LYSA II
A situação política que me deparei depois de transmigrar foi quando o Rei, Rainha, e a maioria dos servos e dos nobres da Corte, estavam visitando os parentes do Rei nas Terras da Tempestade. Meu marido estava governando integralmente como Mão na Capital e a vida diária do Castelo era apenas funcional e não tão esplêndida quanto era quando a família real estava na Fortaleza Vermelha.
Eu me mantive isolada na Torre da Mão pelos 45 dias iniciais do tempo que Jon me deu para repouso, apenas com os servos e meu marido ao meu redor. Nos últimos 15 dias do repouso me permiti colocar em prática meu plano com Chataya. E ao fim dos 2 meses, bem, meu marido não estava mais apenas por perto, mas também em cima de mim, é claro.
Maldito seja o velho tolo teimoso por precisar tão desesperadamente de um herdeiro, a ponto de tentar ao máximo gerar um novo falcão em mim sempre que conseguia deixar seu membro duro o suficiente.
Bem, eu sempre usei os momentos sob o comando dele para deixar minha mente vagar, isso tinha sido assim em sua segunda vida e isso também era verdade nesta vida, com apenas uma grande diferença agora.
Se antes pensava apenas em Petyr e coisas relacionadas ou em novos itens de luxo para mim, agora eu penso em como ser feliz. Sei que essa felicidade virá quando tiver meus tão sonhados filhos e para isso preciso de um doador.
Sei muito bem que para que não tenha problemas no futuro preciso de um doador de esperma seja parecido com meu marido. Sim eu estou soltando 'shade' para você Cersei, o que custava deixar o primeiro filho, ou ao menos uns de seus filhos ser do Robert, para que pensassem que todos os filhos fossem do rei, já que, em teoria, uns puxaram os genes do pai e outros os da mãe. Lembra dos filhos da Catelyn, perfeito exemplo.
Então o que fazer? Já sei, vou pedir a Chitaya que me ache um bastardo da casa Arryn, e dizer a espiã da aranha, Milva, que diga para Vares que busco prazeres com outras mulheres, o que não deixará dúvidas na paternidade de meus futuros filhos.
E de novo tenho a confirmação de que o universo conspira ao meu favor. Chitaya me conseguiu o neto do bastardo do pai do antigo herdeiro de Arryn. Deixa-me explicar melhor, o antigo herdeiro da casa Arryn-Elbert Arryn- foi queimado com Brandon Stark antes da rebelião contra os Targaryen.
O pai desse herdeiro queimado, Ronnel Arryn, era o irmão mais novo de Jon. Esse irmão morreu junto de Rickard Stark ao tentarem salvar os respectivos filhos, mas o que me interessa é que Ronnel teve uma filha bastarda, Lilith, que nasceu no bordel e seguiu o exemplo da mãe, tendo um filho com um cliente que para a minha felicidade, era ruivo sem ser meu parente...que também seguiu o negócio da família haha.
Daí esse neto é quem vai ser meu doador de esperma, sem saber de nada, obviamente...ele apenas acha que sou uma cliente que busca conhecer os prazeres da carne...sendo ele meu professor vamos dizer assim. Simplesmente dois coelhos com uma cajadada só.
Para que ele não me reconhecesse Chitaya vai me ajudar a me disfarçar com maquiagem e roupas...o que também serão sessões dois em um, já que não me custa muito (300 dragões para início da parceria mais 50 por cada visita) aprender essa habilidade, nunca se sabe quando virá a calhar.
Com o fim do meu prazo de descanso, Jon volta a usufruir de seus direitos matrimoniais, mas com visível ar de um meio para um fim, chegou a hora de mudar isso.
Então com tudo encaixado, e com o fim do prazo de 2 meses de descanso dado por meu querido Jon, lá fui eu sofrer os avanços carnais de meu marido, enquanto o tempero do leitinho não fazia efeito (calmante).
Depois de fazer efeito, me dirigia até o bordel de Chitaya e usufruía do doador, chamado Harry, e aprendi que Petyr não era tão bom de cama como pensei (na minha primeira vida passada morri virgem então minha única experiência veio das memórias da minha segunda vida).
