosto empalidece e sua respiração se prende na garganta. "Raposa..." Ela volta a murmurar e ele parece entender que ela se refere a máscara.

Ela observa agora o cabelo espetado dele.

Loiro.

Seu coração falha outra batida.

O rapaz se certifica de prender os pulsos dela com uma mão enquanto puxa a outra para poder remover a máscara.

"Hinata!" A voz rouca dele a chama com surpresa e seu corpo inteiro sente a vibração que somente aquela voz era capaz de fazê-la sentir.

Os olhos azuis celestes dele a fitam em confusão, mas também em alívio e talvez um pouco de... afeto?

Seu rosto bronzeado se ilumina em um sorriso de trégua. Os bigodes de raposa em sua bochecha sobem com ele.

Hinata o chama de volta em um sussurro, de um modo que ela não fazia já tinha três anos.

"Naruto..."

. . . . . .

"Hinata, é você mesmo!"

Os olhos de Naruto pareciam radiantes diante dela, seu sorriso agora estava em sua orelha.

"Caramba, como você é afiada com seu Punho Suave! Eu nunca tinha experimentado de perto." Ele dá uma risada leve e sente uma pontada de dor nas costelas que ela o atingiu, foram apenas três golpes mas ele sentiu a intensidade do chakra dela se sobrepondo ao dele.

Hinata se encontrava estática e sem a habilidade de fala enquanto fitava os olhos gentis dele. Ela pisca para voltar à realidade.

"Ah... desculpe, eu pensei que você fosse um deles." Ela olha para os corpos esticados no chão. Seu rosto esquentou de repente.

Naruto segue seu olhar. "Você derrotou todos eles sozinha, foi incrível de ver."

Quando Naruto chegou até o campo de batalha ele viu Hinata lutando habilmente. De inicio ele não a reconheceu, seus longos cabelos negros estavam esvoaçantes diante de seu rosto por conta dos movimentos de luta, mas quando ele se aproximou mais ele imediatamente reconheceu seu estilo de luta, o estilo Hyuga.

Ele deve ter derrubado no máximo cinco capangas, pois Hinata já tinha dado conta do recado, mas então ela o confundiu como um deles e partiu para cima dele. Seus movimentos eram tão rápidos e precisos que Naruto não teve tempo de se apresentar ou de chamá-la, temendo receber um Juuken.

Ele ficou preso entre a admiração pelo taijutsu impecável dela e a necessidade de se defender do mesmo.

"Ah, eu ajudei com quatro ou cinco!" Ele terminou quando ela o olhou. Ele percebeu que suas bochechas estavam vermelhas e ela abaixou o olhar. Foi aí que ele teve uma noção mais completa da posição deles. Seu corpo estava praticamente oprimindo o dela a prendendo contra a árvore.

"Oh... me desculpe!" Ele se afasta no mesmo instante com a mão já coçando os fios loiros da nuca. De repente suas bochechas esquentam também ao lembrar da posição que ele os colocou. Foi o único modo que ele pensou de para-lá sem atacá-la de volta.

"Você está bem? Está ferida?" Ele pergunta com preocupação nos olhos e os mesmos a inspecionando.

Hinata ajeita a postura e limpa a poeira de seu quimono. "Estou bem, sem ferimentos. Obrigada pela ajuda." Ela levanta o olhar para ele. "Há quanto tempo, Naruto-kun."

Naruto sorri. "Sim... há quanto tempo, Hinata." Ele percebe de repente que ele sentiu falta do tom manso e gentil que Hinata usava quando o chamava pelo nome. Ela era a única que usava tal delicadeza com ele.

Ela era gentil igualmente com todos, mas ele gostava de pensar que com ele era especial.

"Nós não tivemos tempo de nos despedir quando você deixou a aldeia. Eu soube pelo Kakashi dias depois."

Hinata abaixa os olhos para os pés. "Sim... você estava em missão e foi tudo muito repentino. Sinto muito."

"Está tudo bem. Estou feliz em vê-la de novo." Ele se apressa em dizer. Ele estava sendo sincero.

"É aqui que você mora agora?"

"Sim." Hinata acena. "Otou-san escolheu uma vila mais silenciosa e pequena, pra não chamar muita atenção."

"Mas parece que não deu muito certo..." Ele se refere ao ataque.

"Sim, não deu. Já é a terceira vez este mês, mas pretendo que meu pai não descubra sobre esse." Hinata aperta os dedos um no outro, um hábito que tinha desde criança quando ficava nervosa. Ela se lembra que precisava se livrar dele e endireitou sua postura. "Ah... foi por isso que ele solicitou um agente especial para nos escoltar na nossa próxima viagem."

Naruto sente uma luz acender. "Um agente especial?"

"Sim, um ANBU. Ele deve chegar..." Hinata desliza os olhos pelas vestes de Naruto pela primeira vez. Ela vê a máscara da raposa repousando em seus fios loiros. "Oh... não me diga que..."