Aprendi muito mais do que imaginei fosse possível e vou 'descobrir' tais prazeres acidentalmente com meu marido antes do leitinho fazer efeito...tudo para fazê-lo apaixonar-se é válido.
Tenha esperanças que o problema é só com Jon e não com os Arryn em si. No início do meu segundo ano de casamento, em maio de 283 d.C.A., perdi o bebê, tão esperado em minha segunda vida, o primeiro de muitos, e esse foi o momento que transmigrei. Dando início a vida número 3.
No final de julho Jon já estava tentando de novo e consequentemente eu estava tentando com Harry. Em agosto minha menstruação já não desceu. Continuei nessa vida dupla com Jon e Harry para ter certeza que estava grávida. Parei com as visitas ao bordel em outubro quando comecei levemente a mostrar que estava grávida.
Na última visita que fiz ao bordel Chataya me deu motivos para reavaliar a minha vida passada, o cenário foi o seguinte, enquanto explicava para ela que acreditava estar grávida e que dessa vez acho que vai dar certo, ela me questionou e eu disse meu histórico com gravidezes e meu ciclos menstruais.
Eu me afasto da janela e miro olhos cor de sândalo de Chataya, que está sentado em uma cadeira confortável perto de uma pequena mesa e bebe um pouco de chá de cheiro doce.
"Você se lembra de que não deve beber vinho ou qualquer outra coisa ainda mais forte do que isso durante as próximas luas, não é, minha doce Dama vermelha? E se a semente do seu amante tiver criado raízes em seu útero, então você não deveria se importar com nada além de tisana, suco de fruta, água e leite adoçado durante toda a gravidez, apenas para ter certeza de que esse bebê permaneça saudável." finaliza a experiente dona do bordel com seu conselho.
"Você se preocupa tanto comigo, minha querida Chataya? -perguntei. Tanto com o possível fruto de noites cheias de desejo em seu quarto secreto. Isso é gentil de sua parte, mas certamente desnecessário, pois este jovem rapaz certamente tem uma semente mais saudável do que meu marido jamais possuiu."
Mas Chataya não sorri para mim ela segura minha mão e diz: "Você tem dezessete anos agora, minha Senhora, e perdeu dois filhos, e ainda consumiu chá da lua. Certamente não foi sua culpa, visto que seu corpo é jovem, forte e saudável, mas tais perdas, tais abortos podem danificar suas partes internas também. Melhor ter muito cuidado agora, certifique-se de não beber ou tocar em nada com vinho ou bebidas mais fortes e também se certifique de passar noites suficientes com o marido para garantir que ele nunca duvide de você, para que sua mente e corpo possam permanecer calmos nessas semanas e luas que virão. Este é meu conselho sincero para você, que vejo como uma boa Senhora e querida mulher com um espírito não muito diferente do meu."
Com isso ela se despediu de mim, prometeu rezar aos seus deuses por mim e me desejou sucesso nessa empreitada, fiquei em choque, pois tive que aceitar naquele momento que a culpa de meu sofrimento em minha vida passada teve grande parte que foi minha.
E com esses pensamentos sobre suas escolhas e sobre a ajuda de Chataya ainda frescos em sua mente, eu decido que vou seguir os conselhos do experiente habitante da Ilha do Verão.
Eu abro a porta e chamo Milva repasso as diretrizes a serem seguidas para ela e reforço a nossa aliança, ela manterá meus segredos e será fiel a mim e eu a ajudarei a se livrar da aranha espiã.
Foi realmente uma ótima ideia de Chataya, todas essas luas atrás, encontrar uma empregada tão útil e prestativa para mim, muito mais confiável do que todas as mulheres fofoqueiras que comumente estavam por perto na Casa Arryn.
A partir daí dei uma folga a Chitaya e companhia e fui cuidar da minha gestação com paz de espírito e muito cuidado com alimentação. Só comidas saudáveis e tisanes, nada de muitas carnes vermelhas ou álcool.
E em 03 de abril de 284 depois da Conquista de Aegon aconteceu o tão esperado nascimento de Alyssa Arryn., escolhi tal nome por ser uma figura lendária da casa de meu marido e quero dar um significado positivo para a triste lenda, com a vida tranquila e serena de minha pequena.
Então, como pensei anteriormente e agora confirmei com a nascimento da vivíssima e saudável Alyssa Arryn, que sim o problema está com Jon e não com os Arryn em si. Tenho uma filha com a coloração dos Arryn (loira de olhos azuis com o meu tom de pele, quase leite haha, o melhor de duas piscinas de genes) o que me dá mais segurança nas próximas gravidezes independente de qual genética ganhar, já que ao menos um dos filhos supostamente de Jon se parecem com ele.
Passei todo o tempo dessa gravidez indo e voltando atrás com a ideia de seguir com o plano da Lysa daquela fanfic em minha primeira vida.
Pensa comigo, já desisti de doce Robin já que não quero ver o maldito Petyr nem pintado de ouro, e só o fato de pensar que aquelas crianças fofas que me apaixonei naquela fanfic não existirão quebra o meu coração.
Então por mais que eu não tenha certeza que especificamente elas irão nascer de novo, eu prefiro tentar replicar as situações que levariam elas a ser concebidas e não dar certo, do que não fazer nada e ficar com aquilo na cabeça de e se eu tivesse tentado.
Então enquanto curtia a primeira gravidez, e até mesmo depois da Alyssa ter vindo saudável a esse mundo, eu fui mudando meu comportamento aos poucos na frente dos outros componentes da Corte, para eles, eu sofri um aborto que me abalou bastante.
O que me levou a amadurecer e aceitar meu casamento, ser feliz com o meu dia a dia o que deu frutos com o nascimento de Alyssa Arryn e a minha aproximação com o meu marido, que passou a me respeitar cada dia mais. Pelo menos esse foi o meu intuito, enquanto eu esperava o tempo certo de meu corpo se recuperar e a oportunidade aparecer, para que eu obtenha as próximas crianças, sejam elas as mesmas da fanfic da minha primeira vida, ou não. Eu tenho que tentar, dar uma chance ao destino pra me trazer meus bebês.
Daí como esperado, no dia 31 de janeiro de 286 depois da Conquista de Aegon ocorreu o nascimento de Joffrey Baratheon. E mais importante do dia 31 de fevereiro de 286 depois da Conquista de Aegon ocorreu apresentação à corte do pequeno sádico. O que permitiu que uma delegação de nobres de muitas regiões viesse comparecer ao evento.
Lysa para de pensar em todas as coisas que aconteceram nos anos de sua primeira vida e se concentra em se vestir com suas melhores roupas novas com a ajuda de suas criadas e então terminar com todas as outras coisas que precisavam ser feitas para parecer uma esposa troféu do segundo homem mais importante dos Reinos de Westeros.
Afinal, este dia é o dia da apresentação oficial de Joffrey Baratheon, o primeiro filho legítimo do Rei Robert Baratheon e inúmeros nobres vieram a esta Capital para este evento celebrado.
O grande salão estava cheio de nobres da maioria dos reinos, a exceção eram o Norte, Dorne e as Ilhas de Ferro. Claro que todos sabiam o motivo de Dorne e ninguém jamais desejaria ver muito dos Reavers, mas o Norte surpreendeu muitos dos nobres ao não aparecer nenhum Stark e nem mesmo mandar nenhum representante, em sua segunda vida, assim como fez nesta.
Mas então, o Rei e Ned Stark mal se falavam depois que a Guerra terminou e o resto dos nortistas nunca se importaram muito com os outros reinos em primeiro lugar, além de comprar comida deles, eles faziam questão de não entender nem fazer parte da políticas do reino.
Afinal, não era do seu interesse, o que quer que essas outras terras e Lordes estivessem fazendo, contanto que não a envolvesse de forma alguma e em circunstâncias.