"É o que parece!" Naruto completa divertido. "Então seu pai é a minha missão? Devo escoltá-lo durante a viagem ainda hoje?"

Hinata o corrige. "Na verdade... sou eu a sua missão." Seus olhos encontraram os dele. "Você está diante da nova líder do clã Hyuga."

Naruto a olha ainda mais admirado do que antes. Sua boca se formando em um pequeno "Oh".

"Eu não sabia que você tinha aceitado o cargo. Parabéns, Hinata!"

"É, como eu disse foi tudo repentino. Otou-san me passou a liderança e em seguida nos mudamos. Muita informação. Obrigada!"

"Eu tenho certeza de que você deve estar se saindo muito bem como uma líder- dattebayo!"

O sorriso no rosto dele era genuíno, a felicidade dele era real. Naruto sempre torceu por Hinata, para que ela tivesse mais confiança em si mesma e assim alcançasse objetivos que ela jamais imaginaria, como ser líder do seu clã por exemplo. Ele sabia que ela não se julgava qualificável pro cargo, mas ela deve ter mudado nesses últimos três anos que se passaram, pois agora ela estava diferente.

Começando pelo seu taijutsu que estava massacrante. Ela derrotou sozinha mais de 25 homens. A Hinata de antes não diria que era capaz de tal coisa.

De repente Naruto a observou com novos olhos.

Ela era uma líder agora e uma mulher também. Olhando para ela, a garotinha tímida e de pouca confiança passava longe. Seu olhar ainda era tão gentil e suave como as nuvens do céu, mas estavam mais experientes. Claro que ela mudaria no decorrer desses anos, até Naruto mudou.

Ele estava feliz diante dessa nova Hinata.

"Caramba, Kakashi-sensei podia ter me dito que a líder era você. Ele não mencionou o nome do clã."

"Deve ter sido a pedido do meu pai. Ele é muito cauteloso." Hinata percebe que o céu do entardecer estava mais escuro. "Oh, céus! Precisamos ir ou otou-san virá me buscar."

"A viagem?" Naruto pergunta enquanto a segue por entre os galhos.

"Sim, estamos atrasados."

Ao chegarem na casa Hyuga, a garota se apressa em ir para o quarto e trocar a roupa suja que a entregava. "Fique à vontade, Naruto-kun. Otou-san ainda não está e isso me dá algum tempinho pra me trocar, eu volto em um instante."

Naruto assentiu e se encontrava perdido no meio da sala. Ele já estava pronto para acompanhá-la em sua viagem de qualquer modo. Ele abaixa a máscara novamente e aguarda a sua volta.

Quando ela retorna e seus olhos pousam nela, Naruto não esperava vê-la em um quimono vermelho adornado por flores douradas. Seu cabelo estava preso e seu rosto livre dos vestígios da luta.

Ele não via Hinata há muito tempo, a última vez que a viu ela se vestia como uma adolescente comum. Roupas de missão da Vila da Folha e equipamento ninja. Vê-la em trajes formais e adultos davam um ar diferente ao redor dela.

Ela realmente mudou.

"Oh, otou-san!"

Naruto desviou o olhar para o homem adentrando e agradeceu por estar de máscara.

Ele faz uma reverência ao mais velho. "Vim me apresentar para a missão de escolta para a líder do clã, Hiashi-san. Eu irei acompanhá-los."

Hiashi estreita os olhos ao reconhecer a voz, mas pensa que está confundindo pois a formalidade não combinava com o dono dela.

"Naruto?"

O loiro assente.

"Oh, não imaginava que o Hokage te encarregaria desta missão."

"É uma missão que poderia ser associada à ANBU, senhor. Por isso estou aqui."

"Eu sei, mas também sei que você tem sido muito requisitado em suas missões. Temo que esta escolta lhe encherá de tédio."

Naruto nega por trás da máscara. "De modo algum, Hiashi-san. Eu não sabia que o clã em questão era o clã Hyuga e Hinata é uma velha amiga, isso torna a missão mais importante pra mim."

Hinata desvia o olhar de seu rosto ao ouvir suas palavras que aquecem seu coração e o maltratam ao mesmo tempo. Naruto sempre foi sincero quando dizia que se importava com ela, mas ela sabia que ele nunca a veria com os olhos que ela desejava.

Teria que se contentar com sua ternura baseada apenas em sua amizade.

"Estamos prontos para quando o senhor estiver pronto, otou-san."

Hiashi assente e eles se adiantam para a viagem. Ele diz a Naruto que Hinata é a prioridade de sua missão, então ele deveria estar ao lado dela o tempo todo, como um guarda-costas pessoal.

Naruto estava feliz por poder passar um tempo ao lado de uma velha amiga. Eles poderiam conversar muito sobre o que aconteceu nesses últimos anos e ele sabe que a protegeria com a própria vida, apesar de Hinata ser forte.

Naruto estava completamente alheio ao que essa viagem iria lhe proporcionar, mas uma coisa era certa: estava longe de ser tediosa.