Depois desse momento de contemplação me forcei a me concentrar na tarefa em questão, ou seja, fazer as melhores e mais respeitosas reverências ao Rei e à Rainha e então tomar meu lugar ao lado do meu marido no palco, com vista para o Grande Salão e a Nobreza reunida nele.
E então eu o avisto, de pé no meio dos nobres do oeste, jovem e de cabelos acobreados como os meus, o escolhido pela Lysa na fanfic de minha primeira vida para ser o pai de meu primeiro filho.
Nessa vida, como consequência das memórias que recebi com a transmigração de alma, consegui evitar um aborto, e melhor ainda transformei essa gravidez que teria sido perdida em uma garantia a mais para o meu futuro. Com a minha primogênita sendo entregue a este mundo por essas que te fala querido fragmento de alma do meu possível futuro, com saúde e tão importante quanto com o sangue e os traços da família Arryn.
Vou abrir um adendo para me explicar, essa situação do fragmento de alma, foi uma conclusão que cheguei quando estava no último trimestre da gravidez de Alyssa. Se eu recebi as memórias de dois fractais de alma de minhas vidas passadas, então o que impede de outros 'eus' de dimensões ou realidades diferentes recebam essas memórias? Por isso resolvi organizar minhas ideias nesse modelo para fácil compreensão para um futuro eu.
Voltando ao assunto em voga, temos um jovem, de ombros fortes, mas de corpo esguio, belo homem nobre, exatamente algo que Lysa da fanfic de minha primeira vida ansiava em seu casamento, e quem sou eu para desperdiçar uma oportunidade dessas de sentir como uma de minhas fractais se sentiria em tal relacionamento.
Eu olho para ele por mais alguns minutos, e cuidadosamente desvio os olhos dele para não fazer ninguém notar a minha admiração por essa jovem espécime humana. Pelo contrário, olho para o meu marido e cataliso aquele olhar de admiração como se fosse uma admiração por Jon. Ao mesmo tempo tento me lembrar se já tinha visto esse belo homem antes.
A nobreza do oeste, enquanto isso, estão prestando sua cortesia ao casal real, um após o outro, e é nesse momento que ouviria o seu nome pela primeira vez: Addam Marbrand, herdeiro de Ashemark; se não fosse pelas memórias da primeira fractal.
Amigo de Jaime Lannister e ousado comandante na guerra em suas últimas vidas. Tá certo, eu desisto, a memória que me foi dada me corrompeu, eu o quero provar não só pelos frutos que prometem me trazer, mas também por curiosidade de como seria um relacionamento com esse belo jovem cavaleiro e anseia por ele em seu corpo e por sua semente em seu ventre.
Que bom que já deixei tal ocasião agendada com Chitaya o encontro com futuro pai das minhas esperadas filhas (por favor Deus) Adam Marbrand o herdeiro de Ashemark.
Sim, eu talvez tenha sido mais entusiasta do que necessário...haha tudo para garantir a existência das sonhadas gêmeas. Fui com tanta sede ao pote que foi quase todas as noites dos próximos 30 dias que Jon caía no sono em meio ao sexo.
Sim amor, você anda tão cansado, trabalhando tanto. Porque nós não nos recolhemos mais cedo e trabalhamos em fazer um herdeiro para a sua nobre casa, eu quero te honrar por ser esse marido tão maravilhoso que és haha.
Foi uma maratona que quase sugou a alma do meu corpo e ouso dizer que do corpo de Jon também, uma vez que o procurei todos esses dias também para que eu pudesse ter paz de espírito quando grávida, já que Jon teria certeza que o bebê era dele.
Mas sacrifícios devem ser feitos por uma boa causa. No final desse mês de intensivo esforço eu quase fiquei com raiva da Lysa da fanfic por não ter encontrado com esse homem por mais vezes, cara bom de cama, mas tudo que é bom chega ao fim.
No fim do mês de março do ano de 286 depois da Conquista de Aegon, encontro-me na sacada de meu quarto com Jon vendo a delegação de nobres, principalmente a do oeste se despedir e voltar para seu território. Acaricio minha barriga, que no momento parece chapada imaginando o rostinho dos frutos desse esquema.
